Fernão de Magalhães: ou Magallanes?

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pafuncio
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Fernão de Magalhães: ou Magallanes?

#1 Mensagem por pafuncio » Ter Nov 15, 2005 11:06 pm

Este é um tópico que tenho para mim desde que adentrei no fórum.

Magalhães/Magallanes: li faz quase dois anos um relato da sua navegação, extremamente crítico a Portugal. Ainda assim, vários pontos não foram exauridos no livro, em especial a guerra surda mantida entre as potências ibéricas, quanto às rotas e às ilhas das especiarias. Um véu de segredos ainda parece existir, não superado pelos séculos.

Talvez o maior dos aventureiros; talvez o maior feito das grandes navegações, a primeira circunavegação (não se esquecendo de Vasco da Gama, claro); provavelmente, o maior dos desgraçados ...

Qual o seu conceito em Portugal ?

E na Espanha?

Tão importante quanto: qual a influência da Espanha no Pacífico, na época das grandes navegações.

Sabemos das Filipinas, bem como da ocupação de praticamente todo o litoral oeste das Américas. Por mais que tenha pesquisado, quase nada obtive a respeito.

Como se comportaram Portugal e Espanha, a respeito da nova rota para as especiarias ?

Qual o objeto da mercancia da Espanha, a envolver as possessões do Pacífico/Índias? Qual sua repercussão econômica ?

Tenho esperanças na enquete, para aprender sobre o assunto, quiçá ouvindo portugueses e espanhóis, que sempre e sempre dão importantíssimas contribuições.

Tomara ...




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VICTOR
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#2 Mensagem por VICTOR » Ter Nov 15, 2005 11:22 pm

Fernão de Magalhães (1480-1521). Navegador português que, ao serviço do rei de Espanha, foi o primeiro a dobrar estreito hoje conhecido pelo seu nome (o Estreito de Magalhães) e o primeiro europeu a navegar no Oceano Pacífico. Fernão de Magalhães morre nas Filipinas no curso de uma expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano, que completou a primeira viagem de circum-navegação ao globo, em 1522.

Alista-se com 25 anos na armada que foi à Índia, comandada por Francisco de Almeida, embora o seu nome não figure nas crónicas; sabe-se no entanto que ali permaneceu oito anos, que esteve em Goa, Cochim, Quíloa, que acompanhou Diogo Lopes de Sequeira a Malaca, viagem que acabou em naufrágio.

Neste período de tempo que viveu no Oriente, Magalhães estabeleceu estreitas relações de amizade com Francisco Serrão, que veio a ser feitor nas Molucas; dele teria tido informações quanto à situação dos lugares produtores de especiarias.

Tendo-se distinguido na defesa de Azamor, pediu a D. Manuel uma recompensa para os seus feitos; mas os boatos que corriam sobre a maneira pouco escrupulosa como dividira as presas de uma incursão tinham chegado aos ouvidos do Rei. Este, apesar das suas justificações, e não o considerando culpado, não lhe concedeu, todavia, as mercês pedidas.

Em 1517 vai a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da Casa de la Contratación daquela cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar ao Rei de Espanha a possibilidade de atingir as Molucas por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que aquelas ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.

Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; depois da ruptura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram em Setembro de 1519.


A expedição

A armada fez escala nas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, continuando para sul atingiram o porto de S. Julião à entrada do estreito de Magalhães, onde o capitão decidiu hibernar; rebentou então uma revolta contra a sua autoridade que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de paragem, Magalhães encontrou a saída do estreito, iniciando a travessia do Oceano Pacífico, que demorou cerca de quatro meses, começando a fome e a doença a dizimar a tripulação. Foi no Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostenta o seu nome - as nebulosas de Magalhães.

Ancorados nas Filipinas em 1521, imediatamente começaram com os indígenas as trocas comerciais; as grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas, mas foi em Cebu que, atraído a uma emboscada, Fernão de Magalhães é morto. Sob o comando de Sebastião del Cano, decidiram queimar a nau Concepción e contornar o Índico pelo sul, a fim de não encontrarem navios portugueses. A nau Victoria dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1522, fez escala em Cabo Verde, alcançando finalmente o porto de S. Lucar de Barrameda, apenas com dezoito homens na tripulação.

Armada inicial da expedição de Magalhães, 1519
Nave Tonelagem Tripulação
Trinidad 110 55
San Antonio 120 60
Concepcion 90 45
Victoria 85 42
Santiago 75 32
Total: 234


O regresso

A 6 de Setembro de 1522, João Sebastião de Elcano e a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota, Victoria, regressaram a Espanha, praticamente decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros, não tendo a tripulação chegado a receber o pagamento devido.




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#3 Mensagem por VICTOR » Ter Nov 15, 2005 11:23 pm

Os preparativos e as intrigas ibéricas:

Birth and early years

Magellan was born in Sabrosa (near Vila Real, in the province of Trás-os-Montes of north Portugal) or in Porto. The son of Pedro Rui de Magalhães, the mayor of the town, and Alda de Mesquita, Magellan had two siblings: his brother Diogo de Sousa, named after his grandmother, and his sister Isabel.

Magellan's parents died when he was ten. At 12, Magellan became a page to King John II and Queen Eleonora at the royal court at the capital of Lisbon, where his brother had gone two years before. Here, with his cousin Francisco Serrano, Magellan continued his education, becoming interested in geography and astronomy. Some speculate that he may even have been taught by Martin Behaim. In 1496, Magellan became a squire.

At age 20, Magellan first went to sea. In 1505 he was sent to India to install Francisco de Almeida as a Portuguese viceroy there, and to establish military and naval bases along the way. It was here that Magellan would first experience battle: when a local king refused to pay tribute (as he had to da Gama three years earlier), Almeida's party attacked, conquering the Muslim city of Kilwa in present-day Tanzania.

Magellan next journeyed to the East Indies in 1506, taking part in expeditions to the Spice Islands. He participated in the critical Battle of Diu during February, 1509. In 1510, Magellan was promoted to the rank of captain. However, after secretly sailing a ship east without permission, he lost his commission and was forced to return to Portugal.

In 1511, Magellan was sent to Morocco, where he fought in the Battle of Azamor (August 28 and 29, 1513) and received a severe knee wound while fighting against the Moorish-Moroccan stronghold.

Although wounded, and the recipient of several medals, Magellan was accused of illegal trade with the Islamic Moors. He had also been involved in conflict with Almeida: after Magellan took leave of the army without permission, Almeida gave a poor report on the sailor to the Portuguese court. Several of the accusations were subsequently dropped, but Magellan fell into disfavor with King Manuel I, who refused to increase Magellan's pension.

The King also told Magellan that he would have no further employment in his country's service after May 15, 1514. Magellan formally renounced his nationality, and went to offer his services to the court of Spain, changing his name from "Fernão de Magalhães" to "Hernándo de Magallanes."


Plans for the circumnavigation

Magellan reached Seville, the main port of Spain, on 20 October 1517, and from there went to Valladolid to see the teenaged king, Charles I (later Holy Roman Emperor Charles V).

With the help of Juan de Aranda, one of the three chief officials of Seville's India House, and of other friends, especially Diogo Barbosa, a Portuguese and father of Duarte Barbosa, Magellan became naturalized as a Spaniard. Acquiring great influence in Seville, he gained the ear of Charles and the powerful Juan Rodriguez de Fonseca -- bishop of Burgos and persistent enemy of Christopher Columbus.

Having revealed the Portuguese cartographical knowledge to the Spanish court, Magellan pointed out that there would exist some passage (that he thought would be the Rio de la Plata) from South America to the Pacific Ocean, forming a large bay-like river delta. He decided to pioneer this route and reach the Moluccas (Spice Islands), the key to the strategic and tremendously lucrative spice trade. He allegedly declared himself ready to sail southward as far as 75° to realize his project.

Ruy Faleiro, an astronomer and Portuguese exile, aided him in his planning, and he found an invaluable financial ally in Christopher de Haro, a member of a great Antwerp firm who held a grudge against the king of Portugal. On 22 March 1518, King Charles approved Magellan's plan and granted him generous funds. Under the contract, Magellan and Faleiro, as joint captains-general, would receive one-twentieth of all profits, and they and their heirs would also gain the government of any lands discovered, with the title of Adelantados. Magellan also took an oath of allegiance in the church of Santa María de la Victoria de Triana, giving money to the monks of the monastery so they would pray for his success.

With the money that Magellan and Faleiro had received from the king, the pair obtained five ships: Trinidad (tonnage 110, crew 55), San Antonio (tonnage 120, crew 60), Concepcion (tonnage 90, crew 45), Victoria (tonnage 85, crew 42), and Santiago (tonnage 75, crew 32). The Trinidad was Magellan's flagship, and besides Faleiro, the captains for the other four were Juan de Cartegena, Gomez, Gaspar de Quesada and Luis de Mendoza, respectively.




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#4 Mensagem por pafuncio » Ter Nov 15, 2005 11:25 pm

Velho, o pau cantou: duas facções foram formadas, a dos portugueses e a dos fidalgos castelhanos, amigos Del Rey e que se sentiram rebaixados ...




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#5 Mensagem por ferrol » Qua Nov 16, 2005 8:40 am

Estou pensando que, visto que Magallanes renunciou formalmente á súa nacionalidade portuguesa, habería que cambiar aquelo de "navegante portugués", por algo similar a "navegante español nacido en Portugal", xa que os españois, en xeral, nacen onde queren, non necesariamente en España. :lol:

Un saúdo.




Editado pela última vez por ferrol em Qua Nov 16, 2005 10:02 am, em um total de 1 vez.
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#6 Mensagem por Tripeiro » Qua Nov 16, 2005 9:15 am

ferrol escreveu:Estou pensando que, visto que Magallanes renunciou formalmente á súa nacionalidade portuguesa, habería que cambiar aquelo de "navegante portugués", por algo similar a "navegante español nacido en Portugal", xa que os españois, en xeral, nacen onde queren, non necesariamente en España.

Un saúdo.


:roll:




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#7 Mensagem por manuel.liste » Qua Nov 16, 2005 12:26 pm

Desde Filipinas los españoles podían comerciar con China. Los objetos de comercio solían ser telas (especialmente, seda), porcelana y especias. Existía una ruta marítima Manila-Acapulco, a través de la cual se canalizaba ese comercio, y que funcionó hasta la independencia de México.

Desde las Filipinas hubo al menos dos intervenciones militares españolas en Asia, que yo conozca. La primera fué en apoyo del reino Khjemer en Camboya (o Cambodia), y la segunda fué en Vietnam en apoyo de los franceses, ya en el siglo XIX.

La importancia de Filipinas en el imperio colonial español siempre fue menor desde la perspectiva económica, en comparación con la de los virreinatos americanos.

Cumprimentos




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#8 Mensagem por joaolx » Qua Nov 16, 2005 12:30 pm

ferrol escreveu:Estou pensando que, visto que Magallanes renunciou formalmente á súa nacionalidade portuguesa, habería que cambiar aquelo de "navegante portugués", por algo similar a "navegante español nacido en Portugal", xa que os españois, en xeral, nacen onde queren, non necesariamente en España. :lol:

Un saúdo.


Curioso, mas verdadeiro...Acho que a explicação para isto será que como Espanha não tinha nenhum marinheiro á altura do que era pretendido, teve que recorrer a estrangeiros para desempenhar a tarefa...Ex. Magalhães, Colombo...Não será mesmo??? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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#9 Mensagem por pt » Qua Nov 16, 2005 12:44 pm

Em primeiro lugar, como é óbvio, Fernão de Magalhães, nunca esteve ao serviço do Rei de Espanha, mas sim ao serviço do Rei de Castela.

Depois, e é muito importante recordar isto, Magalhães, como outros navegadores ou nobres, nunca abdicaram da sua nacionalidade. A ideia de renuncia formal à nacionalidade, numa altura em que os Estados-Nação não existem do ponto de vista formal, é absurda.

Era muito normal no periodo do fim da idade média e da renascença, a um nobre sem meios de subsistência dirigir-se a um senhor e colocar-se aos serviços dele, a troco de alguma coisa.


Assim ocorre com Fernão de Magalhães, o qual, tendo pedido apoio ao Rei de Portugal, e tendo visto esse apoio recusado, colocou-se ao serviço do senhor mais próximo, no caso o Rei de Castela, que era o país que disputava com Portugal o controlo do Atlântico.

Logo, o facto de Fernão de Magalhães se ter colocado ao serviço de um outro senhor, essa acto de vassalagem, para com um Rei e Senhor, não representava (como não representou) nenhuma traição a Portugal, nem uma passagem para uma Espanha, que como já temos discutido noutros temas, nem sequer existia.

Naquele período, e nunca é demais frisar, o termo Espanha, tinha o mesmo significado que tem hoje o termo Escandinavia.

Em Portugal Fernão de Magalhães é conhecido por ter feito (ou começado, porque quem acabou a viagem foi um basco) a viagem de circum-navegação. E normalmente é referido (correctamente) como português ao serviço do Rei de Castela (ou incorrectamente, de Espanha).

Por outro lado, a viagem de circum-navegação de Magalhães, demonstra também, o ponto a que chegou a capacidade dos portugueses no século XVI de controlar o Oceano Indico.

Sem satélites, sem radares, sem Aegis, sem aviões espiões, os portugueses são capazes de detectar pelo menos por duas vezes os navios espanhóis.

Depois, do ponto de vista táctico, os portugueses sabiam que a viagem das especiarias, via o oceano pacifico, era demasiado lonta, pelo que não ficaram especialmente preocupados. Portugal já sabia e conhecia o tamanho do planeta, e é por isso que não está interessado na rota americana.

Aliás, saiu há pouco tempo em Portugal, um livro do jornalista e pivot de Telejornal José Rodrigues dos Santos, em que se explora estes temas, e onde se fala de um outro segredo.

O livro chama-se CODEX 632, e mais uma vez vem deitar uma luz sobre a possibilidade de Cristovão Colombo ser português.

Ainda não li o livro, mas quando ler, farei alguns comentários sobre o tema.

Cumprimentos




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#10 Mensagem por Túlio » Qua Nov 16, 2005 3:23 pm

Mas nem o Colombo se escapa do entrevêro?
Jesus, Maria, José e o burro, não espichem o olho pro Santos Dumont, tá?
Se quiserem, embolem pelo George Washington ou o Napoleão, até agora corso, mas...vai saber... :roll:




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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#11 Mensagem por manuel.liste » Qua Nov 16, 2005 3:30 pm

tulio escreveu:Mas nem o Colombo se escapa do entrevêro?
Jesus, Maria, José e o burro, não espichem o olho pro Santos Dumont, tá?
Se quiserem, embolem pelo George Washington ou o Napoleão, até agora corso, mas...vai saber... :roll:


Napoleão, esse nome tão próprio de Portugal (veja-se a terminação em -ão) :wink:




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#12 Mensagem por pt » Qua Nov 16, 2005 4:31 pm

Talvez não fosse má ideia ler primeiro o livro, ou então conhecer os argumentos.

Afinal, se o Cristovão Colombo era de Génova, porque raios nunca escreveu em ou no dialecto de Genova?

Porque diacho, o Colombo escreve em Castelhano utilizando palavras portuguesas e ainda por cima pede ao seu interlocutor em Genova que traduza as suas cartas para genoves?

Porque diacho dá o nome de Cuba à sua maior descoberta, e por azar todas as origens portuguesas do Colombo vão dar á porra da Cuba, no Alentejo em Portugal, e porque raios a única lingua do mundo em que Cuba queria dizer alguma coisa era em português arcaico (Cuba queria dizer torre).

Porque diacho o primeiro lugar onde há conhecimento factual e comprovado da presença de Colombo é em território português? (Porto Santo)

Porque diacho o Colombo escreve uma carta a dizer que os seus pais são de Cuba?

Porque diacho uma parte considerável das ilhas que Colombo descobre nas caraíbas são baptizadas com nomes que não existem nem em castelhano nem em genovês, e apenas em português?

Que chatice, que logo em Cuba (no alentejo em Portugal) vivesse uma familia nobre de nome Colonna.

Como é que é possível que Colombo fosse um pobre filho de tecelão genovês e conseguisse chegar ao contacto com as familias reais das duas mais poderosas nações da terra?

No século XV, nenhuma nação da terra se aproximava nem de perto nem de longe dos conhecimentos científicos marítimos dos portugueses. Não há praticamente nada, repito NADA que tenha a ver com descobertas cientificas no campo dos mapas e das técnicas de navegação que não tenha sido desenvolvido pelos portugueses naquele tempo.

Porque diacho é assim tão esquisito considerar a hipotese de o tal Collona, ser de facto português?

Antes de começar a rir de uma tese, é melhor estuda-la.

A ignorância é tão atrevida, quanto o saber é prudente.

Cumprimentos




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#13 Mensagem por manuel.liste » Qua Nov 16, 2005 7:17 pm

También se ha afirmado tras "sesudos estudios" que Colón era catalán, mallorquín o incluso pontevedrés (fíjese, el gran descubridor habría nacido a sólo 40 km. de mi casa). :lol:

Ese debate es algo aldeano, no?




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#14 Mensagem por joaolx » Qua Nov 16, 2005 8:34 pm

A verdade, verdade é que o Colombo era um marinheiro mediocre, que lá convenceu o Rei de Espanha a ceder-lhe 3 barcos a cair aos bocados mais uma tripulaçãozeca de condenados e acabou por morrer pensando ter chegado á India pelo Ocidente...




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#15 Mensagem por pt » Qua Nov 16, 2005 9:04 pm

Joãolx:
O Colombo foi financiado pela rainha de Castela. Fernando de Aragão não estava minimamente interessado nas questões das américas.

cumprimentos


PS:
A tese do colombo português é tão válida (pelo menos) quanto as outras.
O que parece cada vez mais óbvio, é que a cada dia, aparecem mais e mais argumentos que demonstram que podendo ele ser português ou catalão (entre outras origens) genovês é que ele não parece ser.




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