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Mensagem
por Einsamkeit » Qui Jan 26, 2006 6:21 pm
A região onde hoje é a Argentina era habitada por querandis, charruas, quíchuas e guaranis quando os conquistadores espanhóis, liderados por Juan Díaz de Solís, aportam no actual Río de la Plata, em 1516.
O nome deste país procede do latim argentum, que significa prata. Os náufragos da expedição de Juan Díaz de Solís encontraram na região indígenas que lhes deram de presente objetos de prata, e estes náufragos levaram à Espanha, por volta de 1524, a notícia da existência da legendária Sierra del Plata, uma montanha rica naquele metal precioso. A partir desta data os espanhóis passaram a chamar ao Río de Solís, Río de la Plata.
No Território do Vice-Reinado do Peru, no século XVII, as missões jesuítas estimulam a produção de erva-mate, tabaco, algodão e a criação de gado. O comércio faz do porto de Buenos Aires, fundado em 1580, a capital do Vice-Reinado de la Plata em 1776.
As derrotas dos ingleses nas tentativas de ocupar a capital, em 1806 e 1807, inspiram a revolução que derruba o vice-rei espanhol (1810) e leva à independência declarada em 9 de julho de 1816. Entre 1817 e 1819, o general José de San Martín, líder da campanha pela independência, cruza os Andes com seu exército para libertar o Chile e o Peru. Segue-se uma luta entre os Unitários (centralistas, defensores do poder de Buenos Aires sobre as províncias) e os Federales , que querem mais autonomia para as províncias. Entre 1825 e 1828, em guerra contra o Brasil, o país perde a Banda Oriental, que se torna a República Oriental do Uruguai. Em 1829, o general Juan Manuel Rosas instaura uma ditadura que só termina com sua queda, na batalha de Monte Caseros, em 3 de fevereiro de 1852.
Em 1916, são realizadas as primeiras eleições presidenciais livres e não fradulentas da Argentina e tem início uma série de três governos da União Cívica Radical (UCR) – o primeiro partido político de classe média das Américas - série esta interrompida em setembro de 1930 por um golpe militar chefiado pelo general José Félix Uriburu.
A Argentina foi, a partir de então, dominada por períodos de conflito político interno entre conservadores e liberais e entre facções civis e militares. Mas no início do século XX, a Argentina era um dos estados-providência mais avançados do mundo.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a Argentina assistiu à ascensão do movimento peronista, populista, o que levou a uma grande polarização do país. Juntas militares cada vez mais sangrentas alternaram com governos democráticos frágeis até 1983, o que resultou em problemas económicos crescentes, corrupção, agitação social e a derrota na Guerra das Malvinas.
Desde então, cinco eleições livres tiveram lugar na Argentina, o que consolidou sua democracia: a União Cívica Radical ganhou as eleições presidenciais de 1983, quando foi eleito Raúl Alfonsín e de 1999, com Fernando de la Rúa; já o Peronismo ganhou as presidenciais de 1989, de 1995 e de 2003, as duas primeiras ganhas por Carlos Menem e a última, por Néstor Kirchner. Em finais de 2001 o país passou por uma implosão económica sem precedentes, que levou à queda de Fernando de la Rúa da presidência e a uma seqüência de breves presidencias interinas: Ramón Puerta, Adolfo Rodríguez Sáa, Eduardo Camaño e Eduardo Duhalde, todos eles de extração peronista.
Esta é a lista de Presidentes da Argentina. Entre 1827 e 1854 o governo do país foi exercido pelos governadores da Província de Buenos Aires, que eram encarregados das relações exteriores do país. Dentre estes governadores figurou, por duas vezes, Juan Manuel de Rosas.
Desde - Até Presidente
1826 - 1827 Bernardino Rivadavia
1827 - 1827 Vicente López y Planes
1854 - 1860 Justo José de Urquiza
1860 - 1861 Santiago Derqui
1862 - 1868 Bartolomé Mitre
1868 - 1874 Domingo Faustino Sarmiento
1874 - 1880 Nicolás Avellaneda
1880 - 1886 Julio Argentino Roca
1886 - 1890 Miguel Juárez Celman
1890 - 1892 Carlos Pellegrini
1892 - 1895 Luis Sáenz Peña
1895 - 1898 José Evaristo Uriburu
1898 - 1904 Julio Argentino Roca
1904 - 1906 Manuel Quintana
1906 - 1910 José Figueroa Alcorta
1910 - 1914 Roque Sáenz Peña
1914 - 1916 Victorino de la Plaza
1916 - 1922 Hipólito Yrigoyen
1922 - 1928 Marcelo Torcuato de Alvear
1928 - 1930 Hipólito Yrigoyen
1930 - 1932 José Félix Uriburu
1932 - 1938 Agustín Pedro Justo
1938 - 1942 Roberto Marcelino Ortiz
1942 - 1943 Ramón S. Castillo
1943 - 1944 Pedro Pablo Ramírez (de facto)
1944 - 1946 Edelmiro Julián Farrel (de facto)
1946 - 1955 Juan Domingo Perón
1955 Eduardo Lonardi (de facto)
1955 - 1958 Pedro Eugenio Aramburu (de facto)
1958 - 1962 Arturo Frondizi
1962 - 1963 José María Guido (de facto)
1963 - 1966 Arturo Umberto Illia
1966 - 1970 Juan Carlos Onganía
1970 - 1971 Roberto Marcelo Levingston (de facto)
1971 - 1973 Alejandro Agustín Lanusse (de facto)
1973 Héctor José Cámpora
1973 Raúl Alberto Lastiri
1973 - 1974 Juan Domingo Perón
1974 - 1976 María Estela Martínez de Perón (conhecida por Isabelita)
1976 Junta Militar (de facto)
1976 - 1981 Jorge Rafael Videla (de facto)
1981 Roberto Eduardo Viola (de facto)
1981 - 1982 Leopoldo Fortunato Galtieri (de facto)
1982 - 1983 Reynaldo Benito Antonio Bignone (de facto)
1983 - 1989 Raúl Ricardo Alfonsín
1989 - 1999 Carlos Saúl Menem
1999 - 2001 Fernando de la Rúa
2001 Ramón Puerta (interino)
2001 - 2002 Adolfo Rodríguez Saá (interino)
2002 Eduardo Camaño (interino)
2002 - 2003 Eduardo Alberto Duhalde(interino)
desde 25 de Maio 2003 Néstor Carlos Kirchner
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
![Imagem](http://img388.imageshack.us/img388/6532/fasciofoxho8fn0.jpg)