DESAER ATL-100

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: DESAER ATL-100

#61 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 12:37 am

Cassio escreveu: Sex Mai 22, 2020 11:13 pm Veremos
Para mim 2,5 ton e 3,0 ton (Que sejam 3,5) são muito próximos para serem categorias "distintas". Vão sim brigar pelo mesmo espaço.
Mas o tempo dirá, e muita coisa pode mudar.
Se a FAB quiser ferrar com o projeto da DESAER é simples. E ela sabe disso. É só divulgar os requisitos da aeronave com a Embraer com números bem próximos daquele avião e pronto, está morto antes mesmo de nascer.

Mas eu acredito que a FAB quer algo que possa ser maior e melhor que o Bandeirante, mas menor e tão capaz quanto o C-295, que tenha as qualidades do DHC-5 e a modernidade do KC-390.

O C-295 tem payload em torno de 9 toneladas. O Bufflalo era de 6 toneladas. O mesmo que o C-235. Então, este avião deve ser um hibrido entre o Buffalo e o C-235. Não tão grande quanto eles, mas capaz de levar 30 passageiros como o Brasília em missões do CAN e ao mesmo tempo pousar em uma pista de 1200 mts levando 4 ton de suprimentos para um PEF. Pelo que me lembro, são bem poucos os PEF que tem pistas maiores que 800 metros.

Trabalho bem complicado.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: DESAER ATL-100

#62 Mensagem por Cassio » Sáb Mai 23, 2020 1:53 pm

Até pode ser que o avião da Embraer seja maior (4ton de carga), mas mesmo assim a ideia é racionalizar vetores, então ele substituirá tanto o C-95 quanto o C-97.

Qual mesmo o comprimento e envergadura do ATL-100?




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Re: DESAER ATL-100

#63 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 5:08 pm

DIMENSION
Length: 16 m (52 ft 49 in)
Heigh: 6 m (19 ft 68 in)
Wingspan: 20 m (65 ft 61 in)

http://desaer.com.br/




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: DESAER ATL-100

#64 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 5:12 pm

Cassio escreveu: Sáb Mai 23, 2020 1:53 pm Até pode ser que o avião da Embraer seja maior (4ton de carga), mas mesmo assim a ideia é racionalizar vetores, então ele substituirá tanto o C-95 quanto o C-97.
Qual mesmo o comprimento e envergadura do ATL-100?
A ideia do avião que a FAB quer é para substituir C-95/97/98 por uma única aeronave.
Pode-se presumir que a priori o avião tenha, digamos, metade do payload do C-295. Ou seja, vai ficar ali pela casa das 4,5 ton no máximo. É o suficiente para abarcar todas os três aviões que pretende substituir.

abs




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Re: DESAER ATL-100

#65 Mensagem por Cassio » Sáb Mai 23, 2020 5:16 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Mai 23, 2020 5:08 pm DIMENSION
Length: 16 m (52 ft 49 in)
Heigh: 6 m (19 ft 68 in)
Wingspan: 20 m (65 ft 61 in)

http://desaer.com.br/
Interessante para comparar com as dimensões do avião em estudo pela EDS.




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Re: DESAER ATL-100

#66 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 5:54 pm

DESAER revela detalhes da versão militar do ATL-100
24 de agosto de 2019

https://www.aereo.jor.br/2019/08/24/des ... o-atl-100/

"A partir de 2022, a empresa planeja desenvolver a versão militar para funções como..."

1. transporte de tropas;
2. logística;
3. ajuda humanitária;
4. busca e salvamento;
5. patrulha marítima;
6. ligação e observação;
7. evacuação médica;
8. vigilância e segurança de fronteiras;
9. operações especiais.

Notar que todas essas versões podem ser dispostas tanto pelo Avex como pela aviação naval.

Nos posts abaixo apresento outros itens disposto no artigo.

abs




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Re: DESAER ATL-100

#67 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 6:08 pm

Os motores turboélice PT6A-65B da Pratt & Whitney Canada e Catalyst da GE Aviation estão sendo considerados para propulsar a aeronave.
Segundo o site da empresa informa, a potência dos motores ficará em torno de 1000 shp. E não é preciso dizer que o modelo da PWC é derivado do mesmo utilizado nos A-29 da FAB.

Imagem

PT6A-65B

https://www.pwc.ca/en/products-and-serv ... gines/pt6a

Já o modelo da GE, Catalyst está descrito abaixo. É um motor de projeto mais recente, mas que conta com o respaldo da gigante americana.

Imagem

https://www.geaviation.com/bga/engines/ge-catalyst

abs




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Re: DESAER ATL-100

#68 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mai 23, 2020 6:35 pm

A DESAER também está em negociações com a Collins Aerospace e AEL Sistemas sobre o fornecimento dos componentes de aviônicos e comunicações da aeronave.
Uma das coisas que se destacam no projeto do KC-390 é que a Embraer procurou se antecipar à problemas com eventuais embargos sobre a venda do avião para certos clientes distribuindo bem os itens que são militares e civis.
Assim, um das partes mais importantes, que é o cokpit está abalizado pelo sistema da Rockwell Collins, além de outros de suporte e controle de voo.
Desta forma, a DESAER também está procurando parcerias para apor ao seu avião sistemas aviônicos e comunicação que posam tornar o projeto ainda mais atrativo e seguro.

As soluções da gigante americana são diversas e podem se adaptar a quaisquer aviões, sendo modular e podendo atender diversos tipos de necessidades e complexidade de missão.

Imagem

https://www.collinsaerospace.com/what-w ... -Solutions

Já a AEL é uma conhecida de todos nós, sendo que seus sistemas equipam todos os helos H225M das forças armadas, além dos projetos modernizados do F-5/A-1 e C-95. Em tempo a empresa tem participação no projeto do Gripen através do WAD, o HUD e do capacete DASH. Não é preciso dizer que a expertise da empresa é vasta e devidamente provada.
O que talvez seja um ponto contra é que os israelenses não tem a mesma capilaridade no mercado mundial que a Collins Aerospace.
Por outro lado, uma aeronave que se propõe ser, também, um cargo lift light das forças armadas teria nos sistema e aviõnicos da empresa gaúcha um atrativo a mais.

https://lh3.googleusercontent.com/proxy/7B1g0vmCLGVT3nfvJp_xDUieHxHRJjq3Knq-jZecNvAr0FFf8wl_DFAZWBaoLZKyLYNFB1aCHaUgRoWued4LFALltZfhvPxelKcbLxDstFQFC5jKFne92UPmJ6WKNQ

http://www.ael.com.br/avionicos.html




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Re: DESAER ATL-100

#69 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 24, 2020 2:38 pm

Exemplos da capacidade da AEL oferecer soluções em aviônicos e sistemas de bordo.

H225M - Forças Armadas Brasileiras
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQZoggTJZI_Wv5QfD5Mz2vap2QFP_CO47w_HeYQ991Blr6blMW8&usqp=CAU

H125M - Exercito Brasileiro / Avex
https://1.bp.blogspot.com/-2DTC-4c0ABE/XZyYR-Oz4mI/AAAAAAABLb4/4wDuyBFF-_ECtOqiMpyvts9OgGoJvFanACLcBGAsYHQ/s640/Painel-HA-1-Fennec-modernizado.jpg

H365M - Exertico Brasileiro - Avex
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Avionicos_da_Aeronave_HM1_K_2_-_Avia%C3%A7%C3%A3o_do_Ex%C3%A9rcito_.png

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Re: DESAER ATL-100

#70 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 25, 2020 12:51 am

Cassio escreveu: Sáb Mai 23, 2020 5:16 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Mai 23, 2020 5:08 pm DIMENSION
Length: 16 m (52 ft 49 in)
Heigh: 6 m (19 ft 68 in)
Wingspan: 20 m (65 ft 61 in)

http://desaer.com.br/
Interessante para comparar com as dimensões do avião em estudo pela EDS.
Eu começaria olhando o EMB-120 Brasília.

abs




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Re: DESAER ATL-100

#71 Mensagem por jambockrs » Seg Mai 25, 2020 12:07 pm

FCarvalho escreveu: Qua Mai 20, 2020 9:32 pm Há de se supor que o EB no mínimo esteja acompanhando mais de perto este projeto já que o mesmo atenderia os requisitos para uma aeronave de asa fixa para a Avex na íntegra.
Por enquanto a aquisição dos Sherpa ainda está de pé, mas faz tempo que não se tem notícias dos mesmos. Logo, há de se verificar em que pé está este negócio, pois foi feito há tempos, e pelo menos já deveria haver um contrato assinado. E honestamente, não me lembro de nenhum contrato entre o EB e o US Army em favor destes aviões.
Procurei notícias sobre o mesmo na internet estes dias e tudo que existe são as mesmas matérias de dois anos atrás.
...
abs
Exército Brasileiro aprova compra de aviões C-23B Sherpa

Confirmação libera a Aviação do Exército a iniciar a escolha e formação de futuros pilotos

O Alto Comando do Exército Brasileiro (EB) aprovou nesta semana a aquisição de aeronaves de transporte Short C-23B Sherpa de estoques da Guarda Nacional dos EUA. Com a confirmação, a Aviação do Exército (AvEx) pode iniciar a escolha e formação dos futuros pilotos. As negociações para a compra dos aviões haviam sido iniciadas em 2017.

O programa vai exigir um investimento aproximado de US$ 18 milhões para recolocar as aeronaves em condições de voo. O EB vai adquirir oito unidades do C-23B, dos quais seis terão capacidade operacionais e as outras duas servirão como fonte de reposição de peças. A entrega do primeiro avião é prevista para o primeiro semestre de 2021.

Os Sherpa serão operados pelo 4º Batalhão de Aviação do Exército (4° BavEx), baseado em Manaus (AM). A chegada dos aviões também exigir a construção de um novo hangar na sede do 4° BavEx com capacidade para o manejo de cargas e embarque nos bimotores turbo-hélice.

O objetivo do EB é utilizar seus próprios aviões no transporte logístico na região Amazônica e assim obter independência da Força Aérea Brasileira (FAB), que hoje faz esse trabalho. Sem grandes recursos, a Exército optou por comprar aviões usados, fabricados há mais de três décadas, porém, tendo à frente cerca de 15 anos de vida útil.

As outras opções analisadas pelo país eram aviões novos como o Airbus C-212 (antigo CASA C-212), DHC-6 Twin Otter, Cessna Grand Caravan e o polonês PZL M-28. Já os Sherpa utilizados pelos americanos eram aviões de uso civil convertidos no final da década de 90 para a versão C-23B e que foram utilizados pela guarda nacional dos EUA até 2014, quando foram desmontados e estocados.

A ideia dos americanos, inclusive, era repassar 15 unidades, mas o Exército Brasileiro preferiu ter menos aeronaves a fim de preparar toda uma infraestrutura aérea antes de pensar na expansão da sua atuação. Ainda não se sabe se os aviões precisarão de algum tipo de modernização ou adaptação para suas funções no Brasil.

O interesse do Exército em voltar a ter seus próprios aviões é antigo e só não ocorreu antes porque a FAB detinha a exclusividade de operação de qualquer tipo de aeronave em ambiente terrestre até 1986. Foi quando o governo brasileiro decidiu permitir que o Exército pudesse operar helicópteros – a Marinha já havia obtido esse direito em 1965 e, mais tarde, em 1998, passou a ter seus aviões de asa fixa, o AF-1 Skyhawk, adquiridos para uso a bordo do porta-aviões São Paulo, hoje desativado.

Ex-Bombardier

O Sherpa é uma versão militar do avião de passageiros Short 360 criado pela fabricante Short Brothers da Irlanda do Norte em 1981. Foram produzidos pouco mais de 160 aeronaves até 1991 quando a fabricação foi encerrada. Ele pode transportar até 20 passageiros ou cerca de 4 toneladas de carga.

Embora tenha uma capacidade de transporte de passageiros semelhante a do Embraer Bandeirante, o avião irlandês tem uma configuração mais adequada ao transporte militar, com asas altas e uma porta de carga traseira de grande área. Sua fuselagem retangular e mais volumosa também favorece essa atuação cargueira. Em 1989, a Short Brothers foi adquirida pela canadense Bombardier e neste ano a unidade foi vendida ao grupo norte-americano Spirit Aerosystems.

Fonte: Thiago Vinholes para Airway via CECOMSAER 8 dez 2019




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
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Re: DESAER ATL-100

#72 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 25, 2020 4:31 pm

Pois é Jamborcks,

Eu li essa matéria, salvo engano. Mas me parece que mesmo com essa liberação ainda não temos um contrato assinado para a vinda efetiva das aeronaves. Não pelo menos até a data de hoje.
Com toda essa confusão de pandemia, e a enorme briga por verbas públicas que estamos vendo aí, se esta compra já não tiver previsto os recursos na LOA desse ano, então fica a dúvida sobre a sua concretude.
Eu entendo que o EB vai continuar querendo os Sherpa, dado que é uma alternativa provisória e mais barata para a retomada da asa fixa da Avex, mas com todas essas mudanças no cenário atual, há de se ver se realmente ainda existe interesse nisto.
Uma questão que precisa ser vista é que a economia tem de voltar a andar e crescer. Esse é o discurso oficial. Bem, uma das formas de fazer isso é o Estado investindo onde lhe cabe as obrigações legais. Investir em Defesa tem um retorno garantido. Ainda mais se tratando da arena aeroespacial.
Conforme citado pela empresa, o ATL-100 terá um preço de venda por volta dos US$ 5 milhões. Isto posto, e tendo em mente que o EB quer montar uma infraestrutura bem arquitetada para receber suas novas aeronaves, além de treinar e formar seus pilotos - o que demanda tempo e investimento - pode-se notar que o tempo do desenvolvimento do projeto do avião pode casar com a temporalidade dos investimentos necessários em infraestrutura e pessoal da Avex.
A versão militar, segundo a empresa, começa a ser projetada em 2022, e o avião deve estar plenamente certificado e operacional por volta de 2025. Estes cinco anos seriam o tempo adequado para a Avex se mobilizar.
E como disse, investir na asa fixa da Avex pode ser, também, uma forma de investir no crescimento da economia, uma vez que toda essa preparação de parte do EB vai repercutir direta e indiretamente nas economias locais das cidades e entorno onde a Avex tem seus batalhões.
Faço um adendo. O CMN precisa de um Bavex para chamar de seu em Belém. O 2o Bavex em Taubaté seria o candidato por natureza.
Se fizermos bem as contas, os recursos necessários para montar toda a infraestrutura da asa fixa na Avex para os seus quatro batalhões seria um grande chamariz para o investimento público, de norte a sul do país. E se precisar de um empurrãozinho, é só conversar com prefeitos e governadores, e seus asseclas no congresso nacional, que as coisas podem ser facilitadas.
O EB autorizou 6(8) para o 4o Bavex. Se este número for um referencial para cada OM dessas, podemos supor uma encomenda inicial de 24 aeronaves. Um investimento na casa dos US$ 120 milhões que podem ser feitos no curto prazo.
Além deste valor, a parte humana e material da Avex deve exigir menos que isso. Se acrescentarmos simuladores, um contrato de suporte e mais peças de reposição, etc, estamos falando de um investimento quiçá de pouco mais de US$ 200 milhões em cinco anos. Não vejo impossibilidades ou maiores óbices de ordem financeira e/ou orçamentária para alcançar tais valores em um plano de investimento dissipado ao longo deste quinquênio.
Agora, tem que se ver o que o EB anda pensando. E como mobilizar apoio para esta iniciativa, que oferece bem mais retorno, em todos os campos, do que simplesmente comprar refugo dos estoques americanos e ainda por cima colocar dinheiro nos bolsos deles e não no nosso.

abs




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Re: DESAER ATL-100

#73 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 31, 2020 1:46 pm

DESAER ATL-100 “Investimento do CEiiA traz fábrica de aeronáutica para Alentejo”
Por Roberto Caiafa -Maio 25, 2020

https://tecnodefesa.com.br/desaer-atl-1 ... 9D1FZ0GVTY

Se eu entendi corretamente, a aeronave poderá ser fabricada tanto lá como cá.

A ver.

abs




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Re: DESAER ATL-100

#74 Mensagem por Cassio » Dom Mai 31, 2020 5:06 pm

Pelo visto será projetado e produzido em Portugal. Nós ficaremos só olhando.

Acho que apenas se for um grande sucesso comercial é que se viabilizaria uma segunda linha de produção no Brasil.

Aí a tal segunda indústria nacional será apenas uma falácia.




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Re: DESAER ATL-100

#75 Mensagem por FCarvalho » Dom Mai 31, 2020 10:17 pm

Mercado para o avião lá fora com certeza existe, pois os portugueses não poriam seus minguados euros em um projeto sem futuro e sem capacidade de ser absorvido pelo menos pelo mercado interno.
Acredito que mesmo os militares portugueses teriam interesse nesse tipo de aeronave. E se eles vierem mesmo a fabricar o ATL-100 isso já é meio caminho andado para por um pé dentro da África.
E como de costume, se pegar lá fora, é mais do que suficiente para os militares aqui acharem que é bom e que serve para nós.
Vamos ver como esta parceria se desdobra.

abs




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