Caças J-11 chineses venceram os Gripen tailandeses no dogfight

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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jambockrs
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Caças J-11 chineses venceram os Gripen tailandeses no dogfight

#1 Mensagem por jambockrs » Qui Dez 12, 2019 3:29 pm

Meus prezados
Caças J-11 chineses venceram os Gripen tailandeses no dogfight
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Mas os Gripen da Tailândia venceram no combate BVR
Uma palestra proferida na Universida de Politécnica do Noroeste da China em 9 de dezembro, o apresentador Li Zhonghua, que teria participado do Exercício Falcon Strike 2015 na Tailândia, mostrou slides com a pontuação durante cada dia do exercício. Durante o primeiro dia, os tailandeses voando o Saab JAS39C Gripen foram derrotados por 16-0 no dogfight pelos J-11 (Su-27SK) chineses.
Em outro slide, embora os tailandeses tenham se saído muito mal no primeiro dia, os caças Gripen se saíram melhor na arena além do alcance visual (BVR), com mais kills no alcance além de 30 km.
Houve lições importantes para o lado chinês. Um slide explica que os pilotos chineses tiveram pouca consciência situacional. Havia muito foco na frente da aeronave, e não em toda a volta. Houve uma falta de coordenação entre aeronaves atacantes e suas escoltas. Os pilotos não tinham experiência em evitar disparos de mísseis. Sua resposta foi muito mecânica e não puderam julgar corretamente as técnicas evasivas de mísseis de alcance diferente.
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Em combates aéreos em larga escala, os tailandeses conseguiram kills enquanto atuavam como atacantes derrubando os defensores chineses. Quando os atacantes era chineses, eles tiveram dificuldade em passar pelos defensores tailandeses. O único sucesso dos chineses ao atacar foi quando eles foram protegidos pelos Gripen, que foi um ataque de baixa altitude.
Nos cenários 2 x 2, os chineses descobriram que foram pobres em julgar a ameaça e as ações evasivas foram insuficientes. O controle de tiro e a integração de armas do J-11 ainda eram inferiores aos do Saab Gripen.
Apesar de dominarem a arena de dogfight, os chineses ainda aprenderam lições importantes com os tailandeses. Eles descobriram que, ao lidar com ataques tailandeses usando o Sol como cobertura, a estratégia dos chineses foi simplificada.
Quando em uma posição vantajosa, os chineses estavam com pressa em obter vitória e caíram em armadilhas armadas pelos tailandeses.
Fonte: alert5.com via blog Poder Aéreo 11 dez 2019




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Re: Caças J-11 chineses venceram os Gripen tailandeses no dogfight

#2 Mensagem por jambockrs » Qui Dez 12, 2019 3:59 pm

Meus prezados
Pilotos de Gripen tailandeses aprenderam com a derrota para os J-11
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Piloto de Gripen da Tailândia com capacete Cobra, em 2018
O motivo da derrota dos Gripen JAS39C da Tailândia nos dogfights do exercício Falcon Strike 2015 com caças J-11 da China teria sido o uso do míssil ar-ar AIM-9L e a ausência de mira no capacete do piloto.
Já os J-11 chineses empregaram o míssil R-73 com mira no capacete.
A lição foi aprendida. A partir de 2018, os pilotos tailandeses passaram a contar com o capacete Cobra dotado de um sistema integrado de exibição montado em capacete (IHMD).
O Cobra foi desenvolvido pela BAE Systems e a Saab Aerospace, com a Denel Cumulus da África do Sul. O IHMD é um desenvolvimento do capacete Striker feito para o Eurofighter Typhoon. O Cobra também está instalado no Gripen para a África do Sul e da Suécia.
Ao apontar a cabeça em vez de toda a aeronave para o alvo, o piloto pode travar rapidamente o sensor do míssil usando o sistema HOTAS (hands on throttle and stick) e tirar proveito das capacidades de desempenho da arma. Um míssil pode operar com forças g muito mais altas do que uma aeronave; a proporção é de aproximadamente 60 g para um míssil e 9 g para o Gripen.
O Cobra fornece melhor consciência situacional e permite maior rapidez no disparo do míssil.
O visor montado no capacete exibe informações de voo, como altitude e velocidade do ar, além de identificar e detalhes dos alvos detectados na área circundante.
Além do capacete Cobra, os Gripen tailandeses também foram equipados com o míssil ar-ar Diehl BGT Defence IRIS-T para combates aproximados. O IRIS-T é muito mais capaz que o antigo AIM-9L americano.
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A imagem de simulador mostra um caça sendo destruído por um míssil ar-ar, com o piloto olhando para o alvo usando a mira montada no capacete, sem precisar apontar o nariz do avião
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Míssil IRIS-T em um Gripen da Tailândia
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Capacete Cobra com IHMD
Fonte: blog Poder Aéreo 12 dez 2019




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Re: Caças J-11 chineses venceram os Gripen tailandeses no dogfight

#3 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 12, 2019 6:33 pm

Prova de que força bruta sem inteligência não ganha guerra por si só. Assim como inteligência sem a força e quantidades adequadas não leva a lugar nenhum.

Mais uma prova inequívoca de que o Gripen E/F sozinho não faz diferença para nós. Mas explica o porque de a FAB estar hoje se arrumando para investir, ou pelo menos quer, pesadamente em sistemas C2, ISR, armas, guerra eletrônica e aeroespaciais nacionais.

Estamos chegando atrasados, como sempre, ao séc XXI. Mas ao menos estamos.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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