Túlio escreveu: ↑Sáb Jun 20, 2020 1:37 pm
Penguin escreveu: ↑Sáb Jun 20, 2020 1:26 pm
Na hipótese (MUITO IMPROVÁVEL) de um conflito, podem sim.
Basta acertar algumas infraestruturas críticas e ficamos em situação muito complicada.
Ça dépend: tem os EUA, p ex, onde duvido que Democratas ou Republicanos deixem Europeu vir bombardear um País deste continente, não importa por qual razão. Há ainda o pequeno detalhe de ser - no caso - um País independente em energia nuclear e do qual quase nada se sabe até onde pode(ria) ir; a simples AMEAÇA de ter um poder nuclear ao sul do Río Grande ia aterrorizar todo mundo, especialmente os mesmos EUA. E a questão aí nem é quanto tempo levaríamos para fazer algumas ogivas mas se já não as temos, na encolha. E mais uma porção de variáveis Geopolíticas, como a segurança alimentar DA CHINA, que sem a nossa soja não tem proteína suficiente para sua imensa população, etc...
Olha, em 1982 o presidente americano era Ronald Reagan, republicano, conservador e anticomunista ferrenho.
O regime da Argentina era conservador e anticomunista ferrenho.
Nessa ano, o Reino Unido despachou para a guerra no Atlântico Sul seus SSN, seus bombardeiros nucleares equipados com armas convencionais.
E por pouco (pq não foi necessário), não atacou o território continental argentino.
Tio Sam não fez muito para impedir. Muito pelo contrário, apoiou o Reino Unido com armas e informações.
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Quanto a segurança alimentar da China, é mais complicado.
O consumo interno de grãos na China é de 400 milhões de toneladas e a produção interna é de também 400 milhões de toneladas. Uma parte menor é exportada e importa-se o que não se produz internamente (soja por exemplo).
Como referência a produção brasileira de grãos atinge 260 milhões de toneladas.
A China importa USD110bi em alimentos e exporta USD60bi.
Com o crescimento da classe média, as preferência de consumo se sofisticam e o consumo de carnes, em especial de porco e aves, aumentou consideravelmente. E a principal fonte (e a mais barata) para alimentar esses animais é a soja.
Consumo de carnes China:
Suíno: 62%
Aves: 22%
Bovino: 8%
Caprino: 5%
O consumo de proteínas (sem considerar pescados e frutos do mar) na China é de 61Kg/hab/ano
O do Japão (bem mais rico) é de 50kg/hab/ano
Brasil: 98
EUA: 115
Já o consumo de pescados e frutos do mar:
Japão: 45kg/hab/ano
China: 38
EUA: 22
Brasil: 9
Atualmente com as rusgas com os EUA (antes o principal fornecedor de soja para a China), metade da soja é importada do Brasil.
O que os chineses estão fazendo para diminuir o risco?
Adquirindo terras em todas as partes do mundo.
Investindo na criação e expansão de novas áreas de produção (África, Asia e na Russia) para suprir suas necessidades de soja e outros produtos agrícola.
Investindo pesadamente na sua produção interna que fica cada vez mais cara e tem aumentado os subsidio internos para fomentar sua produção interna. Atualmente esse subsídios chegam a USD220bi/ano. O dobro dos subsidios da UE.
Investindo em transgênicos.
Beijing provides massive subsidies to its agricultural industry. In 2018, China paid out $206 billion in agricultural subsidies – nearly twice as much as the EU ($110 billion) and nearly five times as much as the US ($44 billion).
https://chinapower.csis.org/china-food-security/