Guerras na Ásia

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Re: Guerras na Ásia

#31 Mensagem por FilipeREP » Qua Dez 04, 2019 4:40 pm

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M47 Patton dos fuzileiros navais americanos disparando o lança-chamas em apoio à infantaria durante a Batalha de Hue, 1968.




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O Batalhão Francês na Coréia

#32 Mensagem por FilipeREP » Qua Dez 04, 2019 5:13 pm

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O batalhão de infantaria francês (primeiro combate no início de janeiro de 1951) era composto por combatentes profissionais e comandado por um general muito condecorado, que fora seriamente ferido na Primeira Guerra Mundial e que aceitou ser rebaixado a tenente-coronel para assumir o comando da tropa na Coréia. Por motivo desconhecido [para salvaguardar sua família na França sob ocupação nazista enquanto comandanva a 13e DBLE pela França Livre], adotou o nom de guerre "Ralph Monclar" no lugar do seu nome verdadeiro - General de Corps d'Armée Magrin Vernerrey. Os franceses, como o General Ridgway e os turcos, acreditavam na eficiência da baioneta. (A própria palavra bayonette deriva da cidade francesa de Bayonne.) Eles também desenvolveram suas próprias e terríveis táticas de "aço frio": cavavam duas linhas paralelas de trincheiras e deixavam que os comunistas ocupassem a primeira delas; depois, antes que o inimigo consolidasse suas posições, os combatentes franceses saltavam inopinadamente da segunda e executavam um ataque de surpresa, espetando os chineses com suas pontiagudas baionetas. Se os chineses progrediam ao som de enervantes buzinas e clarins, os franceses, da mesma forma, assaltavam as posições inimigas acionando manualmente estridentes sirenes. Não foi surpresa que essa força, descrita por confusos observadores americanos como "argelinos meio loucos", recebessem três Menções Americanas Presidenciais para Unidade por seus atos de bravura na Cota 543, em Chipyong-ni e em Hongchon, e foi o General MacArthur em pessoa quem entregou as duas primeiras distinções. O feito mais notável, pelo qual, estranhamente, o batalhão não recebeu menção presidencial, foi a atuação na tomada da crista Heartbreak - mais uma vez, mediante carga de baioneta. Os franceses eram também peritos no emprego do apoio de blindados, em particular porque o oficial de ligação francês na unidade à qual o batalhão estava adido, o 23º Regimento de Infantaria americano, era especialista em carros de combate, e também porque o comandante da companhia de carros daquele regimento, por acaso, falava francês fluentemente! Não foi surpreendente que os franceses se considerassem quase parte integrante total do 23º, que muito se envaidecia em ter em sua organização aqueles ferozes combatentes, embora manifestassem algumas reservas quanto à atitude deles em relação à cadeia de comando.

As baixas francesas durante a guerra foram as proporcionalmente mais elevadas entre os contingentes do UNC, salvo os americanos e sul-coreanos: 262 mortos, 1.008 feridos, 9 desaparecidos em ação e 10 prisioneiros de guerra. Por outro lado, a situação dos prisioneiros de guerra franceses nos cativeiros comunistas tornou-se bem mais confortável do que a dos outros prisioneiros da ONU porque os chineses, inteligentemente, os designaram como cozinheiros dos campos! O "sistema de rodízio" francês sinalizou também a natureza daquela unidade. Os homens eram todos considerados profissionais. Por que deveriam eles sair da Coréia enquanto enquanto lá grassava uma guerra? Um soldado francês não deixava a Coréia a menos que ficasse hors de combat. Embora as comparações sejam, em geral, detestáveis, pode-se argumentar que os franceses proporcionaram a melhor unidade para o UNC na Coréia.

- Stanley Sandler, A Guerra da Coréia, Capítulo 9: A Primeira Guerra das Nações Unidas, pg. 216-217.

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Re: Guerras na Ásia

#33 Mensagem por FilipeREP » Qua Dez 04, 2019 5:21 pm

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O Tenente-Coronel Borreil entrega a Legião de Honra ao Tenente Claude Barrès por sua ação brilhante em Uggu-Dong (21 para 22 de janeiro de 1952), em Kapyong, 1º de maio de 1952.

O Tenente Barrès, veterano do SAS (Special Air Service). No seu peito está mais ou menos visível um brevê paraquedista britânico. Podemos ver suas asas do SAS costuradas no seu peito. Ele serviria na Indochina, Coréia e na Argélia - onde morreu. Parcialmente escondido e segurando as medalhas está o Sargento Misseri, veterano dos Comandos da África e da Meia-Brigada do SAS na Segunda Guerra Mundial.




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Re: Guerras na Ásia

#34 Mensagem por FilipeREP » Sex Dez 06, 2019 3:54 pm

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Mulheres budistas do secto Hoa Hao em treinamento com submetralhadoras Sten, Camboja, 1948.




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Foto na Europa, mas os soldados são asiáticos.

#35 Mensagem por FilipeREP » Sex Dez 06, 2019 3:55 pm

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Tirailleurs Indochinois em Monastir, Frente de Salônica, 1917.

Parte da exposição Indochine: des territoires et des hommes 1856-1956.

Para estes homens, foi a primeira vez que eles viram, tocaram e sentiram a neve e o clima frio. Eles até mesmo inventaram uma nova palavra em sua língua para floco de neve/gelo duro: Thuet. Palavra esta que se tornou um primeiro nome popular para meninas no Vietnã.




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Re: Guerras na Ásia

#36 Mensagem por FilipeREP » Sex Dez 06, 2019 3:57 pm

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O emissário especial japonês para a Indochina francesa, Hajime Matsumiya (direita), passa em revista uma guarda de honra vietnamita após sua chegada em Haiphong, 18 de novembro de 1940.

Matsumiya está acompanhado de autoridades francesas e do Cônsul Geral japonês em Hanói, Rokuro Suzuki.




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Legionários em Gallipoli, 1915

#37 Mensagem por FilipeREP » Sex Dez 06, 2019 4:01 pm

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Re: Guerras na Ásia

#38 Mensagem por FilipeREP » Sáb Dez 07, 2019 4:47 pm

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Chineses comunistas durante a Guerra Civil Chinesa, armados com o fuzil M1941 Johnson Rifle americano.

Esse fuzil aparece no filme chinês "Assembléia":

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http://www.imfdb.org/wiki/Assembly?fbcl ... nson_M1941




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Re: Guerras na Ásia

#39 Mensagem por FilipeREP » Sex Dez 13, 2019 1:41 pm

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Peronard, chefe de pelotão da 9ª Cia do 3º Batalhão do 5e REI, diante do ataque blindados dos tailandeses na Batalha de Phum-Preav, 16 de janeiro de 1941.

A Batalha de Phum-Preav, Guerra Franco-Tailandesa de 1940-1941, foi uma batalha de alta intensidade que ocorreu no oeste do Camboja e durou 8 horas, com os tailandeses realizando um assalto muito bem organizado com blindados modernos, incluindo tanques Vickers Mark E. Os legionários do 3º Batalhão do 5e REI pararam o avanço tailandês, destruindo três tanques, e impedindo a perseguição do grosso do exército francês; 33 legionários foram mortos (a maioria) ou feridos. Por suas ações, o batalhão foi mencionado na ordem do exército.

O Tenente Cros Peronard (ou De Gros Peronnard) era dinamarquês.




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Re: Guerras na Ásia

#40 Mensagem por FilipeREP » Seg Dez 30, 2019 7:03 pm

O filme Patrouille de choc (1957) foi o primeiro filme sobre a Guerra da Indochina, e foi escrito e dirigido por Claude Ogrel (sob o pseudônimo de Claude Bernard-Aubert).

Orgel foi correspondente de guerra na Indochina de 1949 a 1954. Filmado em 1956, o filme foi lançado em 1957. Originalmente chamado Patrouille sans espoir (Patrulha sem esperança), com um final completamente trágico, foi visto com maus olhos pela comissão de censura pelo tom pessimista do seu título. O final foi trocado, a guarnição não sendo aniquilada, e o título mudado para Patrulha de choque.


Com o corte original.

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Re: Guerras na Ásia

#41 Mensagem por FilipeREP » Qua Jan 01, 2020 12:38 am





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Re: Guerras na Ásia

#42 Mensagem por FilipeREP » Sáb Mar 14, 2020 7:05 pm

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Grupo de assalto chinês comunista atacando com lança-chamas a Cota 203, defendida pelos chineses nacionalistas, em 18 de janeiro de 1955, Batalha das Ilhas Yijiangshan.

A batalha foi um assalto anfíbio dos comunistas, com mais de 5 mil homens, que exterminou a guarnição nacionalista de pouco mais de mil homens.

Os comunistas sofreram 393 mortos e 1.024 feridos, a grande maioria no início imediato do desembarque anfíbio. A guarnição nacionalistas foi aniquilada, com 657 mortos, a maioria queimada viva pelos lança-chamas das unidades de assalto, e os remanescentes 519 feitos prisioneiros.

A batalha foi um microcosmos em duas pequenas ilhas, Yijang do sul e do norte, e com o bombardeiro por artilharia no arquipélago Danchen, à mais de 13km. Com a Guerra da Coréia terminada, e o Exército Popular da China tinha disponível amplos recursos incluindo jatos MiG e navios de guerra. Mais de 500 bombas e 50.000 granadas de artilharia naval e de campanha sobre as duas ilhotas. O assalto anfíbio contou com 182 aviões, incluindo bombardeiros, e artilharia de longa distância. Mais 5 mil soldados desembarcaram na praia, com a mobilização de 30 mil civis em funções de apoio. A batalha foi considerada como um exemplo da capacidade de guerra moderna da China comunista.

O efeito da vitória, em apenas um dia, foi desmoralizar os nacionalista em Taiwan, que não tinham uma marinha forte e não tinham condições de defender ilhas muito distantes (e consequentemente próximas do continente). A marinha nacionalista perdeu um destroyer, o Taiping. Nove dias depois, os nacionalistas abandonaram o arquipélago de Danchen, e três dias depois da evacuação, a China comunista os ocupou.




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