Guerras e massacres esquecidos

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Guerras e massacres esquecidos

#1 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 3:36 pm

"Um dos mais tristes capítulos da história do século XX, a deportação e massacre de 1,5 milhão de armênios pelo Império Otomano, entre os anos de 1915 e 1923"

Medz Yeghern, "Grande Mal", é assim que os armenios chamam os dois massacres de armenios por ordem do governo turco,principalmente durante a 1° GM; o primeiro genocidio do secolo XX!. Foi um tentativo de eliminar a população armenia-cristã do territorio turco otomano.

Esse genocidio é quase desconhecido!, mas não pode ser esquecido, por isso muitos querem que a turquia, que quer entrar na união europa, reconheça esse crime contra a humanidade. Até hoje na Turquia é proibido falar nesse assunto!!quem desobedece....3 anos de prisão!

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#2 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 11, 2006 3:37 pm

e como tu quer que as pessoas saibam? os Armenios nao tem estudios de Cinema

:twisted: :twisted:




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#3 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 4:46 pm

vc se engana, ja saiu um filme sobre esse assunto, o problema é que ninguem se importa, é mais facil esquecer do que enfrentar!




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#4 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 4:54 pm

A guerra da Iugoslávia


Iugoslávia
A Destruição de uma Nação

A ex-República Socialista Federativa da Iugoslávia desintegrou-se pela guerra civil étnica desencadeada nos princípios da década de 1990. As várias etnias que a compõem (sérvios, croatas, eslovênios, montenegrinos, albaneses e macedônicos), a partir do colapso do socialismo, retomaram as antigas guerras tribais que tanto infelicitaram a região, aquela esquina do mundo, onde, no passado, interesses conflitantes das grandes potência imperais (da Áustria, da Rússia, da Turquia otomana) se encontravam, acirrando o ódio das populações locais, umas contra as outras. Quando todos analistas pensavam que as velhas rivalidades e antigos ódios estivessem sepultados por mais de quarenta anos de convívio de paz sob um regime comum (o comunismo não-stalinista de Tito), eis que os fantasmas vingativos, vindo de tempos remotos, resolveram reaparecer para uma mortífero acerto de contas entre as diversas tribos balcânicas, banhando as montanhas, os vales e as cidades da Iugoslávia com o sangue dos inocentes. Como uma mancha, o desacerto intra-étnico começou em 1990 com a "guerra dos dez dias" da Eslovênia contra o exército iugoslavo, estendendo-se depois para o centro e finalmente chegando, dez anos depois, à Macedônia, a mais meridional das repúblicas balcânicas. Churchill disse certa vez que os Bálcãs produziam mais história do que podiam consumir, enquanto Otto von Bismarck, o chanceler alemão, desprezava aquela região pobre, assegurando que "os Bálcãs não valem os ossos de um granadeiro alemão."




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#5 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 5:02 pm

foto da guerra da iugoslávia (região:kosovo), nessa guerra tambem teve um tentativo de genocidio.

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mapa da região
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#6 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 5:06 pm

O genocidio helenico


O Genocídio Helênico foi a tortura, massacre e limpeza étnica sistemáticos de vários milhões de helenos (gregos) perpetrados pelos turcos na Ásia Menor, Constantinopla (agora chamada de Istambul pelos turcos), Trácia Oriental, Invros, Tenedos, Macedônia, Capadócia e Pontos.

A maioria das vítimas foi massacrada entre 1895 (muito antes da Primeira Guerra Mundial) e 1955 (muito depois da Segunda Guerra Mundial). A estimativa atual é de que por volta de 2.000.000 de crianças, mulheres e homens gregos de todas as idades foram mortos durante aquele período.

Nos mesmos lugares e freqüentemente ao mesmo tempo, os turcos torturaram e massacraram milhões de armênios e assírios de todas as idades. O fato de que as três nações foram vítimas da mesma política de extermínio é mais uma prova de cada um dos três Genocídios. Não foi uma "guerra", não foi uma "revolta". Foi um esforço planejado de extermínio. Foi um esforço dos turcos para se livrar de seus antigos escravos, já que eles não eram mais úteis. Foi um esforço para criar uma "Turquia para os Turcos", como os líderes turcos chamavam-no, nas terras dos armênios, assírios e gregos ainda sob ocupação turca. Os turcos tinham invadido as terras dos armênios, assírios e gregos. Já que eles não podiam continuar a usá-los como escravos, eles decidiram exterminá-los. E eles o fizeram.

Não foi uma "luta religiosa" tampouco. A perseguição dos curdos, que são mussulmanos como os turcos, começou assim que a maioria dos armênios, assírios e gregos, que são todos cristãos, tinha sido exterminada. Os curdos foram levados a pensar que ao ajudar os turcos a exterminar os "infiéis", como eles se referiam aos armênios, assírios e gregos, eles teriam uma terra própria deles. Os curdos realmente ajudaram os turcos mas somente para se tornarem a próxima vítima do plano para criar uma "Turquia para os Turcos". A perseguição dos curdos era uma consqüência natural. Afinal, o objetivo dos líderes turcos não era uma "Turquia para os Mussulmanos".

De certo modo, o Genocídio Helênico ainda não terminou, já que seus poucos sobreviventes são perseguidos neste momento em todos os territórios dominados pelos turcos, especialmente em Constantinopla e Invros. Por exemplo, em Invros, em 1999, um menino grego de seis anos de idade foi queimado vivo pelos turcos. O Patriarcado Ortodoxo, localizado em Constantinopla, o qual tem um significado semelhante ao Vaticano, é atacado freqüentemente. Os direitos dos poucos sobreviventes do Genocídio Helênico são vergonhosamente negados. O Tratado de Lausanne é continuamente desrespeitado. Até as freqüentes invasões pela Turquia do espaço aéreo e do mar territorial da Grécia (as quais totalizam centenas todos os anos), podem ser consideradas reflexos de sua política de extermínio. Se para os líderes turcos, os gregos não têm o direito de viver, eles não têm quaisquer direitos.




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#7 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 11, 2006 5:13 pm

einsamkeit, o nome do filme é Arafat, feito por egoyan.




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#8 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 11, 2006 6:54 pm

Voce citou um, quantos existem do holocausto? nao existem dedos pra contar isso, o Holocausto apenas é mais divulgado porque os judeus tem muito capital e influencia para isso, Negros, indios, armenios nao tem como reclamar de nada




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#9 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jan 12, 2006 9:41 am

Mais recentemente dois massacres:


1.
O de Pol Pot, no Camboja, entre 1975 e 1979.

De um país com 14 milhões de habitantes, calcula-se que tenham sido mortos 2 milhões, entre trabalhos forçados e execuções sumárias.

Esse regime louco que procurava levar o maoismo à sua essência mais pura, executava tudo o que cheirasse a população urbana, intelectuiais, comerciantes, professores, dando o primado aos camponeses, que eram considerados imunes aos males da burguesia.

O regime de Pol Pot e dos Kmeres Vermelhos caiu em 79, mercê da invasão do território pelas forças militares vietnamitas.

_______________



2.
A ocupação indonésia de Timor-Leste, antiga colónia portuguesa em Dezembro de 1975, é considerada responsável pela morte de cerca de 180.000 hab, de um total populacional de 900.000 hab da metade leste dessa ilha.

A Indonésia abandonou a ocupação em 1999, como consequência do referendo na ilha, monitorizado pela ONU, e em que a população maioritariamente optou pela independência.




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#10 Mensagem por MAJOR FRAGUAS » Qui Jan 12, 2006 9:52 am

A grande diferença é que hoje num mundo globalizado, nada passa tão despercebido assim, mas imagina no começo do sec. XX, realmente só estudando a história a fundo. Não tinha idéia que o genocídio na Armênia tivesse sido tão horrivel assim. Pq realmente como o Eins falou, o holocausto e muito mais conhecido por existir inúmeros filmes e livros resgatando os acontecimentos. Espero que nós não deixamos acontecer mais essas páginas negras na história da humanidade!

té mais




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#11 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jan 12, 2006 9:59 am

Major:

O que se passou durante esses anos em Timor esteve esquecido do mundo, porque não haviam imagens, e a Indonésia controlava muito as entradas no território.

Esse problema trágico só passou para agenda internacional, quando um repórter filmou o massacre de Santa Cruz em Dili.

Com imagens na TV, o mundo conheceu finalmente o que se andava a passar ali.




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#12 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qui Jan 12, 2006 11:00 am

Eins, vc tem razão, sem duvida o holocuastro é muito mais conhecido, mas eu penso q seja pelo fato que esse crime foi cometido em um continente inteiro e envolveu varias nações ricas e importante. O importante é q isso não aconteça nunca mais!!




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#13 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qui Jan 12, 2006 11:06 am

Obrigado Rui, a invasão de Timor leste foi outra página negra na história.

Timor Leste, uma história de atrocidades e submissão


A tragédia que se abateu sobre a população timorense tem mais a ver com a sociedade brasileira do que possa parecer à primeira vista. O Timor e o Brasil foram incorporados à geografia, à história e à economia do ocidente no mesmo processo de expansão marítima e comercial européia que se desenvolveu entre os séculos XV e XVI. Como nós, aquele povo insular foi objeto da colonização portuguesa, a qual, com todas as suas mazelas, nos legou a ambos a mesma língua, que hoje é falada por cerca de 20% dos timorenses e adotada como idioma oficial da luta de resistência. Outro fator de identificação é a religião católica, alvo da devoção de 92% dos habitantes do Timor, o que os torna o povo mais católico do continente asiático.

A ilha do Timor fez sua primeira aparição num mapa ocidental no ano de 1512. Localizada pelos portugueses a caminho de sua feitoria de Málaca (atual Malásia), recebeu destes a denominação de "a ilha onde nasce o sândalo". Entusiasmados com as propriedades perfunctórias da referida madeira, desde então uma matéria-prima bastante cobiçada para a elaboração de perfumes, ungüentos e incensos, navegantes e mercadores lusitanos para ali se dirigiram em diversas expedições comerciais entre os anos de 1514 e 1520. Já nessa época o Timor era dividido em dois reinos, Samby, na parte oeste da ilha e Behale, no leste.

Em 1561, missionários dominicanos implantaram um núcleo de evangelização na ilha adjacente de Solor, o qual seria fortificado cinco anos depois, e, já em 1595, estes religiosos haviam expandido suas atividades até a ilha de Ende Minor, na costa sul de Timor.

Ocorre que, em 1613, destacamentos flamengos a serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais se apoderaram do forte de Solor, forçando os religiosos portugueses a se transferirem para a localidade vizinha de Larantuka (Ilha das Flores). As décadas seguintes registraram uma intensificação da escalada holandesa na região, obrigando os portugueses a consolidarem militarmente sua presença na ilha de Timor, o que levou à fundação da cidade de Dili, atual capital do Timor Oriental, no ano de 1668, e finalmente, no ano de 1702, foi nomeado o primeiro governador português da ilha de Timor, Antônio Coelho Guerreiro. Este fato permitiu a Portugal um controle definitivo da parte oriental da ilha, tendo sido firmado um acordo com a Holanda em 1859 que determinou a partilha do território em duas partes: a ocidental, sob controle holandês e a oriental, sob administração portuguesa.

Em 1903 um australiano descobriu a existência de petróleo na costa. No final da I Guerra Mundial, o Japão tentou comprar o Timor, oferecendo uma boa soma, o que foi oficialmente rejeitado por Salazar em 1932. O regime salazarista considerava os timorenses como "uma das raças degeneradas e atrasadas" das colônias, o que serviu de pretexto para retirar os direitos cívicos, ainda que mínimos, que tinham adquirido em 1822.

Território estratégico, entre a Austrália, Indonésia, Filipinas, dando acesso à China, o Timor foi invadido durante a II Guerra Mundial, primeiro pelos australianos, que pretendiam organizar uma resistência no território, em seguida pelos japoneses, que criaram campos de concentração, cometeram atrocidades em larga escala e deixaram 60.000 mortos.

O Timor saiu da II Guerra Mundial praticamente arrasado, mas Portugal continuou não investindo na colônia, preferindo Macau, mais lucrativa. Para o Timor, que produzia basicamente café - considerado um dos melhores do mundo - eram mandados os prisioneiros políticos e dissidentes do salazarismo.

Em 1975, tropas indonésias invadiram o Timor Leste, aproveitando a indefinição gerada pela retirada de Portugal, que até então administrava a ilha como uma colônia. A invasão ocorreu após uma breve guerra civil, onde a Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), de esquerda, derrotou as forças conservadoras locais, que queriam a integração com a Indonésia. A Fretilin chegou a proclamar a independência em novembro de 1975, mas foi forçada a abandonar a capital, Dili, bombardeada pela aviação indonésia.

Em julho de 1976, Timor Leste foi declarado oficialmente a 27ª província indonésia, passando a se chamar Loro Sae, apesar das sucessivas resoluções da ONU - que considerava ilegal a ocupação - exigindo a retirada dos invasores e a autodeterminação dos timorenses.

A conquista e posterior ocupação do Timor Lorosae pela Indonésia constitui um dos piores massacres perpetrados ao longo do século XX. Apenas nos primeiros meses de ocupação, perderam a vida cerca de 60.000 insulares, aproximadamente o mesmo número de vítimas provocadas por três anos de dominação japonesa, um número, proporcionalmente falando, superior ao total de perdas humanas sofridas pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Nos 24 anos de subordinação à Indonésia, foram sacrificadas cerca de 200.000 pessoas, um quarto da atual população timorense.

Tais números apenas ratificam a eficiência homicida que caracterizou a ditadura de Suharto, estabelecida na seqüência de um golpe militar contra o Presidente Sukarno - expressiva personalidade do Terceiro Mundo e líder do movimento não alinhado -, no curso da qual foram assassinados cerca de 800.000 indonésios, em sua maioria integrantes do PKI, na época o maior partido comunista fora do poder em todo o mundo.

No dia 31 de dezembro de 1978 o exército indonésio matou Nicolau Lobato, o líder da resistência e comandante das Fretilin. Começa então a liderança de um de seus companheiros, José Alexandre Gusmão, conhecido na guerrilha como Ray Kala Xanana. Ele vai transformar as Fretilin numa frente ampla de resistência a partir de 1987 e, no ano seguinte, criar o CNRT, o Conselho Nacional da Resistência Timorense, que reúne todos os partidos. Em novembro de 1991 Xanana Gusmão é preso em Dili e levado para Jacarta, onde é condenado à prisão perpétua, em 23 de maio de 1993 num julgamento considerado uma farsa por observadores estrangeiros.

Em 1996, o Prêmio Nobel da Paz foi dado a dois líderes da luta pela independência do Timor: o bispo dom Carlos Felipe Ximenes Belo e o porta-voz do movimento, José Ramos Horta, fazendo com que o conflito no Timor Leste voltasse a ser lembrado pelo mundo.

Mas, apesar da truculência e da crueldade da ditadura indonésia e da cumplicidade dos governos democráticos do ocidente, a ditadura de Suharto veio abaixo somente no caudal da grave crise econômica que sacudiu os países asiáticos. Ele renunciou em 21 de maio de 1998, assumindo em seu lugar Yusuf Habibie.

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#14 Mensagem por Einsamkeit » Qui Jan 12, 2006 11:09 am

Pasquale, ja que voce esta pesquisando, pesquisa sobre os Ucranianos e Balticos mortos de fome ou assasinados pelos sovieticos entre 1917-1930




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#15 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qui Jan 12, 2006 11:27 am

Eins, aqui está

Crimes sovieticos

Para judeus e armênios, os genocídios que seus povos sofreram são lembranças vivas que ainda influenciam seus cotidianos. Mesmo hoje, no 70º. aniversário da destruição de um quarto da população ucraniana, aquele crime gigantesco quase desapareceu no buraco negro da história.

O mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os "gulag" de Stalin mantinham 5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.

Quase desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia, basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da Chechênia e que hoje são rotulados de "terroristas" por Estados Unidos e Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração soviéticos.

Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois milhões de alemães étnicos,a maioria deles mulheres e crianças, e a violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de meninas e mulheres alemãs foram estupradas.

Dentre estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada.

A Ucrânia estava isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam "elementos antipartido". Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch - em tese o Adolf Eichmann da União Soviética - estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de inanição e frio.Tornou-se comum o canibalismo.

A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen. A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o "gulag" de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi oculta pela ropaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo,como Walter Duranty, do "New York Times", os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de "reforma agrária" soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de "agentes do fascismo".

Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia.

Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de autopromoção,Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini.

Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, segundo Hitler, o comunismo seria uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã. Versão que se tornou amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.

Quando veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de Stalin,embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos 30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de extermínios em massa,apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt ele ainda era o "Uncle Joe" ("Tio Joe").A aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime. Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945.

Após a guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético.

Jean-Paul Sartre chegou a negar que o "gulag" tenha existido. Para os aliados ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios crimes.

Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único. Foi a "raison d'etre" de Israel. Eles temiam que se divulgassem outros genocídios ocorridos naquele tempo pudesse reduzir a importância do deles. É da natureza humana!

Enquanto hoje, a academia, a imprensa e Hollywood concentram a atenção no holocausto judeu, ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas,mas não caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e do "gulag" stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não contam histórias.

A Rússia nunca perseguiu nenhum de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha.

Mas todos nós conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria? Não fosse o escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da visão ou se dissolve na nostalgia.

As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça...


encontrei um muito interessante só q é em italiano...

Mesmo assim ponho os dados dos crimes comunistas.


- URSS, 20 milioni di morti,
- Cina, 65 milioni di morti,
- Vietnam, un milione di morti,
- Corea del Nord, 2 milioni di morti,
- Cambogia, 2 milioni di morti,
- Europa dell'Est, un milione di morti,
- America Latina, 150 mila morti,
- Africa, un milione 700 mila morti,
- Afghanistan, un milione 500 mila morti,
- movimento comunista internazionale e partiti comunisti non al potere, circa 10 mila morti




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