Formação Básica do Combatente

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Formação Básica do Combatente

#1 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 30, 2020 2:07 pm

PPB/2 - FORMAÇÃO BÁSICA DO COMBATENTE
4ª Edição - 2006

http://www.doutrina.decex.eb.mil.br/ima ... B_sico.pdf

Um tópico que eu deveria ter aberto há muito tempo.

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Re: Formação Básica do Combatente

#2 Mensagem por Henrique Brito » Sáb Mai 30, 2020 4:59 pm

Transcrevo de outro topico o texto abaixo com a minha opinião sobre o cenário atual no EB.

"Sobre a formação do soldado no Exército, é extremamente heterogênea, pois é responsabilidade de cada OM formar o seu próprio soldado.

E dentro desta heterogeneidade, existem soldados formados quase sem praticar tiro, o que é uma vergonha, e também até aqueles extremamente operacionais podendo operar até nas retaguardas inimigas e não devendo em nada a soldados de lugar nenhum do mundo em operacionalidade.

O que eu vou escrever não é regra, é minha percepção, e evidente que há exceções à regra, mas em geral, o Exercito tem 6 tipos de soldados, tamanha a diversidade do treinamento.:

1° Atiradores dos tiros de guerra, é a formação mais básica, tão básica que ao final da formação, o guerreiro sequer pode ser chamado de soldado, é apenas atirador, é habilitado a atirar com armas longas e tem noções de ordem unida, ele não integra uma unidade militar, seu objetivo é habilitar o "camponês" da cidadezinha a resistir a uma invasão estrangeira até que tropas de combate cheguem para socorrer.

2° Soldados de unidades não combatentes, que são aqueles soldados dos batalhões de intendência, de manutenção de material bélico e dos serviços de saúde, a formação desse soldado é a mais básica das formações de uma organização militar do EB, eu particularmente considero muito ruim, a formação geralmente dura 1 mês, deste mês passam uma semana em internato e outra em acampamento aprendendo o básico que deve saber um soldado, praticam uma quantidade muito pequena de tiros, e depois nunca mais vao atirar ou ver mato, não se especializam como soldado de arma, quadro ou serviço, são soldados básicos que estão habilitados a usar o fuzil, fazer a guarda do quartel e defender em trincheiras o perímetro da sua unidade militar em caso de guerra.

3° Soldados de unidades combatentes, aqui começam a ter uma formação decente, são soldados dos grupos de artilharia, batalhões de infantaria, regimentos de cavalaria, a formação dura entre dois e três meses, deste tempo, passam pelo menos quinze dias em internato e outros quinze dias em acampamentos, geralmente fazem duas marchas de combate, de 8 e 16 km, alguns fazem também a marcha de 32km, e a quantidade de tiros é maior (ainda pra mim não o ideal mas dentro de uma normalidade de formação de um soldado), após formados soldados, eles são especializados como soldados da arma de artilharia, cavalaria, etc, o que exige pelo menos mais quinze dias de instrução na mata (as vezes fazem no quartel), uma ou duas vezes por ano (geralmente uma), sua unidade participa de uma grande manobra militar que geralmente dura quinze dias, onde o militar pratica novamente tiros das armas individuais e coletivas, que também fazem parte dos adestramentos da unidade. Geralmente, a cada dois ou três anos passam por um grande exercício militar de avaliação do CAADEX, onde usam equipamentos de engajamento tático DSET que pra mim são excelentes, dão a noção exata da operacionalidade da tropa e toda tropa do EB deveria passar por essa avaliação pelo menos uma vez ao ano, e ter este equipamento para fazer treinamentos durante o ano. Nestas unidades, há os chamados pelopes, onde os soldados tem um treinamento um pouco melhor.

4° Soldados de unidades de infantaria especializadas em biomas, selva, montanha, caatinga e pantanal, aqui a formação do soldado é muito parecida a dos soldados de unidades combatentes descrito acima, porém melhor, devido a manobras militares mais frequentes, e com o acréscimo de um estágio operacional de 15 dias que especializa o soldado a operar no ambiente operacional onde está inserida a sua unidade, e as marchas de combate de formação são mais longas e duras, 64 km geralmente. Aqui há o acrescimo de que alguns soldados, minoria em geral, mas maioria em algumas unidades de fronteira, são indigenas, portanto a selva já é o dia a dia do cara, precisando apenas instrução militar para se tornar um grande combatente.

5° Soldados de pronto-emprego, que são os soldados integrantes da Força de Ação Rápida e Estratégica do EB, mais especificamente os soldados paraquedistas, os soldados da infantaria aeromóvel (helis), incluindo aí os soldados do 1° Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel, começa por uma seleção especial para integrar a Brigada Paraquedista, onde os conscritos candidatos precisam atingir índices em TAF muito mais difíceis até que os TAF dos concursos de fuzileiros navais e de sargentos das armas, a estes soldados destas unidades se dá uma formação militar profissional, que geralmente dura quatro meses, onde pelo menos um mês de internato e pelo menos dois meses juntando o tempo de todos os acampamentos, onde o soldado estará em aprendendo técnicas profissionais de combate, de infiltração, exfiltração, orientação diurna e noturna na mata usando bussola, cartas topográficas e os astros, silenciamento de sentinela, combate corpo a corpo, combate com facas, combate a baioneta, prisioneiro de guerra, câmara de gás, transposição de cursos dágua, montanhismo militar, pratica de tiros e manobras com OVN óculos de visão noturna, confecção de armadilhas, abrigos e trincheiras, muita pratica de tiro de armas individuais e coletivas como granadas, morteiros, metralhadoras e lança-rojão, igualando as praticas de tiro da formação de fuzileiros navais, entre outras dezenas de instruções, e as marchas de combate são muito duras, havendo casos em que o comando ordenou marchas de mais de 100 km com todo equipamento e armamento,mas geralmente fica em torno de 64 km, no caso da brigada paraquedista, é exigida uma preparação física de atletas e o estágio básico paraquedista, um dos estágios mais difíceis para um soldado do EB devido a exigência física, ainda que seja mais leve que o de oficiais e sargentos, para os soldados da infantaria aeromóvel, acrescentasse o estágio de operações aeromóveis, que é muito operacional com técnicas de fasthope e halocast, e para ambos tanto paraquedistas como infantaria aeromovel, assim como o 1° BIS Amv, acrescentasse o estágio de força de ação rápida, com 15 dias onde os soldados tem instrução até para operar em ambiente que sofreu ou está prestes a sofrer um ataque com armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, estes soldados também recebem a especialização da arma de infantaria ou da sua OM, e uma boa parte deles, é levada para fazer os quatro estágios operacionais, de selva, montanha, caatinga e pantanal. Além disso, após a formação, estão em operações praticamente o ano todo, vão pra uma manobra militar com duração de 15 a 30 dias, passam 15 a 30 dias de volta dando grande enfase a preparação física e a prática de tiros e já partem novamente pra manobras, estando em constante apronto operacional. E todos os anos são avaliados pelo menos uma vez pelo CAADEX, e sempre que o EB pratica manobras com nações amigas, estas tropas sempre vao participar, estando ou não acompanhadas de outras unidade combatentes do EB da regiao onde for desenrolado o exercício.

6° Soldados comandos, estes tem a formação idêntica dos soldados de pronto emprego, acrescida dos cursos operacionais de paraquedista e do curso mais difícil a que um cabo ou soldado do exército pode passar, o CFCC, o curso de formação de cabo comandos, que habilita o soldado a mobiliar um DAC, destacamento de ações de comandos e operar nas retaguardas profundas do inimigo em ações diretas de comandos, que dispensa minhas apresentações, vocês conhecem

Reparem que eu estou falando apenas na formação do soldado, e não dos oficiais e sargentos.

Isso é o que geralmente acontece, mas se voce serviu e a sua formação foi diferente do que eu descrevi, parabéns, como cada OM do EB forma seus próprios soldados, há casos de exceção, onde haverão soldados de unidades não combatentes com um bom treinamento militar,e soldados de unidades combatentes com um treinamento meia boca, tudo depende da vontade do comando e dos recursos.




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Re: Formação Básica do Combatente

#3 Mensagem por Henrique Brito » Sáb Mai 30, 2020 5:28 pm

Pra mim, o cenário ideal deveria ser a admissão de todos os soldados do EB através de concurso público.

E haver pelo menos 14 centros de formação de soldados, dois em cada comando militar, do Nordeste, Centro-oeste, Leste, Sudeste, Sul, Norte e Amazônia.

Um centro de cada Comando Militar se dedicaria a formar os soldados de infantaria da região, já que a Infantaria é a arma com mais vagas. O nome destes centros poderia ser centro de formação de fuzileiros (de selva no CMA, de Montanha no CML, de caatinga no CMN, de Pantanal no CMC, etc) acredito que um nome chamativo assim atrairia mais candidatos ao concurso.

O outro centro se dedicaria a formar os soldados das demais armas, quadros e serviços, e poderia se chamar centro de formação de combatentes do CMA, CML, etc.

O tempo mínimo para formação dos soldados deveria ser de 4 meses, uma formação completamente profissional, semelhante a atual dos fuzileiros navais ou dos soldados da Brigada Paraquedista, com pelo menos dois meses em acampamentos e nestes centros deveriam praticar tiros de todas as armas de uso individual e coletivo do EB, e tiros de fuzil até dar calo no dedo.

Após esta formação militar profissional de 4 meses, passariam por uma especialização com dois estágios operacionais, cada um de 15 dias, estágios de interesse do comando militar de área, como por exemplo.:

Operações na selva e operações helitransportadas para soldados dos comandos militares da Amazônia e do Norte.

Estágios de operações na caatinga para formados do Comando Militar do Nordeste.

Estágios de operações helitransportadas e de Montanha para soldados dos comandos militares do leste e do sudeste.

De operações no cerrado (sim, existe este estágio) e de pantanal para soldados do Comando Militar do Centro-Oeste

E de blindados para soldados do sul.

Após esta formação, os soldados seriam distribuídos para sua OMs, entretanto, para atrair soldados para a carreira das tropas de pronto emprego e depois de operações especiais.

Aqueles soldados que tiverem os melhores índices de TAF e forem voluntários, seriam direcionados ao Centro de Instrução Paraquedista (que já deveria estar em Brasília ou outra cidade no centro do país), para os estágios de soldado paraquedista e de força de ação rápida, estes integrariam a brigada paraquedista

E dentro da Brigada Paraquedista, entre os melhores soldados antigos, sairiam os voluntários para fazer o CFCC curso de formação de cabo comandos, e poder integrar o 1° Batalhão de Ações de Comandos.

Outro ponto que penso ser ideal, é que cada pelopes de OM de combate, deveria ter soldados também formados com o CFCC ou padronizar um estágio para estes soldados de pelopes, visto que hoje a formacao deles é muito heterogênea e insuficiente, este estágio deveria ser ministrado pelo Centro de Insstrução de Operações Especiais.

Um abraço




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Re: Formação Básica do Combatente

#4 Mensagem por Ckrauslo » Dom Mai 31, 2020 8:13 am

Já eu acho que deveria se dar por alistamento voluntário, para permitir que pessoas de uma baixa renda que não podem competir em termos de conhecimento com pessoas das zonas mais desenvolvidas do país.
Possam ter uma chance de realizar seus sonhos de serem militares.




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Re: Formação Básica do Combatente

#5 Mensagem por RobsonBCruz » Dom Mai 31, 2020 9:26 am

RobsonBCruz escreveu: Seg Mai 25, 2020 9:51 am Meu pitaco:

O SMO deveria ser mantido a ampliado em relação ao número de conscritos que prestam o serviço anualmente. Porém, esse SMO não faria parte das OM que compõe a Força Terrestre - FT.

O SMO seria de 25 semanas (cerca de 1 semestre), prestados em centros preparatórios distribuídos pelas cidades, de acordo com a população de jovens de 18 anos, independentemente de existência ou não de OM da FT na região.

Do grupo de jovens que concluiriam esse SMO, seria feito o recrutamento (os sargentos instrutores teriam esse papel de seleção e recrutamento) para o ingresso na FT propriamente. Esse recruta iria então para a subunidade de formação de uma OM para serem preparados ao longo de 1 anos.

Exemplo: Da seleção feita após o SMO, o recruta iria para a Cia Inf Mec Escola de determinado BI Mec. Após um ano de formação, se permanecesse engajado, iria para a Cia Inf Mec operacional.
Complementando:

Concluído o curso de formação, o recruta seria promovido a Soldado Especialista e, caso permaneça engajado, transferido para uma subunidade operacional, concorrendo a partir daí, conforme a renovação anual do engajamento, o mérito e o cumprimento das exigências de capacitação, à promoções até a graduação de 3º Sargento.

Esse recruta poderia permanecer engajado na FT por até 8 anos, conforme repactuação anual, observada a avaliação individual e a necessidade de movimentação do quadro de pessoal da Organização Militar - OM em que estiver vinculado.




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Re: Formação Básica do Combatente

#6 Mensagem por gabriel219 » Dom Mai 31, 2020 12:38 pm

Henrique Brito escreveu: Sáb Mai 30, 2020 5:28 pm Pra mim, o cenário ideal deveria ser a admissão de todos os soldados do EB através de concurso público.

E haver pelo menos 14 centros de formação de soldados, dois em cada comando militar, do Nordeste, Centro-oeste, Leste, Sudeste, Sul, Norte e Amazônia.

Um centro de cada Comando Militar se dedicaria a formar os soldados de infantaria da região, já que a Infantaria é a arma com mais vagas. O nome destes centros poderia ser centro de formação de fuzileiros (de selva no CMA, de Montanha no CML, de caatinga no CMN, de Pantanal no CMC, etc) acredito que um nome chamativo assim atrairia mais candidatos ao concurso.

O outro centro se dedicaria a formar os soldados das demais armas, quadros e serviços, e poderia se chamar centro de formação de combatentes do CMA, CML, etc.

O tempo mínimo para formação dos soldados deveria ser de 4 meses, uma formação completamente profissional, semelhante a atual dos fuzileiros navais ou dos soldados da Brigada Paraquedista, com pelo menos dois meses em acampamentos e nestes centros deveriam praticar tiros de todas as armas de uso individual e coletivo do EB, e tiros de fuzil até dar calo no dedo.

Após esta formação militar profissional de 4 meses, passariam por uma especialização com dois estágios operacionais, cada um de 15 dias, estágios de interesse do comando militar de área, como por exemplo.:

Operações na selva e operações helitransportadas para soldados dos comandos militares da Amazônia e do Norte.

Estágios de operações na caatinga para formados do Comando Militar do Nordeste.

Estágios de operações helitransportadas e de Montanha para soldados dos comandos militares do leste e do sudeste.

De operações no cerrado (sim, existe este estágio) e de pantanal para soldados do Comando Militar do Centro-Oeste

E de blindados para soldados do sul.

Após esta formação, os soldados seriam distribuídos para sua OMs, entretanto, para atrair soldados para a carreira das tropas de pronto emprego e depois de operações especiais.

Aqueles soldados que tiverem os melhores índices de TAF e forem voluntários, seriam direcionados ao Centro de Instrução Paraquedista (que já deveria estar em Brasília ou outra cidade no centro do país), para os estágios de soldado paraquedista e de força de ação rápida, estes integrariam a brigada paraquedista

E dentro da Brigada Paraquedista, entre os melhores soldados antigos, sairiam os voluntários para fazer o CFCC curso de formação de cabo comandos, e poder integrar o 1° Batalhão de Ações de Comandos.

Outro ponto que penso ser ideal, é que cada pelopes de OM de combate, deveria ter soldados também formados com o CFCC ou padronizar um estágio para estes soldados de pelopes, visto que hoje a formacao deles é muito heterogênea e insuficiente, este estágio deveria ser ministrado pelo Centro de Insstrução de Operações Especiais.

Um abraço
Assino em baixo. Curso básico de formação ser feito em Centros de Treinamento, regidos pelo CAEx, com formação complementar sendo feito pelas OM's e suas particularidades.
Ckrauslo escreveu: Dom Mai 31, 2020 8:13 am Já eu acho que deveria se dar por alistamento voluntário, para permitir que pessoas de uma baixa renda que não podem competir em termos de conhecimento com pessoas das zonas mais desenvolvidas do país.
Possam ter uma chance de realizar seus sonhos de serem militares.
O concurso público não precisa ser de alta complexidade, a intenção do concurso é colocar lá pessoal que ao menos querem ir e/ou que sejam selecionados na base da "peixada". A PM poderia ser um bom exemplo para isso, com um concurso de nível fundamental-médio.

Hoje o que ocorre é que SMO é formado por uma boa parte que não queria estar ali e CPOR/NPOR formado pelos peixes, que muitas vezes nem querem está ali!




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Re: Formação Básica do Combatente

#7 Mensagem por Ckrauslo » Dom Mai 31, 2020 6:14 pm

O problema é que o nível é fundamental-médio.
Mas as bancas organizadoras procuram de toda forma dificultar as coisas, com muitas pegadinhas, trocas de letras, e muitas coisas que não vão atrapalhar na capacidade de um combatente de lutar.




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Re: Formação Básica do Combatente

#8 Mensagem por Henrique Brito » Dom Mai 31, 2020 10:17 pm

Uma outra questão é a formação dos sargentos de carreira.

Antes, durava um ano na escola de formação de sargentos, depois ele era promovido a 3° sargento e transferido pra OM.

De uns anos pra cá mudou um pouco, pelo menos desde a última vez que li sobre isso. Após o ano na escola de sargentos, o aluno passava mais um ano em um tipo de estágio em uma meia duzia de OMs selecionadas pelo país pra isso, pra depois ser promovido a 3° sargento e ir pra sua OM fim.

Eu penso, que o ideal seria, ao invés deste ano de estágio, ele deveria ser promovido a cabo e ser transferido direto pra tropa, e lá, ele passaria de um a dois anos como cabo antes de ser promovido a sargento

Na patente de cabo, ele teria a oportunidade de já por em prática os fundamentos da liderança aprendidos na escola de sargentos, porém de uma forma mais tranquila, pois um cabo comanda apenas uma esquadra, que é ele e mais três soldados, e não um GC como um sargento.

Sua esquadra faz parte de um GC, que é comandado por um 3° sargento, então ele também veria na prática como um sargento já mais experiente comanda um GC.

Pra mim, esse modelo como cabo dentro da própria tropa seria muito mais proveitoso para o aprendizado do futuro sargento do que ficar um ano em estágio ainda como aluno.

Além disso, ele que tem a formação de sargento, em tese, comandaria muito melhor uma esquadra do que nossos atuais cabos, que são oriundos do serviço militar obrigatório.

E como plus, nós estaríamos profissionalizando mais uma patente no Exército, deixando os militares não profissionais restritos no momento apenas a soldados até que o Éxercito mude isto.

E isso ainda abriria o triplo de vagas atuais nos concursos de sargentos.

Um abraço




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Re: Formação Básica do Combatente

#9 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jun 03, 2020 5:28 am

Em Portugal os Sargentos do QP passam por dois anos de ESE:
cabeça de martelo escreveu: Qua Mai 27, 2020 12:20 pm Ensino superior politécnico de curta duração, para acesso à categoria de Sargento dos Quadros Permanentes.
O curso, de ensino superior, não confere grau académico e a conclusão, com aproveitamento, do respetivo ciclo de estudos atribui o diploma de técnico superior profissional.

Este ciclo de estudos é ministrado no ensino politécnico, tem 120 créditos e a sua duração é de quatro semestres curriculares de trabalho dos estudantes, constituídos por um conjunto de unidades curriculares organizadas em componentes de formação geral e científica, formação técnica e formação em contexto de trabalho, que se concretiza através de um estágio.

Cada instituição de ensino superior confere o diploma de técnico superior profissional nas áreas de formação por si definidas, tendo em consideração as necessidades de formação profissional, designadamente na região em que se encontre inserida.

Os titulares de diploma de técnico superior profissional podem aceder e ingressar nos ciclos de estudos de licenciatura e integrados de mestrado através de um concurso especial próprio a si destinado, adquirindo o respetivo grau académico.
Ex.: Despacho n.º 5813/2020 - Diário da República n.º 103/2020, Série II de 2020-05-27 134604875
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Direção-Geral do Ensino Superior
Regista a criação do curso técnico superior profissional de Tecnologias Militares Terrestres - Infantaria da Unidade Politécnica Militar do Instituto Universitário Militar

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/134 ... =134505644




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Formação Básica do Combatente

#10 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jun 03, 2020 5:32 am

Ao nível de Praças, é assim na minha "Casa":

Imagem

Instrução Básica (5 semanas)
Instrução Complementar 1 (7 semanas)

Especialidade = Curso de Combate (9 semanas) + Curso de Paraquedismo (4 semanas)

Sub-especialidade= Curso de duração variável

Unidade de Colocação

OFICIAIS / SARGENTOS

Instrução Básica (5 semanas)
Instrução Complementar 1 (7 semanas)
Instrução Complementar 2 (5 semanas)
Especialidade = Curso de Atiradores (11 semanas) + Curso de Paraquedismo (4 semanas)
Unidade de Colocação
​​




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Formação Básica do Combatente

#11 Mensagem por Henrique Brito » Qua Jun 03, 2020 11:45 am

cabeça de martelo escreveu: Qua Jun 03, 2020 5:28 am Em Portugal os Sargentos do QP passam por dois anos de ESE:
cabeça de martelo escreveu: Qua Mai 27, 2020 12:20 pm Ensino superior politécnico de curta duração, para acesso à categoria de Sargento dos Quadros Permanentes.



Ex.: Despacho n.º 5813/2020 - Diário da República n.º 103/2020, Série II de 2020-05-27 134604875
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Direção-Geral do Ensino Superior
Regista a criação do curso técnico superior profissional de Tecnologias Militares Terrestres - Infantaria da Unidade Politécnica Militar do Instituto Universitário Militar

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/134 ... =134505644
Interessante, no Brasil, os cursos de formação de sargentos também são reconhecidos como de nível superior, conferindo diploma de tecnólogo aos sargentos.

http://www.detmil.eb.mil.br/ultimas-not ... o-superior




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Re: Formação Básica do Combatente

#12 Mensagem por FCarvalho » Qua Jul 01, 2020 12:09 am

Uma notícia no mínimo auspiciosa. O que falta para termos algo assim no mesmo nível aqui na ESA?

Sargentos do Exército Brasileiro concluem o curso de “Sergeants Major” nos EUA
Por Redação DefesaTV -29 de junho de 2020

https://www.defesa.tv.br/sargentos-do-e ... WVWw1r4UA0




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Re: Formação Básica do Combatente

#13 Mensagem por Henrique Brito » Qua Jul 01, 2020 3:48 am

FCarvalho escreveu: Qua Jul 01, 2020 12:09 am Uma notícia no mínimo auspiciosa. O que falta para termos algo assim no mesmo nível aqui na ESA?

Sargentos do Exército Brasileiro concluem o curso de “Sergeants Major” nos EUA
Por Redação DefesaTV -29 de junho de 2020

https://www.defesa.tv.br/sargentos-do-e ... WVWw1r4UA0
O Brasil já tem um major sargeants. Essa qualificação, é para dotar o 1º sargento ou subtenente em uma função que não existia, a de adjunto de batalhão, brigada, divisão e exército. Mas parece que Major sargento é só o adjunto de Exército. o Brasil já implementou isso, o adjunto de exército do Brasil é o sargento Crivelati, que trabalha diretamente no gabinete do comandante do exército, é como se ele fosse um representante dos praças dentro do Estado maior. E acho que é um curso mais pra EASA do que pra EsSA.

https://dialogo-americas.com/pt-br/arti ... rasileiro/




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Re: Formação Básica do Combatente

#14 Mensagem por FCarvalho » Qua Jul 01, 2020 5:24 am

Confesso que não entendi nada.

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Re: Formação Básica do Combatente

#15 Mensagem por Ckrauslo » Qua Jul 01, 2020 6:05 am

Henrique Brito escreveu: Qua Jul 01, 2020 3:48 am
FCarvalho escreveu: Qua Jul 01, 2020 12:09 am Uma notícia no mínimo auspiciosa. O que falta para termos algo assim no mesmo nível aqui na ESA?

Sargentos do Exército Brasileiro concluem o curso de “Sergeants Major” nos EUA
Por Redação DefesaTV -29 de junho de 2020

https://www.defesa.tv.br/sargentos-do-e ... WVWw1r4UA0
O Brasil já tem um major sargeants. Essa qualificação, é para dotar o 1º sargento ou subtenente em uma função que não existia, a de adjunto de batalhão, brigada, divisão e exército. Mas parece que Major sargento é só o adjunto de Exército. o Brasil já implementou isso, o adjunto de exército do Brasil é o sargento Crivelati, que trabalha diretamente no gabinete do comandante do exército, é como se ele fosse um representante dos praças dentro do Estado maior. E acho que é um curso mais pra EASA do que pra EsSA.

https://dialogo-americas.com/pt-br/arti ... rasileiro/
N sei se é realmente assim que chamam no Brasil.
Mas no Inglês o termo Sargeant Major, não utiliza o termo Major com o significado do Major (Oficial) mas de Major = majoris, maior, mor.
Meu avô me dizia que o Sargeant Major americano, é o Sargento Mor do tempo dele.

Exemplificando:
Vc tem dois significados com Major no Inglês.
Um é o do oficial militar, major.
O outro é de grandeza, tipo a Major league baseball.

Liga maior de baseball
Ps: Não ofendendo o inglês de ninguém, mas aprendi o inglês concomitantemente com o português, não fazendo diferença entre língua nativa entre ambos, tenho familiares com quem convivi durante minha menor infância, que são americanos.
Sempre me foi ensinado e incentivado o aprendizado do inglês.
Tanto que não tenho sotaque ao falar inglês.




Editado pela última vez por Ckrauslo em Qua Jul 01, 2020 7:12 am, em um total de 2 vezes.
Kept you waiting, huh?
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