Guerra das Malvinas / Falkland
Moderador: Conselho de Moderação
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 60636
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceram: 6360 vezes
- Contato:
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Teu Ipad tem alguma defesa?
"The two most powerful warriors are patience and time." - Leon Tolstoy
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8632
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceram: 394 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Ipad é a defesaTúlio escreveu:Teu Ipad tem alguma defesa?
IOS rules
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Um documentário sobre a Guerra das Malvinas em 3 partes. Para quem está com o seu inglês em dia.
Fica a notar, mais uma vez, os erros crassos dos argentinos, começando pela parte política até a militar, que deram uma verdadeira lição de como se perder uma guerra.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Essa foi a primeira guerra que acompanhei de fato. E já faz muito tempo. Mas a lições que ela deixou ao que parece, mesmo tanto tempo depois não foram suficientes para ensinar algo prático por aqui.
Há aqueles que dizem que se o 707 da Varig no Atlântico Sul tivesse sido derrubado por aquele Sea Harrier a guerra teria tido um outro rumo. Hoje, olhando os detalhes disponíveis do momento, entendo que não. O Brasil não estava preparado para uma guerra. Nunca esteve. As ffaa's naquela época não eram tão diferentes das de hoje. Pouco ou nada foi feito desde o imbróglio com os franceses em 1963 em relação a MB e FAB. O EB também nada mudou, a não ser pelo recebimento da sucataria americana de sempre.
A BID e industria nacional eram incipientes e não tinham capacidade de apor os recursos necessários a participação em um conflito verdadeiro.
Enfim, o Brasil se muito teria arrumado um jeito de perder uma guerra no TO sul americano pela primeira vez.
Talvez isso tivesse sido necessário para que hoje as coisas fossem diferentes.
Mas isso é algo que nunca saberemos.
abs
Fica a notar, mais uma vez, os erros crassos dos argentinos, começando pela parte política até a militar, que deram uma verdadeira lição de como se perder uma guerra.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Essa foi a primeira guerra que acompanhei de fato. E já faz muito tempo. Mas a lições que ela deixou ao que parece, mesmo tanto tempo depois não foram suficientes para ensinar algo prático por aqui.
Há aqueles que dizem que se o 707 da Varig no Atlântico Sul tivesse sido derrubado por aquele Sea Harrier a guerra teria tido um outro rumo. Hoje, olhando os detalhes disponíveis do momento, entendo que não. O Brasil não estava preparado para uma guerra. Nunca esteve. As ffaa's naquela época não eram tão diferentes das de hoje. Pouco ou nada foi feito desde o imbróglio com os franceses em 1963 em relação a MB e FAB. O EB também nada mudou, a não ser pelo recebimento da sucataria americana de sempre.
A BID e industria nacional eram incipientes e não tinham capacidade de apor os recursos necessários a participação em um conflito verdadeiro.
Enfim, o Brasil se muito teria arrumado um jeito de perder uma guerra no TO sul americano pela primeira vez.
Talvez isso tivesse sido necessário para que hoje as coisas fossem diferentes.
Mas isso é algo que nunca saberemos.
abs
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Não foi um erro. Foi uma jogada arriscada. O governo militar argentina julgava que os britânicos iriam sugerir um acordo e teria intermediação internacional com participação dos EUA, Brasil e outros. Afinal, quem lutaria por um monte de pedras perdidas no Atlântico Sul? E no fundo eram todos aliados contra a URSS.
O caso da Varig poderia ter empurrado todos para um acordão. Algo como "parem de brigar. Se acertem aí". Pelo Brasil, EUA, França e outros.
Observem que os britânicos e argentinos se esforçaram para manter os conflitos restritos. Porque era mais fácil fazer o acordo ao evitar escala com ataque as bases no continente e cidades argentinas.
O caso da Varig poderia ter empurrado todos para um acordão. Algo como "parem de brigar. Se acertem aí". Pelo Brasil, EUA, França e outros.
Observem que os britânicos e argentinos se esforçaram para manter os conflitos restritos. Porque era mais fácil fazer o acordo ao evitar escala com ataque as bases no continente e cidades argentinas.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Os militares argentinos na época estavam mais preocupados em arrumar uma distração para demover a convulsão interna que já se agitava já tempos, e sabiam também que o regime estava condenado, e até por isso o deles estaria na reta pro princípio.Bourne escreveu: ↑Seg Abr 29, 2019 4:10 pm Não foi um erro. Foi uma jogada arriscada. O governo militar argentina julgava que os britânicos iriam sugerir um acordo e teria intermediação internacional com participação dos EUA, Brasil e outros. Afinal, quem lutaria por um monte de pedras perdidas no Atlântico Sul? E no fundo eram todos aliados contra a URSS.
O caso da Varig poderia ter empurrado todos para um acordão. Algo como "parem de brigar. Se acertem aí". Pelo Brasil, EUA, França e outros.
Observem que os britânicos e argentinos se esforçaram para manter os conflitos restritos. Porque era mais fácil fazer o acordo ao evitar escala com ataque as bases no continente e cidades argentinas.
O risco existia sim, e era grande, pois Margareth Tachert ansiava por uma oportunidade de juntar também os seus poucos aliados a fim de dar um respiro na economia e política britânica. A moral e a fleuma militar britânica andava em baixa em fins dos 70 e início dos 80. Mais ou menos a mesma situação que vemos se repetir hoje, com venda e baixa de meios que de outra forma poderiam se manter úteis e operacionais ainda por muito tempo. Algo que a economia não dava muita folga. Um erro crasso de avaliação da junta militar, que sequer se deu o trabalho de consultar a diplomacia argentina, que poderia ter ajudado bastante, inclusive no sentido esperar por um momento mais adequado, do ponto de vista tanto político quanto militar, já que os ingleses estavam literalmente varrendo a sujeira do seu poderia militar para debaixo do tapete. Mais um pouco e talvez a história fosse outra. Mas tempo era um luxo que a junta militar não tinha.
A eventual derrubada do avião da Varig fatalmente empurraria os britânicos para a mesa de negociação antes de uma vitória militar inconteste nas Malvinas. E claro, em condições menos vantajosas, e possivelmente teriam perdido as ilhas. O próprio Alte cmte da FT britânica admitiu isso várias vezes ao longo do tempo no pós guerra em diversas entrevistas. Não porque o império temesse o Brasil em termos militares, mas porque isso deixaria seu principal aliado em uma sinuca de bico do ponto de vista estratégico, pois caso o Brasil invocasse o TIAR, eles seriam obrigados no mínimo a manter uma neutralidade de fato em relação aos ingleses, posto o contrário, poderia fatalmente jogar o Brasil para a órbita da URSS, mesmo que a contra-gosto dos militares aqui. Não seria aceitável o apoio dos americanos aos ingleses diante de algo assim, além de que o Presidente Figueiredo se veria forçado a manter a calma no país por meios poucos ortodoxos, já que no mínimo haveria um clamor popular e político por um revide. O problema para os militares era: revidar com o quê?
Ambos os lados sabiam que ampliar o conflito para o continente poderia forçar a inclusão de outros atores no mesmo, e isso, por incrível que pareça, não era de interesse de ambos os lados. Coisas da política. Então, começar, e terminar mais rápido ainda, o conflito era essencial para não dar trela para o envolvimento de USA e URSS na área do AS, considerada há muito, mesmo na guerra fria, uma zona de paz fora. E todos faziam questão que assim permanecesse, desde que nenhum dos lados quebrasse o equilíbrio.
Por um pouquinho isso quase aconteceu, já que tanto americanos e russos não ficaram exatamente equidistantes do TO durante a guerra.
Para nossa sorte, essa passou perto, muito perto. Perto até demais.
abs
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 60636
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceram: 6360 vezes
- Contato:
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Texto divertidíssimo (para quem não é Argentino, claro ) sobre a Operação Black Buck, na Guerra das Malvinas, vale a pena ler. Uma amostra:
"Tecnicamente o Brasil poderia oferecer a Base Aérea de Canoas, mas precisávamos manter as aparências e fingir que não gostávamos de ver a Argentina tomar paulada. Com isso os ingleses tinham um problema insolúvel: nenhum avião conseguiria ir e voltar, muito menos levando uma carga de bombas decente. Eles não tinham bombardeiros de longa distância como o B-52. Toda a estratégia britânica era para uma guerra na Europa, onde tudo fica na esquina.
Os argentinos confiaram nisso, mas esqueceram que os britânicos, esquisitos como são, são gênios da improvisação, seja transportando cerveja em Spitfires, seja construindo um planador para fugir de uma prisão nazista."
https://meiobit.com/306185/falkland-isl ... an-victor/
"Tecnicamente o Brasil poderia oferecer a Base Aérea de Canoas, mas precisávamos manter as aparências e fingir que não gostávamos de ver a Argentina tomar paulada. Com isso os ingleses tinham um problema insolúvel: nenhum avião conseguiria ir e voltar, muito menos levando uma carga de bombas decente. Eles não tinham bombardeiros de longa distância como o B-52. Toda a estratégia britânica era para uma guerra na Europa, onde tudo fica na esquina.
Os argentinos confiaram nisso, mas esqueceram que os britânicos, esquisitos como são, são gênios da improvisação, seja transportando cerveja em Spitfires, seja construindo um planador para fugir de uma prisão nazista."
https://meiobit.com/306185/falkland-isl ... an-victor/
"The two most powerful warriors are patience and time." - Leon Tolstoy
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Realmente, um texto excelente. Ri muito...
abs
abs
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Guerra das Falklands-Malvinas como a guerra salvou o governo de Margaret Thatcher
http://www.cavok.com.br/blog/guerra-das ... -thatcher/
abs
http://www.cavok.com.br/blog/guerra-das ... -thatcher/
abs
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Na primeira pessoa: piloto argentino revive últimas horas de combate nas Malvinas
A Sputnik Mundo falou com Juan Membrana, um dos pilotos da aviação naval que participou de uma das últimas missões, em 14 de junho de 1982, quando a Argentina abandonou sua tentativa de retomar através das armas o controle das ilhas Malvinas às forças britânicas.
https://br.sputniknews.com/americas/201 ... -malvinas/
A Sputnik Mundo falou com Juan Membrana, um dos pilotos da aviação naval que participou de uma das últimas missões, em 14 de junho de 1982, quando a Argentina abandonou sua tentativa de retomar através das armas o controle das ilhas Malvinas às forças britânicas.
https://br.sputniknews.com/americas/201 ... -malvinas/
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Realmente, impressionante como o generais argentinos colocaram apenas soldados inexperientes e sem apoio algum nas ilhas para defende-la de um desembarque.
Lá deveriam ter morteiros pesados, forças especiais, helicópteros, por fim, até os seus superiores abandonaram os jovens a própria sorte para congelarem naquelas ilhas.
Impressionante a ineficiência das forças de submarinos argentinos.
Lá deveriam ter morteiros pesados, forças especiais, helicópteros, por fim, até os seus superiores abandonaram os jovens a própria sorte para congelarem naquelas ilhas.
Impressionante a ineficiência das forças de submarinos argentinos.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
No final das contas, ficou provado que não era para ser uma guerra de verdade. Não pelo menos para os generais argentinos.
abs.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
Não era para ser uma guerra de fato porque os argentinos não esperavam que os britânicos fossem agir militarmente para retomar as ilhas. No máximo esperavam que os EUA/França e Europa/Brasil iriam fazer o meio de campo e estabelecer um acordo. Quase deu certo. O problema é que a primeira ministra era Margaret Thatcher que não aceitava derrota militar ou diplomática.
Os argentinos mostraram que tinham força área e naval capaz de efetuar operações complexas e arriscadas contra forças sofisticadas. Não esqueçam que A-4 Skyhawk e super etendard atacaram e afundaram navios britânicos. A marinha argentina se recolheu na medida em que fariam as operações, mas teriam navios perdidos e os submarinos não funcionaram como deveriam. As tropas nas ilhas não tinham logística para sustentar o combate e posições defensivas, especialmente por não ter mais marinha como suporte. Ao mesmo tempo em que não prepararam as pistas de pouco para operar os caças e atacar os navios a partir das ilhas.
A motivação para o Acordo intermediado por EUA/França e Europa/Brasil era que não elevasse as tensões e virasse uma guerra sul-americana. Não escalar o conflito motivava esses países pressionarem os britânicos para não atacarem alvos em solo argentino no continente. O Chile começou a se movimentar no Sul, o Peru ao Norte, acabar atraindo Paraguai e Bolívia era um passo. A história poderia ser muito diferente se os argentinos tivessem sucesso em tomar a ilha na medida em que poderia ser só mais uma fase de outros conflitos. Isto é, entrar em uma nova fase de guerra de atrito entre os países da região em que ninguém conseguia uma vitória contra outro. Algo como Irã-Iraque.
Aí vem alguém falar "América Latina é o continente da paz". Só for nas fantasias desses pessoal. Está cheio de conflitos de fronteira, tensões e potenciais insurgências adormecidos por enquanto. Algum choque externo pode ter efeito domino e a região pegar fogo. A ONU não vai se importar, nem terá sansões e, no máximo, interessados externos em ganhar algo com os conflitos locais. O que é bem similar aos outras regiões.
Os argentinos mostraram que tinham força área e naval capaz de efetuar operações complexas e arriscadas contra forças sofisticadas. Não esqueçam que A-4 Skyhawk e super etendard atacaram e afundaram navios britânicos. A marinha argentina se recolheu na medida em que fariam as operações, mas teriam navios perdidos e os submarinos não funcionaram como deveriam. As tropas nas ilhas não tinham logística para sustentar o combate e posições defensivas, especialmente por não ter mais marinha como suporte. Ao mesmo tempo em que não prepararam as pistas de pouco para operar os caças e atacar os navios a partir das ilhas.
A motivação para o Acordo intermediado por EUA/França e Europa/Brasil era que não elevasse as tensões e virasse uma guerra sul-americana. Não escalar o conflito motivava esses países pressionarem os britânicos para não atacarem alvos em solo argentino no continente. O Chile começou a se movimentar no Sul, o Peru ao Norte, acabar atraindo Paraguai e Bolívia era um passo. A história poderia ser muito diferente se os argentinos tivessem sucesso em tomar a ilha na medida em que poderia ser só mais uma fase de outros conflitos. Isto é, entrar em uma nova fase de guerra de atrito entre os países da região em que ninguém conseguia uma vitória contra outro. Algo como Irã-Iraque.
Aí vem alguém falar "América Latina é o continente da paz". Só for nas fantasias desses pessoal. Está cheio de conflitos de fronteira, tensões e potenciais insurgências adormecidos por enquanto. Algum choque externo pode ter efeito domino e a região pegar fogo. A ONU não vai se importar, nem terá sansões e, no máximo, interessados externos em ganhar algo com os conflitos locais. O que é bem similar aos outras regiões.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 36308
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceram: 3143 vezes
Re: Guerra das Malvinas / Falkland
‘Ilha de condenados’: a desconhecida guerra psicológica usada pelos britânicos contra a Argentina no conflito das Malvinas
Por Anderson Gabino - 29 de julho de 2019
https://www.defesa.tv.br/ilha-de-conden ... qvSwy_iygY
Por Anderson Gabino - 29 de julho de 2019
https://www.defesa.tv.br/ilha-de-conden ... qvSwy_iygY
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
A. Sapkowski