Marinha do Japão

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Marinha do Japão

#736 Mensagem por akivrx78 » Sex Set 29, 2023 7:29 pm

FCarvalho escreveu: Sex Set 29, 2023 2:20 pm Olá @akivrx78

Eu creio que as ffaa's no Japão devem ter, e oferecer, vantegens competitivas em relação ao mercado de trabalho privado que realmente sejam atrativas, visto que a própria cultura pacifista do país leva a crer que investimentos em Defesa e a própria vida militar sejam questionáveis do ponto de vista geral da sociedade.

Para nosso azar aqui, a vida militar é para a grande maioria apenas mais uma opção de fuga da miséria e da falta de opções na vida. Sem considerar que os ganhos salariais são medíocres se comparados com o resto do serviço público e mesmo o mercado privado.

Mas como eu costumo dizer aqui, quem não tem cão, caça com o gato do vizinho.

Para a carreira de oficiais tem que cursar a faculdade e é difícil de entrar, tem que estudar muito.

Agora para entrar como recruta, geralmente são pessoas que vieram de famílias de baixa renda, que não tem curso superior e nem faculdade, sem se especializar em alguma coisa mesmo para japoneses dificilmente se consegue um bom emprego, ser policial, bombeiro, ou qualquer outro trabalho que necessita ser aprovado em um concurso nacional é muito mais difícil que tentar ingressar em uma carreira militar.

O jovem japonês que quer seguir uma carreira militar ou ele tem interesse na area, ou tem a visão de estabilidade profissional e financeira mais amadurecida levando em conta suas proprias limitações.





Neste video acima tem as classes que se inicia em D ate SS de dificuldade para se tornanr um funcionario publico.

Militar D
Bombeiro C-
Guarda Penitenciario C
Policial Nacional C
Guarda Imperial C+
Funcionario de Prefeitura C+
Professor de escola primaria C+
Professor de segundo grau B-
Militar Oficial de carreira A-
Funcionario Publico Nacional A-
Judiciario A
Funcinario prefeitura de Tokyo A+
Funcionario do Parlamento S-
Agencia de servico financeiro S
Ministerio da saude e trabalho S
Ministerio de Defesa S
Ministerio da econimia e Industria S+
Agencia nacional de policia S+
Ministerio da Fazenda SS




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Re: Marinha do Japão

#737 Mensagem por FCarvalho » Sáb Set 30, 2023 12:28 pm

Rapaz, pessoal da administração pública aqui deveria conversar mais com os japoneses.
Ótima metodologia de inserção de novos talentos e pessoal gabaritado no serviço público.
Iria deixar muita gente no Brasil descontente. :twisted:




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Marinha do Japão

#738 Mensagem por akivrx78 » Ter Out 10, 2023 1:27 pm

Imagem

https://funeco.jp/news/news-21682/

Foi assinado um contrato para um novo navio tanque de 14500t vazio, 26000t carregado, o novo navio vai ser incorporado em 2028.
O valor do contrato foi de aproximadamente US$600 milhoes.

Imagem

Vai substituir os 3 AOE classe Towada.




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Re: Marinha do Japão

#739 Mensagem por akivrx78 » Ter Out 10, 2023 2:16 pm



3;11 do video da para ver o CIC da classe Mogami.

Algumas informações do video, este e o primeiro navio deles que não utiliza mapas para navegação, o sistema foi todo integrado em um console com isto se reduziu 4 marinheiros na ponte.
Todo o navio e tripulação pode ser monitorado pelo CIC, os tripulantes utilizam uma pulseira que informa o local e o estado de saúde do marinheiro, os sistemas de controle de avarias também está tudo dentro do CIC antes existia um compartimento separado apenas para monitorar os sistemas, todos os sensores de detecção de incêndio no navio tem câmeras embutidas, compartimentos antes destinados apenas para oficiais como sala de refeição foram extintos agora oficiais comem no mesmo refeitório com toda a tripulação.






USV sendo embarcado pela primeira vez.





Partes que abrem nas laterais.




Editado pela última vez por akivrx78 em Qua Out 11, 2023 4:59 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Marinha do Japão

#740 Mensagem por akivrx78 » Ter Out 10, 2023 2:38 pm

Imagem



Foi aprovado no orcamento a construcao de 4 navios patrulheiros desta classe se pretende construir 10 navios.

comprimento 95m
boca 12m
velocidade maxima 20 nos
delocamento vazio 1920t
armamento canhao de 30mm




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Re: Marinha do Japão

#741 Mensagem por akivrx78 » Qua Out 11, 2023 5:53 pm



Uma analise muito boa em ingles da capacidade do navio, neste ano saiu a noticia de que a classe Mogami vai acabar em 12 unidades.

https://www.mod.go.jp/atla/pinup/pinup050825.pdf
Contrato assinado da nova classe que sera construida, o primeiro navio deve entrar na ativa em 2028.

Imagem
Imagem

O novo navio será maior, mais armado, mastro diferente com mais antenas, o preço também será bem maior, vai ser o dobro do preço de uma unidade da classe Mogami, a Mogami custa uns 450 milhões, a nova classe vai custar 800 milhões por navio.

Mogami

comprimento 130m
boca 16
deslocamento 5.500t carregado

Nova classe

comprimento 142
boca 17m
deslocamento 6.500t estimado carregado.

A nova classe vai vir com 32 VLS Mk41, e com antenas em banda S ou C para alvos de longo alcance, se pretende utilizar o ESSM para curto alcance e o novo míssil em desenvolvimento derivado da versão terra-ar Type 3 Chu-SAM para médio longo alcance, agora com capacidade de se defender de forma independente já estão chamando de não mais FFM mas FFG.

Este ano os japoneses compraram do Eua via FMS MK41 para equipar 2 navios da classe Mogami, antes se pensava que seria equipado com 16 células, mas agora estão dizendo que será 24 células.


Editando para acrescentar informações os VLS não foram comprados via FMS a Mitsubishi produz o VLS MK41 sob licença no Japão.
Imagem
Em 2019 foi encomendado 24 módulos para a classe FFM e 6 módulos para Aegis ashore, não é informado a quantidade de silos.

Imagem
Em 2023 foi encomendado MK41 para 10 navios da classe FFM e para 14 navios da classe Musarame e Takanami, não foi informado a quantidade módulos e silos.

Uma coisa que eu não sabia o MK41 pode ser usado 2 vezes por silo, depois de ser realizado 2 lançamentos pelo mesmo silo é necessário retirar o modulo inteiro para reparos.

Imagem
Imagem

A classe Mogami não foi instalado VLS desde o início porque a MSDF esta esperando o desenvolvimento do novo míssil ficar pronto para definir se vai utilizar o novo míssil ou o ESSM e a quantidade de silos necessários.

Foi feito um disparo real do novo míssil em 2022 lançado do navio de teste classe Asuka, está escrito que o míssil deve entrar em produção em 2024.




Editado pela última vez por akivrx78 em Qui Out 26, 2023 6:08 pm, em um total de 3 vezes.
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Re: Marinha do Japão

#742 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 14, 2023 12:34 pm

Suetham escreveu: Qui Abr 27, 2023 8:25 pm
akivrx78 escreveu: Seg Abr 24, 2023 1:52 am

Este missil vai demorar para ficar pronto provavelmente somente na proxima decada.

Como vai demorar esta em negociacao a compra de 500 misseis Tomahawk que devem entrar em servico em 2027, o contrato deve ser assindado em 2024.

https://asia.nikkei.com/Politics/Defens ... e-missiles


https://www.47news.jp/politics/8759922.html

Parece que vao desenvolver misseis balisticos de 3000km de alcance tambem deve ficar pronto somente na proxima decada.
O que importa é a nítida compreensão do Japão em torno de construir um grande estoque convencional de mísseis, essa capacidade já está em construção, a capacidade de infligir danos consideráveis ao inimigo mesmo sob ataque é a melhor resposta contra China, essa será a melhor capacidade de defesa do Japão e aliados, já afirmei isso e repito(https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 9#p5624489), se quiserem combater a China terão que fazer a mesma coisa que o Japão está fazendo.
https://asia.nikkei.com/Politics/Japan- ... capability
https://asia.nikkei.com/Politics/Japan- ... ypersonics

https://www3.nhk.or.jp/news/html/202310 ... 81000.html

Saiu na noticia de que os japonses pediram para o Eua forneceram mais rapido os Tomahawk e para isto ocorrer o Eua concordou em fornecer direto de seu estoque 200 misseis do block IV, os japoneses iriam comprar o 500 mmissiesi do Block V mas como nao querem esperar ate 2026 pediram para o Eua fornecer os misseis o mais rapido possivel, os japoneses querem ter ele operacioinal em 2025.




Editado pela última vez por akivrx78 em Sáb Out 14, 2023 12:40 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Marinha do Japão

#743 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 14, 2023 12:35 pm





O Kaga esta quase pronto para voltar a ativa.




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Re: Marinha do Japão

#744 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 14, 2023 1:21 pm

Suetham escreveu: Sex Ago 19, 2022 6:45 pm
Isso pode ser especulativo, mas. uma modelagem em Seção Transversal de Radar do projeto Type-12SSM. A imagem do míssil é baseada na liberação de documentos japoneses disponíveis.

Atualmente o tweet só mostra resultado para o modelo PEC (Não tratado). Mas eu já tenho resultado para RCS esperado quando o tratamento com absorvedor de radar é aplicado. Também por enquanto está limitado ao aspecto frontal, mas acho que é relevante. A modelagem também inclui (mas especulativa) partes internas da entrada que incluem um pequeno modelo de motor a jato. A faixa de frequência de modelagem é da frequência VHF (0,15 GHz) até a onda Ku/Ka (35 GHz), que esperamos cobertura suficiente para a maioria dos radares, desde o alerta precoce até o radar de controle de incêndio SPAAG.

O modelo tratado abrange várias suposições:

1. Tratamento da estrutura da aeronave 2. Tratamento
mais abrangente
3 "queixo" apenas tratamento onde apenas a parte relevante da estrutura da aeronave que aparente contribuinte nos pontos de queima RCS é tratada.

Todos os modelos têm superfícies de controle tratadas. O material utilizado para o tratamento é um composto Absorvedor de Níquel-Zinco-Ferrita conforme mencionado em "Radar Cross Section 2nd Edition". A espessura de 3 mm é selecionada com base na experiência e praticidade. Que este composto seja relativamente pesado e a aplicação de alta espessura desse composto pode comprometer o míssil em termos de alcance e manuseio.
Imagem
Exemplo de modelagem em banda X (9,15 GHz)

Da esquerda para a direita:
modelo 1.PEC, 2. Tratamento apenas corpo-asa-cauda 3.Tratamento mais abrangente agora inclui nariz, 4.queixo, parte da fuselagem, asa, cauda e tratamento do desviador de entrada apenas.
Imagem

Observe que o tratamento apenas com "Queixo" tem um efeito semelhante ao tratamento mais abrangente. Embora em geral ainda tenha um RCS mais alto, mas não muito perceptível, pelo menos qualitativamente. A seguir, apresenta-se o aspecto frontal MEDIAN RCS de cada tipo de tratamento, juntamente com o modelo de míssil de cruzeiro convencional:
Imagem
Pode-se notar que o tratamento "somente queixo" na linha verde corresponde a um nível semelhante de redução de RCS juntamente com um tratamento mais abrangente. Isso está de acordo com a "sabedoria" de que o Absorber é usado para tratar o "ponto de queima especial" para cobrir a área de preocupação.

A redução no alcance é de aproximadamente 47% em comparação com a estrutura convencional. Assim, o Type-12 com tratamento RAM será detectado na metade do alcance que uma plataforma de radar pode detectar míssil de cruzeiro convencional. Conforme retratado abaixo
Imagem
O tratamento apenas com queixo parece oferecer mais retorno, tendo o mesmo efeito que o tratamento mais abrangente, mas com provável vantagem de peso e manutenção em comparação com um tratamento mais abrangente.
Imagem


<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="ja" dir="ltr">10月19日、<a href="https://twitter.com/hashtag/%E4%BA%95%E ... 井野防衛副大臣</a> は三菱重工業㈱小牧北工場を視察し、12式地対艦誘導弾(12SSM)能力向上型をはじめとする誘導弾の開発・製造の状況を確認しました。<br>スタンド・オフ防衛能力や総合ミサイル防空能力の構築・強化に向けて、開発・製造態勢の強化を進めていくことは重要です。 <a href="https://t.co/EA9PFgNPSt">pic.twitter.co ... </p>&mdash; 防衛省・自衛隊 (@ModJapan_jp) <a href=" 20, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Encontrei por acaso uma foto com a maquete deste missil ai, aparentemente ja tem ate nome mas nao da para ler.

Imagem
Imagem

O missil que aparece na frente na segunda foto acho que deve ser o derivado da versão terra-ar Type 3 Chu-SAM modificado para ser utilizado em VLS em navios.

Imagem

Se este missil tiver um dimametro do booster pequeno podera ser utilizado 2 misseis por vls, se for muito grosso somente 1 unidade por vls, R5 quer dizer 2023, R6 2024, esta escrito que este ano o missil esta em teste e no proximo ano vai entrar em pre-producao.




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Re: Marinha do Japão

#745 Mensagem por Suetham » Sáb Out 14, 2023 1:52 pm

akivrx78 escreveu: Sáb Out 14, 2023 12:34 pm
Suetham escreveu: Qui Abr 27, 2023 8:25 pm

O que importa é a nítida compreensão do Japão em torno de construir um grande estoque convencional de mísseis, essa capacidade já está em construção, a capacidade de infligir danos consideráveis ao inimigo mesmo sob ataque é a melhor resposta contra China, essa será a melhor capacidade de defesa do Japão e aliados, já afirmei isso e repito(https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 9#p5624489), se quiserem combater a China terão que fazer a mesma coisa que o Japão está fazendo.
https://asia.nikkei.com/Politics/Japan- ... capability
https://asia.nikkei.com/Politics/Japan- ... ypersonics

https://www3.nhk.or.jp/news/html/202310 ... 81000.html

Saiu na noticia de que os japonses pediram para o Eua forneceram mais rapido os Tomahawk e para isto ocorrer o Eua concordou em fornecer direto de seu estoque 200 misseis do block IV, os japoneses iriam comprar o 500 mmissiesi do Block V mas como nao querem esperar ate 2026 pediram para o Eua fornecer os misseis o mais rapido possivel, os japoneses querem ter ele operacioinal em 2025.
É exatamente isso que eu esperava. Bastante interessante essa postura do Japão. A urgência em si é uma enorme autoexplicação. Além disso, geralmente, os planejamentos militares subestimam a capacidade de queima do estoque de PGM, até mesmo durante a campanha inicial, estou vendo que, além do Japão, outros países recentemente estão em uma posição de não mais subestimar e ter mais quantos mísseis for possível no estoque estratégico, o que faz sentido.




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Re: Marinha do Japão

#746 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 14, 2023 6:40 pm

Imagem

https://www.navalnews.com/event-news/ds ... rettyPhoto

Uma coisa que eu não entendi foi o fato do MD japonês estar financiando 2 tipos de misseis de cruzeiro um da Mitsubishi e outro da Kawasaki, pelo o que eu sei a Mitsubishi tem os sistemas de guiagem a Kawasaki tem o motor já pronto, ao invés de financiar 2 programas se colaborassem entre si já teriam um míssil cruzeiro praticamente pronto.

Imagem

A Kawasaki desenvolveu o KJ100 e foi vendido cerca de 90 unidades para Jaxa, existe um problema este motor tem um custo elevado para ser utilizado em um míssil.
1 estágio de compressão
Fade controle digital
empuxo 400 kgf
peso 68 kg
circunferência 350 mm
comprimento 860 mm
Gerador de energia 15 kW

Imagem
Ai a Kawasaki desenvolveu um motor mais barato chamado de KJ300

2 estágios de compressão
empuxo 365 kgf
peso 90 kg
circunferência 350 mm
comprimento 950 mm

Imagem
Talvez seja este o motivo esta escrito que o míssil da Kawasaki esta sendo desenvolvido para ter um alcance 2500km.
As partes em cinza já esta pronto esta em desenvolvimento 2023 o seeker verde e a carga explosiva vermelho.



Ministério da Defesa assina contrato com a Kawasaki Heavy Industries por 33,9 bilhões de ienes para desenvolver “versão japonesa do Tomahawk”

O Ministério da Defesa do Japão anunciou recentemente que assinou um contrato de 314,7 mil milhões de ienes com a Kawasaki Heavy Industries e a Mitsubishi Heavy Industries para desenvolver e produzir em massa mísseis impasses capazes de atacar bases inimigas. Isto inclui o desenvolvimento tecnológico de um novo tipo de míssil para defesa de ilhas, que foi descrito como a versão japonesa do "Tomahawk", e um programa para desenvolver um "míssil de detecção de alvos" que possa escapar das defesas aéreas inimigas e realizar reconhecimento. Isto é relatado pela mídia japonesa e americana com base no anúncio do Ministério da Defesa.
Segundo o Ministério da Defesa, no dia 2 deste mês assinou um contrato de 33,9 mil milhões de ienes com a Kawasaki Heavy Industries para pesquisar tecnologia elementar para um novo míssil antinavio para defesa da ilha, que está em desenvolvimento desde 2018. Numa conferência de imprensa em Janeiro, o Ministro da Defesa Yasukazu Hamada disse: “No orçamento para o ano fiscal de 2023, iremos projectar e fabricar protótipos de plataformas que servirão de base para buscadores modulares, ogivas e mísseis multifuncionais guiados anti-navio. reservaram 34,2 bilhões de ienes para custos de implementação."

A revista norte-americana ``Diplomat'' salienta que o novo míssil tem um alcance máximo de 2.500 quilómetros e pode atacar bases em ilhas chinesas se for lançado a partir do oeste do Japão, apresentando-o da seguinte forma:
"Este novo míssil de cruzeiro usa um motor turbofan pequeno e altamente eficiente em termos de combustível como dispositivo de propulsão, tem asas semelhantes às de um avião e voa horizontalmente. Ele tem muitas semelhanças com o míssil Tomahawk fabricado nos EUA em termos de alcance, formato e desempenho Por causa dos pontos, a mídia japonesa também o chamou de “versão japonesa do Tomahawk”.

Além disso, o Ministério da Defesa assinou um contrato de 22,1 mil milhões de ienes com a Mitsubishi Heavy Industries para desenvolver mísseis de detecção de alvos. De acordo com o Sankei Shimbun, ele “procurará e detectará alvos, evitando as redes de defesa aérea inimigas” e pretende concluir o desenvolvimento no ano fiscal de 2026. Uma vez desenvolvido, será imediatamente implantado nas tropas.

Além disso, o Japão assinou novos contratos com a Mitsubishi Heavy Industries no valor de 200,3 mil milhões de ienes para o desenvolvimento de mísseis planadores de alta velocidade (com capacidades melhoradas) para a defesa de ilhas, e 58,4 mil milhões de ienes para a investigação e desenvolvimento de mísseis hipersónicos. As quantidades não foram divulgadas para manter em segredo as suas capacidades de defesa.
Em Abril, o Ministério da Defesa assinou quatro contratos com a Mitsubishi Heavy Industries num total de 378,1 mil milhões de ienes para o desenvolvimento, melhoria e produção em massa de novos sistemas de mísseis. Isto inclui o desenvolvimento de uma versão melhorada do míssil superfície-navio Tipo 12 existente, bem como o desenvolvimento de um novo míssil capaz de atacar navios e alvos terrestres a mais de 1.000 quilómetros do Japão. O Ministério da Defesa decidiu antecipar o plano de defesa do ano passado e produzir em massa e implantar alguns mísseis na fase de protótipo, a fim de fortalecer rapidamente as capacidades de defesa de ilhas como Kyushu e Okinawa, tendo em mente as emergências contra a China e Taiwan.




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Re: Marinha do Japão

#747 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 14, 2023 7:32 pm

akivrx78 escreveu: Sáb Out 14, 2023 12:35 pm O Kaga esta quase pronto para voltar a ativa.
@akivrx78

Quais as chances hoje de o Japão colocar novas encomendas para mais Nae do mesmo tipo do Kaga\Izumo?
Se for o caso, o investimento seria no mesmo tipo de navio ou partiriam para novo projeto, tendo em vista as limitações naturais de operar um navio STOVL?
O sistema CATOBAR seria o ideal ou eles tem alguma reserva quanto a lançar Nae puros ainda? A constituição ainda proíbe sua construção ou já liberou geral para fazer o que quiserem?




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Re: Marinha do Japão

#748 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 14, 2023 7:35 pm

Suetham escreveu: Sáb Out 14, 2023 1:52 pm É exatamente isso que eu esperava. Bastante interessante essa postura do Japão. A urgência em si é uma enorme autoexplicação. Além disso, geralmente, os planejamentos militares subestimam a capacidade de queima do estoque de PGM, até mesmo durante a campanha inicial, estou vendo que, além do Japão, outros países recentemente estão em uma posição de não mais subestimar e ter mais quantos mísseis for possível no estoque estratégico, o que faz sentido.
Eu torço para que alguém no EMCFA e nos Estado Maior das ffaa's leia isto e leve muito a sério os dois únicos programas de mísseis que temos aqui.
Se for para gastar rios de dinheiro para depois comprar apenas meia dúzia de cada para "formar doutrina", melhor seria nem ter começado com essa conversa de míssil tupiniquim.
Tomara que te ouçam e façam valer a pena cada centavo dos nossos impostos.




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Re: Marinha do Japão

#749 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 14, 2023 10:35 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Out 14, 2023 7:32 pm
akivrx78 escreveu: Sáb Out 14, 2023 12:35 pm O Kaga esta quase pronto para voltar a ativa.
@akivrx78

Quais as chances hoje de o Japão colocar novas encomendas para mais Nae do mesmo tipo do Kaga\Izumo?
Se for o caso, o investimento seria no mesmo tipo de navio ou partiriam para novo projeto, tendo em vista as limitações naturais de operar um navio STOVL?
O sistema CATOBAR seria o ideal ou eles tem alguma reserva quanto a lançar Nae puros ainda? A constituição ainda proíbe sua construção ou já liberou geral para fazer o que quiserem?
Em fóruns japoneses militares eles comentam que querem ver um novo projeto de um Nae puro nacional, mas eu acho que pelo menos nesta década eles não vão dar um passo maior que perna, na próxima década eu acho ser possível eles construírem Naes.

Imagem
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Este gráfico acima e da projeção de crescimento do orçamento de defesa ate 2027 fica difícil de entender os números, arrendondando vai aumentar de US$7 as 9 Bilhões de dólares por ano ate 2027, somente em 2023 e 2024 somados ser for aprovado os 7.7 em 2024 vai ser um acréscimo de US$16 Bilhões de dólares em apenas 2 anos.

E dinheiro para caramba a mais para gastar se eles quisessem com certeza daria para construir uns 3 Naes, mas acho que vão gastar renovando tudo o que eles estavam utilizando defasado primeiro.

Tomara que não se gaste com besteiras eu não entendi o motivo deles terem encomendado OPVs somente com canhões de 30mm para ser utilizado contra o que???? já que são navios semelhantes ao da guarda costeira,
mas vai saber eu acho que antes de Naes eles vão construir navios de assalto anfíbio novos.

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Re: Marinha do Japão

#750 Mensagem por akivrx78 » Dom Out 15, 2023 1:02 am

Estou editando para acrescentar a história dos radares Aesa japoneses.
Em 1967 o Laboratório de Pesquisa de Radar do Departamento de Instituto de Pesquisa Técnica da Agência de Defesa iniciou o desenvolvimento de um novo radar realizando pesquisas sobre elementos ativos em colaboração com a Mitsubishi Electric.

Em 1971, o primeiro protótipo experimental, o ``Electronically Scanned Active Antenna Device'' (banda X, matriz linear com 64 elementos) ficou pronto, além deste protótipo naquela época o desenvolvimento de um radar de busca aerotransportado de banda S estava sendo considerado para a produção doméstica de aeronaves aerotransportadas de alerta precoce (AEW)

Em 1974 foi produzido um protótipo (banda S, matriz linear com 64 elementos) e ele foi testado em um experimento de detecção foi conduzido visando aeronaves que chegavam e partiam do Aeroporto Internacional de Tóquio, e obteve sucesso na detecção e rastreamento contínuos. Esta foi uma conquista inédita não apenas no Japão, mas também para o mundo, foi o primeiro radar Aesa desenvolvido no mundo.

Em 1975 pesquisas e protótipos do Novo Radar (banda X, matriz planar com 208 elementos) foram produzidos sucessivamente.

A partir do ano fiscal de 1981, foram realizadas pesquisas técnicas com a participação e cooperação da Toshiba, NEC e Mitsubishi Electric em relação a um radar tridimensional que seria o sucessor do J/FPS-1 que foi operado pela Air Self -Site de radar da Força de Defesa.

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O desenvolvimento iniciou em 1983 e um protótipo foi produzido entre 1985 a 1986, a Mitsubishi Electric foi selecionada como fabricante do protótipo. O XJ/FPS-3 protótipo entrou em testes práticos em julho de 1987 no Corpo de Experimentos Eletrônicos do Grupo de Experimentos Aeronáuticos (atualmente Grupo de Experimentos de Desenvolvimento Aeronáutico). O
desenvolvimento prático do J/FPS-3 foi finalizado em 1991 e se tornou o primeiro radar ativo phased array (AESA) em terra operacional do Japão.

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Ao mesmo tempo, a marinha japonesa se interessou pelo desempenho demonstrado pelo radar terrestre J/FPS-3, solicitou que a Mistsubishi produzisse um protótipo de uma versão para ser utilizada em navios, assim nasceu o OPS-24 foi desenvolvido pelo Instituto Técnico de Pesquisa e Desenvolvimento (TRDI) do Ministério da Defesa e fabricado pela Mitsubishi Electric. É o primeiro radar AESA operacional empregado em um navio de guerra no mundo, ele foi instalado e testado no JDS Hamagiri (DD-155) em 1988, este radar também foi instalado nos destróieres das classes Murasame e Takanami ele trabalha na banda L e tem um alcance superior a 200km.

Vou escrever um texto atualizando o estado atual de radares maritimos japoneses.

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Em 1983 se iniciou o desenvolvimento de um radar AESA para ser utilizado em navios com antena fixa o primeiro protótipo foi instalado em um navio classe Asuka em 1990 e continuou o desenvolvimento ate a próxima década.

Em 2000 foi divulgado que o radar era Aesa e trabalha na banda C, tinha mais de 200km de alcance e rastreava 300 alvos, este radar era para ter sido instalado na classe Musarame e Takanami junto com um míssil derivado do míssil AR-AR AAM-4 navalizado porem o míssil não saiu do papel e o radar na época tinha um custo elevado dificultando a quantidade na compra de novos navios.

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O radar foi implementado pela primeira vez no DDH classe Hyuga, denominado de FCS-3 a antena maior trabalha na banda C e a menor na banda X, o radar na banda C foi aprimorado e o da banda X utiliza alguns sistemas da Thales utilizado no APAR para integrar o míssil ESSM a antena na banda X, as antenas C e X deste radar utiliza GaAs.


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O radar da classe Akizuki foi novamente aprimorado agora denominado como FCS-3A , ao alterar o material do elemento semicondutor no sistema de transmissão do módulo transmissor/receptor para GaN nitreto de gálio, as saídas foram ampliadas e a banda foi expandida. Como resultado, o alcance de detecção foi estendido para quase o dobro do alcance comparado com os radares da classe Hyuga.
A fim de lidar com alvos mistos ​​(alvos voando em direções diferentes do próprio navio), certos algoritmos foram adicionados ao software de controle de armas, incluindo processamento de sinal de rastreamento, engajamento e cálculos de disparo.

Além disso, foram feitos esforços para melhorar o desempenho dos amplificadores de baixo ruído em sistemas de recepção, e para tornar outros componentes individuais menores e mais eficientes e reduzir custos através da conversão de outros componentes individuais em circuitos integrados de micro-ondas monolíticos (MMICs). acredita-se que o gerenciamento (alcance e tempo de varredura por feixe) e melhorias na capacidade de processamento dos sinais do alvo recebidos (hardware e software) tenham sido melhorados.

Além disso, comparado ao conceito original do FCS-3 + AHRIM, o sistema atual do FCS-3A + ESSM é muito superior em desempenho, podendo agora utilizar misseis de longo alcance não estando mais limitado somente ao ESSM.


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Radar da classe Izumo, se chama OPS-50 foi equipado com o mesmo tipo de radar do FCS-3 o Izumo esta, armado apenas com dois tipos de armas: CIWS de 20 mm e SeaRAM, e ambos tem sistemas de controle de fogo independentes, de modo que a direção de fogo não era necessária função de comando de fogo foi retirada do sistema.

Como a função de direção de fogo foi removida, havia apenas quatro antenas de banda C. O elemento da antena utiliza um semicondutor de nitreto de gálio como o FCS-3A, portanto a distância de detecção é aproximadamente 2 vezes maior que a do FCS-3. Além disso, o segundo navio Kaga, teve sua antena atualizada para OPS-50A, este modelo facilita a manutenção por trás sem a necessidade de remover a antena.


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Radar da classe Asahi, diferente da classe Akizuki que e voltado para guerra aérea, a classe Asahi tem como foco guerra anti-submarino, o radar recebeu a denominação de OPY-1, a antena maior e basicamente igual ao radar FCS3A da classe Akizuki mas foi retirado a capacidade engajar alvos a longa distancia, o FCS-3 incorpora um Iluminador de onda contínua Interrompida (ICWI) desenvolvido pela Thales Holanda para orientação de mísseis. Na fase de planejamento da classe Asahi, foi considerada a instalação de um iluminador de onda contínua desenvolvido internamente,mas no final, o ICWI foi instalado. Além disso, com a remoção da capacidade de defesa aérea de longo alcance, a cobertura do radar voltou ao mesmo nível do FCS-3 da classe Hyuga, mas se for necessário no futuro é possível modificar a cobertura do radar para longo alcance se necessário.

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Radar da classe Mogami, foi denominado como OPY-2, esta é uma combinação de um radar baseado no OPY-1 e um radar de detecção de periscópio OPS-48, e é responsável pela busca de alvos, detecção, rastreamento e direção de tiro.
Este radar iniciou o desenvolvimento em 2008 e foi testado em 2014 no navio classe Asuka ate 2017, o radar foi desenvolvido na Banda X não apenas como um iluminador, mas como um radar multifuncional.




Editado pela última vez por akivrx78 em Sex Out 27, 2023 1:12 am, em um total de 3 vezes.
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