TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Orestes,
Acho que o ministro, o governo, a FAB são bastante sérios e o processo está sendo conduzido com seriedade por TODOS.
Ninguém ganharia se fosse recusado o tal pedido de avaliação de complementos. O NJ, na minha opinião, agiu corretamente e diplomaticamente. Um não hoje pode significar um não contrário amanhã.
Quanto aos concorrentes da short list, penso que devem saber que o processo é serio mas que nada obriga a FAB ou o governo a manter as coisas como estão. Assim como os mesmos podem desistir, caso queiram.
De qualquer maneira, continuo achando que nada vai mudar.
Cada um com a sua interpretação.
Abração.
Acho que o ministro, o governo, a FAB são bastante sérios e o processo está sendo conduzido com seriedade por TODOS.
Ninguém ganharia se fosse recusado o tal pedido de avaliação de complementos. O NJ, na minha opinião, agiu corretamente e diplomaticamente. Um não hoje pode significar um não contrário amanhã.
Quanto aos concorrentes da short list, penso que devem saber que o processo é serio mas que nada obriga a FAB ou o governo a manter as coisas como estão. Assim como os mesmos podem desistir, caso queiram.
De qualquer maneira, continuo achando que nada vai mudar.
Cada um com a sua interpretação.
Abração.
Alberto -
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
projeto
Eu postei essa antiguidade(2003),para chamar a atenção do pessoal que quem detem o comando de todo o processo é o Brasil(MD e FAB),não os ofertantes.E como voce mesmo citou essa "prerrogativa" é nossa,e se nós a usarmos, que seja de forma responsavel e para o bem do pais.Se os ofertantes não gostarem azar o deles,isso não passa de comércio.Na época o autor acertou,não quer dizer que isso valha para o atual momento.
Sds.
Alberto,pode ficar sossegado que esse realmente não é meu estiloEu acho é que tem gente que gosta de criar uma polêmica ou até intriga.
Não você Bender, mas o autor.
Vejam se estou errado:
..."Também há no mercado quem acredite no cancelamento do processo"
..."As empresas que participam do processo sabem disso".
Uma coisa é o Comando da Aeronáutica e o governo ter a prerrogativa de alterar e até cancelar o processo, outra é que isso vá realmente ocorrer.
Por enquanto, pelo que se sabe, o processo continua conforme previsto.
[]'s
_________________
Alberto

Eu postei essa antiguidade(2003),para chamar a atenção do pessoal que quem detem o comando de todo o processo é o Brasil(MD e FAB),não os ofertantes.E como voce mesmo citou essa "prerrogativa" é nossa,e se nós a usarmos, que seja de forma responsavel e para o bem do pais.Se os ofertantes não gostarem azar o deles,isso não passa de comércio.Na época o autor acertou,não quer dizer que isso valha para o atual momento.

Sds.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
A noticia está errada...nukualofa77 escreveu:Pequeníssimo off-topic:Sintra escreveu: Outra vez?!![]()
Os Principes Sauditas não receberam um centavo pela aquisição dos Typhoon.
Os Principes Sauditas receberam UMA PIPA DE MASSA em "luvas" pela aquisição dos Tornados à vinte e cinco anos atrás... E utilizaram o negócio do Typhoon como meio de pressão para acabar com a investigação do Serious Fraud Office acerca das luvas do negócio dos Tornado.
ARÁBIA SAUDITA DÁ ULTIMATO À GRÃ-BRETANHA
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LONDRES, 1º dez (AFP) - A Arábia Saudita ameaçou a Grã-Bretanha com a anulação de um importante contrato de compra de aviões caça Eurofighter se a investigação sobre um caso de corrupção que envolve membros da família real saudita não for abandonada em dez dias, informa o jornal Daily Telegraph.
Este contrato, que tem valor inicial de 10 bilhões de libras (14,8 bilhões de euros), chegará a várias dezenas de bilhões de euros se for incluída a manutenção dos 72 aparelhos de uma ordem de compra feita ao grupo de defesa britânico BAE Systems.
O Daily Telegraph, que cita fontes que pediram anonimato, acrescenta que o ultimato foi dado por meio dos canais diplomáticos.
A investigação realizada há três anos pela agência britânica de fraudes estabeleceu que a BAE tinha uma conta secreta paralela de 60 milhões de libras destinada a vários membros da família real saudita.
Estes últimos recebiam comissões sob a forma de presentes, como veículos de luxo, em troca da intervenção a favor dos negócios da BAE.
A BAE Systems possui 33% do consórcio de construção do Eurofighter, ao lado do europeu EADS (46%) e o italiano Alenia/Finmeccanica (21%).
A venda de 72 aviões à Arábia Saudita foi objeto de um acordo prévio em agosto e a assinatura definitiva do contrato deveria acontecer antes do final de 2006.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,A ... 02,00.html
Cada um acredita na versão q quiser...
Ando a acompanhar este caso à vinte anos e estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Globo e inclusivamente estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Daily Telegraph que originou este texto do globo.
Budweiser 'beer' is like making love in a canoe - 'F***** close to water'...
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
orestespf
e o amigo sabe que aqui no Brasil desde que colocaram as letras= FX juntas o mundo ideal deixou de existir :mrgreen:Sobrou só esse ai que gente olha
e se assusta
Abraços.
Esse seria o mundo ideal OrestesOlá Alberto,
o ministro NJ teria obrigação de:
1) dizer NÃO aos eliminados; porque disputa séria é assim, não tem este papo de futebol onde quem apita é o torcedor.
2) Jamais poderia ter aceitado tal proposta, deveria dizer que, não escreveu o que deveria, um abraço, fica pra próxima.
3) Jamais ter agido como agiu, deveria chamar as partes interessadas antes de ir pra imprensa "cutucar onça".
Em suma, ele errou em tudo, passou a idéia que a FAB, o MD e o País não são sérios.
Bem, opiniões distintas, mas fruto de leituras diferentes, não esquente.
Abração,
Orestes



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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
orestespf escreveu:Olá Alberto,projeto escreveu:Eu penso na fala do NJ da seguinte maneira:
1) Ele poderia dizer (aos representantes): NÂO. Agora já era, perderam a chance.
2) Ele poderia ter aceitado e não ter divulgado (poderia ser pior se vazasse).
3) Ou Agir como fez.
Eu acho que foi melhor assim.
[]'s
o ministro NJ teria obrigação de:
1) dizer NÃO aos eliminados; porque disputa séria é assim, não tem este papo de futebol onde quem apita é o torcedor.
2) Jamais poderia ter aceitado tal proposta, deveria dizer que, não escreveu o que deveria, um abraço, fica pra próxima.
3) Jamais ter agido como agiu, deveria chamar as partes interessadas antes de ir pra imprensa "cutucar onça".
Em suma, ele errou em tudo, passou a idéia que a FAB, o MD e o País não são sérios.
Bem, opiniões distintas, mas fruto de leituras diferentes, não esquente.![]()
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Abração,
Orestes







Mestre Orestes, sinto muitíssimo desaponta-lo, mas essa idéia já havia sido lançada muito antes da Rita Cadilac(do meu tempo eim!!!!) perder..., digamos..., a "inocência"(não incluo a FAB nisso)
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
cicloneprojekt escreveu:![]()
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Mestre Orestes, sinto muitíssimo desaponta-lo, mas essa idéia já havia sido lançada muito antes da Rita Cadilac(do meu tempo eim!!!!) perder..., digamos..., a "inocência"(não incluo a FAB nisso)




Concordo plenamente, Walter, mas só para deixar claro sobre o que (ideal) um ministro deveria fazer e não sobre o que estamos acostumados. Neste caso, viva a "tia Cadilac".



Mas falando sério, desconheço um país (sério) que tenha cometido a loucura de retornar (ameaçar, ou seja lá o que for) candidatos excluídos em uma concorrência. Isto não existe, mas... A "tia Rita" taí pra confirmar, né?


Grande abraço,
Orestes
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Sim, Bender, corretíssimo, mas nem por isso posso dizer que concordo com as atitudes do ministro. Foi feio de doer, aí eu venho e dou a cara a tapa dizendo que ele acertou? Só se eu rasgar a minha idoneidade (e juízo) de vez!Bender escreveu:orestespf
Esse seria o mundo ideal OrestesOlá Alberto,
o ministro NJ teria obrigação de:
1) dizer NÃO aos eliminados; porque disputa séria é assim, não tem este papo de futebol onde quem apita é o torcedor.
2) Jamais poderia ter aceitado tal proposta, deveria dizer que, não escreveu o que deveria, um abraço, fica pra próxima.
3) Jamais ter agido como agiu, deveria chamar as partes interessadas antes de ir pra imprensa "cutucar onça".
Em suma, ele errou em tudo, passou a idéia que a FAB, o MD e o País não são sérios.
Bem, opiniões distintas, mas fruto de leituras diferentes, não esquente.
Abração,
Orestese o amigo sabe que aqui no Brasil desde que colocaram as letras= FX juntas o mundo ideal deixou de existir :mrgreen:Sobrou só esse ai que gente olha
e se assusta
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Abraços.


Abração,
Orestes
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
SINTRA citou:
A noticia está errada...
Ando a acompanhar este caso à vinte anos e estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Globo e inclusivamente estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Daily Telegraph que originou este texto do globo.[/quote]
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!!!!!!!!!! Cada um acredita naquilo o q quiser... até em fadas e duendes nas indústria armamentista... quem sabe o colega forista "extremamente bem informado" (a partir de fontes?????) possa solucionar até o "caso FX-2.5...
A noticia está errada...
Ando a acompanhar este caso à vinte anos e estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Globo e inclusivamente estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Daily Telegraph que originou este texto do globo.[/quote]
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!!!!!!!!!! Cada um acredita naquilo o q quiser... até em fadas e duendes nas indústria armamentista... quem sabe o colega forista "extremamente bem informado" (a partir de fontes?????) possa solucionar até o "caso FX-2.5...
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Acho que o cara que caiu na puxada do tapete (e que todos aqui aplaudiram efusivamente) levantou e não gostou. Talvez ele troque o tapete e o puxador do tapete.
Num falei que ia dar M ?
Lembremo-nos quem começou a baixaria antecipando o short list. Agora é só o retorno da esperteza.
Num falei que ia dar M ?
Lembremo-nos quem começou a baixaria antecipando o short list. Agora é só o retorno da esperteza.
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
nukualofa77 escreveu:SINTRA citou:
A noticia está errada...
Ando a acompanhar este caso à vinte anos e estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Globo e inclusivamente estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Daily Telegraph que originou este texto do globo.
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!!!!!!!!!! Cada um acredita naquilo o q quiser... até em fadas e duendes nas indústria armamentista... quem sabe o colega forista "extremamente bem informado" (a partir de fontes?????) possa solucionar até o "caso FX-2.5...


Recomendo ao colega (re)ler o tópico do Eurofighter do princípio: viewtopic.php?f=1&t=7899
Sintra escreveu:Vamos lá por partes
Antes de mais, o artigo é péssimo, não só se enganou nos valores como ainda por cima confundiu os processos judiciais.
O problema NÃO TEVE NADA A VER COM CORRUPÇÃO NO PROCESSO DO TIFFIE...Entendidos?
A familia Real Saudita mandou-se aos arames por causa da investigação dos negocios “Al Yamamah” dos anos 80 e 90, ou seja a venda de TORNADOS, HAWKS e navios de guerra, pelo "Serious Fraud Office" Britânico (mais aqui: http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34) e a ameaça de rompimento do contrato do Tiffie foi a forma de pressão que os Sauditas encontraram de forma a evitar que metade da Familia Real aparece-se com os nomes estampados nos jornais do Ocidente...
NÃO EXISTE NENHUM INDICIO DE CORRUPÇÃO NA VENDA DOS 72 TIFFIES
...
Cumprimentos
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Nao sei se jah foi postado aqui, mas eh interessante e oportuno...quase profetico:
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PROJETO FX-2
ALGUNS COMENTÁRIOS A RESPEITO
(Forum no23, set 2008)
Brig. do Ar R1 Teomar Fonseca Quírico
Piloto de Caça - Turma de 1970
http://www.abra-pc.com.br/
Num dos últimos boletins da ABRA-PC fiz algumas reflexões a respeito do Projeto FX-2, ao qual a Força Aérea recentemente deu início, que no meu entendimento ficaram incompletas; alguém poderia dizer que levantei a bola, mas acabei não dando a cortada. Os comentários que se seguem são mais uma tentativa de fazer algumas considerações para a reflexão daqueles que agora estão responsáveis pela condução do projeto.
O americano se utiliza muito de um conceito "Lessons Learned" (lições aprendidas) para analisar qualquer grande evento realizado, tirar dele os ensinamentos maiores de forma a evitar a repetição de erros em situações semelhantes no futuro. Eles aplicam isso para as guerras de que participaram, exercícios realizados, nos projetos desenvolvidos...
Exprime muito o espírito geral do americano em fazer as coisas. Nós, infelizmente, não temos muito desse espírito, e creio que no alvorecer do projeto FX-2 valeria a pena olharmos um pouco para trás e verificarmos o que fizemos de certo ou de errado em projetos passados. Que erros sejam cometidos é natural, mas que pelo menos que sejam novos erros e não os mesmos do passado!
Apenas para ser mais didático e não me perder nos comentários, permitam-me dividir em tópicos as idéias que desejo colocar:
1- Conceito Operacional
Para quê desejamos o novo avião, qual o ambiente operacional em que ele vai ser empregado, para qual “guerra” queremos que ele lute?????
Naturalmente que isso decorre de uma Política maior, de governo, dentro da qual a política de emprego da Força Aérea tem que estar inserida. Em verdade falo na Política Nacional de Defesa que, teoricamente, define o preparo e o emprego das Forças Armadas. O que fazer, conforme definido pelos teóricos!
Apenas para ilustrar, recentemente o Secretário da Força Aérea americana (cargo civil correspondente ao do nosso antigo Ministro da Aeronáutica) e o Chefe de Estado-Maior da USAF (cargo correspondente ao do atual Comandante da Aeronáutica) foram demitidos. Em meio às muitas explicações que se dá nessa hora, uma que sempre permeou em todos os instantes era que eles estavam muito preocupados em priorizar a tecnologia "stealth" (aeronaves invisíveis às ondas eletromagnéticas de radar), querendo adquirir mais aeronaves F-22, além daquelas autorizadas pelo Congresso, ao invés de centrar seus esforços no apoio às operações no Afeganistão e Iraque, com o emprego de UAV (aeronaves não tripuladas). Ou seja, eles estavam querendo empregar a USAF em um contexto operacional diferente daquele imaginado pelo poder político da nação.
Não adianta querermos a última tecnologia disponível, o caça da última geração se isso não estiver definido na Política Nacional de Defesa. Podemos até tentar, mas certamente não teremos a autorização para iniciar o projeto ou mesmo os recursos financeiros e a prioridade devida para bancarmos o desenvolvimento. Será que um pouco disso não aconteceu no projeto F-X?
2- Requisitos Operacionais
A partir do conceito operacional conforme definido pela Política Nacional de Defesa, ou dela deduzido, é que os requisitos operacionais de um novo sistema são definidos. Os teóricos diriam que uma vez definido “O que fazer” pela política de defesa, os requisitos operacionais seriam o “Como fazer” para atingir os objetivos traçados pela política.
Alguém poderia dizer que isso funciona em país desenvolvido e que se nós no Brasil formos aguardar a classe política se mexer para fazermos alguma coisa vamos morrer na praia. Talvez isso seja verdade mesmo, mas é bom lembrar que o tempo do “prendo e arrebento”, para o bem ou para o mal, já passou, e que vivemos dentro de uma nova realidade política. Nesse sentido, se os políticos não definem nada, temos que ter sensibilidade para não querermos alguma coisa fora da realidade brasileira. Não há como ter uma Força Aérea Suíça no Brasil, da mesma forma que não é possível termos um Congresso "a la Suíça" em nosso País.
Uma vez mais é interessante recorrermos à experiência das "Lessons Learned" dos nossos irmãos do norte. Recentemente a USAF teve cancelada uma licitação para a compra de novos aviões reabastecedores, denominados KC-45, para substituir os KC-135 há décadas em operação. Na concorrência realizada ganhou a versão reabastecedora do A-330, da EADS (Empresa Européia de Sistemas Aeronáuticos de Defesa), em detrimento da versão avião-tanque do 767, da Boeing.
A Boeing entrou com recurso e o "General Accouting Office" (GAO) americano, órgão correspondente ao nosso Tribunal de Contas da União (TCU), cancelou todo o processo licitatório com base no argumento de que os requisitos operacionais não estavam bem definidos e foram mudados ao longo do certame. Da mesma forma, a licitação para a USAF adquirir um novo helicóptero para a missão C-SAR (Combat Search and Rescue), ganha por uma versão do CH-47 Chinook, foi cancelada com a mesma justificativa.
De tudo isso, a experiência obtida é que se os requisitos não forem muito bem definidos, se eles não estiverem exatamente dentro dos objetivos pretendidos pelo poder político (há a tese de que a concorrência do avião-tanque foi cancelada apenas porque venceu um avião estrangeiro, em detrimento de um produto americano e da política do "Buy America" ou "compre americano" do Congresso americano), se não houver uma perfeita harmonia entre aqueles que definem os requisitos com aqueles que vão fazer a compra do sistema, as chances de insucesso são enormes.
Claro está que os tenentes e os capitães na ponta da linha têm o direito de querer e advogar pelo melhor, o mais atualizado, o mais operacional, a última geração etc., mas a pergunta que se faz é: realmente é isso que necessitamos? Alguém ao longo do processo tem que filtrar o desejável do possível, caso contrário corremos o risco de não ter nada. O perfeito é inimigo do bom. Será que um pouco disso também não ocorreu no projeto F-X?
3- Disciplina Intelectual
Talvez seja o item de maior dificuldade de se obter, de maior fragilidade, uma vez que envolve as pessoas e as organizações, e a forma de elas serem e atuarem.
Um projeto dessa natureza, com essa amplitude, naturalmente permeia comandos e organizações de diferentes estruturas administrativas. Nesse sentido, é importante que seja designado um gerente do projeto no maior nível hierárquico da Força, que por sua vez indicaria um gerente de nível intermediário para, depois, compor-se o grupo técnico de acompanhamento.
Todo esse pessoal deve funcionar nos mesmos moldes de uma Força Aérea Numerada ou Componente (acho que agora o termo é esse!), onde meios de diversos comandos atuam de forma integrada e harmônica sob um comando único. Não é preciso muita gente, mas é necessário que cada um saiba exatamente as suas atribuições e as suas responsabilidades no projeto.
Ciúmes, divergências pessoais, filosofias diferentes entre comandos e organizações, tendem a minar a participação coesa de todos em prol do objetivo maior que é levar a bom termo a implantação do novo sistema. É muito fácil que o projeto, ao longo do tempo, fique conhecido como sendo o projeto do Fulano de tal ou do tal comando.
A “Fulanização” de um projeto é um bom indício de que as coisas não estão andando bem! Não é raro isso acontecer e há que se ter muita disciplina intelectual para manter o entendimento de que o projeto é da Força como um todo, e que todos, em última instância, serão responsáveis, diretos ou indiretos, pelo seu sucesso ou fracasso.
Disciplina intelectual, também, para manter a atenção sempre voltada para os requisitos operacionais estabelecidos. Eles têm que ser uma verdadeira bíblia para o pessoal responsável pela implantação. É muito fácil no dia-a-dia perder esse referencial de vista, à luz das novas tecnologias e dos novos equipamentos que são lançados no mercado. Há uma pressão permanente em se adotar um novo sistema que acabou de ser desenvolvido, substituindo um, agora “obsoleto”, especificado!
Claro está que se pode fazer isso, nada é imutável, mas é preciso ter consciência de que isso certamente será cobrado, e muito, no futuro, tanto em termos de custo, de prazo ou até de performance! A cada mudança no objeto contratado (requisitos especificados), mais aumentam as nossas chances de termos problemas ao receber a nova aeronave.
Além do mais, é importante ressaltar que a busca cega do estado da arte é uma falácia, principalmente num ambiente como o aeroespacial, que lança uma nova tecnologia em curtos espaços de tempo! Ressalto uma vez mais, o F-22 de ontem já está obsoleto em relação ao F-35 de hoje, que já está obsoleto em relação ao F-XX de amanhã! Na busca do mais atualizado acabamos perdendo o momento político favorável, a verba disponível, o equipamento oferecido, etc., terminando com nada de novo na linha de vôo!
É importante, também, disciplina intelectual para manter o foco sempre ajustado no objetivo maior do porquê ou do para que estamos querendo um novo sistema. Se nossa necessidade é de um caça-bombardeiro, se foi isso o que especificamos em nossos requisitos, não há como e porque exigirmos dele uma performance de superioridade aérea e acharmos a aeronave um fracasso simplesmente porque ela não sustenta 7G a 25000 pés, 30o/seg de razão de curva, etc.!
Se temos vários produtos sendo ofertados, temos de escolher o melhor, à luz dos requisitos e especificações emitidos, e não ficarmos numa discussão infindável onde entra tudo, até a beleza ou feiúra do avião que está sendo escolhido! Disciplina intelectual, inclusive, para resistir àquela oferta feita na undécima hora, por um “galego” muy amigo, oferecendo mundos e fundos e o paraíso no céu!!!!
No mais, se dentro das opções consideradas escolhermos desenvolver um projeto dentro de casa, com a nossa indústria aeronáutica nacional – afinal temos a terceira maior produtora de aeronaves no mundo –, que pelo menos nos livremos de nosso complexo de vira-lata, conforme definido por Nelson Rodrigues, não achando que somente nós temos dificuldades e tropeços no desenvolvimento de uma aeronave e que tudo made in Brazil é pior.
Sempre é bom lembrar que um dos protótipos do F-22 acidentou-se num dos primeiros vôos de ensaio, que o projeto do A-400M, aeronave de transporte militar européia, está atrasado quase uma dezena de anos, que o contrato de produção do Rafale atrasou em mais de ano simplesmente porque ninguém queria pagar o custo de modernização de um projeto recém-desenvolvido! Isso para não falar do C-130J, do Airbus A-380, do Boeing 787... e de tantos outros!
Finalmente, até porque já me estendi em demasia, vale a pena citar as diversas fases de um projeto, conforme retratado numa pequena ilustração obtida por ocasião de experiência vivida no exterior, em atividade de desenvolvimento de uma nova aeronave.
Fases de um Projeto
- Entusiasmo
- Desilusão
- Pânico
- Procura dos Culpados
- Punição dos Inocentes
- Recompensa aos Não-Participantes
Como podem ver, não é privilégio somente nosso as dificuldades vivenciadas no desenvolvimento e implantação de novos sistemas. Eu, particularmente, acrescentaria um item antes do Entusiasmo, haja vista que a passagem para a fase de Desilusão não é tão prematura e repentina como se dá a entender. Creio que a primeira fase é a fase da Esperança, onde todos imaginamos que dessa vez é para valer, que todos vão remar juntos na mesma direção e que, finalmente, teremos o equipamento dos nossos sonhos.
Neste instante em que damos início ao novo Projeto F-X2, creio que vale a pena relembrar um pensamento de Machiavel que exprime muito bem o sentimento de quem, uma vez, já participou do desenvolvimento de um novo projeto:
“Não há nada mais difícil de se conseguir, mais perigoso de se conduzir ou de êxito mais incerto, do que liderar a introdução de uma nova ordem de coisas”.
Ao qual eu acrescentaria....
“Somente quem já participou da implantação de um projeto de desenvolvimento conhece o sentimento.....”
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Brig. do Ar R1 Teomar Fonseca Quírico
Piloto de Caça - Turma de 1970
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Num dos últimos boletins da ABRA-PC fiz algumas reflexões a respeito do Projeto FX-2, ao qual a Força Aérea recentemente deu início, que no meu entendimento ficaram incompletas; alguém poderia dizer que levantei a bola, mas acabei não dando a cortada. Os comentários que se seguem são mais uma tentativa de fazer algumas considerações para a reflexão daqueles que agora estão responsáveis pela condução do projeto.
O americano se utiliza muito de um conceito "Lessons Learned" (lições aprendidas) para analisar qualquer grande evento realizado, tirar dele os ensinamentos maiores de forma a evitar a repetição de erros em situações semelhantes no futuro. Eles aplicam isso para as guerras de que participaram, exercícios realizados, nos projetos desenvolvidos...
Exprime muito o espírito geral do americano em fazer as coisas. Nós, infelizmente, não temos muito desse espírito, e creio que no alvorecer do projeto FX-2 valeria a pena olharmos um pouco para trás e verificarmos o que fizemos de certo ou de errado em projetos passados. Que erros sejam cometidos é natural, mas que pelo menos que sejam novos erros e não os mesmos do passado!
Apenas para ser mais didático e não me perder nos comentários, permitam-me dividir em tópicos as idéias que desejo colocar:
1- Conceito Operacional
Para quê desejamos o novo avião, qual o ambiente operacional em que ele vai ser empregado, para qual “guerra” queremos que ele lute?????
Naturalmente que isso decorre de uma Política maior, de governo, dentro da qual a política de emprego da Força Aérea tem que estar inserida. Em verdade falo na Política Nacional de Defesa que, teoricamente, define o preparo e o emprego das Forças Armadas. O que fazer, conforme definido pelos teóricos!
Apenas para ilustrar, recentemente o Secretário da Força Aérea americana (cargo civil correspondente ao do nosso antigo Ministro da Aeronáutica) e o Chefe de Estado-Maior da USAF (cargo correspondente ao do atual Comandante da Aeronáutica) foram demitidos. Em meio às muitas explicações que se dá nessa hora, uma que sempre permeou em todos os instantes era que eles estavam muito preocupados em priorizar a tecnologia "stealth" (aeronaves invisíveis às ondas eletromagnéticas de radar), querendo adquirir mais aeronaves F-22, além daquelas autorizadas pelo Congresso, ao invés de centrar seus esforços no apoio às operações no Afeganistão e Iraque, com o emprego de UAV (aeronaves não tripuladas). Ou seja, eles estavam querendo empregar a USAF em um contexto operacional diferente daquele imaginado pelo poder político da nação.
Não adianta querermos a última tecnologia disponível, o caça da última geração se isso não estiver definido na Política Nacional de Defesa. Podemos até tentar, mas certamente não teremos a autorização para iniciar o projeto ou mesmo os recursos financeiros e a prioridade devida para bancarmos o desenvolvimento. Será que um pouco disso não aconteceu no projeto F-X?
2- Requisitos Operacionais
A partir do conceito operacional conforme definido pela Política Nacional de Defesa, ou dela deduzido, é que os requisitos operacionais de um novo sistema são definidos. Os teóricos diriam que uma vez definido “O que fazer” pela política de defesa, os requisitos operacionais seriam o “Como fazer” para atingir os objetivos traçados pela política.
Alguém poderia dizer que isso funciona em país desenvolvido e que se nós no Brasil formos aguardar a classe política se mexer para fazermos alguma coisa vamos morrer na praia. Talvez isso seja verdade mesmo, mas é bom lembrar que o tempo do “prendo e arrebento”, para o bem ou para o mal, já passou, e que vivemos dentro de uma nova realidade política. Nesse sentido, se os políticos não definem nada, temos que ter sensibilidade para não querermos alguma coisa fora da realidade brasileira. Não há como ter uma Força Aérea Suíça no Brasil, da mesma forma que não é possível termos um Congresso "a la Suíça" em nosso País.
Uma vez mais é interessante recorrermos à experiência das "Lessons Learned" dos nossos irmãos do norte. Recentemente a USAF teve cancelada uma licitação para a compra de novos aviões reabastecedores, denominados KC-45, para substituir os KC-135 há décadas em operação. Na concorrência realizada ganhou a versão reabastecedora do A-330, da EADS (Empresa Européia de Sistemas Aeronáuticos de Defesa), em detrimento da versão avião-tanque do 767, da Boeing.
A Boeing entrou com recurso e o "General Accouting Office" (GAO) americano, órgão correspondente ao nosso Tribunal de Contas da União (TCU), cancelou todo o processo licitatório com base no argumento de que os requisitos operacionais não estavam bem definidos e foram mudados ao longo do certame. Da mesma forma, a licitação para a USAF adquirir um novo helicóptero para a missão C-SAR (Combat Search and Rescue), ganha por uma versão do CH-47 Chinook, foi cancelada com a mesma justificativa.
De tudo isso, a experiência obtida é que se os requisitos não forem muito bem definidos, se eles não estiverem exatamente dentro dos objetivos pretendidos pelo poder político (há a tese de que a concorrência do avião-tanque foi cancelada apenas porque venceu um avião estrangeiro, em detrimento de um produto americano e da política do "Buy America" ou "compre americano" do Congresso americano), se não houver uma perfeita harmonia entre aqueles que definem os requisitos com aqueles que vão fazer a compra do sistema, as chances de insucesso são enormes.
Claro está que os tenentes e os capitães na ponta da linha têm o direito de querer e advogar pelo melhor, o mais atualizado, o mais operacional, a última geração etc., mas a pergunta que se faz é: realmente é isso que necessitamos? Alguém ao longo do processo tem que filtrar o desejável do possível, caso contrário corremos o risco de não ter nada. O perfeito é inimigo do bom. Será que um pouco disso também não ocorreu no projeto F-X?
3- Disciplina Intelectual
Talvez seja o item de maior dificuldade de se obter, de maior fragilidade, uma vez que envolve as pessoas e as organizações, e a forma de elas serem e atuarem.
Um projeto dessa natureza, com essa amplitude, naturalmente permeia comandos e organizações de diferentes estruturas administrativas. Nesse sentido, é importante que seja designado um gerente do projeto no maior nível hierárquico da Força, que por sua vez indicaria um gerente de nível intermediário para, depois, compor-se o grupo técnico de acompanhamento.
Todo esse pessoal deve funcionar nos mesmos moldes de uma Força Aérea Numerada ou Componente (acho que agora o termo é esse!), onde meios de diversos comandos atuam de forma integrada e harmônica sob um comando único. Não é preciso muita gente, mas é necessário que cada um saiba exatamente as suas atribuições e as suas responsabilidades no projeto.
Ciúmes, divergências pessoais, filosofias diferentes entre comandos e organizações, tendem a minar a participação coesa de todos em prol do objetivo maior que é levar a bom termo a implantação do novo sistema. É muito fácil que o projeto, ao longo do tempo, fique conhecido como sendo o projeto do Fulano de tal ou do tal comando.
A “Fulanização” de um projeto é um bom indício de que as coisas não estão andando bem! Não é raro isso acontecer e há que se ter muita disciplina intelectual para manter o entendimento de que o projeto é da Força como um todo, e que todos, em última instância, serão responsáveis, diretos ou indiretos, pelo seu sucesso ou fracasso.
Disciplina intelectual, também, para manter a atenção sempre voltada para os requisitos operacionais estabelecidos. Eles têm que ser uma verdadeira bíblia para o pessoal responsável pela implantação. É muito fácil no dia-a-dia perder esse referencial de vista, à luz das novas tecnologias e dos novos equipamentos que são lançados no mercado. Há uma pressão permanente em se adotar um novo sistema que acabou de ser desenvolvido, substituindo um, agora “obsoleto”, especificado!
Claro está que se pode fazer isso, nada é imutável, mas é preciso ter consciência de que isso certamente será cobrado, e muito, no futuro, tanto em termos de custo, de prazo ou até de performance! A cada mudança no objeto contratado (requisitos especificados), mais aumentam as nossas chances de termos problemas ao receber a nova aeronave.
Além do mais, é importante ressaltar que a busca cega do estado da arte é uma falácia, principalmente num ambiente como o aeroespacial, que lança uma nova tecnologia em curtos espaços de tempo! Ressalto uma vez mais, o F-22 de ontem já está obsoleto em relação ao F-35 de hoje, que já está obsoleto em relação ao F-XX de amanhã! Na busca do mais atualizado acabamos perdendo o momento político favorável, a verba disponível, o equipamento oferecido, etc., terminando com nada de novo na linha de vôo!
É importante, também, disciplina intelectual para manter o foco sempre ajustado no objetivo maior do porquê ou do para que estamos querendo um novo sistema. Se nossa necessidade é de um caça-bombardeiro, se foi isso o que especificamos em nossos requisitos, não há como e porque exigirmos dele uma performance de superioridade aérea e acharmos a aeronave um fracasso simplesmente porque ela não sustenta 7G a 25000 pés, 30o/seg de razão de curva, etc.!
Se temos vários produtos sendo ofertados, temos de escolher o melhor, à luz dos requisitos e especificações emitidos, e não ficarmos numa discussão infindável onde entra tudo, até a beleza ou feiúra do avião que está sendo escolhido! Disciplina intelectual, inclusive, para resistir àquela oferta feita na undécima hora, por um “galego” muy amigo, oferecendo mundos e fundos e o paraíso no céu!!!!
No mais, se dentro das opções consideradas escolhermos desenvolver um projeto dentro de casa, com a nossa indústria aeronáutica nacional – afinal temos a terceira maior produtora de aeronaves no mundo –, que pelo menos nos livremos de nosso complexo de vira-lata, conforme definido por Nelson Rodrigues, não achando que somente nós temos dificuldades e tropeços no desenvolvimento de uma aeronave e que tudo made in Brazil é pior.
Sempre é bom lembrar que um dos protótipos do F-22 acidentou-se num dos primeiros vôos de ensaio, que o projeto do A-400M, aeronave de transporte militar européia, está atrasado quase uma dezena de anos, que o contrato de produção do Rafale atrasou em mais de ano simplesmente porque ninguém queria pagar o custo de modernização de um projeto recém-desenvolvido! Isso para não falar do C-130J, do Airbus A-380, do Boeing 787... e de tantos outros!
Finalmente, até porque já me estendi em demasia, vale a pena citar as diversas fases de um projeto, conforme retratado numa pequena ilustração obtida por ocasião de experiência vivida no exterior, em atividade de desenvolvimento de uma nova aeronave.
Fases de um Projeto
- Entusiasmo
- Desilusão
- Pânico
- Procura dos Culpados
- Punição dos Inocentes
- Recompensa aos Não-Participantes
Como podem ver, não é privilégio somente nosso as dificuldades vivenciadas no desenvolvimento e implantação de novos sistemas. Eu, particularmente, acrescentaria um item antes do Entusiasmo, haja vista que a passagem para a fase de Desilusão não é tão prematura e repentina como se dá a entender. Creio que a primeira fase é a fase da Esperança, onde todos imaginamos que dessa vez é para valer, que todos vão remar juntos na mesma direção e que, finalmente, teremos o equipamento dos nossos sonhos.
Neste instante em que damos início ao novo Projeto F-X2, creio que vale a pena relembrar um pensamento de Machiavel que exprime muito bem o sentimento de quem, uma vez, já participou do desenvolvimento de um novo projeto:
“Não há nada mais difícil de se conseguir, mais perigoso de se conduzir ou de êxito mais incerto, do que liderar a introdução de uma nova ordem de coisas”.
Ao qual eu acrescentaria....
“Somente quem já participou da implantação de um projeto de desenvolvimento conhece o sentimento.....”
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Junker escreveu:nukualofa77 escreveu:SINTRA citou:
A noticia está errada...
Ando a acompanhar este caso à vinte anos e estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Globo e inclusivamente estou muitissimo melhor informado que o jornalista do Daily Telegraph que originou este texto do globo.
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!!!!!!!!!! Cada um acredita naquilo o q quiser... até em fadas e duendes nas indústria armamentista... quem sabe o colega forista "extremamente bem informado" (a partir de fontes?????) possa solucionar até o "caso FX-2.5...![]()
![]()
Recomendo ao colega (re)ler o tópico do Eurofighter do princípio: viewtopic.php?f=1&t=7899
Sintra escreveu:Vamos lá por partes
Antes de mais, o artigo é péssimo, não só se enganou nos valores como ainda por cima confundiu os processos judiciais.
O problema NÃO TEVE NADA A VER COM CORRUPÇÃO NO PROCESSO DO TIFFIE...Entendidos?
A familia Real Saudita mandou-se aos arames por causa da investigação dos negocios “Al Yamamah” dos anos 80 e 90, ou seja a venda de TORNADOS, HAWKS e navios de guerra, pelo "Serious Fraud Office" Britânico (mais aqui: http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34) e a ameaça de rompimento do contrato do Tiffie foi a forma de pressão que os Sauditas encontraram de forma a evitar que metade da Familia Real aparece-se com os nomes estampados nos jornais do Ocidente...
NÃO EXISTE NENHUM INDICIO DE CORRUPÇÃO NA VENDA DOS 72 TIFFIES
...
Cumprimentos
Já li e reli. Nenhum negócio com a Arábia Saudita é feito sem "regalos para seus príncipes" e "conveniências para empresas ligadas a eles" - chamem de "off-sets à saudita... Não precisa ser $$ vivo... Vocês podem dar o nome q quesirem para os negócios dos "saudis", no entanto para mim, e em qualquer parte do "ocidente", isso chama-se CORRUPÇÃO...
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Prezados colegas foristas, fazendo leituras do DB e do BM entre outros, fica a impressão que a FAB queria o Gripen, que o NJ não quer por não ter a bagagem política que os outros oferecem.
O NJ quer o Rafale, que a FAB não prefere.
Então ambos cedem um pouco e fecham no SH (FAB gosta dele) e EUA tem forte força política, até para ser mais um a reforçar o desejo do governo do assento permanente no CS, pois da França, com as compras da MB, já teve o apoio.
Pura opinião pessoal e momentânea, se vai ser bom ou não, sei lá, mas parece que o SH é que faturaria o fx atualmente.
Abraços!
O NJ quer o Rafale, que a FAB não prefere.
Então ambos cedem um pouco e fecham no SH (FAB gosta dele) e EUA tem forte força política, até para ser mais um a reforçar o desejo do governo do assento permanente no CS, pois da França, com as compras da MB, já teve o apoio.
Pura opinião pessoal e momentânea, se vai ser bom ou não, sei lá, mas parece que o SH é que faturaria o fx atualmente.
Abraços!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
X2Rodrigoiano escreveu:Prezados colegas foristas, fazendo leituras do DB e do BM entre outros, fica a impressão que a FAB queria o Gripen, que o NJ não quer por não ter a bagagem política que os outros oferecem.
O NJ quer o Rafale, que a FAB não prefere.
Então ambos cedem um pouco e fecham no SH (FAB gosta dele) e EUA tem forte força política, até para ser mais um a reforçar o desejo do governo do assento permanente no CS, pois da França, com as compras da MB, já teve o apoio.
Pura opinião pessoal e momentânea, se vai ser bom ou não, sei lá, mas parece que o SH é que faturaria o fx atualmente.
Abraços!
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Rodrigoiano escreveu:Prezados colegas foristas, fazendo leituras do DB e do BM entre outros, fica a impressão que a FAB queria o Gripen, que o NJ não quer por não ter a bagagem política que os outros oferecem.
O NJ quer o Rafale, que a FAB não prefere.
Então ambos cedem um pouco e fecham no SH (FAB gosta dele) e EUA tem forte força política, até para ser mais um a reforçar o desejo do governo do assento permanente no CS, pois da França, com as compras da MB, já teve o apoio.
Pura opinião pessoal e momentânea, se vai ser bom ou não, sei lá, mas parece que o SH é que faturaria o fx atualmente.
Abraços!


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