Estou editando para acrescentar a história dos radares Aesa japoneses.
Em 1967 o Laboratório de Pesquisa de Radar do Departamento de Instituto de Pesquisa Técnica da Agência de Defesa iniciou o desenvolvimento de um novo radar realizando pesquisas sobre elementos ativos em colaboração com a Mitsubishi Electric.
Em 1971, o primeiro protótipo experimental, o ``Electronically Scanned Active Antenna Device'' (banda X, matriz linear com 64 elementos) ficou pronto, além deste protótipo naquela época o desenvolvimento de um radar de busca aerotransportado de banda S estava sendo considerado para a produção doméstica de aeronaves aerotransportadas de alerta precoce (AEW)
Em 1974 foi produzido um protótipo (banda S, matriz linear com 64 elementos) e ele foi testado em um experimento de detecção foi conduzido visando aeronaves que chegavam e partiam do Aeroporto Internacional de Tóquio, e obteve sucesso na detecção e rastreamento contínuos. Esta foi uma conquista inédita não apenas no Japão, mas também para o mundo, foi o primeiro radar Aesa desenvolvido no mundo.
Em 1975 pesquisas e protótipos do Novo Radar (banda X, matriz planar com 208 elementos) foram produzidos sucessivamente.
A partir do ano fiscal de 1981, foram realizadas pesquisas técnicas com a participação e cooperação da Toshiba, NEC e Mitsubishi Electric em relação a um radar tridimensional que seria o sucessor do J/FPS-1 que foi operado pela Air Self -Site de radar da Força de Defesa.
O desenvolvimento iniciou em 1983 e um protótipo foi produzido entre 1985 a 1986, a Mitsubishi Electric foi selecionada como fabricante do protótipo. O XJ/FPS-3 protótipo entrou em testes práticos em julho de 1987 no Corpo de Experimentos Eletrônicos do Grupo de Experimentos Aeronáuticos (atualmente Grupo de Experimentos de Desenvolvimento Aeronáutico). O
desenvolvimento prático do J/FPS-3 foi finalizado em 1991 e se tornou o primeiro radar ativo phased array (AESA) em terra operacional do Japão.
Ao mesmo tempo, a marinha japonesa se interessou pelo desempenho demonstrado pelo radar terrestre J/FPS-3, solicitou que a Mistsubishi produzisse um protótipo de uma versão para ser utilizada em navios, assim nasceu o OPS-24 foi desenvolvido pelo Instituto Técnico de Pesquisa e Desenvolvimento (TRDI) do Ministério da Defesa e fabricado pela Mitsubishi Electric. É o primeiro radar AESA operacional empregado em um navio de guerra no mundo, ele foi instalado e testado no JDS Hamagiri (DD-155) em 1988, este radar também foi instalado nos destróieres das classes Murasame e Takanami ele trabalha na banda L e tem um alcance superior a 200km.
Vou escrever um texto atualizando o estado atual de radares maritimos japoneses.
Em 1983 se iniciou o desenvolvimento de um radar AESA para ser utilizado em navios com antena fixa o primeiro protótipo foi instalado em um navio classe Asuka em 1990 e continuou o desenvolvimento ate a próxima década.
Em 2000 foi divulgado que o radar era Aesa e trabalha na banda C, tinha mais de 200km de alcance e rastreava 300 alvos, este radar era para ter sido instalado na classe Musarame e Takanami junto com um míssil derivado do míssil AR-AR AAM-4 navalizado porem o míssil não saiu do papel e o radar na época tinha um custo elevado dificultando a quantidade na compra de novos navios.
O radar foi implementado pela primeira vez no DDH classe Hyuga, denominado de FCS-3 a antena maior trabalha na banda C e a menor na banda X, o radar na banda C foi aprimorado e o da banda X utiliza alguns sistemas da Thales utilizado no APAR para integrar o míssil ESSM a antena na banda X, as antenas C e X deste radar utiliza GaAs.
O radar da classe Akizuki foi novamente aprimorado agora denominado como FCS-3A , ao alterar o material do elemento semicondutor no sistema de transmissão do módulo transmissor/receptor para GaN nitreto de gálio, as saídas foram ampliadas e a banda foi expandida. Como resultado, o alcance de detecção foi estendido para quase o dobro do alcance comparado com os radares da classe Hyuga.
A fim de lidar com alvos mistos (alvos voando em direções diferentes do próprio navio), certos algoritmos foram adicionados ao software de controle de armas, incluindo processamento de sinal de rastreamento, engajamento e cálculos de disparo.
Além disso, foram feitos esforços para melhorar o desempenho dos amplificadores de baixo ruído em sistemas de recepção, e para tornar outros componentes individuais menores e mais eficientes e reduzir custos através da conversão de outros componentes individuais em circuitos integrados de micro-ondas monolíticos (MMICs). acredita-se que o gerenciamento (alcance e tempo de varredura por feixe) e melhorias na capacidade de processamento dos sinais do alvo recebidos (hardware e software) tenham sido melhorados.
Além disso, comparado ao conceito original do FCS-3 + AHRIM, o sistema atual do FCS-3A + ESSM é muito superior em desempenho, podendo agora utilizar misseis de longo alcance não estando mais limitado somente ao ESSM.
Radar da classe Izumo, se chama OPS-50 foi equipado com o mesmo tipo de radar do FCS-3 o Izumo esta, armado apenas com dois tipos de armas: CIWS de 20 mm e SeaRAM, e ambos tem sistemas de controle de fogo independentes, de modo que a direção de fogo não era necessária função de comando de fogo foi retirada do sistema.
Como a função de direção de fogo foi removida, havia apenas quatro antenas de banda C. O elemento da antena utiliza um semicondutor de nitreto de gálio como o FCS-3A, portanto a distância de detecção é aproximadamente 2 vezes maior que a do FCS-3. Além disso, o segundo navio Kaga, teve sua antena atualizada para OPS-50A, este modelo facilita a manutenção por trás sem a necessidade de remover a antena.
Radar da classe Asahi, diferente da classe Akizuki que e voltado para guerra aérea, a classe Asahi tem como foco guerra anti-submarino, o radar recebeu a denominação de OPY-1, a antena maior e basicamente igual ao radar FCS3A da classe Akizuki mas foi retirado a capacidade engajar alvos a longa distancia, o FCS-3 incorpora um Iluminador de onda contínua Interrompida (ICWI) desenvolvido pela Thales Holanda para orientação de mísseis. Na fase de planejamento da classe Asahi, foi considerada a instalação de um iluminador de onda contínua desenvolvido internamente,mas no final, o ICWI foi instalado. Além disso, com a remoção da capacidade de defesa aérea de longo alcance, a cobertura do radar voltou ao mesmo nível do FCS-3 da classe Hyuga, mas se for necessário no futuro é possível modificar a cobertura do radar para longo alcance se necessário.
Radar da classe Mogami, foi denominado como OPY-2, esta é uma combinação de um radar baseado no OPY-1 e um radar de detecção de periscópio OPS-48, e é responsável pela busca de alvos, detecção, rastreamento e direção de tiro.
Este radar iniciou o desenvolvimento em 2008 e foi testado em 2014 no navio classe Asuka ate 2017, o radar foi desenvolvido na Banda X não apenas como um iluminador, mas como um radar multifuncional.