Motores de propulsão iônica

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Motores de propulsão iônica

#1 Mensagem por César » Sex Jul 11, 2003 2:58 pm

Fala Galera!

A uns 2 dias atrás o Slip mencionou algo sobre motores movidos a propulsão Iônica. Resolvi me mecher e procurei pela net alguma coisa, e acabei encontrando algumas reportagens. Dêem uma olhada:

http://www.dcc.unicamp.br/~ra993930/be3 ... ionico.htm

Imagem

Se alguém encotrar alguma informação adicional, seria interessante.

Abraço a todos :)

César




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#2 Mensagem por oraculobq » Seg Abr 10, 2006 7:51 pm

Li no site que vc colocou ai! muito maneiro mesmo!

Então se tu tiver perdido no espaço e ver uma nave bem longe é só tu peidar que tu chega na nave!!

Pessima, mas da pra dar uma ideia de como o motor ai é potente!!




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#3 Mensagem por faterra » Seg Abr 10, 2006 9:20 pm

Isto é alguma espécie de pegadinha?
Outra resposta em cima de um assunto postado em Julho de 2003.
Como nunca tinha ouvido falar em energia iônica já estava iniciando uma pesquisa quando resolvi conferir as datas de postagens. Surpresa!!!




Imagem

Um abraço!
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#4 Mensagem por Pablo Maica » Seg Abr 10, 2006 10:34 pm

Mas não deixa de ser um assunto interessante, até seria bom dar uma pesquisada para ver como anda esse tipo de tecnologia agora.


Um abraço e t+ :D




César
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#5 Mensagem por César » Seg Abr 10, 2006 11:41 pm

ALELUIA!!!! ALELUIA!!!! FINALMENTE RESPONDERAM ESSE TÓPICO!!!! :D :D :D

[018] [018] [018]

Eu já havia perdido as esperanças :lol: :lol: :lol:

Abraços 8-]

César




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#6 Mensagem por Pablo Maica » Ter Abr 11, 2006 12:30 am

Noticia de 2003

Brasil constrói motor de propulsão iônica
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

Pesquisadores brasileiros estão construindo um motor para naves espaciais baseado em propulsão iônica, a tecnologia que pode ser a chave para garantir às futuras sondas a autonomia exigida para ir e vir pelo Sistema Solar sem precisar de ajuda alguma de outros corpos celestes.

O conceito parece até saído da ficção científica -o que não está muito longe da verdade. Para muitos, a primeira referência a uma nave movida por propulsão iônica veio da antiga série de televisão "Jornada nas Estrelas" (Star Trek). Foi essa uma das referências que os americanos usaram para divulgar o lançamento da sonda Deep Space-1, em 1998.

Com o objetivo de testar tecnologias inovadoras para futuro uso no programa espacial, a Deep Space-1 demonstrou a utilidade de propulsores iônicos na exploração do Sistema Solar. Ela chegou a visitar um asteróide e um cometa antes de ter sua missão encerrada, em dezembro de 2001.

O novo motor, desenvolvido na UnB (Universidade de Brasília) pelo físico Ivan Soares Ferreira (que agora está no Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e por seu orientador, José Leonardo Ferreira, funciona com o mesmo princípio usado na sonda americana. A partir de um gás nobre (que serve de combustível), é criado plasma -um estado da matéria em que os átomos estão separados em elétrons e núcleos atômicos (veja quadro à direita).

As partículas com carga positiva são então induzidas a saltar para fora do motor. Ao saírem, esses íons (nome dado às partículas carregadas eletricamente) empurram a nave na direção oposta.

O modelo de Brasília oferece algumas vantagens. "O modelo da Deep Space-1 é eletrostático, ele tem uma grade para atrair os íons que se desgasta e limita o tempo de vida do motor. Os nossos íons são impulsionados por um campo magnético, dispensando a grade", diz Ferreira. Além de mais duradouro, o motor brasileiro seria também mais barato.

A grande vantagem da propulsão iônica é a economia do combustível. Gasta-se muito pouco dele para dar impulso à nave. É bem verdade que o ritmo de aceleração é bem inferior ao oferecido por motores a combustão tradicionais, que queimam o combustível e ejetam o produto da reação para trás. Mas esses sistemas mais antigos esgotam rapidamente o combustível, impedindo manobras posteriores.

É por isso que as sondas já lançadas às profundezas do espaço dependem tanto de sobrevôos "de raspão" por alguns planetas, para que possam atingir o alvo final. Elas usam a força gravitacional do planeta para ganhar aceleração e corrigir o curso.
A sonda New Horizons, que deve decolar em 2006 para Plutão e tem propulsão tradicional, vai antes passar por Júpiter, do qual ganhará um bom empurrão.

Além de ser útil para as futuras missões de exploração de longa duração, a propulsão iônica também pode ser usada em aplicações comerciais, ampliando a vida útil de satélites, que precisam constantemente corrigir sua órbita. Já há vários deles em torno da Terra que controlam a própria altitude com motores iônicos.

O motor de Brasília, neste momento, é apenas um protótipo. Seus princípios de funcionamento foram verificados só no Laboratório de Plasmas da UnB. A equipe agora está requisitando verbas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e do Fundo Setorial Espacial, com o objetivo de levar o projeto ao estágio de produção industrial.

A idéia é fazer um teste no espaço, com um satélite, em dois anos. Há uma indústria de São José dos Campos interessada na fabricação do motor. Empresas como a Boeing já vendem motores de propulsão iônica para satélites.

Fonte: folha


Um abraço e t+ :D




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#7 Mensagem por Pablo Maica » Ter Abr 11, 2006 12:32 am

21/11/2004 - 10h12
Motor de plasma passa da ficção científica para a órbita lunar
da France Presse, em Paris (França)

Lugar comum durante mais de meio século na ficção, a impulsão de plasma virou realidade com a entrada da sonda lunar européia Smart-1 na órbita do satélite terrestre com um gasto de apenas 59 kg de combustível.

"O sistema de propulsão iônica é o futuro das viagens espaciais. Esta é uma missão pioneira", disse o astrônomo britânico Patrick Moore.

Um dos problemas da viagem espacial é que é necessário levar todo o combustível necessário ao partir. Entretanto, quanto mais combustível se leva, maior a massa da nave, o que acaba exigindo mais combustível --um verdadeiro círculo vicioso.

Os foguetes à base de químicos queimam o combustível, e os gases são expelidos para trás em grande quantidade. Isso provoca uma forte aceleração, mas em poucos minutos se consomem toneladas de combustível.

Por outro lado, os motores de plasma expulsam apenas alguns íons --átomos com uma carga elétrica--, mas a mais de 55 mil quilômetros por hora. A grande velocidade de saída compensa em parte a minúscula massa do material, o que aumenta a eficiência do sistema.

Bastam 59 kg de xenônio --um gás de grande peso atômico-- para o motor iônico da Smart-1, desenvolvido pela empresa francesa Snecma, funcionar durante 3.700 horas. Desta forma, o motor duplica a marca do único teste anterior deste tipo, da Deep Space One, cujo nome era uma homenagem à série de televisão "Star Trek - Deep Space 9". O aparelho realizou uma missão a um asteróide próximo a Terra na década de 90.

"O desempenho [do motor da Smart-1] foi muito melhor do que esperávamos. Sem dúvida, vamos equipar nossas futuras naves de exploração com estes sistemas", disse Giorgio Saccoccia, chefe da divisão de Propulsão da ESA, a agência espacial européia.

De fato, a Smart-1 gastou até menos xenônio do que o calculado e chegou dois meses antes do previsto.

Entretanto, o motor de plasma tem uma aceleração muito pequena e não serve para decolar do planeta. Mas é ideal para uma viagem interplanetária, a partir de uma órbita de um corpo celeste, onde já não existe atrito atmosférico.

Teoria simples

O funcionamento na teoria é simples, ainda que na prática isso exija um grande desenvolvimento tecnológico. O primeiro passo é dispor de 2,5 kW de eletricidade --o dobro do consumo de uma máquina de lavar roupa-- gerados por células solares.

Esta eletricidade é usada para gerar um campo magnético na câmara do motor e para bombardear o xenônio. Cada átomo "atacado" perde um elétron e se transforma em íon que, por repulsão elétrica, é expulso em alta velocidade pelo escapamento. A velocidade de saída é muito superior à dos gases de combustão de um motor químico.

"[Este tipo de propulsão] permitirá finalmente abrir uma nova era na exploração do Sistema Solar", afirmou Guiseppe Racca, chefe da missão. Por enquanto, abre "o caminho para interior do sistema já que temos o sol para nos dar energia".

Em uma segunda etapa, uma usina nuclear em miniatura a bordo do veículo --algo já utilizado na sonda americana Cassini, que atualmente orbita Saturno, ainda que tenha sido para alimentar instrumentos-- permitirá fornecer a eletricidade necessária para o motor de plasma em missões em direção à última fronteira, onde ninguém jamais esteve.


Um abraço e t+ :D




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#8 Mensagem por zim » Ter Abr 11, 2006 8:41 am

E a coisa continua evoluindo...
fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/n ... 0130051214

Criado novo tipo de motor espacial
Da redação
14/12/2005

Criado novo tipo de motor espacial

A Agência Espacial Européia (ESA) confirmou que está trabalhando em um novo conceito de motor espacial - idealizado por cientistas australianos - que é muito mais potente do que os motores iônicos, que são, hoje, a última palavra em motores para naves e sondas espaciais.

O novo motor foi inspirado nas auroras que ocorrem nos pólos da Terra, aqueles fantásticos brilhos que anunciam o aumento da atividade solar.

"Essencialmente o conceito explora um fenômeno natural que nós vemos acontecendo no espaço," afirmou Roger Walker, coordenador da Equipe de Conceitos Avançados da ESA. "Quando o vento solar, um 'plasma' de gás eletrificado liberado pelo Sol, alcança o campo magnético da Terra, ele cria uma barreira, que consiste de duas camadas de plasma. Cada camada tem diferentes propriedades elétricas e isso pode acelerar algumas partículas do vento solar através da barreira, fazendo-as colidir com com a atmosfera terrestre, criando a aurora."

A dupla camada de plasma é o equivalente eletrostático de uma queda d'água. Da mesma forma que as moléculas de água ganham energia à medida em que se deslocam de um ponto mais alto para um ponto mais baixo, as partículas eletricamente carregadas ganham energia quando viajam através das camadas de diferentes propriedades elétricas.

Os pesquisadores Christine Charles e Rod Boswell, da Universidade Nacional da Austrália, foram os primeiros a conseguir criar as duplas camadas de plasma em seu laboratório, em 2003. Isto levou o grupo a desenvolver um protótipo de motor espacial, chamado "motor helicon de dupla camada".

Criado novo tipo de motor espacial

Agora os cientistas da ESA, juntamente com colegas da Escola Politécnica de Paris, na França, reuniram-se para tentar reproduzir os experimentos dos colegas australianos. Todas as descobertas de 2003 foram confirmadas, o que levou os cientistas europeus a criar sua própria versão do novo motor de propulsão elétrica, que eles batizaram de "motor de plasma eletronegativo".

Para criar sua dupla camada, a equipe, chefiada pelo Dr. Pascal Chabert, construiu um tubo oco ao redor de uma espécie de antena de rádio. A seguir eles injetaram gás argônio no interior do tubo e fizeram com que a antena transmitisse ondas helicoidais de rádio numa freqüência de 13 MegaHertz.

Isso ionizou o argônio, criando plasma. O plasma pode ser imaginado como sendo o quarto estado da matéria. Da mesma forma que sólidos, líquidos e gases possuem propriedades diferentes, o plasma tem suas próprias características físicas. Ele é um gás no qual os átomos tiveram alguns de seus elétrons arrancados, o que faz com que ele responda à influência de campos elétricos e magnéticos. Os cientistas estimam que 99% de toda a matéria do universo esteja na forma de plasma. Na Terra, entretanto, a ocorrência de plasma é muito rara, à exceção da camada superior da atmosfera, chamada ionosfera.

Criado novo tipo de motor espacial

A seguir, os pesquisadores aplicaram um campo magnético em uma extremidade do tubo, forçando a expansão do plasma que deixava o tubo. Isso permitiu a formação de dois tipos diferentes de plasma no interior do tubo, um ascendente e outro descendente, originando a dupla camada na fronteira entre os dois. Isto acelerou ainda mais o plasma de argônio para fora do tubo, criando um feixe supersônico. É justamente esse feixe de íons que cria o empuxo do novo motor espacial.

Os cálculos sugerem que um motor helicon de dupla camada possa ser um pouco maior do que o motor iônico de última geração que equipa a sonda espacial SMART-1, que está atualmente em volta da Lua, testando um motor iônico. Mas ele será capaz de gerar um empuxo de até 100 kW, muitíssimo superior ao gerado pelo motor iônico, com a mesma eficiência de combustível.

Mas, antes de enviar o primeiro motor helicon ao espaço, os cientistas planejam fazer simulações completas em computador, principalmente para verificar o comportamento do plasma. Assim, eles poderão descobrir o comportamento do motor, antes de colocá-lo em uma missão real.


Nesse outro link informações sobre o uso do motor iônico na Venus Express: http://www.inovacaotecnologica.com.br/n ... 0130060301

[]s :)




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#9 Mensagem por lelobh » Ter Abr 11, 2006 9:59 am

César escreveu:ALELUIA!!!! ALELUIA!!!! FINALMENTE RESPONDERAM ESSE TÓPICO!!!! :D :D :D

[018] [018] [018]

Eu já havia perdido as esperanças :lol: :lol: :lol:

Abraços 8-]

César


És um homem de pouca fé! :D




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Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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#10 Mensagem por faterra » Ter Abr 11, 2006 9:24 pm

Implantação Iônica
Por Angela Emilia de Almeida Pinto e Manfredo H. Tabacniks

A implantação iônica pertence a uma classe de processos de feixes iônicos onde átomos ou moléculas são ionizados, acelerados em um campo elétrico e implantados num material alvo. A coexistência de espécies químicas diversas (não necessariamente em equilíbrio) e a transferência da energia dos íons para o sólido provocam modificações estruturais e/ou químicas no material, alterando propriedades mecânicas, elétricas, supercondutoras, ópticas e magnéticas. Tais modificações são fortemente dependentes do material alvo e dos parâmetros de bombardeamento: energia cinética dos íons, fluência, corrente do feixe, espécie iônica utilizada como projétil, temperatura da amostra durante o bombardeamento, etc. A energia empregada no processo de bombardeamento iônico encontra-se entre algumas dezenas de keV até alguns MeV [DaBo90, KuMa92, Mazz90].
Quando um íon energético penetra em um sólido, ele sofre uma série de colisões com os átomos e elétrons do alvo. Nessas colisões, a partícula incidente perde energia. Dois mecanismos diferentes de perda de energia prevalecem. O primeiro refere-se a colisões eletrônicas, nas quais a partícula em movimento excita ou ejeta elétrons de átomos do substrato e colisões nucleares, nas quais a energia é transferida como um movimento translacional para átomos do substrato. Colisões nucleares podem envolver perdas discretas de energia e uma deflexão angular significante da trajetória do íon. Esse processo é responsável por uma desordem na rede cristalina através de deslocamentos dos átomos de suas posições na rede. A importância relativa dos dois mecanismos de perda de energia muda rapidamente com a energia da partícula incidente e com seu número atômico Z: o freamento nuclear predomina para baixas energias e altos Z, enquanto que o freamento eletrônico é mais importante para altas energias e baixos Z [Zieg88]. Nessas colisões, suficiente energia pode ser transferida para mover átomos de suas posições de equilíbrio, criando então uma cascata atômica de colisões. Esse processo acarreta uma distribuição de vacâncias, átomos intersticiais e outros tipos de desordens de rede na região próxima ao caminho dos íons,. À medida que o número de íons incidentes no cristal aumenta, a desordem de cada uma dessas regiões começa a se sobrepor, gerando regiões bastante alteradas. A desordem total e sua distribuição no substrato dependem das espécies iônicas, temperatura, energia das partículas incidentes, dose total de radiação e efeitos de tunelamento.
As primeiras utilizações de íons energéticos (> 100 keV) para modificar a química ou a estrutura de camadas sub-superficiais foram utilizadas partindo-se do princípio de que tratamentos com íons de baixas energias são suficientes para melhorar as propriedades macroscópicas das camadas superficiais. As fontes para produzir íons de baixa energia evoluíram rapidamente durante o programa espacial dos Estados Unidos, principalmente na utilização de implantação iônica para os sistemas de propulsão espaciais no começo da década de sessenta. Em pouco tempo esses feixes iônicos passaram a ser utilizados em processos reativos, visando modificar as características da superfície de materiais [CuRo89]. A partir daí, durante muitos anos, a implantação iônica foi direcionada ao processo químico de “doping” de semicondutores [BoCo72, FlMa69, Crow72, ShKw93], especialmente silício, usado na fabricação de materiais eletrônicos. Atualmente, 100% dos modernos semicondutores passam por algumas etapas de implantação iônica. Para corrigir a produção de defeitos na estrutura do sólido durante a implantação iônica, usam-se processos térmicos [GaTs89, GaRu91, FoGa93] para restaurar a ordem do material. Somente em anos mais recentes tais “defeitos” causados pelo processo de freamento de íons em sólidos começaram a ser considerados como uma nova forma de alteração das propriedades de materiais [FuCh94, ShJa96, ToCh94, ShPa93, CuGe95, SvRy93].
A implantação iônica é também utilizada no estudo de alterações de materiais metálicos. Em particular, na investigação dos mecanismos de redução da corrosão e oxidação de metais. Na indústria microeletrônica, vem-se buscando a substituição do alumínio pelo cobre na construção de dispositivos microeletrônicos. Para o cobre tornar-se o material apropriado para o processamento de dispositivos é necessário reduzir a sua taxa de oxidação e aumentar a aderência metal/óxido. Já na indústria alimentícia dentre as embalagens rígidas para alimentos, o alumínio é atualmente uma alternativa promissora. Entretanto, a principal desvantagem da lata de alumínio é o fato de ser um metal altamente suscetível à corrosão. O alumínio é um metal anfótero, ou seja, é corroído tanto por via ácida como alcalina. Uma alternativa para o crescimento do uso do alumínio na indústria alimentícia é buscar mecanismos que possibilitem a redução da taxa de oxidação do metal.
Ao mesmo tempo, estudos são realizados com o propósito de se entender detalhadamente os efeitos e mudanças que a implantação iônica causa em polímeros. Busca-se tornar a estrutura do polímero mais compacta, rígida e de difícil penetração, melhorando propriedades tais como resistência ao desgaste, condutividade elétrica, resistência a solventes e estabilidade térmica.
No caso de materiais cerâmicos, o comportamento referente à implantação é mais complicado do que em metais e polímeros. Busca-se criar materiais mais resistentes à corrosão e ao desgaste, sendo muito utilizado na indústria metalúrgica.

http://www.if.usp.br/lamfi/implanta.htm

Consultas:
[BoCo72] Bourgoin, J.C. and Corbett, J.W. Phys. Letters 38A, 135 (1972).
[Crow72] Crowder, B.L. in Ion Implantation in Semiconductors and Other Materials –Proceedings of the 3 rd International Symposium on Ion Implantation inSemiconductors and Other Materials. Yorktwn Heights, New York (1972).
[CuGe95] Culloch, D.G. Mc, Gerstner, E.G., McKenzie, R.D., Prawer, S. and Kalish, R. Phys. Rev. B, 52 (2) 850 (1995).
[CuRo89] Cuomo, J.J., Rossnagel, S.M., Kaufman, H.R. Perspective on the Past, Pressent and Future Uses of Ion Beam Technology in Handbook of Ion Beam Processing Technology. Park Ridge-New Jersy, Noyes Publications (1989).
[DaBo90] Davenas, J. and Boiyeux, G. Adv. Matter. 2, 251 (1990).
[FlMa69] Fladda, G., Mazzoldi, P., Rimini, E., Sigurd, D. and Eriksson, L. Rad. Effec. 1, 243 (1969).
[FoGa93] Fonseca, F.J., Galloni, R. and Nylandsted, A. Larsen, Philos. Mag. B, 67, 107 (1993).
[FuCh94] Fukumi, K., Chayahara, A., Fujii, K., Hayakawa, J. and Satar, M. Nucl. Instrum. Math. B 91, 413 (1994).
[GaRu91] Galloni, R., Ruth, M., Desalvo, A. and Tsuo, Y.S. Physica B, 170, 273 (1991).
[GaTs89] Galloni, R., Tsuo, Y.S., Baker, D.W. and Zignani, F. J. Non-Cryst. Solids, 114, 271 (1989).
[KuMa92] Kulkarni, A.V., Mate, N., Kanetkar, S.M., and Ogale, S.B. Surf. and Coat. Technol. 54/55, 508 (1992).
[Mazz90] Mazzoldi, P., Journal of Non-Cryst. Solids, 120, 223 (1990).
[ShJa96] Shrivastava, S., Jain, A., Tarey, R.D., Avasthi, D.K., Kabiraj, D., Senapati, L. and Mehta,G.K. Vacuum, 47 (3) 247 (1996).
[ShKw93] Shen, D.S., Kwor, R.Y. Nuclear Instruments and Methods. B 74, 113 (1993).
[ShPa93] Shigesato, Y. and Paine, D.C. Journal. Appl. Phys. 73 (8) 3805 (1993).
[SvRy93] Svorcik, V., Rybka, V., Endrst, R., Hnatowicz, V. and Kvitek, J. Journal Electrochem. Soc. 140 (2) 542 (1993).
[ToCh94] Tonghe, Z., Chengzhou, J., Jindong, X., Jun, C. and Fuzhong, W. Vacuum 45 (9) 945 (1994).
[Zieg88] Ziegler, J.F., Ion Implantation: Science and Technology. Academic Press, Inc. Segunda edição (1988).




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#11 Mensagem por faterra » Ter Abr 11, 2006 9:35 pm

Propulsão dos OVNI's

Várias teorias sobre o princípio de propulsão dos OVNI's têm surgido nos últimos quarenta anos. As "últimas" são:
. estes objetos podem ter controle sobre os gravitons (partícula prevista na teoria da relatividade geral), anulando seu efeito sobre a gravidade,
. eles utilizariam o campo magnético planetário,
. podem utilizar a luz (fótons) de alta energia e concentrada,
. a teoria da propulsão iônica e da magneto-hidrodinâmica.

Propulsão Iônica

A propulsão iônica tem como princípio a ionização (gás ou partícula dotado de carga elétrica positiva ou negativa) de um gás ou partículas vaporizadas no vácuo. Os primeiros experimentos práticos com este tipo de propulsão foram feitos em 1964, com a espaçonave Russa Voskhod, com satélites e naves sondas terrestres não tripuladas.

Esquema do Gerador de Íon

Alexander P. de Seversky, USA, propôs o "Ionóptero", cujo princípio seria a diferença de polaridade elétrica entre as faces superior e inferior do objeto. As moléculas de ar assim deslocadas fariam o objeto flutuar. Temos como exemplo simples o jogo "frisbee", em que se lança um disco plástico abaulado fazendo-o rodar no ar. O movimento de rotação mantém o ar de cima com velocidade maior do que na parte de baixo do disco, sustentando o brinquedo no ar e dando-lhe o equilíbrio necessário. Mas este tipo de vôo tem um defeito. Se o disco estiver rodando no sentido horário, tende a inclinar para a direita. Se rodar em sentido anti-horário, inclina para a esquerda. Talvez o efeito pudesse ser contornado com a inversão da rotação do disco em pleno vôo, a trajetória do objeto então seria um zig zag ou queda de uma folha seca, como os relatos de avistamento de OVNIs que descrevem este movimento (trajetória "folha seca").

Pesquisas

No dia 21 de julho de 1975, o cientista francês Jean Pierre Petit fez na Academia de Ciências da França uma comunicação de grande interesse. Depois de estudar centenas de relatórios sobre aparições de OVNI's, ele chegou à conclusão de que tais máquinas podem realmente existir. E que, para explicar as características do seu vôo, sua propulsão só poderia ser eletromagnética. Petit reuniu algumas relações comuns a quase todas essas aparições: os movimentos bruscos, as mudanças súbitas de direção, as grandes velocidades, a mudança de cores, o brilho fosforescente e a ausência de estrondo sônico quando tais objetos deslocam-se velozmente na atmosfera. Tudo isso, segundo ele, permite supor que tais máquinas empregam um motor que obedece as leis da magneto-hidrodinâmica ( um gás aquecido a altíssima temperatura (PLASMA) sofre o processo de ionização, separa-se então os elétrons e dos íons do gás, resultando então em fortíssima corrente elétrica ). Imagine então, como propôs o dr. Petit, um disco voador cujos geradores possam criar um campo magnético perpendicular com 60 mil graus e um forte diferencial de potência entre os eletrodos de cima e de baixo. Um forte campo de PLASMA gasoso imediatamente surgiria em torno do veículo, e devido ao campo magnético perpendicular assumiria o movimento espiralado de cima para baixo, criando uma espécie de clarão luminoso, como muitas testemunhas afirmaram ter visto. As moléculas de ar, rapidamente arrastadas da frente para trás do veículo, funcionariam como alavancas, empurrando-o na direção desejada e eliminando o atrito atmosférico, que é o principal obstáculo para que se possa aumentar a velocidade. Bastaria mudar a intensidade ou a direção (polaridade) do campo para determinar a velocidade e o rumo da máquina. Tais alterações provocariam também outro efeito paralelo: as alterações de intensidade e cor da luminescência do ar em torno da máquina, coisa que muitas testemunhas dos OVNI's já admitiram ter visto. Pesquisar o princípio de propulsão OVNI seria um desafio à capacidade humana e também um dos meios de defesa para um provável inimigo desconhecido, mas o mais importante são os benefícios que daria o domínio dessa tecnologia. Há possibilidade de energia inesgotável derivada dos reatores compactos dessas naves, sistemas de navegação extremamente avançados e finalmente as tão sonhadas viagens interplanetárias.

Antigravidade

No fim do ano passado, um cientista Russo utilizando um anel feito de material super-condutor em conjunto com um anteparo no qual colocou diversos objetos, diz ter conseguido anular o peso deles em até 2%, quando o anel super-condutor atingiu a rotação de 2000 RPM. Empilhando um segundo anel, o peso foi reduzido em 4%. As cerâmicas super-condutoras são materiais que não oferecem resistência à passagem da corrente elétrica e só atingem este estado em temperaturas próximas ao zero absoluto (-273 ºC). Têm a propriedade também de levitar sob campos magnéticos (Efeito Meissner). As pesquisas no campo destes materiais se resumem à descoberta de compostos óxidos de metais e terras raras que se tornam super condutoras em temperaturas muito baixas (-256ºC). Ainda sabe-se muito pouco sobre o fenômeno da super-condutividade. Alguns pesquisadores associam a super-condutividade com o quinto estado da matéria, previsto pelo físico Albert Einstein. Neste quinto estado a matéria se comportaria como uma onda coerente em condições especiais . A matéria só atinge o quinto estado em temperatura próxima ao zero absoluto. Nesta condição, os átomos estariam quase totalmente parados, com mesma freqüência e comprimento de onda, como acontece com a luz laser, apenas substituindo os fótons de luz por matéria. Outro fenômeno não menos importante é a superfluidez, em que um líquido em resfriamento intenso parece desafiar a lei da gravidade ao subir pelas paredes do recipiente que o contém. A superfluidez poderia ser um indício para a anulação do campo gravitacional. Admitir a possibilidade de anular o campo gravitacional é admitir que a lei da inércia não teria validade em alguns sistemas (sistemas não inerciais). Por exemplo, um corpo pode permanecer em repouso absoluto ou então em movimento uniforme. A segunda condição pode ser verificada no espaço: quando lançamos um objeto, ele seguirá uma trajetória com movimento uniforme até o infinito. Porém a condição do corpo em repouso é relativa. Um corpo parece estar em repouso para um observador, mas em escala atômica seus átomos estão em movimento desordenado. Concluindo, todo corpo ou partícula em movimento está interagindo com o espaço a sua volta. O quinto estado da matéria parece desligar qualquer tipo de interação atômica externa, e uma de suas consequências seria a ausência de peso e um comprimento de onda único relacionado com a velocidade das partículas. É como se a matéria fosse um único super átomo. A propriedade que o quinto estado da matéria tem de se comportar como uma onda, pode ser usada no futuro como um eficiente sistema de propulsão, mas geradores antigravidade por enquanto são apenas tema de ficção científica.

Fontes
Baseado em texto de Marc G. Millis Space Propulsion Technology Division NASA Lewis Research Center Cleveland, Ohio, onde os dados e teorias são obtidos em: 2. Gonick, L., "Science Classics (Warp-and-woof drive)".
In Discover, p. 44-54, (DEC 1994).
Szpir, M, "Spacetime Hypersurfing?", In American Scientist, Vol. 82, p. 422-423, (September-October 1994).
Peterson, I., "A New Gravity?, Challenging Einstein's General Theory of Relativity", In Science News, Vol. 146, p. 376-378, (Dec 3, 1994).
Alcubierre, M., "The warp drive: hyper-fast travel within general relativity", In Classical and Quantum Gravity, Vol 11, p. L73- L77, (1994).
Mead, F. B. ,Jr., et al, Advanced Propulsion Concepts - Project Outgrowth, AFRPL-TR-72-31, (JUN 1972). 7. Forward, R. L., "Feasibility of Interstellar Travel: A Review", In Acta Astronautica, Vol. 14, p 243-252, (1986).




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#12 Mensagem por faterra » Ter Abr 11, 2006 9:40 pm

Motor iônico funcionará como freio da Venus Express
Agência FAPESP
01/03/2006

Apesar da distância - 47 milhões de quilômetros - o teste foi um sucesso. Engenheiros da Agência Espacial Européia (ESA) ativaram remotamente o sistema de propulsão de uma espaçonave a mais de 47 milhões de quilômetros. Trata-se da Venus Express, lançada em 9 de novembro em missão rumo ao vizinho da Terra.
O sistema de propulsão do motor principal é fundamental para a missão. Sem ele, a espaçonave não será capaz de frear quando estiver chegando a Vênus. E, sem diminuir sua velocidade, não conseguirá ser capturada pela órbita do planeta.
No teste, o motor foi acionado por apenas três segundos, tempo suficiente para que a nave diminuísse de velocidade cerca de 10,8 quilômetros por hora. Devido à grande distância, os responsáveis pela missão só souberam que havia dado tudo certo uma hora depois, que foi o tempo gasto pelos sinais de rádio chegarem até a antena da ESA instalada em Nova Norcia, na Austrália.
A Venus Express respondeu corretamente ao empuxo provocado pela queima de combustível, ajustando sua posição em relação ao destino e direcionando sua antena de transmissão para a Terra. Os dados enviados serão analisados pela equipe da missão, que verificará em detalhes o comportamento do sistema de propulsão.
O próximo grande momento na missão européia será a manobra de inserção na órbita venusiana, no dia 11 de abril. Para isso, será preciso fazer o sistema de propulsão funcionar por cerca de 50 minutos, na direção oposta à do deslocamento da nave. Essa freada permitirá que ela supere a atração gravitacional exercida pelo Sol e por Vênus e consiga entrar em órbita do planeta.
Russos e norte-americanos enviaram diversas missões ao planeta, mas nenhuma recentemente. A missão européia quer suprir a lacuna e tentar responder a algumas das muitas dúvidas sobre o vizinho terrestre. A principal é sobre as características e o funcionamento da atmosfera venusiana.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra, em média duas vezes mais perto do que Marte. Nomeado após a deusa do amor para os romanos, o planeta tem quase o mesmo tamanho e massa da Terra, a ponto de muitos chamarem os planetas de gêmeos. Mas a evolução dos dois foi muito diferente. A superfície venusiana, com temperaturas acima de 400ºC, não permite a sobrevivência das formas de vida encontradas por aqui.




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#13 Mensagem por faterra » Ter Abr 11, 2006 9:55 pm

EspaçoDomingo, 21 de novembro de 2004, 10h27

A impulsão por plasma virou realidade com a entrada da sonda lunar européia Smart-1 na órbita do satélite terrestre com um gasto de apenas 59 quilos de combustível. A sonda utiliza um motor de plasma, sistema de impulsão que é considerado desde antes do início da era espacial como a chave para viagens pelo Sistema Solar.
"O sistema de propulsão iônica é o futuro das viagens espaciais. Esta é uma missão pioneira", declarou o astrônomo britânico Sir Patrick Moore. Um dos problemas da viagem espacial é que é necessário levar todo o combustível necessário ao partir. Entretanto, quanto mais combustível se leva, maior a massa da nave, o que acaba exigindo mais combustível, em um círculo vicioso.
Os foguetes à base de químicos queimam o combustível e os gases são expelidos para trás em grande quantidade. Isso provoca uma forte aceleração, mas em poucos minutos se consomem toneladas de combustível. Os motores de plasma, em compensação, expulsam apenas alguns íons (átomos privados de um elétron e com uma carga elétrica), mas a mais de 55 mil quilômetros por hora.
A velocidade superior de saída compensa em parte a minúscula massa do material, o que provoca uma eficiência maior. Bastam 59 quilos de xenon (um gás de grande peso atômico) para o motor iônico da Smart-1, desenvolvido pela empresa francesa Snecna, funcionar durante 3,7 mil horas. Desta forma, o motor duplica a marca do único teste anterior deste tipo, da Deep Space One (Espaço Profundo Um). O aparelho realizou uma missão a um asteróide próximo a Terra na década de 90.
"O desempenho (do motor da Smart) foi muito melhor do que esperávamos. Sem dúvida, vamos equipar nossas futuras naves de exploração com estes sistemas", disse Giorgio Saccoccia, chefe da divisão de Propulsão da Agência Espacial Européia (ESA).
De fato, a Smart-1 gastou até menos xenon do que o calculado e chegou dois meses antes do previsto. Entretanto, o motor de plasma tem uma aceleração muito pequena e não serve para decolar do planeta. Mas é ideal para uma viagem interplanetária, a partir de uma órbita de um corpo celeste, onde já não existe atrito atmosférico.
O funcionamento na teoria é simples, ainda que na prática isso exija um grande desenvolvimento tecnológico. O primeiro passo é dispor de 2,5 kw de eletricidade (apenas o dobro do consumo de uma máquina de lavar roupa), gerados através de células solares. Esta eletricidade é usada por um lado para gerar um campo magnético na câmara do motor e o restante para bombardear o xenon. Cada átomo "atacado" perde um elétron e se transforma em íon que, por repulsão elétrica, é expulso a 16 quilômetros por segundo pelo escapamento.
A velocidade de saída é muito superior à dos gases de combustão de um motor químico e, em função disso, uma eficiência que superar entre 5 e 10 vezes a dos impulsores.
Em uma segunda etapa, uma minifábrica de energia nuclear a bordo do veículo (algo já utilizado na sonda americana Cassini apenas para alimentar instrumentos) permitirá fornecer a eletricidade necessária para o motor de plasma em missões em direção à última fronteira, onde ninguém jamais esteve.

AFP

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http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... 01,00.html




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#14 Mensagem por rodman » Dom Jun 11, 2006 11:48 am

faterra escreveu:Propulsão dos OVNI's

Várias teorias sobre o princípio de propulsão dos OVNI's têm surgido nos últimos quarenta anos. As "últimas" são:
. estes objetos podem ter controle sobre os gravitons (partícula prevista na teoria da relatividade geral), anulando seu efeito sobre a gravidade,
. eles utilizariam o campo magnético planetário,
. podem utilizar a luz (fótons) de alta energia e concentrada,
. a teoria da propulsão iônica e da magneto-hidrodinâmica.


Pesquisas

No dia 21 de julho de 1975, o cientista francês Jean Pierre Petit fez na Academia de Ciências da França uma comunicação de grande interesse. Depois de estudar centenas de relatórios sobre aparições de OVNI's, ele chegou à conclusão de que tais máquinas podem realmente existir.

E que, para explicar as características do seu vôo, sua propulsão só poderia ser eletromagnética. Petit reuniu algumas relações comuns a quase todas essas aparições: os movimentos bruscos, as mudanças súbitas de direção, as grandes velocidades, a mudança de cores, o brilho fosforescente e a ausência de estrondo sônico quando tais objetos deslocam-se velozmente na atmosfera. Tudo isso, segundo ele, permite supor que tais máquinas empregam um motor que obedece as leis da magneto-hidrodinâmica ( um gás aquecido a altíssima temperatura (PLASMA) sofre o processo de ionização, separa-se então os elétrons e dos íons do gás, resultando então em fortíssima corrente elétrica ). Imagine então, como propôs o dr. Petit, um disco voador cujos geradores possam criar um campo magnético perpendicular com 60 mil graus e um forte diferencial de potência entre os eletrodos de cima e de baixo. Um forte campo de PLASMA gasoso imediatamente surgiria em torno do veículo, e devido ao campo magnético perpendicular assumiria o movimento espiralado de cima para baixo, criando uma espécie de clarão luminoso, como muitas testemunhas afirmaram ter visto. As moléculas de ar, rapidamente arrastadas da frente para trás do veículo, funcionariam como alavancas, empurrando-o na direção desejada e eliminando o atrito atmosférico, que é o principal obstáculo para que se possa aumentar a velocidade. Bastaria mudar a intensidade ou a direção (polaridade) do campo para determinar a velocidade e o rumo da máquina. Tais alterações provocariam também outro efeito paralelo: as alterações de intensidade e cor da luminescência do ar em torno da máquina, coisa que muitas testemunhas dos OVNI's já admitiram ter visto. Pesquisar o princípio de propulsão OVNI seria um desafio à capacidade humana e também um dos meios de defesa para um provável inimigo desconhecido, mas o mais importante são os benefícios que daria o domínio dessa tecnologia. Há possibilidade de energia inesgotável derivada dos reatores compactos dessas naves, sistemas de navegação extremamente avançados e finalmente as tão sonhadas viagens interplanetárias.

Antigravidade

No fim do ano passado, um cientista Russo utilizando um anel feito de material super-condutor em conjunto com um anteparo no qual colocou diversos objetos, diz ter conseguido anular o peso deles em até 2%, quando o anel super-condutor atingiu a rotação de 2000 RPM.

Empilhando um segundo anel, o peso foi reduzido em 4%. As cerâmicas super-condutoras são materiais que não oferecem resistência à passagem da corrente elétrica e só atingem este estado em temperaturas próximas ao zero absoluto (-273 ºC).

Têm a propriedade também de levitar sob campos magnéticos (Efeito Meissner). As pesquisas no campo destes materiais se resumem à descoberta de compostos óxidos de metais e terras raras que se tornam super condutoras em temperaturas muito baixas (-256ºC). Ainda sabe-se muito pouco sobre o fenômeno da super-condutividade.

Alguns pesquisadores associam a super-condutividade com o quinto estado da matéria, previsto pelo físico Albert Einstein. Neste quinto estado a matéria se comportaria como uma onda coerente em condições especiais . A matéria só atinge o quinto estado em temperatura próxima ao zero absoluto.

Nesta condição, os átomos estariam quase totalmente parados, com mesma freqüência e comprimento de onda, como acontece com a luz laser, apenas substituindo os fótons de luz por matéria. Outro fenômeno não menos importante é a superfluidez, em que um líquido em resfriamento intenso parece desafiar a lei da gravidade ao subir pelas paredes do recipiente que o contém. A superfluidez poderia ser um indício para a anulação do campo gravitacional.

Admitir a possibilidade de anular o campo gravitacional é admitir que a lei da inércia não teria validade em alguns sistemas (sistemas não inerciais). Por exemplo, um corpo pode permanecer em repouso absoluto ou então em movimento uniforme. A segunda condição pode ser verificada no espaço: quando lançamos um objeto, ele seguirá uma trajetória com movimento uniforme até o infinito. Porém a condição do corpo em repouso é relativa. Um corpo parece estar em repouso para um observador, mas em escala atômica seus átomos estão em movimento desordenado. Concluindo, todo corpo ou partícula em movimento está interagindo com o espaço a sua volta.

O quinto estado da matéria parece desligar qualquer tipo de interação atômica externa, e uma de suas consequências seria a ausência de peso e um comprimento de onda único relacionado com a velocidade das partículas. É como se a matéria fosse um único super átomo.

A propriedade que o quinto estado da matéria tem de se comportar como uma onda, pode ser usada no futuro como um eficiente sistema de propulsão, mas geradores antigravidade por enquanto são apenas tema de ficção científica.


Existem duas forças que oferecem as miores resistências ao movimento, na atmosfera, a resistência provocada pelo ar e a própria inércia, se estamos falando do Vôo, o controle ou algum tipo de manipulação da gravidade podem levar ao vôo por levitação, e de quebra pode contornar o problema da inércia podendo facilitar outros movimentos e grandes acelerações, o problema aerodinâmico pode ser contornado pela utilização de sistemas Magneto-hidrodinâmicos, com as citadas tecnologias do plasma e hiônicas.

O efeito meissner é particularmente interessante, materias no estado supercondutor podem eliminar a passagem das linhas de força do campo magnético de seu interior, seria ótimo encontrarmos dispositivos que fisessem o mesmo com o campo gravitacional.

Existem muitas coisas interessantes na física que um dia podermos unir e desenvolver para um efetivo dominio das viajens espaciais, ou será que alguem já os tem, como a USAF?

Parece "viagem" más e se for verdade?:

O TR-3 B tem o nome código Astra

A nave de reconhecimento tático TR-3B fez seu primiro vôo operacional na década de 90. A lantaforma de formato triangular e de propulsão nuclear foi desenvolvida sob segredo, pelo programa Aurora com SDI e com dinheiro do orçamento "negro". no valor de 3 bilhões de dolares o TR-3B estava voando em 1994. O Aurora é o programa mais secreto de desenvolvimento espacial que existe. O TR-3B é o veiculo mais exotico criado pelo programa Aurora. Ele é custeado e operado pelo NRO National Reconnaissance Office, Escritório Nacional de Reconhecimento, a NASA e a CIA. O TR-3B não é ficção ele foi construído com tecnologia dos anos 80. Nem todo OVNI é um deles.

Os Laboratórios Sandia e Livemore desenvolveram por engenharia reversa a tecnologia MFD. O governo fará qualquer coisa para proteger esta tecnologia. O plasma baseado em mercúrio, é pressurizado em 250000 atmosferas e a uma temperatura de 150 graus Kelvin e acelerada a 50000 RPM para criar um plasma supercondutor resultando no ruptura da gravidade. O MFD gera um vortex no campo magnético, que rompe ou neutraliza os efeitos da gravidade nas proximidades da massa, em torno de 89%. Não entenda mal, A anti-gravidade fornece uma força repulsiva que pode ser usada para propulsão. O MFD cria uma ruptura no campo gravitacional da Terra em cima da massa dentro do acelerador circular. A massa do acelerador circular e toda a massa dentro do acelerador, tal como a capsula da tripulaçào avionicos, sistema MFD, combustível, sistema ambiental da tripulação, e o reator nuclear, são reduzidas em 89%. Isto causa um efeito que torna a nave extremamente leve capaz de se autopropulsar e eutomanobrar comparada a qualquer aeronave construida exeto, naturalmente aquele OVNI que nós não construímos.


Fonte:
http://robocat.users.btopenworld.com/tr3b.htm




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#15 Mensagem por Paisano » Dom Jun 11, 2006 12:51 pm

Motores Iónicos

Fonte: http://www.sc.ehu.es/

Una forma de impulsar un cohete es la de emplear un haz de partículas cargadas, tal como se muestra en la figura.

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El propulsor se ioniza en la fuente de iones S y se expulsa como haz de iones positivos con una velocidad que depende de la diferencia de potencial V existente entre S y el anillo acelerador B. Para evitar que el cohete se cargue, se inyectan electrones en el haz mediante el filamento F. El haz se enfoca mediante el anillo A.

Los motores iónicos se emplean en el espacio exterior, cuando se precisan pequeños empujes para corregir la altitud o trayectoria de los satélites.

Bibliografia: Lorrain P., Corson D. Campos y Ondas Electromagnéticas. Selecciones Científicas (1972), problema 4.28, págs. 203-204




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