NOTÍCIAS

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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PRick

Re: NOTÍCIAS

#10891 Mensagem por PRick » Seg Nov 03, 2008 10:29 pm

orestespf escreveu:
PRick escreveu:Não vim aqui para ensinar F. Braudel a ninguém, mais tem gente que estuda "matemática", e pensa que pode ver a realidade com a mesma lógica.
PRick, não conheço outro matemático que tenha assumido a profissão aqui no DB que não seja eu. Assim sendo, me convenci que esta sua frase se aplica única e exclusivamente a mim. Deixando claro que eu jamais cheguei perto de tal coisa com você ou seja lá com que for.

Aqui no DB não se questiona a profissão das pessoas, nem religião, área ou campo de atuação, etc., para que se exponha publicamente para externar suas próprias opiniões. O que você fez foi exatamente isso, foi preconceituoso, vulgar e baixo.

Quero saber exatamente porque eu, como matemático, não tenho o direito de pensar sobre a realidade. Quero saber exatamente qual é a lógica correta para que eu possa dizer o que eu penso e que não fira as regras e/ou regulamento do DB.

Deixo claro que não tenho nada com esta discussão, logo você me incluiu em um debate que não faço parte, e o pior, sem me citar explicitamente.

Assim sendo, exijo uma explicação e uma retratação formal, caso contrário formalizarei minhas reclamações junto a Administração/Moderação, citando obviamente os pontos do regulamento que foram desobedecidos, para providências cabíveis.


No aguardo,

Orestes

Não Orestes, veja, falei em quem estuda matemática, na verdade é quem pensa matematicamente a realidade, não é uma alusão a profissão, mas a um tipo de visão de mundo. Portanto, não foi alusão direta a você, não estou falando em matemáticos, tanto que depois me referi a engenheiros. A crítica é usar uma lógica que não se aplica ao mundo real.

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Skyway
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Re: NOTÍCIAS

#10892 Mensagem por Skyway » Seg Nov 03, 2008 10:48 pm

Prick, vc é argentino?




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orestespf
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Re: NOTÍCIAS

#10893 Mensagem por orestespf » Seg Nov 03, 2008 10:55 pm

PRick escreveu:
orestespf escreveu:
PRick, não conheço outro matemático que tenha assumido a profissão aqui no DB que não seja eu. Assim sendo, me convenci que esta sua frase se aplica única e exclusivamente a mim. Deixando claro que eu jamais cheguei perto de tal coisa com você ou seja lá com que for.

Aqui no DB não se questiona a profissão das pessoas, nem religião, área ou campo de atuação, etc., para que se exponha publicamente para externar suas próprias opiniões. O que você fez foi exatamente isso, foi preconceituoso, vulgar e baixo.

Quero saber exatamente porque eu, como matemático, não tenho o direito de pensar sobre a realidade. Quero saber exatamente qual é a lógica correta para que eu possa dizer o que eu penso e que não fira as regras e/ou regulamento do DB.

Deixo claro que não tenho nada com esta discussão, logo você me incluiu em um debate que não faço parte, e o pior, sem me citar explicitamente.

Assim sendo, exijo uma explicação e uma retratação formal, caso contrário formalizarei minhas reclamações junto a Administração/Moderação, citando obviamente os pontos do regulamento que foram desobedecidos, para providências cabíveis.


No aguardo,

Orestes

Não Orestes, veja, falei em quem estuda matemática, na verdade é quem pensa matematicamente a realidade, não é uma alusão a profissão, mas a um tipo de visão de mundo. Portanto, não foi alusão direta a você, não estou falando em matemáticos, tanto que depois me referi a engenheiros. A crítica é usar uma lógica que não se aplica ao mundo real.

[ ]´s
PRick, cheguei a escrever um longo post agora, comentando a cautela sugerida pelo Carlos, mas resolvi dar uma olhada no tópico antes de enviá-lo (ainda bem). Assim, abandono o que escrevi e comento este aqui, é mais prudente, caso contrário, passaria a idéia que estaria dando recados por tabela, uma descortesia.

Compreendo o que pensou naquele momento, mas mesmo assim, se me permite, não foi de bom tom. Você quis dizer que o pensamento de um matemático (me excluo temporariamente) é linear, induzindo distorções nas conclusões, devido a uma ótica baseada na lógica. Este é o erro, o pensamento matemático (e não do matemático) nunca é linear, e por incrível que possa parecer, nem sempre usa a lógica, que é apenas um dos ramos da matemática. Mas deixemos a matemática de lado...

O certo é que você usou a figura do matemático, ou o pensamento matemático, ou ainda a própria matemática, como algo menor para justificar um pensamento seu que está completamente equivocado (no meu entendimento, claro). Você quis ofender alguém (que não seja eu, que não seja uma pessoa em particular) ou talvez uma categoria (por que não "a corporação) para justificar algo e aí diminuiu uma "classe", dos matemáticos, mas que podia ser dos advogados, dos médicos, dos economistas (né?) etc., da mesma forma que colocou abaixo do chinelo a classe dos jornalistas. Isto não foi de bom tom, acredito que atingiria seu recado sem usar tais coisas.

Aí nos vimos obrigados a poluir o tópico com assuntos que não são do interesse de ninguém aqui para justificar ou pedir explicações sobre algo que não se explica. Mas ignoremos isso, gosto de você, respeito o seu jeito e acima de tudo, suas opiniões e convicções. Deixemos tudo isso de lado e vamos adiante com o assunto central. Não vamos incomodar mais com coisas que não deveriam estar postadas em um tópico mais "técnico".


Inté,

Orestes




Carlos Mathias

Re: NOTÍCIAS

#10894 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Nov 03, 2008 11:16 pm

[009]

Felizmente, apenas um mal entendido.




PRick

Re: NOTÍCIAS

#10895 Mensagem por PRick » Seg Nov 03, 2008 11:21 pm

orestespf escreveu:
PRick escreveu:
Não Orestes, veja, falei em quem estuda matemática, na verdade é quem pensa matematicamente a realidade, não é uma alusão a profissão, mas a um tipo de visão de mundo. Portanto, não foi alusão direta a você, não estou falando em matemáticos, tanto que depois me referi a engenheiros. A crítica é usar uma lógica que não se aplica ao mundo real.

[ ]´s
PRick, cheguei a escrever um longo post agora, comentando a cautela sugerida pelo Carlos, mas resolvi dar uma olhada no tópico antes de enviá-lo (ainda bem). Assim, abandono o que escrevi e comento este aqui, é mais prudente, caso contrário, passaria a idéia que estaria dando recados por tabela, uma descortesia.

Compreendo o que pensou naquele momento, mas mesmo assim, se me permite, não foi de bom tom. Você quis dizer que o pensamento de um matemático (me excluo temporariamente) é linear, induzindo distorções nas conclusões, devido a uma ótica baseada na lógica. Este é o erro, o pensamento matemático (e não do matemático) nunca é linear, e por incrível que possa parecer, nem sempre usa a lógica, que é apenas um dos ramos da matemática. Mas deixemos a matemática de lado...

O certo é que você usou a figura do matemático, ou o pensamento matemático, ou ainda a própria matemática, como algo menor para justificar um pensamento seu que está completamente equivocado (no meu entendimento, claro). Você quis ofender alguém (que não seja eu, que não seja uma pessoa em particular) ou talvez uma categoria (por que não "a corporação) para justificar algo e aí diminuiu uma "classe", dos matemáticos, mas que podia ser dos advogados, dos médicos, dos economistas (né?) etc., da mesma forma que colocou abaixo do chinelo a classe dos jornalistas. Isto não foi de bom tom, acredito que atingiria seu recado sem usar tais coisas.

Aí nos vimos obrigados a poluir o tópico com assuntos que não são do interesse de ninguém aqui para justificar ou pedir explicações sobre algo que não se explica. Mas ignoremos isso, gosto de você, respeito o seu jeito e acima de tudo, suas opiniões e convicções. Deixemos tudo isso de lado e vamos adiante com o assunto central. Não vamos incomodar mais com coisas que não deveriam estar postadas em um tópico mais "técnico".


Inté,

Orestes

Orestes,

Usei uma figura de linguagem, para reduzir um tipo de pensamento de mundo, que é identificado pela lógica única, que pensa a realidade sem contradição. A lógica matemática é tida assim, cartesiana. Usei um tipo de reducionismo, porque, afinal, queria reduzir o texto, que já estava grande.

Na prática, fala que decisão política, não é técnica, decisão política não é racional, e coisas do tipo. Quando ela é a numero 01 das decisões.

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PRick

Re: NOTÍCIAS

#10896 Mensagem por PRick » Seg Nov 03, 2008 11:32 pm

projeto escreveu:
PRick escreveu: Sabe qual é o problema CM, é que só existe uma palavra para resumir o contéudo das decisões

POLITICA

Assim, podemos entender como um caça mais leve e outro inferior terminaram na Short List.

Quer dizer a decisão contrariou as notas da FAB, todas até agora e seus defensores.

Para eles a decisão está correta, porque veio da FAB, essa é a conclusão.

E olha o que ocorreu era o que já estava esperando. Não tive qualquer surpresa, e havia falado aqui, os russos não tinham chance, a despeito da qualidade do SU-35. O mesmo falei sobre o Typhoon, é só ler meus posts por aí, o pessoal criticava(inclusive você :P ). Mas disse pelo andar da carruagem a decisão está entre França e EUA, ou EUA do B. :mrgreen: :mrgreen: :twisted: :twisted:

[ ]´s
Concordo com você Prick e digo mais, nesse caso o técnico as vezes se confunde com o político porque a política da Força é a de se criar uma parceria duradoura com transferência de tecnologia, transparência e benefício para a indústria bélica. Se a FAB (e o país) quiser um dia ser independente de fornecedores terá que ser assim. Então o Typhoon, o F-35 e o Su-35BM foram eliminados no RFI porque não satisfizeram a política da FAB que é a política endossada por este Governo, pois é uma política de Estado.

Entendo o que quis dizer quanto a decisão final que caberá ao poder político, hoje representado pelo Conselho de Defesa e pelo Presidente da República. Mas reforço que o parecer "técnico" da FAB será na verdade um parecer político visto que não se está comparando sequer aviões similares no short list. O Alto Comando da FAB tem por função (e obrigação), em tempos de paz, criar e implementar uma política para a o futuro da Força e é essa POLÌTICA que está norteando a escolha. Gente da parte operacional da Força podem ter suas preferências e opiniões mas cabe ao Alto Comando criar uma política como no passado onde, dessa política, surgiram a Embraer, o CTA, projeto AMX, MAR-1, MAA-1, etc. etc. etc.

Também concordo que, dos concorrentes, o país que poderá nos oferecer a melhor parceria é aquele com o qual assinaremos em breve um tratado de Aliança de Defesa e que tradicionalmente nos forneceu equipamentos sempre vetados por outras potências assim como contribuiu nos últimos anos com aprimoramento de doutrinas modernas para a FAB. Os tão criticados Mirage III, pods Caymãs, os MAGEs DR-2000 e DR-3000 e o radar TRS-2230 são equipamentos que representaram uma evolução fantástica para a FAB, mesmo uma revolução, quando NINGUÉM queria vender equipamentos similares ao Brasil.

Por isso eu sou a favor do Rafale e acho que será o avião escolhido no FX-2. Independente de o considerar o melhor avião dentre os finalistas.

[]'s

Em resumo, não é possível separar decisões, em técnicas ou políticas, isso é válido para as ciência exatas, em que o objeto de estudo é ideal ou natural, estamos falando da cultura humana, onde é impossível separar o conteúdo de suas decisões. Cada decisão da FAB, cada decisão governamental ou humana tem diversos planos, eles se somam, apresentam multiplos aspectos, e como tais, devem assim ser considerados, a falha está na maneira de pensar o mundo, separando, compartimentalizando, o erro está na maneira de encarar a realidade, e não na realidade. :wink:

É como pensar o sistema político ou capitalista sem corrupção, ela é o óleo do sistema. Dá boa plataforma eleitoral, mas é algo irreal é hipócrita basear campanhas eleitorais no fim da corrupção.

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Re: NOTÍCIAS

#10897 Mensagem por Carlos Lima » Seg Nov 03, 2008 11:37 pm

Sei lá,

Eu acho que realmente é verdade... o meio político é quem resolve qual será o escolhido no fim das contas, daí ínumeros interesses são levados em consideração e daí isso tudo produz a base necessária para a escolha final feita pelo governo.

O que eu não necessariamente concordo é que a escolha dos caças esteja vínculada a aliança estratégica com país A, B ou C. Acho que alianças possuem objetivos e equipamentos podem até estar envolvidos neles, caso eles venham a agregar valor.

Vou me explicar um pouco melhor...

Sendo assim, nada impediria ao meu ver o nosso país forjar uma aliança estratégica com por exemplo a França e possuir determinados equipamentos vindos desse país e outros equipamentos vindos de outra origem (tipo misseis anti-aéreos e helis de ataque russos e caças e AEW&C suecos).

Afinal de contas estamos falando de países soberanos e espero não ser de nosso interesses forjar alianças para sermos "seguidores" e sim para alinhar interesses e caminharmos lado a lado.

Assim, poderíamos ter muito bem em alguns níveis equipamentos 'comuns' com quem fazemos aliança e em outros níveis simplesmente não, pois não era o mais apropriado segundo os nossos interesses e modo de operação, visão futura, pesquisa e des., "ameaças", etc.

É por isso que eu acho que a FAB terá um certo peso nessa decisão sobre o novo caça e honestamente da forma que está procedendo até agora (estou falando em cumprir etapas e não no "Hardware" que passou para a etapa seguinte), merece na minha visão de pessoa que não faz parte do processo decisório um bom crédito. :D

Honestamente só o fato dos 3 concorrentes estarem encarando essa concorrência com bastante seriedade (com entrevistas e investimentos de marketing e apresentações ao público/imprensa) demonstra que mesmo que a decisão seja política (o que todos os concorrentes já sabem que é mesmo :wink:) a coisa não parece estar atrelada a carta marcadas ou mesmo a alianças estratégicas.

O que na minha opnião caso o Rafale venha a ser o vencedor só ajudaria essa aeronave porque não fica com aquela cara de "está garantido" e sim que para mim (pelo menos) é que aeronave ganhou porque simplesmente era a melhor mesmo o que no fim das contas não é o que nós aqui queremos? E nesse caso eu como leitor aplaudo a decisão!

Não dá para se enganar que embora a decisão final não seja da FAB ela é um das bases dessa escolha e é isso e o fato da concorrência ter o seu cronograma sendo cumprido que eu acho fantástico para nós.

Então, por favor mais uma vez, vamos tocar essa bola para frente e tentar evitar os comentários que não agregam nada ao debate porque assim evitamos mal entendidos e desentendimentos desnecessários já que aqui tratamos de pessoas inteligentes que só possuem as vezes opniões diferentes mas com (eu espero) um objetivo em comum.

[]s
CB_Lima




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Re: NOTÍCIAS

#10898 Mensagem por AlbertoRJ » Ter Nov 04, 2008 12:29 am

Lima, você está certo mas, o que eu quis dizer, e acho que o Prick também, que ele me desculpe se não for assim, é que a própria decisão da FAB também será uma decisão política. Muito se fala de decisões técnicas mas estas estão e estarão condicionadas às decisões políticas, mesmo na própria FAB. Resumindo, a FAB não quer apenas comprar aviões, isso já foi repetido zilhões de vezes e é a política da Força. Então não adianta muito ficarmos aqui comparando se um avião é melhor que o outro se o que vai ser analisado será muito mais do que isso. A Força não é formada apenas por pilotos, mecânicos, técnicos e intendentes, isso todo mundo sabe. A turma que define o que se pretende para o futuro da FAB está um nível acima e toma decisões essencialmente políticas, embora com considerações técnicas. Não existe essa dicotomia de decisão técnica/política. Se existisse, em uma análise simplista, a decisão técnica se aplicaria às compras de "prateleira", que não é o caso do FX-2.

A escolha da FAB será política e deverá (ou não, quem sabe) ser endossada pelo Governo se essa escolha estiver de acordo com a política de Estado, e estará.

Mas isso não significa que existam cartas marcadas, pelo menos na minha opinião.

Acho que nesse momento todos dizem que cumprirão com os requisitos desejados pela FAB mas acredito que os diferenciais ficarão bastante claros ao final do RFP.

A decisão pró-francesa é opinião minha baseada em uma série de questões, como a proximidade entre as Forças, políticas nacionais, aliança estratégica e o acordo aeronáutico, intercâmbios já existentes e a vontade já demonstrada pelos franceses, inclusive pelo próprio Chefe de Governo, de que desejam uma parceria conosco a nível de Estado. Claro que também querem vender e esse é o objetivo principal de todos, mas eu penso que já demonstram serem algo diferente dos demais.

Abraços




Alberto -
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Re: NOTÍCIAS

#10899 Mensagem por Oziris » Ter Nov 04, 2008 8:15 am

É isso que me entristece, decisão política. :(
[]'s




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Re: NOTÍCIAS

#10900 Mensagem por zerouno » Ter Nov 04, 2008 2:39 pm

Aos esperançosos do EDN ou sabe-se la o nome pomposo que tem esse plano (que agora alguns afirmam que será apresentado no dia 22 de dezembro)... a realidade: criaram uma nova crise pra esse plano ser enrolado e não sair NADA.

Eu tava até estranhando... esse país não pode passar por um único período sem escandâlos políticos... é até chato ligar a TV e não ver ninguém se degladiando, acusações mútuas... mas Brasília já resolveu o problema...
CORREIO BRAZILIENSE - 04/11/08

Lula ainda em cima do muro

Presidente não quer bate-boca quando o assunto for tortura durante o regime militar. Para isso, vai conversar com ministros envolvidos na polêmica e tentar afinar o discurso

Edson Luiz, Mirella D’Elia e Tiago Pariz
Da equipe do Correio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a uma operação para unificar o discurso do governo e chegar a um meio-termo sobre os limites da responsabilidade da União e de torturadores em atos praticados no período da ditadura militar. A intenção é acalmar os ânimos e aparar arestas diante da divisão interna que surgiu por causa das diferentes interpretações da Lei de Anistia (6.683/79). A avaliação é que um ruído de comunicação pode ter causado um grande equívoco. Lula reuniu-se ontem no Palácio do Planalto com o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, para tratar da questão. E vai chamar os ministros envolvidos na discussão: Tarso Genro e Nelson Jobim, que comandam as pastas de Justiça e Defesa, e o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi. Ontem, o governo admitiu que pode haver um recuo.

A polêmica começou depois que a Advocacia- Geral da União (AGU) recorreu da ação que o Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça Federal contra um grupo de coronéis da reserva e a União. A alegação é que houve omissão do Estado em não cobrar dos militares o ressarcimento ao Tesouro das indenizações pagas aos familiares de vítimas da ditadura. O MPF pediu a condenação dos oficiais por tortura e a abertura dos arquivos do regime militar. A AGU argumenta que a ação está prescrita.

O ministro da Justiça procurou minimizar as divergências internas suscitadas diante do tema e negou que haja um racha no governo. “O que queremos é colaborar para que o impasse técnico e jurídico não se transforme num contencioso político”, disse. No entanto, disse que a defesa apresentada pela AGU pode ser corrigida.“Não há nenhuma postura do ministro Toffoli de defesa de quem cometeu delitos de tortura ou de posição de princípio de que a anistia deve ser aplicada de maneira indiscriminada. Essa defesa técnica pode ser corrigida. Agora, essa correção deve ser técnica, adequada e negociada entre a AGU, a Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça”, declarou.

Disputa

Ele ressaltou que o Ministério da Justiça não compartilha da análise de que a AGU saiu em defesa de militares acusados de tortura. “A AGU não tem uma posição de defesa de que uma pessoa deva ser absolvida ou condenada. Ela defende a União”, afirmou.

Toffoli e Jobim, de um lado, consideram que a anistia foi ampla, geral e irrestrita. E que o debate sobre isso não deve ser reaberto. Por outro lado, Vanucchi e Genro afirmam que os crimes de tortura são imprescritíveis. A avaliação, no Planalto, é que a AGU pode ter trabalhado com informações que foram repassadas ao órgão sem que houvesse um amplo debate. O objetivo, agora, é esclarecer a questão e baixar a temperatura. “Houve uma disputa de força desnecessária”, disse um interlocutor do presidente Lula. Porém, um dos lados vai ter que ceder mais, admitiu a fonte.

Anistia

Em meio ao embate, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau pediu ontem informações ao presidente Lula e ao Congresso Nacional sobre punições para autoridades militares que torturaram presos políticos no regime militar. O prazo para a resposta é de cinco dias. Depois, o processo segue para a Procuradoria-Geral da República, que também tem cinco dias para encaminhar um parecer. Grau é relator de uma ação que questiona a anistia dada a policiais e militares. A ação foi proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e questiona a validade de parte da Lei da Anistia que considera como igualmente perdoados delitos “de qualquer natureza” praticados durante a ditadura. A OAB pede uma interpretação mais clara da lei. E que a anistia não se estenda a crimes praticados por agentes públicos acusados de homicídio, desaparecimento forçado, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor contra opositores. Não há prazo para a decisão.

"O que queremos é colaborar para que o impasse técnico e jurídico não se transforme num contencioso político"

Tarso Genro, ministro da Justiça
JORNAL DO BRASIL - 04/11/08

Caso pode gerar nova crise militar no governo

A decisão judicial que manda apontar o paradeiro de 70 guerrilheiros desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia – 58 ativistas do PCdoB e 12 camponeses que viraram combatentes – coloca o governo contra a parede. E força uma tomada de decisão política que amplia o abismo que separa os ministros Tarso Genro e Paulo Vannuchi de seus dois colegas de Esplanada, Nelson Jobim e José Dias Toffoli, em conflito sobre a punição (ou não) de torturadores protegidos pela Lei da Anistia. O Caso Araguaia é mais grave e pode arrastar para a arena o segmento que o governo do presidente Lula – formado em seu núcleo por ex-ativistas que pegaram em armas – mais tem tentado evitar: as Forças Armadas.

Se houve alguma resistência consistente contra o regime militar, ela é simbolizada pela Guerrilha do Araguaia, um movimento organizado durante nove anos (de 1966 a 1975) e que obrigou as três forças, Exército, Marinha e Aeronáutica a entrar na selva por quase três anos para desalojá-lo. Mesmo sem condições de fazer frente a um exército regular _ formado no final por tropa especializada em combates na selva _, a resistência da guerrilha também levou o regime a optar por uma solução não-convencional: o massacre. A Guerrilha do Araguaia é o movimento mais farto de informações sobre prisões, torturas e execuções de prisioneiros que "até as árvores" viram vivos antes de desaparecer _ o que explica a conspiração do silêncio em torno do caso.




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Re: NOTÍCIAS

#10901 Mensagem por henriquejr » Ter Nov 04, 2008 2:51 pm

zerouno escreveu:Aos esperançosos do EDN ou sabe-se la o nome pomposo que tem esse plano (que agora alguns afirmam que será apresentado no dia 22 de dezembro)... a realidade: criaram uma nova crise pra esse plano ser enrolado e não sair NADA.

Eu tava até estranhando... esse país não pode passar por um único período sem escandâlos políticos... é até chato ligar a TV e não ver ninguém se degladiando, acusações mútuas... mas Brasília já resolveu o problema...
CORREIO BRAZILIENSE - 04/11/08

Lula ainda em cima do muro

Presidente não quer bate-boca quando o assunto for tortura durante o regime militar. Para isso, vai conversar com ministros envolvidos na polêmica e tentar afinar o discurso

Edson Luiz, Mirella D’Elia e Tiago Pariz
Da equipe do Correio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a uma operação para unificar o discurso do governo e chegar a um meio-termo sobre os limites da responsabilidade da União e de torturadores em atos praticados no período da ditadura militar. A intenção é acalmar os ânimos e aparar arestas diante da divisão interna que surgiu por causa das diferentes interpretações da Lei de Anistia (6.683/79). A avaliação é que um ruído de comunicação pode ter causado um grande equívoco. Lula reuniu-se ontem no Palácio do Planalto com o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, para tratar da questão. E vai chamar os ministros envolvidos na discussão: Tarso Genro e Nelson Jobim, que comandam as pastas de Justiça e Defesa, e o secretário especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi. Ontem, o governo admitiu que pode haver um recuo.

A polêmica começou depois que a Advocacia- Geral da União (AGU) recorreu da ação que o Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça Federal contra um grupo de coronéis da reserva e a União. A alegação é que houve omissão do Estado em não cobrar dos militares o ressarcimento ao Tesouro das indenizações pagas aos familiares de vítimas da ditadura. O MPF pediu a condenação dos oficiais por tortura e a abertura dos arquivos do regime militar. A AGU argumenta que a ação está prescrita.

O ministro da Justiça procurou minimizar as divergências internas suscitadas diante do tema e negou que haja um racha no governo. “O que queremos é colaborar para que o impasse técnico e jurídico não se transforme num contencioso político”, disse. No entanto, disse que a defesa apresentada pela AGU pode ser corrigida.“Não há nenhuma postura do ministro Toffoli de defesa de quem cometeu delitos de tortura ou de posição de princípio de que a anistia deve ser aplicada de maneira indiscriminada. Essa defesa técnica pode ser corrigida. Agora, essa correção deve ser técnica, adequada e negociada entre a AGU, a Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça”, declarou.

Disputa

Ele ressaltou que o Ministério da Justiça não compartilha da análise de que a AGU saiu em defesa de militares acusados de tortura. “A AGU não tem uma posição de defesa de que uma pessoa deva ser absolvida ou condenada. Ela defende a União”, afirmou.

Toffoli e Jobim, de um lado, consideram que a anistia foi ampla, geral e irrestrita. E que o debate sobre isso não deve ser reaberto. Por outro lado, Vanucchi e Genro afirmam que os crimes de tortura são imprescritíveis. A avaliação, no Planalto, é que a AGU pode ter trabalhado com informações que foram repassadas ao órgão sem que houvesse um amplo debate. O objetivo, agora, é esclarecer a questão e baixar a temperatura. “Houve uma disputa de força desnecessária”, disse um interlocutor do presidente Lula. Porém, um dos lados vai ter que ceder mais, admitiu a fonte.

Anistia

Em meio ao embate, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau pediu ontem informações ao presidente Lula e ao Congresso Nacional sobre punições para autoridades militares que torturaram presos políticos no regime militar. O prazo para a resposta é de cinco dias. Depois, o processo segue para a Procuradoria-Geral da República, que também tem cinco dias para encaminhar um parecer. Grau é relator de uma ação que questiona a anistia dada a policiais e militares. A ação foi proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e questiona a validade de parte da Lei da Anistia que considera como igualmente perdoados delitos “de qualquer natureza” praticados durante a ditadura. A OAB pede uma interpretação mais clara da lei. E que a anistia não se estenda a crimes praticados por agentes públicos acusados de homicídio, desaparecimento forçado, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor contra opositores. Não há prazo para a decisão.

"O que queremos é colaborar para que o impasse técnico e jurídico não se transforme num contencioso político"

Tarso Genro, ministro da Justiça
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Caso pode gerar nova crise militar no governo

A decisão judicial que manda apontar o paradeiro de 70 guerrilheiros desaparecidos durante a Guerrilha do Araguaia – 58 ativistas do PCdoB e 12 camponeses que viraram combatentes – coloca o governo contra a parede. E força uma tomada de decisão política que amplia o abismo que separa os ministros Tarso Genro e Paulo Vannuchi de seus dois colegas de Esplanada, Nelson Jobim e José Dias Toffoli, em conflito sobre a punição (ou não) de torturadores protegidos pela Lei da Anistia. O Caso Araguaia é mais grave e pode arrastar para a arena o segmento que o governo do presidente Lula – formado em seu núcleo por ex-ativistas que pegaram em armas – mais tem tentado evitar: as Forças Armadas.

Se houve alguma resistência consistente contra o regime militar, ela é simbolizada pela Guerrilha do Araguaia, um movimento organizado durante nove anos (de 1966 a 1975) e que obrigou as três forças, Exército, Marinha e Aeronáutica a entrar na selva por quase três anos para desalojá-lo. Mesmo sem condições de fazer frente a um exército regular _ formado no final por tropa especializada em combates na selva _, a resistência da guerrilha também levou o regime a optar por uma solução não-convencional: o massacre. A Guerrilha do Araguaia é o movimento mais farto de informações sobre prisões, torturas e execuções de prisioneiros que "até as árvores" viram vivos antes de desaparecer _ o que explica a conspiração do silêncio em torno do caso.
Não consegui ver relação nenhuma entre os fatos apresentados acima e o END.




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Re: NOTÍCIAS

#10902 Mensagem por gaitero » Ter Nov 04, 2008 2:53 pm

Nem eu.....

E que eu saiba Lula disse que ele sai até o final deste mês. :|




Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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Re: NOTÍCIAS

#10903 Mensagem por caixeiro » Ter Nov 04, 2008 5:43 pm

F-X2: Boeing marca reunião com fornecedores brasileiros



Trechos de reportagem de Ana Paula Machado e Júlio Ottoboni, do jornal Gazeta Mercantil

Para se preparar para a licitação dos 36 caças militares promovida pelo governo brasileiro a Boeing iniciou as conversas com fornecedores nacionais para fabricação dos jatos F-18 Super Hornet. Segundo o vice-presidente do programa F-18 da Boeing, Bob Gower, hoje a empresa tem reunião marcada com 30 fornecedores brasileiros. “Já estamos estruturando uma rede de fornecedores, caso nossa proposta seja a escolhida no processo de licitação”, disse o executivo.

O processo brasileiro para a compra dos caças será feita pelo regime off set, onde haverá transferência de tecnologia e também obrigatoriedade de utilização de produtos e peças nacionais. “E uma grande oportunidade para trabalharmos com o Brasil sob o ponto de vista de mercado e também poder acessar a rede de fornecedores que há no país. Todo esse processo será alavancado para o benefício do Brasil. Nessa licitação temos que olhar três aspectos, o militar, em que acredito que nosso avião é um forte candidato, a relação entre governos e também a questão da indústria aeronáutica, se há empresas capacitadas para receber nossa tecnologia”, disse Gower. “Vai ser um processo político”.

A Boeing participará da licitação brasileira com o caça F-18 Super Hornet, e segundo Gower, as configurações do sistema operacional do avião já foram aprovadas pelo governo norte-americano. “Temos todo apoio do governo dos Estados Unidos para a venda dos caças para o Brasil. Já passamos pelo processo de aprovação da configuração dos jatos, já que teremos que transferir tecnologia. Somente a questão das armas que equiparão os jatos é que depende de aprovação do governo”, explicou. Segundo ele, o governo brasileiro publicará amanhã as especificações que deverá conter os jatos. “Queremos ter um cliente na América do Sul. Esta é a nossa meta”, disse Gower,

O governo brasileiro deverá comprar 36 jatos mas tem potencial para mais de 120. Está em jogo um contrato que, num primeiro momento, pode atingir um total de US$ 2,2 bilhões.

O fato de a indústria aeronáutica russa estar desenvolvendo um jato comercial na faixa dos 100 lugares, um futuro concorrente da Embraer, pesou contra a Sukhoi que está excluída do processo apesar de haver se aliado com a brasileira Avibras Indústria Aeroespacial. A Embraer também projetou a unidade de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, para tocar seus grandes projetos militares.

Fonte: Gazeta Mercantil, via Notimp




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bscpaz
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Re: NOTÍCIAS

#10904 Mensagem por bscpaz » Ter Nov 04, 2008 5:53 pm

É....acho que o SH tem cada vez mais chances de ganhar.
Veja a reportagem abaixo do Estadão, publicada hoje!


=== Mangabeira Unger elogia Barack Obama, seu ex-aluno ====

SÃO PAULO - O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, evita falar sobre suas preferências em relação à disputa pela Casa Branca. Mas não esconde a admiração que tem pelo candidato democrata Barack Obama, de quem foi professor na Universidade Harvard, e diz que uma vitória dos democratas pode abrir grandes perspectivas nas relações entre os dois países, em especial no setor de agrocombustíveis.

"Ele demonstrou uma das qualidades mais importantes da vida pública, que é a capacidade de ser despojado", afirmou o ministro. Ele diz ainda que o distanciamento em relação ao eleitorado do qual a imprensa americana acusa o candidato democrata não passa de má impressão. "Obama é uma pessoa de idealismo refinado e contido, não é espalhafatoso. Essas qualidades, que são características da nobreza moral, nunca devem ser interpretadas como frieza."

Momento de Mudança

Independentemente do candidato que vencer nesta terça-feira, 4, Mangabeira ressalta que, por conta da crise, os Estados Unidos estão passando por um momento de mudança e a eleição tende a acelerá-la. "Imagino que poderemos tentar inaugurar uma série de iniciativas que nos uniriam a serviço de um objetivo generoso, que é a ampliação das oportunidades econômicas e educativas em todas essas áreas, até mesmo nos agrocombustíveis", diz Mangabeira Unger.

Se for eleito, Obama poderá ser o interlocutor de uma solução no impasse comercial entre EUA e Brasil a respeito do etanol, afirmou o ministro. Durante a campanha, quando recebeu apoio dos produtores americanos de álcool do milho, o senador democrata defendeu tarifas elevadas para a importação do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.

"No futuro, ele representará os interesses de todo os EUA, que têm interesse, em longo prazo, na organização do mercado mundial de agrocombustíveis e no desenvolvimento das bases científicas dos instrumentos tecnológicos", diz o ministro.




PRick

Re: NOTÍCIAS

#10905 Mensagem por PRick » Ter Nov 04, 2008 8:54 pm

bscpaz escreveu:É....acho que o SH tem cada vez mais chances de ganhar.
Veja a reportagem abaixo do Estadão, publicada hoje!


=== Mangabeira Unger elogia Barack Obama, seu ex-aluno ====

SÃO PAULO - O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, evita falar sobre suas preferências em relação à disputa pela Casa Branca. Mas não esconde a admiração que tem pelo candidato democrata Barack Obama, de quem foi professor na Universidade Harvard, e diz que uma vitória dos democratas pode abrir grandes perspectivas nas relações entre os dois países, em especial no setor de agrocombustíveis.

"Ele demonstrou uma das qualidades mais importantes da vida pública, que é a capacidade de ser despojado", afirmou o ministro. Ele diz ainda que o distanciamento em relação ao eleitorado do qual a imprensa americana acusa o candidato democrata não passa de má impressão. "Obama é uma pessoa de idealismo refinado e contido, não é espalhafatoso. Essas qualidades, que são características da nobreza moral, nunca devem ser interpretadas como frieza."

Momento de Mudança

Independentemente do candidato que vencer nesta terça-feira, 4, Mangabeira ressalta que, por conta da crise, os Estados Unidos estão passando por um momento de mudança e a eleição tende a acelerá-la. "Imagino que poderemos tentar inaugurar uma série de iniciativas que nos uniriam a serviço de um objetivo generoso, que é a ampliação das oportunidades econômicas e educativas em todas essas áreas, até mesmo nos agrocombustíveis", diz Mangabeira Unger.

Se for eleito, Obama poderá ser o interlocutor de uma solução no impasse comercial entre EUA e Brasil a respeito do etanol, afirmou o ministro. Durante a campanha, quando recebeu apoio dos produtores americanos de álcool do milho, o senador democrata defendeu tarifas elevadas para a importação do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.

"No futuro, ele representará os interesses de todo os EUA, que têm interesse, em longo prazo, na organização do mercado mundial de agrocombustíveis e no desenvolvimento das bases científicas dos instrumentos tecnológicos", diz o ministro.
Na verdade, não acho que o relacionamento com governos democratas sejam melhores, do que com governos republicanos. Não dá para tirar nenhuma conclusão por discursos de campanha.

[ ]´s




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