Caças na América do Sul - Atual e Futuro

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#1 Mensagem por Luís Henrique » Qua Out 11, 2017 11:42 am

Bom dia.

Criei o tópico porque com as últimas notícias, creio que seria interessante um debate sobre as forças aéreas sul-americanas.
Tanto no momento ATUAL, como no FUTURO PRÓXIMO.

Estou com pouco tempo agora, mas vou iniciar com o seguinte:

Foi noticiado esses dias que a Colômbia adquiriu radares israelenses do tipo AESA e mísseis I-Derby ER com alcance MUITO superior ao nosso Derby.

Portanto, como fica o poder militar das seguintes duplas, presentes em nossa região e como fica a FAB, nossa força aérea, em relação aos vizinhos??

Brasil = F-5 M + Derby

Chile = F-16 C/MLU + AIM-120C

Peru = MiG-29 SMP + R-77

Venezuela = Su-30MKV + R-77 e R-27

Colômbia = Kfir C10 Mod com AESA + I-Derby ER


Gostaria em um primeiro momento, saber a opinião dos Srs. sem considerar aeronaves AEW ou capacidade de aeronaves REVO.
Apenas analisando as capacidades dos caças, tanto as de Desempenho de vôo, como da eletrônica embarcada e de seus principais armamentos ar-ar.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#2 Mensagem por Túlio » Qua Out 11, 2017 1:47 pm

Como assim, sem AEW e REVO? São exatamente os grandes diferenciais, pois enquanto um alonga as "pernas" dos caças, o outro lhes aumenta a "visão". Brasil e Chile têm ambos, o resto pode até ter algum REVO e caças e mísseis superiores mas vão entrar no combate "ceguinhos"...




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#3 Mensagem por Luís Henrique » Qua Out 11, 2017 4:47 pm

Túlio escreveu:Como assim, sem AEW e REVO? São exatamente os grandes diferenciais, pois enquanto um alonga as "pernas" dos caças, o outro lhes aumenta a "visão". Brasil e Chile têm ambos, o resto pode até ter algum REVO e caças e mísseis superiores mas vão entrar no combate "ceguinhos"...
Tudo bem.

Aqui é livre. :lol:

É que a FAB possui ESTA vantagem. Possuímos 5 E-99 AEW que nos garantem uma vantagem tática, QUANDO presentes.

Porém, seria interessante debatermos as capacidades dos caças.

Pelo que vejo, estamos ATRÁS de 4 vizinhos neste quesito.
Todos eles possuem um conjunto caça e armamentos ar-ar superior ao da FAB.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#4 Mensagem por Túlio » Qua Out 11, 2017 5:59 pm

Se bem entendi, propões então um tipo de debate que, de tão enjoados que estávamos ainda na década passada, chamávamos de Super Trunfo. Sendo isso, quem quiser que participe, mas me adescurpes cupincha, pois continuo enjoado...




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#5 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 12, 2017 12:15 am

Em termos de desempenho comparativo entre os caças, F-16cC/D B50 e Su-30KV são os caças melhor preparados da AS, em vista do conjunto sistemas/armamento/aerodinâmica mais modernos.

No mais, é até interessante a discussão sobre o embate entre estes dois caças, posto que os demais são aeronaves de geração anterior - à exceção do Mig-29 - e não teriam muito a que oferecer em termos de oposição real, seja pela inferioridade aerodinâmica, seja pela ausência de recursos tecnológicos que lhes assegurassem alguma vantagem.

O conjunto F-5/Deby/Phitom pode até nos oferecer uma vantagem tecnológica relativa em termos de combate 1x1, mas diante do conjunto apresentado por aqueles dois caças, nestas condições, acho bem complicado uma vitória, embora esse tipo de coisa não tenha como se apresentar em termos definitivos. É algo bem simples, posto que um é um caça de 2a G contra outros de 3a/4a G.

Os Mig-29 peruanos são bons caças do ponto de vista das características do mesmo, sendo projetado para ter um bom desempenho na arena ar-ar, mas fica comprometido no quesito sistemas, tendo em vista serem aeronaves de geração anterior. Mas nada que uma atualização não possa resolver, ajudando a torná-los caças mais bem preparados.

Os Kfir C10 colombianos tem o mesmo "problema" dos F-5 brasileiros. São aeronaves de 2a G contando com sistemas e armamentos atualizados. Em comparação aos F-5, na arena ar-ar eles levam uma pequena vantagem posto que são derivados dos M-III, um caça interceptador nato, ao passo que os F-5 foram projetados para serem um caça-bombardeiro leve. No comparativo com Mig-29, F-16 e Su-30 ele peca pelos mesmos problemas de falta de desempenho em combate ar-ar. Mas como disse antes, não existem aqui resultados definitivos.

Em resumo, pode-se perceber que Chile e Venezuela tem a seu favor a modernidade do conjunto ds seus caças na arena ar-ar, em relação a Colômbia, Brasil e Peru. O Equador tem os Chetah sul-africanos mas estes estão na mesma condição dos A-4 argentinos, não passam de mera peça de demonstração com pouca ou nenhuma efetividade militar de valor.

Para o futuro, temos o F-39E/F na FAB, que irá alçá-la à mesma condição das forças aéreas de Chile e Venezuela, em termos de modernidade do conjunto armas/sistemas/aerodinâmica. Estes dois últimos países tem a possibilidade de continuar investido no próprio F-16 e no Su-30, e quiçá Su-35. O Peru tende a modernizar os seus Mig-29 atuais, e no médio/longo prazo pensar na substituição dos Su-25 por mais Mig-29/35 e/ou Su-30/35. A China corre por fora com o seu J-10 para compor as frotas da Argentina, Equador, Venezuela e talvez Peru. A força aérea colombiana tende a investir no F-16, seja modernizado, ou talvez de fábrica. Mas o Gripen E/F também tem alguma chance por lá, dependendo das negociações feitas com os suecos, contando com a nossa participação.

Quanto aos caças de 5a G por aqui, é pouco provável que haja a sua introdução sem antes que algum destes países o faça por primeiro. Neste caso, sendo o Brasil a maior economia da AS, e portanto o país com maior capacidade de investimento em defesa, ao menos em teoria, presumo que um caça neste nível na FAB só bem depois dos anos de 2030, quiçá 2040. Antes disso, os investimentos que estão sendo feitos hoje denotam que a maioria, senão todas, as forças aéreas da AS continuarão a voar seus caças de 3a G modernizados e de 4a G novos pelos próximos 20/30 anos, pelo menos.

Não existe uma paridade real entre os caças sul-americanos. O que há é a repetição dos mesmos ciclos descontínuos de compras/atualizações que visam tão somente a complementaridade e/ou substituição eventual de vetores que já não mais oferecem vantagem - operacional/econômica - para cumprir as missões que lhes são impostas. As frotas continuarão pequenas e apenas dispondo do suficiente para manter a doutrina e cobertura do espaço aéreo de cada país segundo suas necessidades e peculiaridades internas.

Comparativamente, os caças atuais, e futuros, tendem a equilibrar-se em termos de modernidade e atualização de sistemas/armas e aerodinâmica. Esta é uma demanda de curto prazo. No médio e longo prazo, se nada de muito diferente do que já vem sendo feito há décadas existe a possibilidade de uma certa paridade entre os caças dos países mais relevantes onde o tema defesa é mais levado à sério, como Chile, Peru e Venezuela. Esperemos para ver se Brasil e Argentina, as duas principais forças aéreas do continente irão responder a estes desafios. A FAB parece já estar fazendo o seu dever de casa. Já a FAA continua, na prática, uma incógnita.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#6 Mensagem por J.Ricardo » Sáb Out 14, 2017 11:21 pm

Faltou citarem os M-2000 do Peru.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#7 Mensagem por Luís Henrique » Seg Out 16, 2017 10:43 am

Túlio escreveu:Se bem entendi, propões então um tipo de debate que, de tão enjoados que estávamos ainda na década passada, chamávamos de Super Trunfo. Sendo isso, quem quiser que participe, mas me adescurpes cupincha, pois continuo enjoado...
É um direito seu estar enjoado.

Mas vou ser sincero, não gosto dessa classificação de Super Trunfo.

Dias atrás você escreveu um post que dizia basicamente, que devido às características do nosso Gripen E/F, como radar AESA e baixa visibilidade, ele será superior à todos os caças presentes na América do Sul. Até disse que Su-30 mkv e demais não teriam chance, pois seriam detectados primeiro.

Também já vi posts seus comparando fuzis de assalto.

As comparações e comparativos é algo totalmente normal e faz parte do ser humano.
Comparar e evoluir.

Todo mundo gosta de comparar. Nós comparamos todos os dias.

Essa conversa mole de super trunfo surgiu quando os argumentos foram rebatidos e a pessoa se sentiu em posição de desvantagem de argumentos.
Ai, ou dava o braço a torcer e concordava com os argumentos contrários, ou pesquisava e apresentava novos argumentos contra, ou O MAIS FÁCIL, taxava os argumentos de Super Trunfo e fim de papo.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#8 Mensagem por Luís Henrique » Seg Out 16, 2017 10:49 am

Para mim, criei esse tópico porque me dei conta do seguinte:

O Brasil possui 11 vizinhos + Guiana Francesa.
6 PEQUENOS (Uruguai, Paraguai, Bolívia, Equador, Guiana e Suriname)
e 5 MÉDIOS (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela)

E dos 5 países Médios, apenas a Argentina possui caças inferiores aos nossos.

Estamos APANHANDO de 4 países, de um total de 5.

Bom, pelo menos o contrato para 36 Gripen E/F já foi assinado.
E vamos reverter o jogo nos próximos anos.

Mas, o que os vizinhos farão até lá???




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#9 Mensagem por Thor » Seg Out 16, 2017 1:00 pm

Luís Henrique escreveu:Para mim, criei esse tópico porque me dei conta do seguinte:

O Brasil possui 11 vizinhos + Guiana Francesa.
6 PEQUENOS (Uruguai, Paraguai, Bolívia, Equador, Guiana e Suriname)
e 5 MÉDIOS (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela)

E dos 5 países Médios, apenas a Argentina possui caças inferiores aos nossos.

Estamos APANHANDO de 4 países, de um total de 5.

Bom, pelo menos o contrato para 36 Gripen E/F já foi assinado.
E vamos reverter o jogo nos próximos anos.

Mas, o que os vizinhos farão até lá???
Concordo com o Túlio, apenas afirmando Estamos APANHANDO de 4 países, de um total de 5., baseado em apenas uma informação, está longe de ser uma análise, e muito se parece com 1 (uma) carta do super-trunfo contra outra isolada.
Exemplo, será que os 8 Mig29 que foram modernizados, com parque industrial e de aeronáutica restrito, com doutrina e treinamento bem inferiores aos praticados pela FAB, sem um sistema integrado de comunicações e vigilância, seriam realmente superiores a apenas os F-5M operados pelos 3 Esquadrões da FAB?
Comparação de poder combatente não é feito apenas com um dado genérico, que dificilmente ocorreria isolado. Talvez se fizéssemos um exercício de 1 Mig-29 contra 1 F-5M, em uma área de treinamento, com as mesmas informações disponíveis, um Mig29 pilotado por um piloto peruano deve realmente ser superior a um F-5M pilotado por um brasileiro.
Abraços




Brasil acima de tudo!!!
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#10 Mensagem por gogogas » Seg Out 16, 2017 1:41 pm

A FAB é muito profissional , só o fato dela derrotar potências em exercício simulado ,já nos dá um grande visão dos nossos pilotos !
Creio que as únicas a dar uma dor de cabeça para a FAB são os F-16 da FACH e os SU-30 da FAV !
Os MIG 29 da FAP pouco sei de sua modernização e qual as capacidades que a possuem , os Mirrages 2000 continuam sem modernização nenhuma ,os restantes dos vizinhos nem se fala !
Sobre o futuro , começando pelos vizinhos ,
Argentina até agora não deu sinal para uma futura compra ,
Venezuela , com a crise atual creio que não vai comprar nada até estabilizar está crise ,
Chile tem interesse no F-35 , possa ser que os primeiros quinta geração possa ser da FACh ,
Peru pode comprar MIG 35 ,mas até agora nada de declaração oficial !
Colômbia vai dar uma nova capacidade ao seus caças com radar AESA !
O restante não nos trás preocupação !




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#11 Mensagem por Túlio » Seg Out 16, 2017 1:51 pm

Luís Henrique escreveu: É um direito seu estar enjoado.

Mas vou ser sincero, não gosto dessa classificação de Super Trunfo.

Dias atrás você escreveu um post que dizia basicamente, que devido às características do nosso Gripen E/F, como radar AESA e baixa visibilidade, ele será superior à todos os caças presentes na América do Sul. Até disse que Su-30 mkv e demais não teriam chance, pois seriam detectados primeiro.

Também já vi posts seus comparando fuzis de assalto.

As comparações e comparativos é algo totalmente normal e faz parte do ser humano.
Comparar e evoluir.

Todo mundo gosta de comparar. Nós comparamos todos os dias.

Essa conversa mole de super trunfo surgiu quando os argumentos foram rebatidos e a pessoa se sentiu em posição de desvantagem de argumentos.
Ai, ou dava o braço a torcer e concordava com os argumentos contrários, ou pesquisava e apresentava novos argumentos contra, ou O MAIS FÁCIL, taxava os argumentos de Super Trunfo e fim de papo.

Cupincha véio, acho que estás sendo bastante injusto, e explico, em partes para, se quiseres, recortar e responder uma por uma:

:arrow: SUPER TRUNFO - Inicio te pedindo para mostrares algum post meu razoavelmente recente em que faça qualquer tipo de comparação sem adicionar algum contexto (notar que sobre armas leves não falo com base em internet nem em uns tirinhos num fim de semana, fiz vários Cursos para saber o que sei e, se comparo IA-2 com HK-416, p ex, não é no sentido de isolá-los do contexto mas mostrar vantagens e desvantagens que trariam dentro do mesmo: se um atira nas buenas e outro engasga - Incidente - e até estoura nas fuças - Acidente - do usuário, a conclusão é óbvia). Pois Super Trunfo é o oposto, analisar algo sem contextualizar (como neste tópico, onde se parte apenas de caças e se fica apenas em caças, como se não existisse REVO, AEW/AWACS, GCI & quetales). Te dou um exemplo: em desempenho puro e armamento/sensores, um Mirage 2000-5 (e nem vou me estender sobre o fato de estar sendo apoiado por um E-3) sempre bateria um F-5EM, e com -99 e tudo, não? Revejas o que aconteceu na Cruzex 2006 e principalmente, o que aconteceu na vizinhança quando os resultados se tornaram públicos. Assim, a grande anomalia que notei foi a presença do Brasil no tópico, e me pareceu que a intenção é apenas detonar o F-5EM simplesmente por detonar. Mundo Real 1 x 0 Super Trunfo, porque por este os M2000-5 teriam massacrado os F-5EM.

:arrow: FÓRUM - Os debates e a temática adotadas são livres, bem como os Users para participar ou não, aduzindo ou não suas razões. No meu caso - não vou nem tentar negar - era trazer para mais perto da realidade, onde se vê que um caça não é O Sistema mas sim um importante componente sistêmico. Volto a 2006: como teria sido de fosse apenas Mirage 2000-5 x F-5EM? Fácil de imaginar, não? Só que no mundo real não é isso, ao menos não num que tem FAB x AdlA, onde aos caças cabe o papel que mencionei. Sendo o sistema mais moderno que o outro, pudemos ver a diferença, não? Nenhum Francês conseguiu detectar sequer o -99, quanto mais os F-5, apenas foram chamados de volta com o aviso de que haviam sido "abatidos". Mundo Real 2 x 0 Super Trunfo, porque as qualidades do sistema como um todo sobrepujaram claramente as de seus componentes.

:arrow: ARGUMENTOS - Aí chegamos ao ponto onde acho que foste especialmente injusto para comigo: pensei ter deixado claro meu desinteresse por este tipo de debate, acrescentando as razões para tale. Os "argumentos" que procuras são, com base no acima exposto, falaciosos, porque quem tem AEW/AWACS e capacidade REVO não vai deixar no hangar para, esportivamente, entrar em um combate só com os caças. Queres um ARGUMENTO para rebater? Tri, vai um: não vejo uma única razão aceitável para que quem tem os meios e o treinamento para lutar em rede vá deixar de usar tudo só porque o outro não tem! Simplesmente TODA a literatura (com credibilidade, claro) disponível mostra isso, os caras irão para um combate ou mesmo exercício com intenção de vencer e para isso usarão tudo o que for necessário e estiver disponível. Mundo Real 3 x 0 Super Trunfo, porque argumentar sem uma base lógica ancorada com firmeza na Realidade é para noobs, não para veteranos como eu e tu, que já fizemos isso até enjoar (ao menos EU enjoei :twisted: ).

O resto, me adescurpes, cupincha véio e Irmão Flankeiro, é apenas Super Trunfo; como falei antes, quem quiser que participe...


PS.: admito que, por ignorância, já tenha postado muita josta do DB e, pelo mesmo motivo, volta e meia ainda o faça e por certo seguirei fazendo. Mas ao menos me esforço para evoluir, aprender com a ajuda dos Colegas. Notes que, em um tópico onde és bastante ativo, uma simples pergunta do Marechal me fez parar de postar e passar dias pesquisando, revendo tudo o que pensava que sabia sobre Guerra Blindada. Claro, continuo longe de ser um Especialista ou Autoridade no assunto, mas acredito que estou melhor do que antes. Cedo ou tarde vai acontecer de novo, e de novo vou pesquisar, aprender e crescer mais um pouquinho. É para isso que serve o nosso véio DB.

NOTA FINAL - Afirmar que "apanhamos" da vizinhança inteira só porque seus caças são um tanto melhores (e desconsiderando aprioristicamente que um combate aéreo, e mesmo a Guerra Aérea, não se faz só com caças) é a melhor comprovação de que, no fundo, concordas com o que eu disse neste post, ou seja, que neste debate a Lógica já nasceu morta. Pena, mas...




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#12 Mensagem por Luís Henrique » Seg Out 16, 2017 2:39 pm

Thor escreveu:
Luís Henrique escreveu:Para mim, criei esse tópico porque me dei conta do seguinte:

O Brasil possui 11 vizinhos + Guiana Francesa.
6 PEQUENOS (Uruguai, Paraguai, Bolívia, Equador, Guiana e Suriname)
e 5 MÉDIOS (Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela)

E dos 5 países Médios, apenas a Argentina possui caças inferiores aos nossos.

Estamos APANHANDO de 4 países, de um total de 5.

Bom, pelo menos o contrato para 36 Gripen E/F já foi assinado.
E vamos reverter o jogo nos próximos anos.

Mas, o que os vizinhos farão até lá???
Concordo com o Túlio, apenas afirmando Estamos APANHANDO de 4 países, de um total de 5., baseado em apenas uma informação, está longe de ser uma análise, e muito se parece com 1 (uma) carta do super-trunfo contra outra isolada.
Exemplo, será que os 8 Mig29 que foram modernizados, com parque industrial e de aeronáutica restrito, com doutrina e treinamento bem inferiores aos praticados pela FAB, sem um sistema integrado de comunicações e vigilância, seriam realmente superiores a apenas os F-5M operados pelos 3 Esquadrões da FAB?
Comparação de poder combatente não é feito apenas com um dado genérico, que dificilmente ocorreria isolado. Talvez se fizéssemos um exercício de 1 Mig-29 contra 1 F-5M, em uma área de treinamento, com as mesmas informações disponíveis, um Mig29 pilotado por um piloto peruano deve realmente ser superior a um F-5M pilotado por um brasileiro.
Abraços

Thor, concordo que uma análise sobre quem venceria o conflito seria MUITO mais detalhada.

E qualquer um aqui é livre para expressar sua opinião, inclusive ressaltar os diferenciais da FAB em relação aos vizinhos.

Como você mesmo disse, pode existir diferenças de treinamento.
Diferenças de cobertura radar.
Apoio ou não de aeronaves AEW e muitos outros.

Mas TODOS ESSES FATORES podem sim serem levados em consideração mas não MUDAM O FATO de que estamos atrás da vizinhança no quesito CAÇA E ARMAMENTO AR-AR.
E esse binômio é PARTE do sistema, mas é uma parte MUITO IMPORTANTE.

E quando analisamos a diferença de PODER ECONÔMICO e tamanho entre o Brasil e os vizinhos, da até nojo da nossa classe política.

Você citou o Peru, que dos que eu citei é o PIOR, mas pegue o Chile como exemplo.

Além de possuir um caça MUITO superior, eles possuem um equilíbrio QUANTITATIVO em relação ao Brasil, com cerca de 46 F-16.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#13 Mensagem por Luís Henrique » Seg Out 16, 2017 2:58 pm

Túlio escreveu:
Luís Henrique escreveu: É um direito seu estar enjoado.

Mas vou ser sincero, não gosto dessa classificação de Super Trunfo.

Dias atrás você escreveu um post que dizia basicamente, que devido às características do nosso Gripen E/F, como radar AESA e baixa visibilidade, ele será superior à todos os caças presentes na América do Sul. Até disse que Su-30 mkv e demais não teriam chance, pois seriam detectados primeiro.

Também já vi posts seus comparando fuzis de assalto.

As comparações e comparativos é algo totalmente normal e faz parte do ser humano.
Comparar e evoluir.

Todo mundo gosta de comparar. Nós comparamos todos os dias.

Essa conversa mole de super trunfo surgiu quando os argumentos foram rebatidos e a pessoa se sentiu em posição de desvantagem de argumentos.
Ai, ou dava o braço a torcer e concordava com os argumentos contrários, ou pesquisava e apresentava novos argumentos contra, ou O MAIS FÁCIL, taxava os argumentos de Super Trunfo e fim de papo.

Cupincha véio, acho que estás sendo bastante injusto, e explico, em partes para, se quiseres, recortar e responder uma por uma:

:arrow: SUPER TRUNFO - Inicio te pedindo para mostrares algum post meu razoavelmente recente em que faça qualquer tipo de comparação sem adicionar algum contexto (notar que sobre armas leves não falo com base em internet nem em uns tirinhos num fim de semana, fiz vários Cursos para saber o que sei e, se comparo IA-2 com HK-416, p ex, não é no sentido de isolá-los do contexto mas mostrar vantagens e desvantagens que trariam dentro do mesmo: se um atira nas buenas e outro engasga - Incidente - e até estoura nas fuças - Acidente - do usuário, a conclusão é óbvia). Pois Super Trunfo é o oposto, analisar algo sem contextualizar (como neste tópico, onde se parte apenas de caças e se fica apenas em caças, como se não existisse REVO, AEW/AWACS, GCI & quetales). Te dou um exemplo: em desempenho puro e armamento/sensores, um Mirage 2000-5 (e nem vou me estender sobre o fato de estar sendo apoiado por um E-3) sempre bateria um F-5EM, e com -99 e tudo, não? Revejas o que aconteceu na Cruzex 2006 e principalmente, o que aconteceu na vizinhança quando os resultados se tornaram públicos. Assim, a grande anomalia que notei foi a presença do Brasil no tópico, e me pareceu que a intenção é apenas detonar o F-5EM simplesmente por detonar. Mundo Real 1 x 0 Super Trunfo, porque por este os M2000-5 teriam massacrado os F-5EM.

:arrow: FÓRUM - Os debates e a temática adotadas são livres, bem como os Users para participar ou não, aduzindo ou não suas razões. No meu caso - não vou nem tentar negar - era trazer para mais perto da realidade, onde se vê que um caça não é O Sistema mas sim um importante componente sistêmico. Volto a 2006: como teria sido de fosse apenas Mirage 2000-5 x F-5EM? Fácil de imaginar, não? Só que no mundo real não é isso, ao menos não num que tem FAB x AdlA, onde aos caças cabe o papel que mencionei. Sendo o sistema mais moderno que o outro, pudemos ver a diferença, não? Nenhum Francês conseguiu detectar sequer o -99, quanto mais os F-5, apenas foram chamados de volta com o aviso de que haviam sido "abatidos". Mundo Real 2 x 0 Super Trunfo, porque as qualidades do sistema como um todo sobrepujaram claramente as de seus componentes.

:arrow: ARGUMENTOS - Aí chegamos ao ponto onde acho que foste especialmente injusto para comigo: pensei ter deixado claro meu desinteresse por este tipo de debate, acrescentando as razões para tale. Os "argumentos" que procuras são, com base no acima exposto, falaciosos, porque quem tem AEW/AWACS e capacidade REVO não vai deixar no hangar para, esportivamente, entrar em um combate só com os caças. Queres um ARGUMENTO para rebater? Tri, vai um: não vejo uma única razão aceitável para que quem tem os meios e o treinamento para lutar em rede vá deixar de usar tudo só porque o outro não tem! Simplesmente TODA a literatura (com credibilidade, claro) disponível mostra isso, os caras irão para um combate ou mesmo exercício com intenção de vencer e para isso usarão tudo o que for necessário e estiver disponível. Mundo Real 3 x 0 Super Trunfo, porque argumentar sem uma base lógica ancorada com firmeza na Realidade é para noobs, não para veteranos como eu e tu, que já fizemos isso até enjoar (ao menos EU enjoei :twisted: ).

O resto, me adescurpes, cupincha véio e Irmão Flankeiro, é apenas Super Trunfo; como falei antes, quem quiser que participe...


PS.: admito que, por ignorância, já tenha postado muita josta do DB e, pelo mesmo motivo, volta e meia ainda o faça e por certo seguirei fazendo. Mas ao menos me esforço para evoluir, aprender com a ajuda dos Colegas. Notes que, em um tópico onde és bastante ativo, uma simples pergunta do Marechal me fez parar de postar e passar dias pesquisando, revendo tudo o que pensava que sabia sobre Guerra Blindada. Claro, continuo longe de ser um Especialista ou Autoridade no assunto, mas acredito que estou melhor do que antes. Cedo ou tarde vai acontecer de novo, e de novo vou pesquisar, aprender e crescer mais um pouquinho. É para isso que serve o nosso véio DB.

NOTA FINAL - Afirmar que "apanhamos" da vizinhança inteira só porque seus caças são um tanto melhores (e desconsiderando aprioristicamente que um combate aéreo, e mesmo a Guerra Aérea, não se faz só com caças) é a melhor comprovação de que, no fundo, concordas com o que eu disse neste post, ou seja, que neste debate a Lógica já nasceu morta. Pena, mas...

Tulio, primeiro quero pedir desculpas se te ofendi.
Apenas fui sincero. Como você disse, somos macacos velhos do DB.
Eu já sabia que os argumentos em defesa da FAB seguiriam este caminho: Temos E-99 AEW e o melhor treinamento.

Em momento algum eu disse que o Brasil PERDERIA um conflito contra qualquer um desses vizinhos.

Eu estou sendo apenas ESPECÍFICO.
Me referi que estamos apanhando de 4 vizinhos NO QUESITO CAÇA E ARMAMENTOS AR-AR.

O contrato para aquisição dos E-99 com Erieye, talvez foi a melhor coisa que a FAB fez.
Sem dúvidas é um diferencial ENORME, e concordo que quem tem, tem para USAR.

Mas como você mostrou no seu texto, existe uma diferença entre o mundo real e as especificações no papel (o odiado super trunfo).

Quem tem mais de 17 MIL km de fronteiras e apenas 5 AEW, MUITA coisa pode acontecer.

Até com um E-99 no ar, pode ocorrer uma 'falha', e ele não detectar os caças inimigos.
Não aconteceu com o E-3 francês?? muito mais potente que o nosso E-99?
E no final, ele não viu nada??

Portanto, possuir o MELHOR CAÇA e o MELHOR ARMAMENTO AR-AR continua sendo IMPORTANTÍSSIMO para garantir a vitória.
É o que toda força aérea de primeiro mundo busca.
Claro, não APENAS o caça e o míssil BVR, mas todos os outros meios que AJUDARÃO/CONTRIBUIRÃO para o sucesso da missão.


Portanto, concordamos sim que a FAB está em vantagem sobre o Peru e sobre a Colômbia.
Computando as aeronaves AEW a nosso favor.

Contra o Chile e Venezuela as coisas já ficam BEM MAIS COMPLICADAS.
O primeiro possui Caça mais capaz, BVR mais capaz e TAMBÉM possui AEW.
E o segundo possui Caça mais capaz com MUITA diferença de Persistência em Combate, o que dificulta muito para um caça perna curta como o F-5.
E possui um SISTEMA de defesa antiaérea de várias camadas. Ou seja, se defendendo o Brasil pode até ter a vantagem, pois os F-5 estariam mais próximos das bases e contaria com consciência situacional ampliadas graças aos E-99. Mas se o Brasil partir para o ataque, ai o bicho pega. Até quantos km nossos E-99 proverão cobertura sem serem ameaçados pelos S-300 venezuelanos?

Abraço e desculpa qualquer coisa.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Bolovo
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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#14 Mensagem por Bolovo » Seg Out 16, 2017 3:32 pm

Olha, vou fazer um prognóstico dos próximos 15 anos, quando estaremos recebendo os Gripens. Começando pela a Argentina, creio que irão adquirir alguns caças usados, ainda aposto em F-16 recauchutados. o Chile eu acredito que irá substituir os F-5 (não necessariamente por um caça de primeira linha, pode ser um LIFT) e adquirir alguns AEW mais em conta do que o Condor (creio que a coisa ficará entre o Erieye e o Gulfstream AEW da IAI). A Colômbia eu ainda acredito que comprarão F-16 novos. O Peru acredito que começará a substituir os MiGs e Mirages por um só caça (aposto no MiG-35 quando esse estiver com AESA), mas acho que deveriam investir numa plataforma AEW (o Erieye). E por fim, a Venezuela tem que substituir os F-16. A ideia inicial era trocar por mais um lote de Flankers (porém, o Su-30MK não é mais fabricado, teriam que ficar entre o Su-35 e o Su-30SM), mas acho muito complicado sair alguma coisa de lá com toda aquela crise. Do resto dos países, creio que a Bolívia irá a adquirir um LIFT (o Yak-130 talvez) e Paraguai e Uruguai irão atrás do Super Tucano em algum momento.




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Re: Caças na América do Sul - Atual e Futuro

#15 Mensagem por Carlos Lima » Seg Out 16, 2017 4:03 pm

Bolovo escreveu:Olha, vou fazer um prognóstico dos próximos 15 anos, quando estaremos recebendo os Gripens. Começando pela a Argentina, creio que irão adquirir alguns caças usados, ainda aposto em F-16 recauchutados. o Chile eu acredito que irá substituir os F-5 (não necessariamente por um caça de primeira linha, pode ser um LIFT) e adquirir alguns AEW mais em conta do que o Condor (creio que a coisa ficará entre o Erieye e o Gulfstream AEW da IAI). A Colômbia eu ainda acredito que comprarão F-16 novos. O Peru acredito que começará a substituir os MiGs e Mirages por um só caça (aposto no MiG-35 quando esse estiver com AESA), mas acho que deveriam investir numa plataforma AEW (o Erieye). E por fim, a Venezuela tem que substituir os F-16. A ideia inicial era trocar por mais um lote de Flankers (porém, o Su-30MK não é mais fabricado, teriam que ficar entre o Su-35 e o Su-30SM), mas acho muito complicado sair alguma coisa de lá com toda aquela crise. Do resto dos países, creio que a Bolívia irá a adquirir um LIFT (o Yak-130 talvez) e Paraguai e Uruguai irão atrás do Super Tucano em algum momento.
Tendo a concordar.

[]s
CB




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