SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#76 Mensagem por Morcego » Qua Abr 16, 2008 9:05 pm

lobo_guara escreveu:
Plinio Jr escreveu: Chega a ser comico, se nao fosse trágico... :idea:
Mas se aqui o pessoal da direita extremosa cita o Claudio Humberto, a Miriam Leitão, o Merval Pereira, e até o pessoal do Mídia sem mascara por que achar estranho citar o vermelho.com, pelo menos lá não existe essa hipocrisia de se apreseentar como imparcial, é tudo comuna mesmo, também não existe motivo para esconder o sol com a peneira, pois ninguém esta vendendo nada trata-se de um site institucional (que aliás não recebe, nem poderia receber verbas públicas além daquelas previstas em lei), portanto se a informação é postada lá trata-se de análise para consumo interno, mais verídica do que essa ladainha da imprensa marronsista (até por que ninguém é bobo de se iludir com informações falsas).
A propósito qual empresa de jornalismo desse país não recebe verba pública?
O pessoal de extrema esquerda não foca suas criticas em quem escreve, mas prioritariamente NO QUE ESTA ESCRITO, obviamente ao pegar um site como o vermelho.org sabemos por larga experiência que sua linha editorial é MENTIROSA, ESQUERDOPATA e CRIMINOSA no que tange defender os interesses da ESQUERDA MUNDIAL.

Toda via, isso não impede que a NOSSA CRITICA SEJA AO QUE ESTA escrito, E TB A QUEM ESCREVE.

No caso, RARAS SÃO as criticas (ao mida sem mascara por exemplo) que são diferentes da mesma manjada: EXTREMA DIREITA.




Avatar do usuário
Morcego
Sênior
Sênior
Mensagens: 9018
Registrado em: Sáb Mai 01, 2004 12:27 pm
Localização: Santos/SP
Agradeceu: 1 vez
Agradeceram: 9 vezes
Contato:

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#77 Mensagem por Morcego » Qua Abr 16, 2008 9:06 pm

lobo_guara escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Nossa, a que ponto chegou a inversão de valores. :shock: :roll:
Inversão de valores ou questão de ponto de vista?
Coisas da democrácia, nada além disso.
Inversão de valores SIM SENHOR, esquerdopatia usando o direito de ter opinião para sabotar a própria democracia.




Avatar do usuário
Anderson TR
Sênior
Sênior
Mensagens: 767
Registrado em: Qui Mar 13, 2008 10:20 pm

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#78 Mensagem por Anderson TR » Seg Abr 21, 2008 3:08 pm

morcego escreveu:
lobo_guara escreveu: Inversão de valores ou questão de ponto de vista?
Coisas da democrácia, nada além disso.
Inversão de valores SIM SENHOR, esquerdopatia usando o direito de ter opinião para sabotar a própria democracia.
Que conceito mais ultrapassado esse de Esquerda/Direita :roll: :roll: .....O questionamento político atual trabalha com duas formas de EStado: O ESTADO mínimo(Liberal/neo Liberal) em que a iniciativa privada assume todos os ramos de atuação que deveria caber ao Estado(econômico/logístico), cabendo ao Estado pura e simplesmente gerenciar os impostos e regulamentar agências reguladoras e outras ações de legalidade.......E o estado Social em que o Estado assume as vezes de empreendedor apesar da iniciativa privada atuar, o governo dá incentivos, direciona atuações, fortalece o corpo público e ainda gerencia empresas EStatais(estratégicas).
A ESquerda aos moldes do que ocorria na guerra fria virou uma ideologia populista(A.S)!!!Em que se mistura ideais bolivarianos com teorias revolucionárias mirabolantes e ainda assim só sobrevive pelo Capitalismo ou venda de seus produtos no mercado intenacional (ex.:Venezuela e o petróleo p/ os EUA)....Até a China se converteu em um grande mercado Capitalista que nada tem haver com ESQUERDA/DIreita....Há não ser pelo fato de ser uma Ditadura.....Mas ditaduras por ditaduras, nesse sentido não há posicionamentos.....Brasil que o diga,pois, viveu longos anos de Ditadura, sendo um país, como vocês chamam.....de "Direita".... :wink:




Imagem
Jesus Cristo meu Senhor -"O Leão da tribo de Judah"!!!
Avatar do usuário
lobo_guara
Sênior
Sênior
Mensagens: 1131
Registrado em: Sex Ago 24, 2007 1:49 pm
Localização: Brasil
Agradeceram: 19 vezes

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#79 Mensagem por lobo_guara » Ter Abr 22, 2008 4:49 pm

morcego escreveu:
lobo_guara escreveu: Inversão de valores ou questão de ponto de vista?
Coisas da democrácia, nada além disso.
Inversão de valores SIM SENHOR, esquerdopatia usando o direito de ter opinião para sabotar a própria democracia.
Que história é essa de esquerda e direita filho? Hoje em dia isso é coisa só de quartel, e estou me referindo a ordem unida... esquerda volver! direita volver! (coisas desse tipo). Já ouviu falar de pós-modernidade? Pois é isso aí, já estamos vivendo nesse período histórico aqui no Brasil, apesar dos resquícios (ou rugosidades como diria Milton Santos) medievais presentes na nossa sociedade.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#80 Mensagem por Marino » Sex Abr 25, 2008 6:41 pm

ESP:

Nós, os imperialistas

João Mellão Neto



Isso, um dia, haveria fatalmente de acontecer. De Lenin para cá, o inimigo dos povos pobres eram os países desenvolvidos, que usavam até mesmo a força para obrigar aqueles a comerciar com desvantagem. Segundo Vladimir Ulianov - nome verdadeiro do líder da Revolução Russa -, os ricos não exploravam mais os pobres em seus próprios países, preferiam unir suas forças para tirar proveito das nações menos desenvolvidas. Inimigos, por exemplo, eram os países ricos da Europa, aqueles que já haviam realizado as suas revoluções industriais.

Da 2ª Grande Guerra para cá, o inimigo mudou de endereço. Donos de praticamente metade das riquezas do mundo, era natural a eleição, como alvo preferencial, dos Estados Unidos da América. A nossa América Latina não ficou indiferente a esse movimento. Muita tinta e muito papel foram gastos por aqui para esconjurar os demônios do norte. O maior investidor em cada um dos países da América ibérica e também o maior parceiro comercial, era previsível que a opulência norte-americana despertasse a cobiça dos seus irmãos latinos, uma vez que “não havia outra explicação para o fato de eles serem tão ricos e os demais, tão pobres”. Educação, instituições, desenvolvimento tecnológico, nada disso era levado em conta, para não desafinar o canto da procissão. Os ricos são ricos tão-somente porque exploram os pobres e ponto final.

A tese, nestas plagas, ganhou finalmente a sua bíblia, o seu livro sagrado, com a publicação da rancorosa obra do uruguaio Eduardo Galeano As Veias Abertas da América Latina, no início da década de 1970. Escritor talentoso, Galeano pôs a sua pena a serviço da ideologia e conseguiu pintar com cores demoníacas até onde nem sequer um pequeno capeta havia. “A América Latina estava inteirinha a serviço dos EUA!”, concluía, alarmado, o escritor.

Li esse livro nos meus primeiros anos de universidade. Embora tudo o que fora afirmado ali fosse de difícil comprovação, o fato é que as verdades convenientes não carecem ser chanceladas pelos fatos: acredita-se nelas e pronto. Após sua leitura, tive ímpetos de tomar o primeiro quartel que avistasse. Ainda bem que não o fiz. A História é uma senhora caprichosa e ainda haveria de dar muitas voltas nos 35 anos posteriores.

A virada do jogo se deu com a posse, como presidente da Venezuela, do coronel Hugo Chávez. Surpresa! No índex do ditador, o Brasil constava pela primeira vez como um dos países exploradores e vilões. Como isso era possível? Pois não foi aqui que se produziu a maior tonelagem de livros antiimperialistas? É verdade, como também é verdade que nós possuímos o maior território da América Latina, temos a economia mais desenvolvida e, ainda por cima, falamos um idioma diferente dos demais na região. Não basta isso para assegurar a nossa candidatura ao clube das nações odiáveis?

Logo depois de Chávez, tomou o poder na Bolívia o pseudo-índio Evo Morales, que, já no dia de sua posse, declarou ser o Brasil a principal potência a ser combatida e anunciou, para logo em seguida, a expropriação de duas usinas brasileiras em território boliviano. A promessa foi cumprida na íntegra. Em seguida, assomou ao poder, no Equador, mais um líder típico, Rafael Correa. Somados estes ao casal Kirchner, da Argentina, que nunca escondeu o seu vezo peronista, e mais Alan García, que busca cumprir as suas promessas de austeridade, mas o passado o condena, temos um quadro de volta ao passado, quando todas as nações da América do Sul rezavam pela cartilha populista.

O novo populismo - que acaba de levar a Presidência do Paraguai - é mais sofisticado e complexo do que o antigo. A base popular destes novos regimes não é mais composta pelos sindicatos organizados, mas sim pelos “despossuídos”, uma massa disforme, geralmente de origem rural, que se caracteriza por “não possuir alguma coisa: seja terra, seja teto, seja o que for”. É a essa gente que arengam os novos messias, prometendo o Céu na Terra e benesses de todos os tipos. A origem dos recursos para tanto, como no populismo tradicional, é incerta. Geralmente se alega que vão conseguir concessões comerciais de países vizinhos mais desenvolvidos.

O ódio aos Estados Unidos, como não podia deixar de ser, está presente no ideário dos novos líderes, já que nossos irmãos do norte continuam sendo a nação mais rica do planeta. Mas, em se tratando de mágoa, os neopopulistas têm outras prioridades de que cuidar. O Brasil é a principal delas e se enquadra perfeitamente no perfil de “imperialista odiável”: temos um território avantajado, um parque industrial muito mais moderno e desenvolvido do que os dos nossos vizinhos e, suprema heresia, quase todos dependem do comércio conosco para a saúde de suas economias.

Quem estudou na minha época pode enrolar as suas bandeiras de luta, porque agora os imperialistas somos nós. Todo o rancor que nós destilávamos contra os Estados Unidos agora se voltou contra o Brasil. Aqueles, dentre nós, que derramaram lágrimas ao ler o livro de Eduardo Galeano hoje repensam se é totalmente verdadeira a retórica repleta de impropérios do escritor uruguaio. Afinal, os mesmos argumentos de que ele se valeu para insuflar os intelectuais latino-americanos contra os norte-americanos estão, agora, sendo usados contra nós.

O que mais impressiona nesse novo quadro político é o comportamento ambíguo do presidente Lula. O fato é que ele tem de bajular todas as correntes que o elegeram duas vezes para ocupar o Planalto. E isso implica, entre outras coisas, prestar reverência a todos os líderes sul-americanos que surgirem brandindo uma bandeira com tons avermelhados.

Triste sina a nossa!

João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Tigershark
Sênior
Sênior
Mensagens: 4098
Registrado em: Seg Jul 09, 2007 3:39 pm
Localização: Rio de Janeiro - Brasil
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#81 Mensagem por Tigershark » Sex Abr 25, 2008 7:27 pm

Marino escreveu:ESP:

Nós, os imperialistas

João Mellão Neto



Isso, um dia, haveria fatalmente de acontecer. De Lenin para cá, o inimigo dos povos pobres eram os países desenvolvidos, que usavam até mesmo a força para obrigar aqueles a comerciar com desvantagem. Segundo Vladimir Ulianov - nome verdadeiro do líder da Revolução Russa -, os ricos não exploravam mais os pobres em seus próprios países, preferiam unir suas forças para tirar proveito das nações menos desenvolvidas. Inimigos, por exemplo, eram os países ricos da Europa, aqueles que já haviam realizado as suas revoluções industriais.

Da 2ª Grande Guerra para cá, o inimigo mudou de endereço. Donos de praticamente metade das riquezas do mundo, era natural a eleição, como alvo preferencial, dos Estados Unidos da América. A nossa América Latina não ficou indiferente a esse movimento. Muita tinta e muito papel foram gastos por aqui para esconjurar os demônios do norte. O maior investidor em cada um dos países da América ibérica e também o maior parceiro comercial, era previsível que a opulência norte-americana despertasse a cobiça dos seus irmãos latinos, uma vez que “não havia outra explicação para o fato de eles serem tão ricos e os demais, tão pobres”. Educação, instituições, desenvolvimento tecnológico, nada disso era levado em conta, para não desafinar o canto da procissão. Os ricos são ricos tão-somente porque exploram os pobres e ponto final.

A tese, nestas plagas, ganhou finalmente a sua bíblia, o seu livro sagrado, com a publicação da rancorosa obra do uruguaio Eduardo Galeano As Veias Abertas da América Latina, no início da década de 1970. Escritor talentoso, Galeano pôs a sua pena a serviço da ideologia e conseguiu pintar com cores demoníacas até onde nem sequer um pequeno capeta havia. “A América Latina estava inteirinha a serviço dos EUA!”, concluía, alarmado, o escritor.

Li esse livro nos meus primeiros anos de universidade. Embora tudo o que fora afirmado ali fosse de difícil comprovação, o fato é que as verdades convenientes não carecem ser chanceladas pelos fatos: acredita-se nelas e pronto. Após sua leitura, tive ímpetos de tomar o primeiro quartel que avistasse. Ainda bem que não o fiz. A História é uma senhora caprichosa e ainda haveria de dar muitas voltas nos 35 anos posteriores.

A virada do jogo se deu com a posse, como presidente da Venezuela, do coronel Hugo Chávez. Surpresa! No índex do ditador, o Brasil constava pela primeira vez como um dos países exploradores e vilões. Como isso era possível? Pois não foi aqui que se produziu a maior tonelagem de livros antiimperialistas? É verdade, como também é verdade que nós possuímos o maior território da América Latina, temos a economia mais desenvolvida e, ainda por cima, falamos um idioma diferente dos demais na região. Não basta isso para assegurar a nossa candidatura ao clube das nações odiáveis?

Logo depois de Chávez, tomou o poder na Bolívia o pseudo-índio Evo Morales, que, já no dia de sua posse, declarou ser o Brasil a principal potência a ser combatida e anunciou, para logo em seguida, a expropriação de duas usinas brasileiras em território boliviano. A promessa foi cumprida na íntegra. Em seguida, assomou ao poder, no Equador, mais um líder típico, Rafael Correa. Somados estes ao casal Kirchner, da Argentina, que nunca escondeu o seu vezo peronista, e mais Alan García, que busca cumprir as suas promessas de austeridade, mas o passado o condena, temos um quadro de volta ao passado, quando todas as nações da América do Sul rezavam pela cartilha populista.

O novo populismo - que acaba de levar a Presidência do Paraguai - é mais sofisticado e complexo do que o antigo. A base popular destes novos regimes não é mais composta pelos sindicatos organizados, mas sim pelos “despossuídos”, uma massa disforme, geralmente de origem rural, que se caracteriza por “não possuir alguma coisa: seja terra, seja teto, seja o que for”. É a essa gente que arengam os novos messias, prometendo o Céu na Terra e benesses de todos os tipos. A origem dos recursos para tanto, como no populismo tradicional, é incerta. Geralmente se alega que vão conseguir concessões comerciais de países vizinhos mais desenvolvidos.

O ódio aos Estados Unidos, como não podia deixar de ser, está presente no ideário dos novos líderes, já que nossos irmãos do norte continuam sendo a nação mais rica do planeta. Mas, em se tratando de mágoa, os neopopulistas têm outras prioridades de que cuidar. O Brasil é a principal delas e se enquadra perfeitamente no perfil de “imperialista odiável”: temos um território avantajado, um parque industrial muito mais moderno e desenvolvido do que os dos nossos vizinhos e, suprema heresia, quase todos dependem do comércio conosco para a saúde de suas economias.

Quem estudou na minha época pode enrolar as suas bandeiras de luta, porque agora os imperialistas somos nós. Todo o rancor que nós destilávamos contra os Estados Unidos agora se voltou contra o Brasil. Aqueles, dentre nós, que derramaram lágrimas ao ler o livro de Eduardo Galeano hoje repensam se é totalmente verdadeira a retórica repleta de impropérios do escritor uruguaio. Afinal, os mesmos argumentos de que ele se valeu para insuflar os intelectuais latino-americanos contra os norte-americanos estão, agora, sendo usados contra nós.

O que mais impressiona nesse novo quadro político é o comportamento ambíguo do presidente Lula. O fato é que ele tem de bajular todas as correntes que o elegeram duas vezes para ocupar o Planalto. E isso implica, entre outras coisas, prestar reverência a todos os líderes sul-americanos que surgirem brandindo uma bandeira com tons avermelhados.

Triste sina a nossa!

João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado


Muito boa esta análise do João Mellão,nos transformaram em causadores de todos os males!Esta na hora de acabarmos com esta dualidade de sentimentos:Vamos devolver na mesma moeda as acusações,os choros e os pedidos de ajuda.Em suma(Talha Mode) : PORRADA NELES!
"La realidad és la única verdad"




Avatar do usuário
Kratos
Sênior
Sênior
Mensagens: 4462
Registrado em: Dom Fev 18, 2007 12:11 am

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#82 Mensagem por Kratos » Sáb Abr 26, 2008 1:25 pm

Essa análise do João Mellão é excelente. Agora, só pra torpedear o tópico do Prick:

Lulla diz que não vai haver negociação sobre Itaipu, no mesmo o Ministro das Relações Avermelhadas disse que vai haver negociação. GRANDE MERDA DE DIPLOMACIA, DESTRUÍRAM O ITAMARATY.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
Avatar do usuário
Plinio Jr
Sênior
Sênior
Mensagens: 5278
Registrado em: Qui Fev 20, 2003 10:08 pm
Localização: São Paulo - SP
Agradeceram: 1 vez

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#83 Mensagem por Plinio Jr » Sáb Abr 26, 2008 7:46 pm

Caso eles nos queiram como vilões, deveriamos satisfazer estes desejos deles ...na prática... :wink:




¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#84 Mensagem por Marino » Ter Mai 06, 2008 7:37 pm

Lula ofereceu ajuda aos EUA para deter Chávez

Ricardo Balthazar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou para os Estados Unidos no início de 2005 que estava disposto a usar sua influência na América Latina para exercer um papel de moderador na região, oferecendo ajuda para conter as ambições do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e as tensões sociais que começavam a se manifestar na Bolívia.

A mensagem de Lula foi transmitida pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, ao final de um longo encontro que ele teve com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, no dia 3 de março daquele ano, em Washington. Um resumo da conversa foi feito dias depois num informe enviado à embaixada americana no Brasil, do qual o Valor obteve uma cópia.

Condoleezza introduziu o assunto dizendo a Dirceu que o Brasil precisava mandar uma "mensagem clara" para Chávez. Dirceu respondeu afirmando que Lula já aconselhara o líder venezuelano a moderar sua retórica, avisando Chávez que ele estava "brincando com uma arma carregada", segundo o informe.

Dirceu acrescentou que o Brasil não acreditava que Chávez desse qualquer tipo de ajuda aos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ao contrário do que os americanos sempre desconfiaram. Quanto à Bolívia, onde o líder cocaleiro Evo Morales se preparava para lançar sua candidatura presidencial, Dirceu garantiu à secretária que o Brasil tinha a situação "sob controle".

O informe sobre a conversa de Condoleezza com Dirceu faz parte de um conjunto de documentos internos do governo americano aos quais o Valor teve acesso nos últimos meses, depois de apresentar vários requerimentos amparados numa lei que permite a liberação de papéis desse tipo, a Lei de Liberdade de Informação (Foia, na sigla em inglês).

Os documentos abrem uma fresta que ajuda a entender a evolução das relações do Brasil com os Estados Unidos e seus vizinhos nos primeiros anos após a chegada de Lula ao poder. Eles mostram que o presidente cortejou o apoio dos americanos desde o começo, apresentando-se como um parceiro confiável, que podia ajudá-los a manter a estabilidade na América Latina.

De acordo com os papéis examinados pelo Valor, o próprio Lula deixou isso claro em pelo menos uma oportunidade, numa conversa que teve em junho de 2004 com o então secretário do Tesouro dos EUA John Snow, em Nova York, onde o presidente se encontrava para uma série de contatos com investidores.

Segundo um memorando do Departamento do Tesouro, Lula disse a Snow que o Brasil estava executando a "política externa mais agressiva de sua história" e que planejava usar o bom relacionamento que tinha com outros líderes da América Latina como "uma força pela estabilidade e pela democracia na região".

Lula disse ao secretário do Tesouro que as "democracias relativamente novas e frágeis" da região enfrentavam grandes desafios e precisavam de ajuda. Lula aproveitou a oportunidade e pediu uma mão para o Equador. Ele disse a Snow que o governo do país vizinho sentia-se "acossado" pela oposição e precisava de "tratamento especial" do Fundo Monetário Internacional (FMI) para recuperar sua economia.

Os documentos também mostram que Lula começou a imprimir um tom amistoso ao relacionamento com os americanos logo que desceu do palanque. Em 30 de outubro de 2002, três dias depois da sua consagração no segundo turno das eleições, ele chamou a então embaixadora dos EUA no Brasil Donna Hrinak para uma conversa no comitê central da sua campanha.

Segundo o relato enviado para Washington no dia seguinte, Lula parecia preocupado com as pressões que começava a sofrer do partido e de outros setores, mas garantiu a Donna que não haveria "nenhuma surpresa" em seu governo e que ele não teria perfil "ideológico". "Não vou ser um desses líderes que pensa que tem todas as respostas e precisa tomar todas as decisões", disse o presidente eleito à embaixadora.

Lula fez questão de estabelecer diferenças entre ele e outros líderes latino-americanos. Ao discutir a situação política em Cuba e sua amizade com Fidel Castro, pediu a Donna que não interpretasse seu apreço pessoal pelo dirigente comunista como um sinal de aprovação ao regime cubano e admitiu "que não havia liberdade em Cuba hoje".

Conquistar a boa vontade dos americanos era crucial para o novo presidente naquela altura. "Sabíamos que íamos enfrentar uma situação muito difícil no primeiro ano de governo e manter uma relação normal com os Estados Unidos era muito importante", disse Dirceu ao Valor, numa entrevista recente. "Abrir uma frente externa que se transformasse num problema era a última coisa que precisávamos."

As eleições brasileiras de 2002 foram acompanhadas com ansiedade em Washington, num momento em que a América Latina parecia ter voltado a ser um foco de instabilidade. A Argentina mergulhara numa profunda crise política e econômica com o fim do regime de câmbio fixo no país. Na Venezuela, Chávez estava em guerra com a oposição, que em abril tentara tirá-lo à força do poder e fracassara.

Nos dois casos as ações do governo americano contribuíram para esfriar seu relacionamento com a região. Os EUA foram o primeiro país a reconhecer como legítimo o governo provisório instalado na Venezuela após o golpe de abril, que durou menos de 48 horas. E os americanos levaram vários meses para aprovar um pacote de socorro financeiro do FMI para a Argentina.

A ascensão de líderes esquerdistas como Lula e Chávez assustava a direita americana. Dias antes do segundo turno no Brasil, um grupo de 27 congressistas do Partido Republicano mandou uma carta ao presidente George W. Bush para dizer que um novo "eixo do mal", constituído por Lula, Chávez e Fidel, representaria uma ameaça séria para a segurança dos EUA.

Ocupado com a guerra no Afeganistão e os preparativos para a invasão do Iraque, Bush não tinha tempo para prestar atenção na vizinhança. Mas o seu homem na região, o secretário-assistente de Estado para a América Latina, Otto Reich, um cubano-americano que no passado ajudara a combater os sandinistas na Nicarágua, estava bem preocupado com o que via.

Ele viajou para o Brasil em julho para tomar pé da situação. "Algumas pessoas vieram nos dizer que não podíamos deixar Lula virar presidente", disse Reich ao Valor. "Havia também alguns brasileiros nos dizendo que ele seria perigoso", acrescentou. "Mas não havia o que fazer e tomamos a decisão consciente de que não iríamos nos envolver."

As desconfianças que os americanos tinham de Lula foram eliminadas aos poucos. Dirceu foi a Washington e Nova York para manter contatos com investidores e autoridades em julho. Donna, que conhecera Dirceu e outros dirigentes petistas na década de 80 e tinha profunda admiração pessoal por Lula, ajudou a desanuviar o ambiente mostrando a Washington que não havia por que temer Lula.

Reich só começou a se convencer disso quando as urnas já estavam fechadas. Em novembro de 2002, ele encontrou-se com Lula em Brasília e passou quase três horas reunido com três de seus principais colaboradores, Dirceu, o futuro ministro Antonio Palocci, que na época coordenava a equipe de transição do novo governo, e o senador Aloizio Mercadante. "Foi ali que percebi que dava para trabalhar com eles", disse Reich ao Valor.

A conversa preparou terreno para um encontro que Lula teve com Bush na Casa Branca três semanas antes de tomar posse. De acordo com uma mensagem que Washington mandou mais tarde para suas embaixadas, Reich resumiu suas impressões pouco dias depois num encontro reservado com empresários no Chile. Ele continuava preocupado com a situação na Venezuela e achava que faltava "vontade política" para a Argentina sair da crise, mas estava "otimista" com Lula.

A aliança que Lula e os EUA começaram a construir naquele momento era conveniente para os dois lados. Lula queria o apoio americano para convencer os investidores de que estava falando sério quando prometia honrar as dívidas do país e conduzir a economia de maneira responsável. Para Bush, era importante ter um aliado no Brasil num momento em que o antiamericanismo crescia na região.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Tigershark
Sênior
Sênior
Mensagens: 4098
Registrado em: Seg Jul 09, 2007 3:39 pm
Localização: Rio de Janeiro - Brasil
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#85 Mensagem por Tigershark » Ter Mai 06, 2008 8:11 pm

06/05/2008 - 19h32 - Atualizado em 06/05/2008 - 19h40

Lula diz que Amazônia não pode ser santuário da humanidade
Da EFE



Rio de Janeiro, 6 mai (EFE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou hoje sua tese de que a vasta porção brasileira da Amazônia não pode escapar do "progresso", pois seus habitantes também querem ter carros, estradas e ferrovias.



"Não podemos pensar na Amazônia como se fosse um santuário da humanidade", disse Lula em discurso em Manaus.



O presidente rejeitou categoricamente o que qualificou como uma intromissão internacional sobre o destino dessa região.



"Você chega em qualquer lugar do mundo, o cidadão não sabe nem onde fica o Brasil, mas está dando palpite sobre a Amazônia", disse o presidente.



Lula lançou em Manaus um pacote de investimentos sociais e de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).



Ele acrescentou que é necessário afirmar dentro e fora do Brasil a necessidade de cuidar de forma responsável das águas e selvas, mas disse que "é necessário lembrar que nessa região vivem pessoas que querem ter direito à água, aos carros, às estradas e às ferrovias".



Também criticou os "países carecas que não têm mais uma árvore plantada porque desmataram tudo" e agora pedem ao Brasil que deixe intacta a Amazônia.



"Quando quisermos conselhos a gente pede", disse Lula ao afirmar que o país sabe andar com suas próprias pernas e não precisa de que lhe digam o que tem que fazer. EFE




PRick

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#86 Mensagem por PRick » Ter Mai 13, 2008 2:04 pm

Kratos escreveu:Essa análise do João Mellão é excelente. Agora, só pra torpedear o tópico do Prick:

Lulla diz que não vai haver negociação sobre Itaipu, no mesmo o Ministro das Relações Avermelhadas disse que vai haver negociação. GRANDE MERDA DE DIPLOMACIA, DESTRUÍRAM O ITAMARATY.
Vixi! Acho que o delírio coletivo está tomando conta de alguns tópicos, primeiro pensam a realidade como matemática, ter linha diplomática, quer dizer que em certos casos, existe, mesmo uma limitação para tal ação, é o caso de Itaipu. Existe um Tratado Assinado que deve ser cumprido, agora, achar que podemos agir de forma indiferente, é outra coisa. O Tratado é válido até uma data, depois disse terá que ser, novamente, discutido.

Acho engraçado a noção de história que coloca os problemas no passado, como se fossem um fóssil, os processos históricos só acabam quando suas origens e destinos são cumpridos, como nada indica o fim do Brasil, Paraguai e Itaipu, sempre teremos esse "problema".

A própria noção de problema e crise, costuma se encarada de forma errada, é certo, que nos tempos atuais de uma mídia que vende e fabrica crises para aumentar suas vendas e fazer valer seus interesses políticos, fica complicado separar os fatos reais dos factóides ou do sensacionalismo barato.

O fato histórico que temos, é o renascimento de boa parte da América do Sul de movimentos cobrando maior igualdade e a diminuição das diferenças históricas das diversas nações. E que em tempos de muita cobrança e muitas críticas o diálogo fica mais difícil, mas a histeria coletiva pré-fabricada de alguns setores de nossa sociedade, pouco tem haver com a realidade dos fatos, mas um insatisfação com a pluralidade e a democracia, nada mais. São velhas senhoras que gostam de sociedades fechadas que previlegiam as minorias. :mrgreen: :mrgreen:

[ ]´s




Lucasleck
Júnior
Júnior
Mensagens: 121
Registrado em: Dom Fev 24, 2008 4:45 pm

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#87 Mensagem por Lucasleck » Ter Mai 13, 2008 3:20 pm

O problema é este : os contratos. Base de toda sociedade que deseje ser sociedade. COmo se faz quando alguem simplesmente rasga-o? POr que não se espera a data oportuna para se renovar ou não ? Como esta a Bolivia hoje ? hein, hein, hein ?




Avatar do usuário
Anderson TR
Sênior
Sênior
Mensagens: 767
Registrado em: Qui Mar 13, 2008 10:20 pm

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#88 Mensagem por Anderson TR » Sáb Mai 17, 2008 11:49 am

Lucasleck escreveu:O problema é este : os contratos. Base de toda sociedade que deseje ser sociedade. COmo se faz quando alguem simplesmente rasga-o? POr que não se espera a data oportuna para se renovar ou não ? Como esta a Bolivia hoje ? hein, hein, hein ?
Eh!!!Bolivia é um bom exemplo do que acontece com países que tentam burlar os códigos de conduta e negócios que se estabeleceram no mundo capitalista (globalizado) atual, não adianta tentar rasgar os contratos se ainda vivem com um pires na mão.....O Brasil agiu de forma acertada, não polemizou as iniciativas de Morales, e agora o próprio povo Boliviano está fazendo a cobrança da fatura...sem falar que isso impulsionou os investimentos nacionais em nossas próprias reservas, apesar de que a idéia inicial era usar todas as reservas Bolivianas e manter as nossas armazenadas, para um futuro de maior escassez, porém, o futuro não nos pertence, o que nos pertence são planejamentos, ou a capacidade de planejar, porém , os fins dependem de outros fatores...entre os quais a vontade Divina!!!!




Imagem
Jesus Cristo meu Senhor -"O Leão da tribo de Judah"!!!
Avatar do usuário
EDSON
Sênior
Sênior
Mensagens: 7303
Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
Localização: CURITIBA/PR
Agradeceu: 65 vezes
Agradeceram: 335 vezes

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#89 Mensagem por EDSON » Sáb Mai 17, 2008 9:25 pm

Nunca tinha entrado neste tópico. Hoje eu...deixe pra lá...

Somente a história julgará as decisões dos líderes.

O resto é somente especulação.




HIGGINS

Re: SR. Lula e a Diplomacia Brasileira agindo!

#90 Mensagem por HIGGINS » Sex Mai 30, 2008 2:24 pm

BlInDaDo-BR escreveu:
Lucasleck escreveu:O problema é este : os contratos. Base de toda sociedade que deseje ser sociedade. COmo se faz quando alguem simplesmente rasga-o? POr que não se espera a data oportuna para se renovar ou não ? Como esta a Bolivia hoje ? hein, hein, hein ?
Eh!!!Bolivia é um bom exemplo do que acontece com países que tentam burlar os códigos de conduta e negócios que se estabeleceram no mundo capitalista (globalizado) atual, não adianta tentar rasgar os contratos se ainda vivem com um pires na mão.....O Brasil agiu de forma acertada, não polemizou as iniciativas de Morales, e agora o próprio povo Boliviano está fazendo a cobrança da fatura...sem falar que isso impulsionou os investimentos nacionais em nossas próprias reservas, apesar de que a idéia inicial era usar todas as reservas Bolivianas e manter as nossas armazenadas, para um futuro de maior escassez, porém, o futuro não nos pertence, o que nos pertence são planejamentos, ou a capacidade de planejar, porém , os fins dependem de outros fatores...entre os quais a vontade Divina!!!!

Devo dizer que não é bem assim. Havia na Bolívia plantas pequenas e de extração e refino já instaladas. O Brasil foi convidado a participar pois a Bolívia não tinha capacidade de investimento. Extrair gás na Bolívia era mais fácil em termos técnicos e financeiros, pois o maior fator de custo, o gasoduto, teria de ser construído com a exploração das reservas nacionais. Deu-se com a entrada brasileira, entretanto, um contrato draconiano, típico da mentalidade estúpida da era FHC. Pagava-se absurdamente pouco pelo gás dos bolivianos. O estrilo de Evo se daria com ele ou com outro, isto é um fato que poucos querem ver... O governo Brasileiro acertou na forma de agir, conseguiu minimizar as perdas e retomou a influência no país: onde está a ajuda que Morales esperava da PDVSA?
E ainda tem gente que desce a lenha no Itamaraty, na Petrobrás e no nosso iluminado Guia!

Voltando...
Há sim, uma certa morosidade na exploração das nossas reservas, dado que nossa matriz energética é diversificada e não calcada em petróleo, apenas. Mas, num momento em que o mundo vislumbra o uso de células de hidrogênio como matriz, sei lá se ficar "poupando" se traduz num comportamento inteligente.

Abraços




Responder