Cronologia:Ingerência dos EUA na AL desde o séc XIX

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Cronologia:Ingerência dos EUA na AL desde o séc XIX

#1 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 1:26 pm

(originalmente postado pelo utilizador "Moi", in ForumDefesa)

A seguir, um resumo de intervenções de Washington nas Américas Central e Latina, a partir do século 19:

1806: À frente de um pelotão, o capitão Z. Pike invade o México ao norte do Rio Grande, sob as ordens do General Wilkinson.

1822-23: O tenente Ramage desembarca em Cuba a bordo do navio Porpoise, na costa oeste da ilha, sob o pretexto de perseguir piratas. O Tenente Itribiling desembarca uma tropa de fuzileiros navais na costa oeste de Cuba, em Puerto Escondido.

1824: O mesmo Porpoise desembarca marinheiros nas cercanias de Matanzas, em Cuba, ainda sob o pretexto de perseguir a pirataria.

1825: Destacamentos dos navios Sea Gull e Gallinnipper praticam “ações contra saqueadores nos cayos de Jutia Gorda e La Cocinera. Em Cuba

1831: Fuzileiros do navio Lexington desembarcam nas ilhas Malvinas, na Argentina, por ordem expressa do governo norte-americano. As ilhas seriam ocupadas pela Inglaterra cerca de dois anos depois.

1835: Soldados do navio Brandkwine aportam em El Calao, litoral do Peru, e seguem para Lima, a fim de ”proteger a cidade” durante motins revolucionários. A ocupação perdurou até 1836.

1838: O mesmo navio Lexington realiza um desembarque maciço em Buenos Aires, Argentina. Pretexto: “defender os cidadãos norte-americanos durante as desordens revolucionárias”.

1842: O oficial T.A.C Jones, no comando de uma esquadra que percorria o litoral da Califórnia, ocupa Monterrez, extremo noroeste do México. Uma semana depois, ocupa San Diego. Explicação: o oficial acreditou que as cidades haviam “declarado guerra”.


1816-1848: Guerra entre México e Estados Unidos. Não houve pretexto para o ataque norte-americano. Derrotado, o México firmou o tratado de Guadalupe-Hidalgo, reconhecendo a anexação do Texas. Cediam também a Califórnia, o Arizona, o Novo México e outras regiões, extensão equivalente a França e a Alemanha juntas.

1852-53: Durante a guerra civil de Buenos Aires os navios americanos Congress e Jamestown desembarcaram vários destacamentos. Pretexto: defender interesses estrangeiros.

1854: Uma esquadra norte-americana desembarca soldados em San Juan Del Norte, Nicarágua. O pretexto era “defender a propriedade de uma companhia daquele país, ameaçada (sic) pelo governo” nicaraguense. Em represália, o povo destruiu a empresa e o embaixador americano naquele país foi detido. O incidente diplomático resultou numa reação enérgica. Sob as ordens de Washington, uma esquadra ianque bombardeou San Juan, invadiu a cidade e a incendiou.

1855-57: Por ordens do comodoro Paudling, um destacamento de fuzileiros navais desembarca na Nicarágua. Pretexto: prender o “filibusteiro Wiliam Walker”, quer foi preso, torturado e enviado para Washington.

1858: Forças do navio americano St. Lawrence desembarca em Montevidéu, Uruguai e se apodera da alfândega, dando como pretexto a “guerra civil em processo”.

1859: Demonstrações de forças navais ianques no Panamá exigindo “desagravo”, por um suposto ataque ao banco norte-ametricano Water Witch. O governo panamenho se viu obrigado a capitular.

1860: Com o pretexto de perseguir o bandido mexicano Juan Cortina, o capitão ianque Ford cruza com suas tropas o Rio Grande, penetrando ilegalmente o México.

1865-66: O navio americano St. Mary desembarca fuzileiros navais no Panamá. O pretexto era “proteger o tráfego ferroviário e os interesses norte-americanos durante a guerra civil”. A intervenção ocorreria novamente no ano seguinte, sob o mesmo pretexto.

1868: O general Zedgwick exige e obtém a rendição de Matamoros, afirmando que o fez para reparar queixas de residentes norte-americanos. O militar permaneceu no local com cerca de cem homens durante uma semana, até que o governo de Washington se decidiu em ordenar a retirada da tropa.

1869: Fuzileiros americanos desembarcam por suas vezes em Montevidéu, novamente sob o intento de proteger nativos estrangeiros durante insurreição popular.

1873-1882: Tropas dos estados Unidos cruzam, por diversas vezes, a fronteira do México em suposta “perseguição a ladrões de gado. O governo mexicano apresentou moção de repúdio, o que não impediu que ocorressem choques entre as forças dos dois países, como foi o caso de Remolina, em maio de 1873 e o de Las Cuencas, em 1875. Tais incursões se realizavam, conforme ficou comprovado, por ordens diretas de Washington.

1885: Em março, o navio americano Galena envia à Colômbia uma grande força para a região do Panamá durante uma rebelião, sob o pretexto de proteger a ferrovia. Dois meses depois, uma esquadra ianque e vários destacamentos tomam à força a maior parte da rota do Canal e da Cidade do Panamá. Em julho, o navio Alliance desembarca tropas de fuzileiros em Colón, em caráter provisório.


1888: Uma esquadra norte-americana realiza apresentação de força no Haiti, por motivo do apresamento do navio mercante Haytian Republic.

1891: Uma guarda militar ianque desembarca em Valparaíso, Chile. Pretexto: proteger o embaixador dos Estados Unidos. Mais tarde, um motim de que resultaram dois americanos mortos, dezoito feridos e trinta e seis aprisionados, o governo dos Estados Unidos exigiu reparação. Diante da negativa chilena, a guerra chegou a estar iminente, e o Chile se viu obrigado, por fim, a oferecer escusas e a pagar todas as indenizações exigidas.

1893-94: Durante a Revolta da Armada, no Brasil, o almirante ianque Benham, com uma grande esquadra norte-americana sob seu comendo, tomou posição aberta contra os rebeldes, e chegou a posicionar embarcações a caminho do país, ao decorrer da guerra civil.

1896-98: Revolução no Panamá. Fuzileiros do navio americano Atlanta desembarcaram em Bocca de Toro, no ístimo. No ano seguinte, o navio Alert efetua um desembarque de soldados em Corinte, Nicarágua, durante “motins revolucionários”.

1898: Os Estados Unidos intervém no conflito cubano-espanhol, em Cuba. A propaganda oficial apresenta o envio de tropas ianques à Ilha como um ato generoso e filantrópico da América do Norte. Hoje existem provas de que ta; tese seria insustentável. De acordo com o historiador Ramiro Guerra, a intervenção não foi decidida pelo governo McKinley para ajudar o estabelecimento de uma república independente e soberana em Cuba mas, de fato, para realizar “uma política muito claramente definida em todo o decorrer do Século 20”.

1899: O navio americano Marieta realiza desembarque de fuzileiros em San Juan Del norte, com objetivos ‘de proteção’, logo após a insurreição de Reyes.

1901: Fuzileiros do navio Machias desembarcam em março em Boca Del Toro, na Colômbia. A mesma coisa, no mês de novembro, no Panamá em em Colón, permanecendo em ambos os lugares até dezembro. O pretexto era de “proteger a segurança ferroviária durante a guerra civil”.

1903-1904: Revolução Panamenha. O episódio teria sido orquestrado por agentes dos Estados Unidos com o objetivo de obter o comando do Canal. Não foi à toa que Theodore Roosvelt pôde afirmar, anos mais tarde: “eu me apoderei do Canal”. Para conseguir tal intento, o presidente americano violou todas as leis internacionais e os mais elementares princípios de moralidade que exigem respeito à soberania dos povos.

1904: Fuzileiros do navio Columbia desembarcaram em San Domingos. O pretexto era o de proteger o vice-cônsul alemão, ameaçado pelos revolucionários. Em janeiro e fevereiro daquele ano, uma enorme força naval norte-americana efetuou um desembarque de soldados em Puerto Plata e Souza e, com seus canhões, atacou os rebeldes.

1904: O Almirante Goodrich ordena que um batalhão de fuzileiros navais avança desde a zona do Canal do Panamá até Aucon, a fim de manter a ordem durante a rebelião do general Huertas. As tropas ocupam a cidade e permanecem no local durante uma semana.

1906: Intervenção militar norte-americana em Cuba. As tropas permaneceram no território cubano até 1907.

1910: O navio ianque Buffalo desembarcou uma força de reconhecimento, em março, na cidade de Corinte, Nicarágua. Em maio, os navios Paducah e Dubuque efetuam um desembarque ameaçou prender navios nicaragüenses e abriu fogo contra a terra. Pretexto: os motins revolucionários incitados pelo próprio Departamento de Estado.


1912: O navio americano Petrel desembarcou um destacamento em Honduras, a fim de impedir a ocupação, pelo governo, de uma estrada de ferro pertencente a uma empresa norte-americana.

1912: Desembarque de grande força ianque no porto de Guantânamo, em Cuba, ocupando todo o vale. Outro desembarque se efetuou em Nipe e em Daiquiri. Pretexto: defender os interesses norte-americanos durante os distúrbios que se produziram ao levantar-se em armas o Partido Independente de Cor.

1912-1925: Tropas desembarcam em Manágua, Nicarágua, a fim de “estabelecer a ordem e a pacificação do país”. Soldados desembarcariam também em outros lugares. Os americanos ocuparam todo o país. Em seguida, surgiu um movimento de independência nacional, que sustentou longa luta armada contra o invasor. Os Estados Unidos mantiveram suas tropas na Nicarágua até 1926.

1913: Grupo de marinheiros do navio Buffalo desembarcou em Ciaris Estero, México, para “proteger os norte-americanos dos distúrbios revolucionários”.

1914: Fuzileiros desembarcam em Port-au-Prince, no Haiti

1914-1917: Incidente do Delphin, em Tampico, México. Os norte-americanos se apoderam do porto deVera Cruz, permanecendo no local durante todo o ano. Em 1916, sob pretexto de perseguir Pancho Villa, o general americano Persching lança contra o México uma expedição “punitiva”, que penetrou milhas adentro do território mexicano. A luta continuou até fins de 1917. Esta seria a chamada guerra “não declarada” ao México.

1915-1934: Forças norte-americanas intervém e ocupam o Haiti, em julho de 1915, permanecendo na ilha por dezenove anos. O pretexto inicial: “impedir os ataques aos estabelecimentos estrangeiros durante a guerra”.

1916-1924: Forças navais ianques desembarcam e ocupam a República Dominicana, à custa de muitas baixas. Até 1922, o país é governado por generais. Deixam a região dois anos depois, sob a guarda de fuzileiros, como interventores.

1917-1919: Soldados invadem Cuba durante a Chambelona, ocupando boa parte da província oriental. O pretexto: defender interesses estrangeiros. As tropas permanecem na ilha até 1919.

1918-19: Após a expedição “punitiva”, no México, tropas americanas invadem o território mexicano três vezes em 1918 e seis, em 1919.

1919: O navio norte-americano Cleveland desembarca uma força em Puerto Cortez, Honduras, em setembro daquele ano, a fim de “impedir desordens”.

1919-12: Tropas ianques da Zona do canal penetram na província de Chiriqui, de julho a agosto, para “supervisionar as eleições” (!).

1920: Barcos americanos Tacoma e Niagara tomam a cidade da Guatemala, sob o pretexto de “defender os interesses norte-americanos durante a guerra civil”.

1924-25: Desembarcam soldados norte-americanos em vários pontos da Guatelama, entre fevereiro e abril de 1924. O cruzador Denver serviu de base de operações, ajudado pelo Billingsley e pelo Lardner. Em setembro, o Rochester desembarcou forças em Celba. Em abril de 1925, o Denver efetuou novo desembarque.

1925: Tropas dos Estados Unidos ocupam a cidade do Panamá. Pretexto: “prestar serviço de polícia durante uma greve”.

1926-1933: Depois de poucos meses após haverem se retirado, fuzileiros navais ianques regressam à Nicarágua, o que provoca forte oposição nacional. As tropas dos Estados Unidos ocupam o país até 1933. na prática, com um curto intervalo de poucos meses entre 1925 e 1926 a Nicarágua esteve ocupada militarmente por tropas estrangeiras durante vários anos.

1934-1950: Com a ascensão de Franklin Roosvelt à presidência dos Estados Unidos, os episódios referentes à Segunda Guerra mundial, que desviou o foco militarista norte-americano e a formulação da chamada “Política da Boa Vizinhança”, houve uma certa pausa momentânea em manifestações mais agressivas por parte de Washington nas Américas. O efeito civilizador dos Estados Unidos voltaria com a Guerra Fria, culminando com o rompimento da tradição política dos países do Sul, que adotariam à força a orientação de ditaduras sinistras que Washington iria impor, como o fez, desde sempre à América Central e ao Caribe.

1964: Em meio ao temor de uma revolução socialista no Brasil, durante o governo João Goulart (1961-64), os Estados Unidos desencadearam, como nos velhos tempos, uma operação, intitulada Brother Sam, constituída por uma esquadra chefiada pelo porta-aviões Forrestal, por um porta-helicópteros, seis destróiers, quatro petroleiros, sete aviões de carga C-125, oito aviões de caça, oito aviões-tanque e um jato de comando aéreo, e portava cento e dez toneladas de armamentos. A operação, prevista para maio, se precipitou com o levante de 31 de março. O objetivo inicial seria apostar em Santos, reconhecendo São Paulo como região legalista contra Jango. Com a insurreição das tropas de Juiz de Fora, a “missão civilizadora” se dirigiu para o Espírito Santo, com o intuito de sustentar o governo de Minas Gerais com homens, armas e combustíveis. Foi abortada com a rápida vitória dos militares e a deposição de Goulart, a 1o de abril. Até hoje, esta operação é ponto de controvérsia a respeito de seus fins e meios, e muitos questionam se ela realmente existiu ou não, embora existam documentos que comprovem a ação, nos próprios arquivos norte-americanos.

1973: A sedição do governo socialista de Salvador Allende, feita pelas mãos de militares chilenos, foi articulada pelos Estados Unidos, como a primeira operação complexa de desestabilização de governos sul-americanos. A operação se fez tanto através de propaganda quanto atos de conspiração e de guerra, comandada por um grupo que integrava gestores de empresas multinacionais, para derrubar o governo. O programa de Allende entrou em choque com os interesses norte-americanos na América. Como foi comprovado depois, o descontentamento popular foi estimulado por greves financiadas pela Inteligência norte-americana. Em 11 de setembro de 1973, o palácio do governo foi bombardeado e o presidente morreu durante a luta.

1986: O governo norte-americano foi acusado de desviar o dinheiro de venda ilegal de armamentos ao Irã para sustentar o movimento dos “contras”, grupo de extrema direita que lutava para derrubar o governo sandinista da Nicarágua, na América Central. O escândalo abalou o prestígio do presidente Ronald Regan, ficando claro para a opinião pública que ele não só tinha conhecimento dessas transações, como também as autorizara. Desta forma, o governo de Washington mantinha os “contras” (ditos “conservadores” que haviam fugido para Miami a fim de organizar uma milícia guerrilheira e atacar a Nicarágua) com armas, equipamento e assessoria militar que, sem sucesso, tentaram derrubar o governo de Daniel Ortega. O presidente seria derrotado apenas em 1990, por via eleitoral, com a vitória de Violeta Chamorro, da União Nacional de Oposição (UNO).




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#2 Mensagem por Guilherme » Qua Jan 18, 2006 1:46 pm

1964: Em meio ao temor de uma revolução socialista no Brasil, durante o governo João Goulart (1961-64), os Estados Unidos desencadearam, como nos velhos tempos, uma operação, intitulada Brother Sam, constituída por uma esquadra chefiada pelo porta-aviões Forrestal, por um porta-helicópteros, seis destróiers, quatro petroleiros, sete aviões de carga C-125, oito aviões de caça, oito aviões-tanque e um jato de comando aéreo, e portava cento e dez toneladas de armamentos. A operação, prevista para maio, se precipitou com o levante de 31 de março. O objetivo inicial seria apostar em Santos, reconhecendo São Paulo como região legalista contra Jango. Com a insurreição das tropas de Juiz de Fora, a “missão civilizadora” se dirigiu para o Espírito Santo, com o intuito de sustentar o governo de Minas Gerais com homens, armas e combustíveis. Foi abortada com a rápida vitória dos militares e a deposição de Goulart, a 1o de abril. Até hoje, esta operação é ponto de controvérsia a respeito de seus fins e meios, e muitos questionam se ela realmente existiu ou não, embora existam documentos que comprovem a ação, nos próprios arquivos norte-americanos.


Mostra-me evidências disto.




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#3 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 2:03 pm

Guilherme escreveu:Mostra-me evidências disto.


:arrow: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_U. ... since_1945

1964 Operation Brother Sam, military coup in Brazil support given by U.S. is provided but not needed


:arrow: http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Brother_Sam

(...)
A very important aspect of the coup d'etat against Joao Goulart was the active support the military received from the CIA, Lincoln Gordon (US embassador to Brazil), USAID. Thousands of people - peasants and students - were tortured, murdered and disappeared, just like in several other latin american republics. There were many instances where the Intelligence services of the Army and DOPS (the political police then) created situations where bombs exploded and the "communists" were accused of the bombing.(...)


:arrow: http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB118/index.htm

BRAZIL MARKS 40th ANNIVERSARY OF MILITARY COUP

DECLASSIFIED DOCUMENTS SHED LIGHT ON U.S. ROLE

Audio tape: President Johnson urged taking "every step that we can" to support overthrow of Joao Goulart

U.S. Ambassador Requested Pre-positioned Armaments to aid Golpistas; Acknowledged covert operations backing street demonstrations, civic forces and resistance groups


I think we ought to take every step that we can, be prepared to do everything that we need to do," President Johnson instructed his aides regarding preparations for a coup in Brazil on March 31, 1964. On the 40th anniversary of the military putsch, the National Security Archive today posted recently declassified documents on U.S. policy deliberations and operations leading up to the overthrow of the Goulart government on April 1, 1964. The documents reveal new details on U.S. readiness to back the coup forces.

The Archive's posting includes a declassified audio tape of Lyndon Johnson being briefed by phone at his Texas ranch, as the Brazilian military mobilized against Goulart. "I'd put everybody that had any imagination or ingenuity…[CIA Director John] McCone…[Secretary of Defense Robert] McNamara" on making sure the coup went forward, Johnson is heard to instruct undersecretary of State George Ball. "We just can't take this one," the tape records LBJ's opinion. "I'd get right on top of it and stick my neck out a little."


http://www.cooperativeresearch.org/time ... ine=brazil

1962-1964


The CIA conducts an intensive propaganda campaign against Joao Goulart which dates from at least the 1962 election operation and which includes the financing of mass urban demonstrations. [Blum, 2000]

People and organizations involved: Jo ̄o Goulart




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#4 Mensagem por rodrigo » Qua Jan 18, 2006 2:07 pm

1964: Em meio ao temor de uma revolução socialista no Brasil, durante o governo João Goulart (1961-64), os Estados Unidos desencadearam, como nos velhos tempos, uma operação, intitulada Brother Sam, constituída por uma esquadra chefiada pelo porta-aviões Forrestal, por um porta-helicópteros, seis destróiers, quatro petroleiros, sete aviões de carga C-125, oito aviões de caça, oito aviões-tanque e um jato de comando aéreo, e portava cento e dez toneladas de armamentos. A operação, prevista para maio, se precipitou com o levante de 31 de março. O objetivo inicial seria apostar em Santos, reconhecendo São Paulo como região legalista contra Jango. Com a insurreição das tropas de Juiz de Fora, a “missão civilizadora” se dirigiu para o Espírito Santo, com o intuito de sustentar o governo de Minas Gerais com homens, armas e combustíveis. Foi abortada com a rápida vitória dos militares e a deposição de Goulart, a 1o de abril. Até hoje, esta operação é ponto de controvérsia a respeito de seus fins e meios, e muitos questionam se ela realmente existiu ou não, embora existam documentos que comprovem a ação, nos próprios arquivos norte-americanos.
Não entendi, onde houve a intervenção?!




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#5 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 2:10 pm

Colegas,

Pelo que percebi a "Operação Brother Sam" não chegou a ser efectivada com os meios acima referidos, pois entretanto se deu o Golpe.

É isso?

1964 Operation Brother Sam, military coup in Brazil support given by U.S. is provided but not needed




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#6 Mensagem por Guilherme » Qua Jan 18, 2006 2:13 pm

(...)
A very important aspect of the coup d'etat against Joao Goulart was the active support the military received from the CIA, Lincoln Gordon (US embassador to Brazil), USAID. Thousands of people - peasants and students - were tortured, murdered and disappeared, just like in several other latin american republics. There were many instances where the Intelligence services of the Army and DOPS (the political police then) created situations where bombs exploded and the "communists" were accused of the bombing.(...)


Não morreram milhares, morreram 300, se não me engano.

E sobre as bombas, o único caso que me lembro em que agentes do governo fizeram o atentado e colocaram a culpa nos comunistas, foi na palhaçada do RioCentro, em 1981.

Para recordar o tipo de gente que os militares combatiam:

http://www.ternuma.com.br/guara.htm
http://www.ternuma.com.br/chandler.htm
http://www.ternuma.com.br/levino.htm
http://www.ternuma.com.br/boilesen.htm
http://www.ternuma.com.br/marinheiro.htm
http://www.ternuma.com.br/qg-2exer.htm

Lembrando que muitos dos que participaram dessas ações terroristas, hoje são influentes jornalistas, escritores, deputados, políticos e membros do alto escalão da administração federal.




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#7 Mensagem por rodrigo » Qua Jan 18, 2006 2:14 pm

Pelo que percebi a "Operação Brother Sam" não chegou a ser efectivada com os meios acima referidos, pois entretanto se deu o Golpe.

É isso?
Foi. A operação exisitiu, mas em nenhum momento operou no Brasil. Se houvesse resistência, os americanos teriam colaborado com os militares, mas não houve. O Jango fugiu rapidinho, nem avisou ninguém, e o presidente do Supremo Tribunal teve que empossar o presidente do Câmara de madrugada. Nem vou falar do grande guerreiro Leonel Brizola, que fugiu vestido de mulher...




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sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#8 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 2:15 pm

Colegas, agradeço os vossos exclarecimentos :wink:




Editado pela última vez por P44 em Qua Jan 18, 2006 2:20 pm, em um total de 1 vez.
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#9 Mensagem por Guilherme » Qua Jan 18, 2006 2:20 pm

Você sabia?

- que Wilson Nascimento Barbosa, atual professor de História da USP e que vem acusando o Gen Job Lorena de Sant'Anna de tê-lo torturado em 1969 no 18º Regimento de Infantaria, em Porto Alegre, foi militante da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP), da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e do Movimento Armado Revolucionário (MAR), onde era conhecido por "Negão";
- que, depois de roubar um carro, em 17 Mar 69, participou, nesse mesmo ano, dos seguintes assaltos a banco, todos na então Guanabara: em 19 Mar, Banco da Lavoura de Minas Gerais, em Realengo; em 05 Mai 69, Banco Nacional Brasileiro, em Piedade; em 10 Jun 69, União de Bancos Brasileiros, em Ramos; em 18 Jun 69, Banco de Comércio e Indústria de São Paulo, em Ramos; em 18 Jul, Banco Nacional Brasileiro, em Piedade;
- que, em 26 Mai 69, colaborou na fuga de 9 militantes do MAR da Penitenciária Lemos de Brito, quando foi morto a tiros o guarda penitenciário Ailton de Oliveira e feridos o guarda Jorge Felix Barbosa e o funcionário da LIGHT João Dias Pereira;
- que, no final de Jul 69, fugiu para o Uruguai onde foi preso e recambiado para o Brasil;
- que, em 13 Jan 71, foi um dos 70 militantes comunistas banidos para Santiago do Chile, em troca da vida do Embaixador da Suíça, que havia sido seqüestrado em 07 Dez 70 pela VPR;
- que o então Major Job, em 1969, era instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e nunca serviu no 18º RI?

- que o "IV Departamento do Estado-Maior do Exército Vermelho", órgão que realizava a espionagem militar nos outros países, deslocou, em 1935, vários espiões para o Brasil;
- que um desses espiões era Olga Benário, que também usava os nomes de "Frida Leuschner", "Ana Baum de Revidor", "Olga Sinek", Olga Berguer Vilar" e "Zarkovich", e que era casada, em Moscou, com B.P. Nikitin, aluno da "Academia Militar de Frunze";
- que Olga Benário nunca foi casada com Luiz Carlos Prestes, o qual, assalariado do Komintern, prestou-se ao papel de traidor de sua pátria acobertando as reais atividades de Olga no Brasil?

- que as últimas contribuições de Moscou para o PCB, por ordem do Comitê Central, foram para a campanha eleitoral de 1989, quando o atual Senador," basileiro" , Roberto Freire foi candidato à Presidência da República ;
- que quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à embaixada soviética, nos anos 80 ?

- que Luiz Carlos Prestes , quando Senador , da tribuna pregou a exploração do petróleo nacional por nações estrangeiras , atendendo naquele momento , ao interesse demonstrado pela Rússia de vir instalar , aqui , empresas de extração do ouro negro ;
- que Luiz Carlos Prestes , ainda da tribuna ,declarou que em caso de guerra entre a Rússia e o Brasil , sendo este aliado dos Estados Unidos , ele próprio e os comunistas lutariam ao lado dos soviéticos ?

- que os Direitos Humanos são válidos somente para os terroristas,subversivos e agitadores;
- que aqueles que os combateram,que ficaram inválidos ou que foram por eles assassinados, não têm, também, os seus Direitos Humanos;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos do Delegado Otávio Gonçalves Moreira Junior(Ver Recordando a História) assassinado pelas costas com uma calibre 12, por terroristas da Ação Libertadora Nacional e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, quando de calção e desarmado, deixava a praia em Copacabana;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos do Cabo Sylas Bispo Feche, que foi metralhado e morreu com vários tiros disparados por dois terroristas, quando lhes pedia os documentos;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos do Ten PM/SP Alberto Mendes Junior( ver Recordando a História: Lamarca), morto a coronhadas de fuzil, em Registro/SP, quando se apresentou como refém, em troca do atendimento de seus soldados que, feridos, gemiam no chão, após ataque de surpresa desfechado por terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária, liderados por Carlos Lamarca;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos do Capitão Charles Rodney Chandler(Ver Recordando a História), assassinado pela Vanguarda Popular Revolucionária, na frente de seu filho de nove anos e de sua esposa, só porque eles acusavam Chandler de "agente da CIA" ?


- que ninguém reclama os Direitos Humanos do sargento da Força Aérea Brasileira Valder Xavier de Lima, assassinado com um tiro na nuca por Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos),militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário quando, ao volante de um jipe, transportava terroristas presos;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos das sentinelas que guardavam os quartéis e foram assassinados pelo terror;
- que ninguém ligado às associações defensoras dos Direitos Humanos, jamais levantou a sua voz para condenar os terroristas pelos atos de banditismo que realizaram;
- que nunca os setores progressistas da Igreja, os mesmos que defendem com tanto ardor os subversivos e os terroristas, tenham, como Pastores da Igreja, subido aos púlpitos para condenar, veementemente, as organizações terroristas que fizeram muitas vítimas, na sua quase totalidade católicos praticantes ?

- que ninguém reclama os Direitos Humanos de tantos civis mortos em tiroteios nas ações praticadas pelos terroristas;
- que ninguém reclama os Direitos Humanos de mais de uma centena de mortos e dos 343 feridos graves, alguns dos quais inválidos para sempre, todos vítimas de organizações terroristas;
- que edificam monumentos aos terroristas que assaltaram, roubaram, assassinaram e que queriam implantar uma ditadura comunista no Brasil;

- que temos o direito e o dever de erigir um monumento às vítimas do terror que deram a vida para que estejamos numa democracia e, nesse monumento , colocarmos o nome de todos esses heróis ?

- que Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger( ou Suzana Lisboa), integrantes da Comissão, representantes das famílias dos desaparecidos, foram militantes da ALN - Ação Libertadora Nacional e receberam treinamento militar em Cuba;
- que Iara Xavier Pereira participou de diversas "ações" armadas, conforme ela própria revela no livro "Mulheres Que Foram À Luta Armada", de autoria de Luiz Maklouf";
- que Iara ou sua família foi "premiada" pelas mortes de seus irmãos e marido, respectivamente,Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo Cardoso Rocha, ocorridas nas ruas de S.Paulo,em tiroteio com a polícia. Os três receberam treinamento militar em Cuba e eram membros do Grupo Tático Armado da ALN;
- que Suzana ou sua família também foi "premiada" igualmente, pela morte de seu marido Luiz Eurico Tejera Lisboa ( treinado em Cuba );
- que você contribuinte, sem ter a quem reclamar, pagou pela "açào entre amigos" a "modesta" quantia de 4x R$ 150.000,00 = SEISCENTOS MIL REAIS; - que a mídia, a famosa mídia, que faz a cabeça das pessoas, jovens e adultos, nunca registrou esse pequeno trecho da História recente de nosso país?


- que CARLOS MARIGHELA, morto nas ruas de São Paulo, graças a delação de seus amigos do Convento dos Dominicanos, e CARLOS LAMARCA, morto no sertão da Bahia, tiveram suas esposas indenizadas. Apesar de que, a esposa de CARLOS LAMARCA já receber pensão militar;
- que para se consumar a farsa e o dinheiro do contribuinte "expropriado", as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados "dependências policiais ou assemelhadas?


http://www.ternuma.com.br/vcsabia.htm




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#10 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 18, 2006 2:27 pm

Ai morrem uns terroristas no araguaia, ai a midia de merda fala que mataram herois da liberdade, a ditadura tortura assasinos e sequestradores e eles sao os monstros, é o brasil mesmo.......

Se Tivessemos um presidente homem, ele deveria revogar estes beneficios e tirar qualquer gratificaçao contra estes terroristas e assasinos




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#11 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 2:29 pm

Colegas

Pelo que leio vejo qeu vcs passaram por uma situaçao tumultuosa e de grande indefinição politica, e muita violência de parte a parte durante os anos da Ditadura militar.

Já agora, estou curioso:

Constato que muitos de vcs são "saudosos" desses tempos

É porquê? porque havia segurança nas ruas e cidades, havia menos crime?

Mas vcs tinham liberdade de expressão?

:? É que faz-me um bocado de espécie ver assim tanta gente nova, "desejar" (entre aspas) o regresso do governo militar.

Eu lembor-me da década de 80, quando das "directas já" e da eleição de Trancredo Neves, entretanto falecido antes de tomar posse.
Eram noticias recorrentes cá em Portugla,pois nós acompanhamos muito o que se passa aí no País irmão.

Vcs só "apoiam" o governo militar porque era anti-comunista?

Mas os Comunistas tinham hi´potese reais de chegar ao Poder?




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#12 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 18, 2006 2:35 pm

Olha, liberdade de expressao nao tinha muita, tambem pela epoca em si, mais sem duvida que o pais para viver era muito melhor, nem se compara a violencia do tempo para agora, Sim os comunistas tinham chances, e agradecemos a deus pelos nossos comunistas serem tapados e idiotas e nao conseguirem dar um golpe, o Governo do goulart estava insustentavel, e os terroristas-comunistas estavam fazendo uma zona como voce viu acima, e por incrivel que pareca, os "assasinos" dos militares, deixaram essa ESCORIA viva, tanto que o Dirceu, Genoino e outros eram parte do governo do PT




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#13 Mensagem por P44 » Qua Jan 18, 2006 2:52 pm

Eins

Mas tu não és demasiado novo para te lembrares desses tempos?

:wink:




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#14 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 18, 2006 2:54 pm

P44 escreveu:Eins

Mas tu não és demasiado novo para te lembrares desses tempos?

:wink:


Mais os amigos do meu avo, meus pais e tios, vizinhos e amigos mais velhos nao sao......

Impossivel eles serem todos direitistas fanaticos

:twisted:




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#15 Mensagem por J.Ricardo » Qua Jan 18, 2006 3:05 pm

P44 é complicado falar em saudades dessa época, já que a ideologia conta muito para isso, por exemplo, na minha família não há pessoas ideolgicamente de esquerda, aliás meu pai foi presidente do sindicato local dos metalurgicos sem nunca ser comunista, até conheceu o Lula e fala mal dele até hoje, considera-o inclusive um traidor dos trabalhadores. No entanto me lembro das conversas dos adultos, falavam quase sempre de economia, mas nos lembravam a todo tempo para nunca repetirem as conversas na escola, ou seja, mesmo não sendo de esquerda eles temiam o governo por falarem mal da economia, pode? falar mal da economia era perigoso!
O Brasil nunca foi muito melhor do que é hoje, pode ter sido lá na época do Getúlio, mas cá pros anos 60/70 não era muito melhor não.
Mas pra falar a verdade, na época do Getúlio quando o exército estava selecionando homens para a FEB, os generais alertaram o presidente que no interior do Brasil era difícil selecionar bons homens já que as condições humanas eram péssimas.




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