Futuro caça europeu

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Futuro caça europeu

#61 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 09, 2017 8:59 pm

Interessante isso. Outrora o maior exército da Otan, depois do USA, agora estão pedindo pinico nos outros países europeus para tentar manter suas ffaa's em um nível adequado.

Quem te viu, quem te vê.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Futuro caça europeu

#62 Mensagem por knigh7 » Qui Nov 09, 2017 11:28 pm

Túlio escreveu:
cabeça de martelo escreveu:
O EFA-2000 é assim tão mau? Estranho lembro-me de ler algures na net que em exercicios houve Typhoons a "abater" F-22, na verdade também lembro-me de um Piloto de um F-22 a dizer que o dito caça era um dos poucos oponentes que ele temia. Também é verdade que estamos a falar talvez à uns 10 anos... penso.
Isso me lembra de um Exercício nos anos 90, quando os F-14 e F/A-18 da USN e USMC foram ao Chile treinar e levaram uma baita sova dos F-5 Tiger III, mesmo sendo vetorados por Hawkeye. Também fizeram elogios rasgados ao pequeno caça (se não me engano a kill-rate esteve ali por 6 a 8:1 a favor dos F-5), o que deve ter sido o "argumento" definitivo para a FAB fazer coisa ainda mais sofisticada nos nossos F-5.

Mas sério que alguém acredita que um F-5, por mais sofisticações que receba, é páreo para um F-18? Do mesmo modo, Typhoon assustando Raptor? Complicado de crer...

EDIT - Ainda sobre o Typhoon, minha opinião é que é o caça certo para a época errada.

Na matéria da Combat Aircraft sobre o Atlantic Trident 2017, que ocorreu em abril, os RWR do Typhoon e o Rafale não conseguiam detectar o APG-77 do F22.
Embora não divulgasse os scores (aliás, sempre nesses exercícios fica muito coisa sem saber), pelos relatos que o jornalista conseguiu apurar, os eurocanards pelo visto foram alvos fáceis para o Raptor. Eles não detectavam o F22 enquanto este conseguia detectá-los no radar sem as emissões serem notadas.




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Re: Futuro caça europeu

#63 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 09, 2017 11:54 pm

Não tem nem como comparar. São duas gerações diferentes. Por mais e melhor sistemas um caça de 4a G tenha, ele dificilmente terá vantagem contra um F-22/35 ou Su-57. Mas claro, isso é no mano a mano, no 1x1 isolados e controlados.

Tem que ver como isso se daria em uma situação de TO aberto e com variantes não controláveis, como aconteceria numa situação real.

Aí entra a importância da NCW e a complexidade/multiplicidade dos sistemas de guerra envolvidos. Não adianta ter um caça de 5a G na mão se tu não é capaz de prover o ISR necessário para multiplicar a força daquele vetor.

Todo caça é considerado imbatível só até o primeiro cair. Depois disso, entra todo mundo na vala comum., seja lá qual for a geração.

abs.




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Re: Futuro caça europeu

#64 Mensagem por Bolovo » Sex Nov 10, 2017 1:07 pm

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Re: Futuro caça europeu

#65 Mensagem por knigh7 » Sex Nov 10, 2017 2:15 pm

FCarvalho escreveu:Não tem nem como comparar. São duas gerações diferentes. Por mais e melhor sistemas um caça de 4a G tenha, ele dificilmente terá vantagem contra um F-22/35 ou Su-57. Mas claro, isso é no mano a mano, no 1x1 isolados e controlados.

Não sei se o RWR do Rafale ou do Typhoon teriam a dificuldade de detectar as emissões do N036 como ocorreu com o APG-77 :wink:

Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu não fico me agarrando ao reducionismo de 5ª geração.




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Re: Futuro caça europeu

#66 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 10, 2017 4:03 pm

knigh7 escreveu:
FCarvalho escreveu:Não tem nem como comparar. São duas gerações diferentes. Por mais e melhor sistemas um caça de 4a G tenha, ele dificilmente terá vantagem contra um F-22/35 ou Su-57. Mas claro, isso é no mano a mano, no 1x1 isolados e controlados.
Não sei se o RWR do Rafale ou do Typhoon teriam a dificuldade de detectar as emissões do N036 como ocorreu com o APG-77 :wink:
Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu não fico me agarrando ao reducionismo de 5ª geração.
Isso é só questão de tempo. Quando o Su-57 receber os seus sistemas totalmente operacionais e finalizados, a coisa vai ficar bem diferente.
Por enquanto o N036 está servindo de bancada de testes e para a evolução do sistema.
Os russo parece tinham uma certa pressa em fazer os PAK entrar em serviço, mas isso foi algo que eles tiveram que rever em nome da maturidade operacional do projeto.
De qualquer forma, os caças que estarão entrando em serviço no final desta década já serão superados pelos que entrarão na próxima quando os radares ativos AESA estiverem a pleno.

abs




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Re: Futuro caça europeu

#67 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Nov 11, 2017 12:38 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: Futuro caça europeu

#68 Mensagem por Bolovo » Qui Nov 30, 2017 5:30 pm

Franco-German fighter jet project likely to be opened to other countries

Andrea Shalal


BERLIN (Reuters) - A Franco-German program to develop a European fighter jet will likely be widened to include other countries to lower costs, officials with the German defense ministry and Europe’s Airbus said on Wednesday.

France and Germany unveiled the plans in July, burying past rivalries as part of a raft of measures to tighten defense and security cooperation.

Companies in Britain, Italy and Sweden have expressed interest in participating in the multi-billion-euro program, that is widely expected to be led by Airbus and France’s Dassault Aviation.

Bertram Gorlo, Airbus Defence and Space’s head of key account management for Germany, Austria and Switzerland, told a panel at the Berlin Security Conference that details were still being worked out, but he expected the program to be expanded to include more partners than just Germany and France.

“I think ... we will have to ask for the support of other nations,” he said.

France and Germany aim to come up with a roadmap by mid-2018 for jointly leading development of the new aircraft to replace their existing fleets of warplanes.

Brigadier General Gerald Funke, head of the strategic defense planning and concepts division at the German defense ministry, said development of the next-generation aircraft system would likely begin the 2020s with the goal of seeing it enter into service in 2045.

In the meantime, he said Germany was looking at buying an existing aircraft to replace its aging fleet of 85 Tornado jets beginning in 2025.

Funke said it would be tough to avoid the national rivalries over jobs and other considerations that plagued earlier international programs like the A400M military transport plane.

“In Europe, we’re in a world where we still have national interests, industrial interests. And the more partners you have the more complicated it is,” he said.

“On the other hand, I‘m also fully convinced that we will not be able to afford a national solution alone. The key is the will of the partners to cooperate and to find compromise.”

Gorlo told the panel that Airbus successfully coordinated with many partners on each of its commercial airliners.

“The question is less about the number of partners, it’s more about the governance model under which we contract,” Gorlo said.

He said the German defense ministry had already expressed interest in setting up a “lead nation” or “lead industry” concept for the new fighter program, which could help ensure a more efficient and streamlined development process.

Reuters




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Re: Futuro caça europeu

#69 Mensagem por Brasileiro » Qui Nov 30, 2017 8:48 pm

Achei interessantes duas coisas nessa projeção do novo caça europeu: LERX e estabilizadores móveis. Ambas presentes também em um outro caça europeu...




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Re: Futuro caça europeu

#70 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Dez 02, 2017 2:45 pm

knigh7 escreveu:
Túlio escreveu: Isso me lembra de um Exercício nos anos 90, quando os F-14 e F/A-18 da USN e USMC foram ao Chile treinar e levaram uma baita sova dos F-5 Tiger III, mesmo sendo vetorados por Hawkeye. Também fizeram elogios rasgados ao pequeno caça (se não me engano a kill-rate esteve ali por 6 a 8:1 a favor dos F-5), o que deve ter sido o "argumento" definitivo para a FAB fazer coisa ainda mais sofisticada nos nossos F-5.

Mas sério que alguém acredita que um F-5, por mais sofisticações que receba, é páreo para um F-18? Do mesmo modo, Typhoon assustando Raptor? Complicado de crer...

EDIT - Ainda sobre o Typhoon, minha opinião é que é o caça certo para a época errada.

Na matéria da Combat Aircraft sobre o Atlantic Trident 2017, que ocorreu em abril, os RWR do Typhoon e o Rafale não conseguiam detectar o APG-77 do F22.
Embora não divulgasse os scores (aliás, sempre nesses exercícios fica muito coisa sem saber), pelos relatos que o jornalista conseguiu apurar, os eurocanards pelo visto foram alvos fáceis para o Raptor. Eles não detectavam o F22 enquanto este conseguia detectá-los no radar sem as emissões serem notadas.

Depois dessa eu gostaria de saber como fica aquela charla de que NÃO PODE LIGAR RADAR QUE VIRA ÁRVORE DE NATAL, QUE OS RWR DETECTAM A PELO MENOS O DOBRO DA DISTÂNCIA...???

Muitos foristas aqui, praticamente queriam acabar com as indústrias de radares.
É uma m..da de sensor, que é facilmente detectado PELO DOBRO DA DISTÂNCIA que consegue detectar...
Isso eu nunca engoli. Ta ai um exemplo que confirma isso.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Futuro caça europeu

#71 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Dez 02, 2017 2:47 pm

knigh7 escreveu:
FCarvalho escreveu:Não tem nem como comparar. São duas gerações diferentes. Por mais e melhor sistemas um caça de 4a G tenha, ele dificilmente terá vantagem contra um F-22/35 ou Su-57. Mas claro, isso é no mano a mano, no 1x1 isolados e controlados.

Não sei se o RWR do Rafale ou do Typhoon teriam a dificuldade de detectar as emissões do N036 como ocorreu com o APG-77 :wink:

Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu não fico me agarrando ao reducionismo de 5ª geração.

Provavelmente terão ainda MAIS dificuldade.
Uma vez que o N036 é DUAS DÉCADAS mais novo, não é difícil imaginar que possua algumas vantagens em relação ao APG-77.




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Re: Futuro caça europeu

#72 Mensagem por Penguin » Sáb Dez 02, 2017 5:13 pm

Luís Henrique escreveu: Isso me lembra de um Exercício nos anos 90, quando os F-14 e F/A-18 da USN e USMC foram ao Chile treinar e levaram uma baita sova dos F-5 Tiger III, mesmo sendo vetorados por Hawkeye. Também fizeram elogios rasgados ao pequeno caça (se não me engano a kill-rate esteve ali por 6 a 8:1 a favor dos F-5), o que deve ter sido o "argumento" definitivo para a FAB fazer coisa ainda mais sofisticada nos nossos F-5.

Mas sério que alguém acredita que um F-5, por mais sofisticações que receba, é páreo para um F-18? Do mesmo modo, Typhoon assustando Raptor? Complicado de crer...

EDIT - Ainda sobre o Typhoon, minha opinião é que é o caça certo para a época errada.

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Depois dessa eu gostaria de saber como fica aquela charla de que NÃO PODE LIGAR RADAR QUE VIRA ÁRVORE DE NATAL, QUE OS RWR DETECTAM A PELO MENOS O DOBRO DA DISTÂNCIA...???

Muitos foristas aqui, praticamente queriam acabar com as indústrias de radares.
É uma m..da de sensor, que é facilmente detectado PELO DOBRO DA DISTÂNCIA que consegue detectar...
Isso eu nunca engoli. Ta ai um exemplo que confirma isso.[/quote]

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Dizem que a chave para a discrição é AESA + LPI




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Futuro caça europeu

#73 Mensagem por Bolovo » Sáb Dez 02, 2017 10:53 pm

Luís Henrique escreveu:
knigh7 escreveu:Não sei se o RWR do Rafale ou do Typhoon teriam a dificuldade de detectar as emissões do N036 como ocorreu com o APG-77 :wink:

Aliás, esse é um dos motivos pelos quais eu não fico me agarrando ao reducionismo de 5ª geração.
Provavelmente terão ainda MAIS dificuldade.
Uma vez que o N036 é DUAS DÉCADAS mais novo, não é difícil imaginar que possua algumas vantagens em relação ao APG-77.
Falando nisso, achei uma patente russa sobre um "poderoso transistor de alta freqüência baseado em nitreto de gálio (GaN)"...

http://www.findpatent.ru/patent/258/2581726.html




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Re: Futuro caça europeu

#74 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 02, 2018 7:10 pm

Mais detalhes sobre o novo caça furtivo europeu.

http://www.cavok.com.br/blog/airbus-det ... e-de-2018/

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Futuro caça europeu

#75 Mensagem por GIL » Dom Mar 04, 2018 7:06 am

Sobre a Alemanha está a criar o seu exército europeu
Spoiler!
cabeça de martelo escreveu:Eu sei que é um pouco offtopic, mas penso que é importante vocês lerem este artigo, para compreenderem melhor a integração que se está a fazer no seio da UE.

Alemanha está a criar o seu exército europeu
As ‘Bundeswehr’ já integram duas brigadas de combate holandesas e vão passar a contar com uma brigada checa e uma outra romena.

Devagarinho, longe dos holofotes, a Alemanha está a criar o seu próprio exército europeu, integrando unidades militares de outros países nas suas Forças Armadas, as Bundeswehr. Começou com a Holanda, continuará com a República Checa e a Roménia, e já inclui cooperação estreita com a Polónia.

A Holanda tem já duas brigadas sob comando alemão, a 11ª Brigada Aerotransportada desde 2014 e a 43ª Brigada Mecanizada, que faz parte da 1ª Divisão Blindada Alemã desde março do ano passado. O Governo da Holanda deixou apenas uma brigada de combate no seu exército, além das forças especiais. Além disso, por questões financeiras, as Forças Armadas holandesas vão partilhar com os alemães o seu maior navio, o Karel Doorman, para transporte de tropas: o batalhão naval alemão de 800 homens especializados em proteção naval, desminagem e abordagem de navios será integrado na marinha holandesa.

Em maio deste ano, chegou a vez dos governos da República Checa e da Roménia anunciarem decisões nesse sentido, com a integração de uma brigada de cada um dos países no exército alemão. A 81ª Brigada Mecanizada da Roménia vai juntar-se à Divisão de Forças de Reação Rápida das Bundeswehr. Enquanto os checos optaram por passar a 4ª Brigada de Destacamento Rápido, com experiência em missões no Afeganistão e no Kosovo, para a 10ª Divisão Blindada alemã.
Em 2016, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyden, já tinha anunciado: «Vamos estabelecer uma divisão multinacional de blindados no próximo ano». De acordo com o Die Welt, isto deverá levar à criação de uma unidade com cerca de 20 mil soldados no ativo, que deve estar operacional em 2021 e servir como embrião de um possível exército europeu.

Para já, o objetivo é aumentar o orçamento alemão da Defesa para 2% do produto interno bruto até 2024, tal como o Governo de Angela Merkel havia prometido aos seus parceiros da NATO. Alvo ambicioso tendo em conta que mesmo tendo aumentado em 8% a verba em 2017, o orçamento ainda se situa em 1,22% do PIB do país. A este ritmo será difícil conseguir alcançar essa meta.

«O Governo alemão demonstra que está disposto a prosseguir com a integração militar europeia», dizia Carlo Masala, professor na Universidade do Bundeswehr, em Munique, citado pela Foreign Policy. Mesmo que essa integração europeia seja feita à revelia da União Europeia no seu todo. Como dizia Von der Leyen, trata-se de «um grande exemplo para a construção de uma união europeia da defesa».

Thomas Flichy de la Neuville, professor na Academia Militar de Saint Cyr, em França, refere ao SOL que «se trata de uma forma da Alemanha mostrar que não há nenhum perigo em o exército alemão voltar a ser um grande exército outra vez, que agirá sempre de acordo com os seus vizinhos e aliados».

O Governo alemão cunhou um Conceito de Enquadramento de Nações que apresentou na NATO em 2013, defendendo um aprofundamento da cooperação entre os países da Aliança Atlântica em matéria de Defesa. Nesse documento, estava plasmada a justificação teórica para que países com pequenos exércitos pudessem integrar os seus militares em Forças Armadas de nações maiores que lhe garantiam o enquadramento. Um conceito que permitirá uma maior partilha transatlântica dos encargos com a defesa.

De acordo com Justyna Gotwoska, analista de segurança no Centro de Estudos Orientais polaco, em declarações à Foreign Policy, «a iniciativa deriva da fraqueza das Bundeswehr». A integração de forças militares de outros países, que preenchem lacunas dentro das suas forças, permite à Alemanha ganhar um maior poder dentro da NATO. Mais correspondente ao seu estatuto de grande potência económica do que às condicionantes atuais das suas Bundeswehr.
Desde o final da Guerra Fria, o exército alemão desceu de 500 mil efetivos para 177 mil e os equipamentos utilizados pelas suas forças estão longe de ser os mais atuais, obrigando muitas vezes ao canibalismo de equipamentos para manter as suas missões no estrangeiro. Modernizar as Bundeswehr será um processo lento – de pelo menos 15 anos – e com custos altos: 130 mil milhões de euros.

Recrutar soldados noutros países europeus

Além de brigadas de outros exércitos europeus, os alemães querem também recrutar para as suas Forças Armadas cidadãos de outros países da União Europeia. A ideia é vista como imprescindível para conseguir que as Bundeswehr possam alcançar o seu objetivo de chegar aos 198 mil efetivos nos próximos sete anos. Para isso, o Ministério da Defesa quer contratar mais 20 mil soldados até 2025.

A ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyden, afirmava esta semana, ao anunciar o plano, que «poucas vezes as Bundeswehr foram tão necessárias como são hoje».

Há anos que a Alemanha vem sendo pressionada para adotar um maior envolvimento das suas Forças Armadas nas operações da NATO. No entanto, o facto de a Constituição alemã colocar as Forças Armadas sob controlo do Parlamento, tem impedido a participação dos seus soldados em muitos palcos internacionais, devido à oposição da maioria do Bundestag. A situação não deverá alterar-se grandemente tendo em conta que os sociais-democratas do SPD – agora na oposição – se juntam a partidos que tradicionalmente são contrários a aventuras militares em palcos estrangeiros, a AfD (extrema-direita), e o Die Linke (extrema-esquerda).
Pode que seja impressão minha, mais acho que parte dessa ressistencia em ter uma Alemanha forte militarmente tem razão no trauma deixado das duas WW.

Não faz muito a UE anunciou o desejo de ir conformando um exercito proprio, AMÉM.
Ainda que baixo a minha opinião eles vão a um passo muito lento.

Pode que com a saida de UK da UE as coisas melhorem, eles para mim eram como uma especie de 5º coluna de USA na UE.
A UE precisa se livrar da NATO, ter exercito e politica externa comum e propria.

Como comentei no topico da Rusia, creio que a UE deu um tiro no pé ao se indispor com a Russia, que é Europeia e cristã.
Poderiam ter nela uma aliada a mais, uma ameaça a menos.

A Russia estava na epoca comprando material militar de paises da Europa, o turismo russo na UE ia a mais, ãpenas havia tensões.
Até que USA promoveu a sua revolução na Ucrania berço da cultura russa e Europa como uma ovelha le secundou.

Ter a Russia como aliado significaria garantir materia prima abundante para a industria Europeia para longo prazo, ter a Russia de aliado seria garantir um cliente para seu material belico e até um possivel parceiro para o futuro em possiveis projetos de defesa, ter a Russia do seu lado significaria para a Europa poder extender influencia até Vladivostok, ter a Russia de aliada ajudaria agora para que ela estivesse agora mais ligada a UE e menos a China.

Europa teria uma guerra menos na sua região (a da Ucrania), Europa teria menos problemas com refugiados ao não apoiar USA na Siria e por ai vai.
O mainstream politico que maneja atualmente a UE é cachorro de USA, curiosamente a extrema esquerda e a extrema direita coincidem no tema russo, ambos tem simpatias ou ao menos boas relações com o governo russo.

Ainda que para mim, a verdadeira ameaça que se cerne sobre a Europa não se encontra na Russia e sim na expansão islamica para esse continente, nesse ponto concordo ao 100% com o grupo de Visegrado que não consideram eles refugiados e sim invasores.
Tem parte de culpa disso uma classe politica corrupta, inutil e covarde que tem apoiado o tal do multiculturalismo.




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