União Europeia

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Túlio
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Re: União Europeia

#31 Mensagem por Túlio » Sáb Mar 24, 2018 12:07 pm

cabeça de martelo escreveu:Não, ele quer é que a UE se exploda.
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Re: União Europeia

#32 Mensagem por tgcastilho » Seg Mar 26, 2018 8:25 am

Opinião | Europa, Espanha e Catalunha: hipocrisia desorganizada
Rui Tavares
5-7 minutos

Durante décadas, a posição oficial espanhola foi: podes ser independentista se quiseres, desde que sejas democrata. Era uma posição correta: o independentismo terrorista da ETA era criminoso — e era vergonhoso para a própria causa independentista basca. O independentismo catalão, porém, que sempre foi pacífico e civilista, apresentava um desafio mais complicado para Madrid. E agora a posição oficial espanhola parece ter mudado para a seguinte: podes ser qualquer tipo de democrata que quiseres, desde que não sejas independentista. Os catalães podem eleger independentistas, desde que o programa deles não seja independentista. Todas as vias para um independentismo democrático e até federalista foram sendo bloqueadas, até que o independentismo esticou a corda com um referendo. Madrid esticou a corda mais ainda, considerando o referendo não só ilegal mas a peça central de um crime de rebelião, que pode levar a penas de 30 anos de prisão. E após a suspensão da autonomia catalã e a realização de novas eleições, a corda foi esticada até ao limite: os catalães podem votar em quem quiserem, desde que os líderes que metade dos catalães preferem não possam governar.

Não creio que o lado catalão possa ficar mais isento de culpas. Não só a polarização da sociedade catalã, forçada principalmente pelos independentistas, impede a formação de governos como os que até há pouco tempo eram normais, juntando independentistas e unionistas, como o campo independentista se encontra igualmente refém das suas polarizações internas. Em vez de ser claro na suspensão da declaração de independência após o referendo, como era uma das estratégias iniciais para levar Madrid a dialogar, os independentistas foram forçados pelos seus extremistas a fazerem uma coisa que não foi, nem deixou de ser, uma declaração unilateral de independência. Meteram-se na pior das embrulhadas: foram suficientemente longe para que as suas lideranças fossem presas, mas não suficientemente claros para que os catalães percebessem qual era afinal a estratégia independentista.

Um estudioso das relações internacionais, Stephen D. Krasner, chamou ao sistema através do qual os Estados se reconhecem reciprocamente soberanos “hipocrisia organizada”. Neste caso, em que soberanistas espanhóis e soberanistas catalães convivem dentro do mesmo Estado sem se reconhecerem, poderíamos talvez utilizar o epíteto de “hipocrisia desorganizada”. Ao invés do diálogo que todos prometeram, o que temos agora é uma estratégia sem retorno de ambos os lados. Estratégia essa guiada pelo sistema judicial a partir de Madrid e pelos irredentistas das CUP (que, com quatro deputados que acreditam já viver numa república catalã, se recusaram a dar posse a um governo independentista por este admitir a realidade do Estado espanhol) do lado catalão.

Como nem Madrid nem Barcelona admitem a desonra de ceder para dialogar, vai acabar por acontecer algo que — sem o admitirem — dá jeito a ambos os lados: a europeização da questão. Do lado de Madrid, sabe-se que a União Europeia, por princípio e por pragmatismo, está sempre do lado dos Estados-membros em questões de integridade territorial. Do lado do independentismo catalão, espera-se que o cenário de Puigdemont detido na Alemanha à espera de ver cumprir-se um mandato de captura europeu chame a atenção para a existência daquilo a que muitos chamam “políticos presos” mas que a outros tantos parece ser quase indistinguível da existência de presos políticos. Ninguém conseguindo resolver o assunto, chuta-se o assunto para o alto e à escala continental — onde ninguém o conseguirá resolver.

Ao contrário de outras crises europeias, esta não era uma crise de que a Europa precisasse ou sequer merecesse. Não é da UE a culpa de que a Espanha tenha deixado arrastar a sua crise constitucional até limites insustentáveis. Mas a UE será sempre presa por ter cão, e presa por cão não ter, nesta questão. Se interferir demasiado, será acusada de não respeitar o seu Estado-membro, que é a Espanha. Se não interferir, será vista como colaborando na repressão aos políticos catalães, que são cidadãos europeus. Quem se fica a rir é Orbán na Hungria e Kaczinski na Polónia: com políticos-presos-políticos em Espanha, fica mais difícil prestar atenção aos seus juízes politizados e às outras derivas autoritárias de Budapeste e Varsóvia.

E assim lá irá a UE exposta à sua própria versão de hipocrisia inter-estatal cada vez menos organizada. Claro que haverá apelos a que as partes dialoguem, e que esses apelos cairão em ouvidos moucos. Talvez venha a haver novas eleições; mas se os catalães voltarem a votar independentista, tudo se repetirá. Só uma coisa é certa: se o caso espanhol se europeizar, vai ser inevitável que a Europa — querendo ou não — se espanholize.




"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: União Europeia

#33 Mensagem por P44 » Seg Mar 26, 2018 4:38 pm

Túlio escreveu:
cabeça de martelo escreveu:Não, ele quer é que a UE se exploda.
Ah bão, então tá no normal dele... :lol: :lol: :lol: :lol:

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Re: União Europeia

#34 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mar 27, 2018 6:32 am

Nenhuma decisão concreta na cimeira UE-Turquia






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Re: União Europeia

#35 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 28, 2018 7:48 am

Antonio Costa apresenta projecto-piloto para financiar reformas da UE

A iniciativa é do primeiro-ministro português e de Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia.

O primeiro-ministro português e o presidente da Comissão apresentam esta quinta-feira em Bruxelas um “projecto-piloto” destinado a tipificar os “contratos” que António Costa defende para financiar as reformas necessárias às economias mais frágeis da zona euro.

Estes contratos, segundo o primeiro-ministro, seriam financiados por um orçamento da zona euro - ideia que também defende. Seriam devidamente calendarizados e verificáveis por Bruxelas, superando a falta de investimento que Portugal e outros países têm, de forma a melhor a competitividade das respectivas economias.

A ideia vai de encontro às preocupações de Berlim, mostrando que estas verbas podem ser aplicadas com eficácia e monitorizadas pela Comissão. O objectivo é sempre o mesmo: contribuir para a convergência económica dos países da zona euro.

Esta ideia tem uma história. Na comunicação que fez em Dezembro passado, a Comissão propunha este método de financiar as reformas através de uma experiência concreta, de forma a demonstrar a sua mais-valia e, depois, ser generalizado no próximo orçamento plurianual para o pós-2020. Apenas o Governo português se mostrou receptivo.

Portugal apresentou um projecto centrado nas qualificações, com três eixos: aprendizagem; educação de adultos e formação de desempregados de longa duração; e competências digitais, com um valor total de 240 milhões de euros, a suportar em partes iguais. Terá metas e um calendário.

Teve de vencer várias dificuldades, entre as quais a rubrica do orçamento europeu onde Juncker pudesse ir buscar dinheiro. Foi, finalmente, possível chegar a um acordo político, para que ambos, Costa e Juncker, apresentassem a ideia esta quinta-feira, em paralelo com o Conselho Europeu que está reunido em Bruxelas.

O debate sobre a reforma da zona euro, que estava agendado para uma cimeira paralela dos 19 países que integram a união monetária, não vai tirar conclusões nem aprovar calendários. Devia ter sido para debater uma iniciativa conjunta Paris-Berlim sobre esta reforma, que Portugal considera fundamental.

O atraso da formação do Governo alemão levou Merkel a pedir um adiamento. O objectivo do primeiro-ministro é dar provas de que um orçamento da zona euro que incluísse o financiamento de reformas, para além de acudir aos países que sofram choques assimétricos no futuro.

O modelo dos contratos serve sobretudo para demonstrar a Berlim que o dinheiro será bem aplicado e ajudará à convergência económica, a melhor forma de garantir a sustentabilidade do euro. A ideia parece merecer alguma atenção da chanceler. Este projecto-piloto será um teste.

https://www.publico.pt/2018/03/22/mundo ... ue-1807653




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Re: União Europeia

#36 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 28, 2018 7:49 am

Reforma do euro: Norte e Sul divididos, Alemanha ainda sem decisão

Reforma do euro não terá avanços decisivos na cimeira que agora se inicia. Nos últimos meses, as diversas capitais aproveitaram para delinear as suas linhas vermelhas.

Já passaram três dos seis meses definidos em Dezembro pelos líderes europeus para aprovar uma reforma da zona euro, mas para já apenas uma coisa é certa: da cimeira reservada aos países do euro que se irá realizar sexta-feira nenhuma decisão relevante irá ser tomada sobre esta matéria.

Durante este período de três meses, que coincidiu quase inteiramente com o mandato de Mário Centeno como presidente do Eurogrupo, aquilo a que se assistiu não foi, como alguns teriam esperança, a uma convergência de posições entre os diversos governos em questões como a criação de uma capacidade orçamental para a zona euro ou a conclusão da união bancária, mas antes a uma clarificação por diversas capitais sobre qual é o seu lado da barricada nestas discussões. E chegar a um entendimento, nesta fase, parece ainda uma tarefa muito difícil.

A proposta muito ambiciosa do Presidente francês Emanuel Macron – que defende a conclusão da união bancária com mais partilha de riscos, a existência de um ministro das Finanças da zona euro e a criação de uma capacidade orçamental para resposta a situações de crise – marcou o lançamento do debate. A determinado momento, com o acordo de coligação governamental na Alemanha a abrir a porta a algumas destas ideias, criou-se a expectativa que Paris e Berlim iriam conseguir chegar a um entendimento, que acabaria por ser aceite pelos outros países. Mas agora, não há tanto optimismo.

Se a Sul, em países como Portugal, a proposta francesa é vista com bons olhos (tentando-se ainda que o orçamento da zona euro sirva também para apoiar a convergência dos países mais pobres), a Norte assistiu-se a uma união de forças entre aqueles para quem qualquer passo em frente na partilha de riscos só pode ser dado depois de cada um dos países ter resolvido por si os problemas que têm na economia e no sistema bancário.

Holanda, Estónia, Finlândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Dinamarca e Suécia emitiram um comunicado conjunto em que defenderam que, em vez de orçamentos conjuntos, aquilo que a zona euro precisa para ser mais forte é de “acções decisivas a nível nacional e um cumprimento total com as regras comuns”. E em relação à união bancária, embora mostrando-se favoráveis à sua finalização, salientaram que tal apenas pode acontecer se entretanto os países com sistemas financeiros mais frágeis (como a Itália e Portugal) tiverem reduzido os seus riscos.

Estas são preocupações expressas muitas vezes na Alemanha. E, entre os apoiantes das propostas de Macron, teme-se que a incerteza política que se vive actualmente em Itália, faça com que Berlim seja ainda mais prudente nestas matérias, alinhando com os seus parceiros do Norte.

Maria João Rodrigues, deputada do parlamento europeu que já assistiu e participou em diversas negociações europeias reconhece que “o risco de estarmos perante outra oportunidade perdida para renovar a zona euro existe”, traçando um paralelo com a situação vivida em 2014, em que, com a crise do euro muito fresca mas umas eleições europeias à porta, os líderes europeus optaram por não avançar para mudanças significativas na zona euro.

Ainda assim, a deputada dá alguns motivos para se estar agora mais optimista em relação à possibilidade de se avançar para uma reforma: “Um Presidente francês mais ofensivo, Angela Merkel numa coligação em que o acordo sobre as questões europeias vai mais longe, a realização de uma cimeira do euro em formato mais restrito e um presidente do eurogrupo que percebe melhor a necessidade de uma reforma da zona euro”.

“A questão fulcral é saber se a Alemanha vai ficar enredada nesse clube mais nórdico como nos últimos anos ou se vai decidir juntar-se mais a Paris”, afirma a deputada.

Na agenda definida pelo presidente do conselho, Donald Tusk, para esta cimeira, assinala-se que, ao nível da reforma do euro, a prioridade deve ser dada à finalização da união bancária e às mudanças no Mecanismo de Estabilidade Europeu, mas pede-se que se debatam também a criação de uma capacidade orçamental na zona euro e a forma de melhorar as políticas económicas definidas pelos países. Não haverá conclusões escritas sobre estas matérias. É verdade que, nunca foi objectivo declarado desta cimeira chegar a um acordo, mas a três meses da cimeira de Junho, que foi declarada como decisiva, o tempo para um entendimento pode começar a escassear.

https://www.publico.pt/2018/03/22/mundo ... ao-1807571




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Re: União Europeia

#37 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 04, 2018 11:57 am





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Re: União Europeia

#38 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 05, 2018 10:22 am



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Re: União Europeia

#39 Mensagem por P44 » Ter Mai 08, 2018 3:36 pm

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Re: União Europeia

#40 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mai 09, 2018 7:06 am

[Centralizar]Diplomacia europeia tenta salvar o acordo sobre o nuclear iraniano[/Centralizar]






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Re: União Europeia

#41 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mai 11, 2018 8:32 am

Europeus poderão pagar alto preço por defender acordo com Irão

Poderiam os líderes europeus terem feito mais para evitar decisão dos EUA de abandonar o acordo nuclear com o Irão?
"A questão vital é saber quão agressivos serão os EUA na implementação das sanções"
Cornelius Adebahr
Analista político, Carnegie Europe


À euronews o investigador Cornelius Adebahr, do centro de estudos Carnegie Europe, respondeu que "não é que eles não tenham feito o suficiente. O presidente dos EUA parece ter tomado a decisão com grande convicção, baseada na sua análise, nos seus pontos de vista, sem quase levar em conta os esforços tentados pelos europeus".

Os signatários europeus são a França, a Alemanha e o Reino Unido, aliados próximos dos EUA. Será vão arriscar danificar a relação transatlântica?

"A questão vital é saber quão agressivos serão os EUA na implementação das sanções, que não vão ser implementadas já amanhã. Vai ser preciso semanas ou meses para que o quadro completo de sanções volte a estar em vigor. Isso fornece uma janela de oportunidade para os europeus dialogarem com os norte-americanos sobre até que ponto será possível manter o envolvimento europeu no acordo", explicou o analista político.

O Irão disse querer manter-se no acordo se tiver o apoio dos outros signatários que, além dos europeus, são a Rússia e a China. Mas será que há condições internas para manter essa decisão?

"A pressão interna vai aumentar no Irão. O presidente Rouhani está, de certa forma, de mãos atadas a este acordo, que defendeu durante a sua campanha de reeleição. Se o acordo for decretado como nulo, o presidente tem pouco para mostrar e seus opositores da linha dura, que vão dizer-lhe que sempre desconfiaram dos norte-americanos e que agora está provado que tinham razão", concluiu Cornelius Adebahr.

http://pt.euronews.com/2018/05/09/europ ... o-com-irao




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Re: União Europeia

#42 Mensagem por Bourne » Sáb Mai 12, 2018 11:48 am

Por que a Alemanha, grande potência europeia, tem Exército com equipamentos obsoletos e insuficientes

Quando, em 2014, um grupo de militares alemães se apresentou para um exercício militar conjunto da Otan (aliança militar ocidental), na Noruega, armados somente com pedaços de madeira, os exércitos dos outros países ficaram espantados.

Os soldados da Bundeswehr, como é conhecido o Exército alemão, se juntavam naquela ocasião aos demais militares da Força de Reação Rápida da Otan, criada para responder à intervenção russa nos conflitos que levaram à independência da Crimeia da Ucrânia.

Como a Alemanha não contava com fuzis suficientes para todo o seu efetivo, os tacos de madeira pintados de preto foram a solução.

A Alemanha é a quarta maior economia do mundo e é reconhecido como o país mais poderoso e influente da União Europeia. No entanto…

"Suas capacidades militares de modo algum são equiparáveis ao seu peso econômico ou diplomático", destaca Jonathan Marcus, analista da BBC especializado em segurança e defesa.

"O Exército alemão foi aniquilado nos últimos anos e grande parte de seus equipamentos estão obsoletos ou mal conservados", diz.

Em várias oportunidades, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se queixou de que os membros europeus da Otan não têm investido o suficiente em defesa. Embora os Estados-membros tenham se comprometido em 2014 a investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, a Alemanha só mobilizou 1,2% para este setor, muito abaixo do destinado por outras grandes potências da Europa Ocidental, como Reino Unido (2,14%) e França (1,79%).

Ante a pujança da economia alemã, diz Marcus, críticos alegam que o país "não está gastando o suficiente em defesa e que sua contribuição não é proporcional a suas possibilidades".

Berlim contesta dizendo que investimento em cooperação internacional é mais eficaz para prevenir conflitos do que o dinheiro gasto em programas de armamento.

Se por um lado Trump quer que a Alemanha e outros países europeus aumentem seu gasto militar, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, já manifestou "preocupação" pela redução do aporte de recursos dos Estados Unidos a organismos internacionais, como as Nações Unidas.

Fiel à tradição de não aderir a ações militares que não contem com o respaldo da ONU, a Alemanha não participou da recente ofensiva conjunta de Estados Unidos, França e Reino Unido na Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas por parte das tropas leais ao presidente Bashar al-Assad.

Dependência
Jufy Dempsey, editora do centro de análise Strategic Europe, explicou à BBC que a segurança da Alemanha "depende fortemente dos Estados Unidos, da França e da Otan".

Em maio de 2017, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, afirmou que "os tempos em que poderíamos depender totalmente dos outros estão acabando". Mas nada indica que a capacidade técnica e armamentista da Bundeswehr tenha melhorado nos últimos anos.

Karl-Heinz Kamp, presidente da Academia Federal para Política e Segurança - um organismo governamental que se dedica à capacitação de agentes públicos da Alemanha - afirma que investimentos estão sendo feitos, embora tenham passado despercebidos.

"Nos últimos anos, temos incrementado o orçamento da Defesa, mas isso não foi notado porque o PIB está crescendo ainda mais rapidamente. Por isso, temos nos afastado do famoso objetivo de 2% da Otan, em vez de nos aproximarmos", diz à BBC. Segundo Kamp, o gasto com a Defesa cresceu em termos absolutos, mas o PIB aumentou ainda mais, afastando o país da meta.

"O governo planeja investir muito mais em defesa, chegando a um percentual de 1,5% do PIB em 2021."

A meta de 2% ficaria para 2024, segundo Kamp. Mas ele admite que a situação das Forças Armadas alemãs ainda é precária. "Estão corretas todas as notícias sobre submarinos que não navegam e tanques que não disparam."

De acordo com um informe de fevereiro baseado em entrevistas com os próprios militares, os seis submarinos 212A da Marinha alemã estão fora de serviço. Essa é também a situação de 244 carros de combate.

A frota de aviões de transporte A400M sofre com manutenção deficiente, e a escassez de aeronaves atrasa, com frequência, o traslado das tropas.

Mas os problemas não afetam apenas os armamentos mais sofisticados. Faltam bens de uso cotidiano das tropas, como roupa de proteção, óculos de visão noturna e peças de reposição para automóveis.

O representante das Forças Armadas no Parlamento alemão, Hans-Peter Bartels, atribui esses problemas aos "25 anos de cortes no orçamento" da Defesa. Já Kamp afirma que o fim da Guerra Fria e a sensação de que um conflito seria improvável levaram, a partir de 1990, a que quase todos os países europeus se "descuidassem" de suas Forças Armadas.

"Conduzimos o carro sem manutenção, óleo, nem reposições, e agora está acontecendo o que acontece com todos os carros velhos", resume.

Dempsey, por sua vez, aponta que o problema não é só de dinheiro, mas também de gestão. "Há uma grave falta de planejamento", critica.

"Comparado com outros exércitos, grande parte dos recursos vai para custeio de pessoal em vez de para a renovação e treinamento das equipes."

A ministra Von der Leyen prometeu, em fevereiro, que o novo governo de coalizão manteria o aumento no orçamento da Bundeswehr. Ela advertiu, porém, que serão necessários anos para corrigir as deficiências.

Receio de militarização
O baixo investimento no Exército alemão tem razão de ser. Jonathan Marcus acredita que a situação atual "reflita o legado da Segunda Guerra Mundial e dos anos de nazismo, assim como um forte consenso na política interna de receio ao militarismo".

Dempsey afirma que, em um país ainda marcado pela dolorosa lembrança de Adolf Hitler e do Terceiro Reich, "não agrada à classe política falar sobre Forças Armadas".

Segundo a especialista, após a queda do Muro de Berlim, em 1989, e a unificação alemã, houve uma grande replanejamento militar.

"Basicamente se reduziu o tamanho (das Forças Armadas), quando foram suprimidos o Exército da República Democrática Alemã, o Estado oriental aliado com a União Soviética e o bloco comunista dos anos da Guerra Fria."

A reduzida Bundeswehr se envolveu em poucas atividades até os ataques de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas de Nova York (EUA). Após esse episódio, as forças alemãs passaram a ser empregadas sob a bandeira da Otan em missões de manutenção da paz e de estabilização que incluíram combates em lugares como Afeganistão e Kosovo.

Algumas das missões foram alvo de polêmica. Em setembro de 2009, dezenas de civis morreram em Kunduz, no Afeganistão, após o lançamento de bombas de caça F-15 norte-americano sob instruções de um oficial de inteligência alemão que havia alertado sobre a presença de guerrilheiros talebãs naquela área.

O incidente gerou protestos do governo afegão e culminou com a demissão do então ministro da Defesa alemão, Franz Josef Jung.

O desafio russo
Como outros países da Europa, a Alemanha passou, nos últimos anos, a ver a Rússia de Vladimir Putin como uma potencial ameaça.

A Conferência de Segurança de Munique, em 2014, marcou uma mudança de tom. Passou a prevalecer a retórica de que a Alemanha precisa ter um poderio militar compatível com sua importância e seu peso político e econômico no cenário internacional.

Depois disso, Berlim impulsionou a assinatura, pela União Europeia, da Cooperação Estruturada Permanente em Defesa. Os Estados Unidos encaram essa proposta com receio, já que o acordo é visto como o embrião de um exército comum no velho continente que poderia, eventualmente, entrar em contradição com a Otan.

Mas muitos dizem que os esforços alemães em aparelhar suas Forças Armadas têm sido mais lentos que o esperado. Dampsey argumenta que o poder bélico de "dissuasão da Alemanha ainda é fraco". Para ela, a maior garantia do país europeu a uma eventual invasão russa continua a ser o artigo 5 do Tradado da Aliança Atlântica, que diz que todos os países-membros devem responder solidariamente a um eventual ataque contra qualquer um deles.

Venda de armas
A escassez de equipamentos da Bundeswehr contrasta com o dinamismo da indústria armamentista do país, que foi o quarto maior exportador mundial de armas em 2017, segundo dados do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo.

Empresas como a Hekler & Koch, cujo fuzil G36 é um dos mais usados por Forças Armadas de diferentes países, figuram na lista dos maiores fabricantes mundiais.

Após anos de críticas e protestos de ativistas, a Hekler & Koch anunciou em 2017 que deixaria de vender seus produtos em países em conflito e que pratiquem violações sistemáticas dos direitos humanos.

http://www.bbc.com/portuguese/internaci ... w_facebook




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Re: União Europeia

#43 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mai 12, 2018 12:14 pm

Anos e anos de total desprezo pelas Forças Armadas, levou as mesmas a recorrer ao uso de todas as peças em stock e à canibalização de meios, o resultado final são unidades inteiras cheias de material inop. Este problema é transversal a todas as Forças Armadas e não a apenas um Ramo.

Já agora, a HK depois dos problemas que houve com as G-36, vai agora "comer" mais um contracto com a venda das HK433 para substitui-las.




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Re: União Europeia

#44 Mensagem por P44 » Ter Mai 29, 2018 12:11 pm

Para quem tinha dúvidas sobre quem na verdade governa:

Respostas Rápidas: porque é que a turbulência em Itália está a abalar os mercados?


Shrikesh Laxmidas
15:18

O impasse político em Itália prolonga-se e fez soar os alarmes nos mercados. A 'yield' da dívida soberana do país dispara e contagia as pares da periferia da zona euro, incluindo a portuguesa. As bolsas tombam e em Lisboa o BCP é o ativo mais pressionado.

O que está na base da crise política em Itália?

As eleições de 3 março não ofereceram um resultado conclusivo e, após quase três meses de impasse, na semana passada o presidente Sergio Mattarella indigitou Giuseppe Conte, um advogado sem experiência política para formar um Governo de coligação do Movimento Cinco Estrelas e a Liga, um partido de extrema-direita.

O problema é que para cargo de ministro da Economia, Conte apresentou Paolo Savona, um economista que é contra o euro e a União Europeia, o que levou a algum nervosismo nos mercados na semana passada. Este fim de semana, no entanto, Mattarella rejeitou a nomeação de Savono e a tentativa de formação de governo caiu por terra.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... dos-313722

resumindo: a VONTADE POPULAR que se exploda

Faz lembrar os referendos na Irlanda, node foram feitos tantos referendos quanto os necessários para que ganhasse o resultado que interessava a Bruxelas.

FUCK THE EU!!!! :evil:




Triste sina ter nascido português 👎
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cabeça de martelo
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Re: União Europeia

#45 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mai 29, 2018 1:03 pm

É sempre assim... o que é que a Esquerda fez em Portugal na questão do aborto e na questão do casamento gay? Fizeram referendos até conseguirem ganhar.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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