Fórum Defesa Brasil

Li recentemente artigo na S&D sobre esse tipo de navio.

Não nego a utilidade dos mesmos no apoio ao desdobramento de forças navais à longas distancias, principalmente em operações de paz e anfíbias, mas fiquei com várias dúvidas sobre o uso deles em outras situações:

- são navios lentos para acompanhar uma Força-Tarefa em funções de controle marítimo, além de demandar escolta.

- deslocá-los até pontos de reabastecimento os torna bastante vulneráveis a ataques de todo tipo mas principalmente de submarinos e avioes de patrulha com MANs

Para uma marinha de porte médio (usando a terminologia do próprio artigo) como a MB, o uso me pareceu um tanto limitado pois cada navio desses acaba virando um alvo em potencial a ser protegido. Mal usado, ao invés de multiplicar, ele reduz a capacidade combativa.

Sem dúvida, acho que um navio desse teria utilidade para MB e um substituto mais versátil (multiproduto) e moderno para o nosso navio-tanque Gastao Motta seria bem-vindo, mas não vejo razão para um numero maior de unidades.

O artigo também comenta sobre navios multifuncionais como o holandes Karel Doorman mas acho dificil comparar com o navio de apoio logistico dedicado pois eles executam tantas outras missões que a função de apoio se torna secundária.

Olá pmicchi, vamos aos poucos.

Em primeiro lugar é preciso compreender o conceito atual de Navio de Apoio Logístico.

Resumidamente, são navios que realizam a função do tipo três em um, ou seja, são navios capazes de realizar reabastecimento de combustíveis e ao mesmo tempo de suprimentos e oficina.

Existem neste sentido vários projetos que buscam atender as demandas de cada marinha. No nosso caso o antigo PEAMB previa um navio com aquelas características afim de substituir os atuais navios tanque.

A priori, são navios que podem desenvolver entre 12 a 20 nós via de regra geral, e não precisam necessariamente navegar a altas velocidades, já que para efeito de FT's em combate, eles atuam naturalmente na "retaguarda". destas.

Quando eles são necessários, tanto podem ir até os navios que apoiam, como, mais normalmente acontece, os navios é que vão até eles. Sua exposição não é maior e nem mais perigosa que os demais da esquadra. Assim como um Nae, ele também precisa de escolta tendo em vista a sua proteção e a importância que tem para a esquadra de qualquer marinha. É um algo privilegiado. Neste caso, fragatas e até corvetas podem fazer o trabalho. Mas até aí nada de diferente do que já se vem fazendo há muito nos mares. A diferença agora é que a FT ao ao invés de ter de proteger 3, 4 ou 5, ou mais até, navios de apoio, tem apenas 2 ou 3 undes fazendo o mesmo trabalho, o que obviamente demanda um menor número de escoltas.

O Karel Doorman hoje é o projeto que melhor traduz o conceito moderno para navio de apoio logístico, pois ele não apenas é capaz de servir como navio tanque e de suprimentos, como também pode servir -
quiçá ao mesmo tempo - como um navio com capacidades múltiplas, desde apoio a operações anfíbias até as de apoio humanitário, passando pelo C2 de FT1s e tudo isso em um só casco.

O PEAMB previa a aquisição de 5 destes tipo de navio. O projeto holandês, na verdade se encaixaria como uma luva para as nossas necessidades, tendo em vista que substituiria com vantagem significativa vários tipos aqui de uma só vez. Isso claro, considerando que naquela época se pensava em 2 Nae's, 4 NPM e 5 navios de transporte.

Mas isso já é outra história...

abs.

Com a vinda do Ocean para a MB, esta deve se centrar também em obter navios capazes de acompanhar FT's baseadas nele e da esquadra.

Como o nosso mar nunca esteve para peixe, uma alternativa mais viável é class Fort Victória que no curto prazo deve estar sendo substituída por navios novos.

Apesar de existir apenas um navio, com o segundo sendo mandado a reserva e desmontado, temos uma boa oportunidade em adquirir um navio com relativa pouca idade e ainda muitos anos de serviço pela frente, mantendo-se sua manutenção em dia, junto a possíveis atualizações.



https://en.wikipedia.org/wiki/Fort_Vict ... ment_oiler

https://en.wikipedia.org/wiki/RFA_Fort_Victoria_(A387)

Ademais, das 6 undes projetadas, apenas duas foram de fato construídas. Aqui abre-se outra oportunidade para um negócio mais adiante, no sentido de uma possível construção sob licença deste projeto por aqui, já que o mesmo pode ser considerado bem recente comparado ao que temos aqui. Uma atualização do projeto poderia ser algo a se pensar.

abs

FCarvalho escreveu:Com a vinda do Ocean para a MB, esta deve se centrar também em obter navios capazes de acompanhar FT's baseadas nele e da esquadra.

Como o nosso mar nunca esteve para peixe, uma alternativa mais viável é class Fort Victória que no curto prazo deve estar sendo substituída por navios novos.

Apesar de existir apenas um navio, com o segundo sendo mandado a reserva e desmontado, temos uma boa oportunidade em adquirir um navio com relativa pouca idade e ainda muitos anos de serviço pela frente, mantendo-se sua manutenção em dia, junto a possíveis atualizações.



https://en.wikipedia.org/wiki/Fort_Vict ... ment_oiler

https://en.wikipedia.org/wiki/RFA_Fort_Victoria_(A387)

Ademais, das 6 undes projetadas, apenas duas foram de fato construídas. Aqui abre-se outra oportunidade para um negócio mais adiante, no sentido de uma possível construção sob licença deste projeto por aqui, já que o mesmo pode ser considerado bem recente comparado ao que temos aqui. Uma atualização do projeto poderia ser algo a se pensar.

abs

Estou na torcida para a MB não perder esta oportunidade. Este navio junto com o Gastão Motta resolveria por muitos anos as necessidades da Esquadra para realizar operações de longa duração em nosso TOM.

Sds


Lord Nauta

Lord Nauta escreveu:Estou na torcida para a MB não perder esta oportunidade. Este navio junto com o Gastão Motta resolveria por muitos anos as necessidades da Esquadra para realizar operações de longa duração em nosso TOM.
Sds
Lord Nauta

Lord, além deste navio, ainda temos a classe Supply americana, que hoje conta apenas com 2 navios em operação, e outros 2 na reserva, e que eventualmente poderia ser objeto de negociação.



https://en.wikipedia.org/wiki/Supply-cl ... pport_ship

São navios mais capazes que o Fort Victória mas que também seriam uma excelente aquisição.

abs.

Em tempo, ainda falando de navios usados, existe ainda a class Durance francesa, dos quais ainda existem 3 em uso.
Não conheço o estado destes navios, mas eles estão próximos de também serem retirados da frota no curto/médio prazo, substituídos que serão pelos novos AOR da DCNS.



https://en.wikipedia.org/wiki/Durance-class_tanker

A marinha argentina já opera uma unidade desta mesma classe. Seria interessante verificar a disponibilidade deles, e obviamente qual seu estado.

Se o negócio for bom, podemos dispor aqui de uma capacidade realmente de outro nível em termos de AS.

abs.

FCarvalho escreveu:

Lord Nauta escreveu:Estou na torcida para a MB não perder esta oportunidade. Este navio junto com o Gastão Motta resolveria por muitos anos as necessidades da Esquadra para realizar operações de longa duração em nosso TOM.
Sds
Lord Nauta

Lord, além deste navio, ainda temos a classe Supply americana, que hoje conta apenas com 2 navios em operação, e outros 2 na reserva, e que eventualmente poderia ser objeto de negociação.



https://en.wikipedia.org/wiki/Supply-cl ... pport_ship

São navios mais capazes que o Fort Victória mas que também seriam uma excelente aquisição.

abs.

Isso ai já é demais pra gente. São feitos pra alimentar uma task force americana completa com tudo que se tem direito. Quase 50.000 ton carregados e 30 nós de velocidade.


P.S.: "The four ships of the Supply class were commissioned in the 1990s as Navy-manned and operated fleet units, but were transferred to the Military Sealift Command (MSC) in the 2000s. Even with civilian mariners, their crews number around 160 sailors, and each ship costs about $75 million per year to operate."

http://csbaonline.org/about/news/big-su ... ve-for-now

Melhor ainda. Apenas 2 são mais que suficientes para nos.

abs.

O meu maior sonho de consumo para um navio de apoio logístico.

Mas custando mais de de 300 milhões de Euros, vai continuar sendo não mais que um mero sonho.

JSS Karel Doorman


abs.

A marinha chinesa também tem os seus.

Type 903


http://www.naval.com.br/blog/2016/02/29 ... -type-903/

Mais uma oportunidade para se adquirir navios mais em conta de acordo com a nossa falta de capacidade orçamentária.

abs.

Um texto interessante sobre os projetos e capacidades na área de apoio logístico naval.



https://dinamicaglobal.wordpress.com/20 ... -tipo-055/

abs

Taiwan inicia provas de mar do seu novo navio de apoio logístico
23 de novembro de 2014



http://www.naval.com.br/blog/2014/11/23 ... logistico/

abs.

Projeto Sul Coreano.

Hyundai lança o ‘Soyang’, primeiro navio de apoio AOE-II para a Coreia do Sul
1 de dezembro de 2016



http://www.naval.com.br/blog/wp-content ... shi_01.jpg

abs

Notícia antiga, mas ainda assim atual. Até hoje ninguém sabe no que deu.

Brasil juntou-se como observador no programa do Navio de Apoio Logístico (LSS) da Itália
12 de outubro de 2016



http://www.naval.com.br/blog/2016/10/12 ... da-italia/

abs

Desculpem a ignorância, mas o que faz um navio de apoio logístico? E atualmente quais navios possuímos que realiza essa missão?