UK - Reino Unido

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
mmatuso
Sênior
Sênior
Mensagens: 3404
Registrado em: Sáb Nov 05, 2011 7:59 pm
Agradeceram: 167 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#31 Mensagem por mmatuso » Sáb Jun 25, 2016 12:13 pm

No caso do Trump vencer o que parece inevitável, teremos uma nova fase da humanidade.




Avatar do usuário
NettoBR
Sênior
Sênior
Mensagens: 2773
Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
Localização: Ribeirão Preto-SP
Agradeceram: 320 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#32 Mensagem por NettoBR » Sáb Jun 25, 2016 1:01 pm

Bourne escreveu:Engraçado esse economicismo apocalíptico, as divisões inconciliáveis e blablabla sobre a saída do reino unido da UE. Não é assim por dois motivos.

Primeiro que não vai acontecer. O Reino Unido vai se transformar em "país amigo" que tem liberdade para fazer as próprias políticas.

Segundo que quando enfiam o economicismo apocalíptico esquecem da parte que o Brexit mostra que as populações da UE estão descontentes com a UE, existe um déficit democrático nas decisões do bloco e acompanhado por uma forte onda nacionalista. O Brexit pode ser o primeiro de muitos outros referendos em países grandes e fundadores da UE. Ai sim, a UE se reforma ou morre.
Exatamente, esse "apocalipse" que principalmente a mídia européia está propagando tá duro de aguentar... é um absurdo atrás do outro... :roll:




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Avatar do usuário
NettoBR
Sênior
Sênior
Mensagens: 2773
Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
Localização: Ribeirão Preto-SP
Agradeceram: 320 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#33 Mensagem por NettoBR » Sáb Jun 25, 2016 1:04 pm

http://www.youtube.com/watch?v=jRuq6h_LT6w




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 54792
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceram: 2314 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#34 Mensagem por P44 » Sáb Jun 25, 2016 3:31 pm

RULE BRITANIA

Imagem




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 54792
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceram: 2314 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#35 Mensagem por P44 » Sáb Jun 25, 2016 3:37 pm

Assino por baixo!!!!

....

Bruno Costa Carvalho shared Channel 4 News's video.
Yesterday at 4:08pm ·

Goste-se ou não da pessoa em causa, a verdade é que ele explica com clareza porque é que o UK resolveu sair da UE.

Eles não querem que sejam uns tipos cinzentos em Bruxelas a ditar-lhes as suas vidas. Eles querem continuar a ser uma nação democrática.

Será difícil perceber isto?

Quando a Alemanha tentou conquistar a Europa, por duas vezes, no século passado, foram os ingleses que o impediram.

Quando a França, todos os países do norte e a Península Ibérica estenderam o tapete vermelho a Hitler, foi Churchill, foram os ingleses, com a ajuda tardia dos americanos que o impediram.

Sou um profundo admirador do Reino Unido e dos seus valores.

Sempre gostei que estivessem fora desse Euro que tanto mal nos fez e agora admiro a coragem que tiveram perante tanta chantagem e ameaças.

Nunca passou pela cabeça dos senhores de cinzento, as vozes dos mercados, que o UK votasse mesmo pela saída.

Mais uma vez são os ingleses que estão mais atentos do que os outros.

Nós, portugueses, andamos a fazer sacrifícios doidos para proteger uma moeda que pouco nos diz. Sim, a chamada da Troika existiu apenas para defender o Euro e a história do despesismo que Portas e Passos nos contaram não era verdadeira. Era simples, mas falsa.

Mas depois desses sacrifícios todos, ainda nos queriam penalizar por duas décimas, mas a França não era penalizada, embora estando na mesma situação, porque era a França.

O governo português não pode defender as pessoas, mesmo cumprindo as metas de défice, porque Bruxelas não gosta das pessoas e prefere os mercados e está contra o governo porque sim... porque não é da cor que eles querem.

Bruxelas gostava era do tempo em que destruímos a nossa agricultura, as pescas, a nossa indústria e quando passamos a cortar as pensões todos os dias e os salários baixíssimos dos portugueses.

O Reino Unido está farto de uma Europa que só serve os interesses da Alemanha.

Todos se vergam ao peso do que a Alemanha quer para ver se ficam com umas migalhas.

O Reino Unido que defendeu pelas armas duas vezes a Europa, continua a defendê-la agora com a arma do voto.

Uns fingem não entender, mas só não entende quem não quer.

Discurso de Boris Johnson
https://www.facebook.com/Channel4News/v ... 506486939/




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
P44
Sênior
Sênior
Mensagens: 54792
Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
Localização: O raio que vos parta
Agradeceram: 2314 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#36 Mensagem por P44 » Sáb Jun 25, 2016 3:57 pm

Opinião
O “Brexit” pode ser o abanão de que a Europa precisa

José Pacheco Pereira

25/06/2016 - 00:10

A saída do Reino Unido pode ser muito positiva para a União Europeia, que, já se viu, se não muda “a bem” só pode mudar “a mal”.

Mais do que uma vez disse que tinha “mixed feelings” em relação ao Brexit, era sensível a argumentos a favor ou contra a permanência do Reino Unido, embora estivesse convencido que no fim ganharia o “remain” por uma pequena margem. Depois do assassinato da deputada trabalhista, pensei que o efeito perverso seria inverter as tendências que apontavam para a vitória do “Brexit” e foi isso que pareceu nas últimas sondagens. No entanto, nada disso se verificou e basta olhar para o mapa dos resultados para percebermos como a divisão do voto no referendo penetrou fundo no tecido social, nacional e político inglês. Vai muito para além dos anátemas com que os europeístas quiseram exorcizar um monstro que em grande parte criaram quando estão há décadas a erodir a democracia na Europa.

“Take our country back” é um slogan poderoso, entre outras coisas, porque é verdadeiro. O “país”, sob formas mais ou menos capciosas e nunca legitimadas pelo voto com a clareza que é precisa nestas matérias, tinha de facto sido “roubado”, como aliás acontece com muitos países da Europa, a começar pela Europa do Sul. Querer impor sanções a Portugal e Espanha e não à França, porque “a França é a França”, como diz Juncker, é o exemplo do que é a Europa de hoje, indiferente ao voto nacional, comportando-se de forma diferente conforme o tamanho dos países, e correndo para punições como um polícia velho. Aliás o referendo inglês teve algo de parecido com o grego: as tácticas do medo reforçaram o sentimento nacional.

No Reino Unido não votaram os anti-emigrantes contra os amigos dos emigrantes, porque o benefício que Cameron levou para a campanha, dado por uma Europa sem princípios, foi exactamente a excepção para o Reino Unido de poder retirar direitos aos emigrantes. No Reino Unido não votaram os velhos contra os jovens, o campo contra cidade, os populistas emotivos contra os “racionais”, os que olham para o “futuro” contra os que olham para o “passado”. Votaram os escoceses a favor da independência da Escócia por via do sim à Europa, votaram os irlandeses do Norte que não querem uma fronteira externa da União ao lado da República da Irlanda, e votaram os mais pobres e mais excluídos, tirando o tapete ao Partido Trabalhista, e recusaram o voto a tudo quanto é grande interesse, a começar pelo capital financeiro e pelas grandes empresas que são, há muito, mais internacionalistas do que qualquer Internacional Comunista.

Era uma combinação muitas vezes contraditória de intenções de voto? Era, mas as democracias são assim. E os ingleses têm uma velha democracia, e um conjunto de “peculiaridades”, que permitiram a E. P. Thompson um dos mais notáveis ensaios sobre como o adquirido democrático e liberal, penetrou tão fundo no Reino Unido sem paralelo na Europa, e “pertence” a todos. Do habeas corpus, ao julgamento por um júri, do respeito pelas tradições próprias mesmo quando parecem irracionais e pouco eficazes, como seja a recusa do sistema métrico, ou a condução pela esquerda, a resistência ao controlo de identificação, a momentos que só podiam acontecer em Inglaterra como o apoio dos homossexuais aos mineiros durante as grandes greves contra Thatcher, que ainda hoje faz com que um dos sindicatos mais duros do Reino Unido, participe por gratidão nas paradas gay. Existe uma forte cultura nacional identitária. Umas coisas são mais importantes, outras menos e nem todas são boas, mas isso é que significa “ser inglês”, um complexo de história, cultura, tradição, laços de identidade, que justificaram o “take our country back”.

Os burocratas europeus e os interesses internacionais do dinheiro não percebem esta realidade, e acham que é um anacronismo, mas Jean Monnet, um dos fundadores de uma Europa que já não existe, percebia-o bem demais. E por isso defendia uma Europa de iguais, de “pequenos passos”, de solidariedade e que, para existir, tinha de ter em conta a diversidade das nações. Uma classe política como a portuguesa, que andou anos a jurar nas campanhas eleitorais que não era federalista e que agora acordou toda federalista e hiper-europeia, não percebe isso, porque há muito perdeu os laços com a identidade nacional e aceita tudo. Aceita tudo agora porque o modelo económico imposto é próximo dos seus interesses, porque se a política europeia fosse keynesiana, havíamos de os ver todos anti-europeus.

De há muito que de cada vez que há um sobressalto ao acelerar de “mais Europa” prometem-se juras de reforma e “debate” e, mal o susto passa, tudo continua na mesma ou pior, torneia-se o voto de que não se gosta através de estratagemas muito pouco democráticos. A actual liderança europeia já vinha de ter feito um Tratado de Lisboa que é um verdadeiro exemplo de dolo na vida pública, visto que foi assente no engano de fazer passar as medidas que tinham sido recusadas nos referendos holandês e francês debaixo da mesa, com a traição de vários governos e partidos de fazer um referendo. Como, em Portugal, fizeram o PS e PSD.

Claro que o referendo tem riscos e o mecanismo referendário não pode sobrepor-se ao normal funcionamento dos parlamentos. Mas o que acontece é que não há um normal funcionamento dos parlamentos, em que maiorias “centrais” de conservadores e partidos muito virados à direita e socialistas que abandonaram o socialismo, aceitaram um caminho que punha em causa a soberania das nações europeias e o próprio poder dos parlamentos nacionais que nenhum tratado, nem nenhum debate público eleitoral clarificou a nível nacional. Como em Portugal, a União Europeia usurpou poderes nacionais sem nunca ter havido uma discussão democrática que dissesse claramente “o meu Parlamento vai perder este e aquele poder, estão de acordo?”, sendo que os poderes perdidos estavam, como estão, no centro da democracia, como seja o poder orçamental. Bem pelo contrário, uma discussão com puros objectivos de marketing, como aconteceu quando do Tratado de Lisboa, dizia exactamente que o contrário ia acontecer: ia haver “devolução” de poderes aos parlamentos nacionais.

A saída do Reino Unido pode ser muito positiva para a União Europeia, que, já se viu, se não muda “a bem” só pode mudar “a mal”. Claro que os países da União podem acantonar-se numa atitude revanchista contra o Reino Unido para lhe fazer “pagar” a ousadia. Não é impossível que isso aconteça, num remake do que se fez à Grécia com os brilhantes resultados conhecidos. Ou podem compreender que há um vasto conjunto de laços com o Reino Unido que nada impede serem mantidos, mesmo que o país não faça parte das instituições políticas da União. O Reino Unido continua a ser fundamental para a defesa da Europa, por exemplo, numa Europa que deixou de ter forças armadas credíveis. É parceiro na NATO de muitos países europeus, que precisam desse laço para manterem a sua soberania face à Rússia. E por aí adiante.

Se seguirem uma linha à grega de vingança, que é o que presumo passa pela cabeça de alguns gnomos europeus e pela burocracia, cujo comportamento teve um grande papel em alimentar o “Brexit”, os problemas da Europa só se agravarão. Uma negociação punitiva com o Reino Unido favorece a independência escocesa com os efeitos que isso tem em Espanha, e agravará nas opiniões públicas a reacção soberanista que tem crescido com a política de dolo das últimas décadas e com a transformação da política “austeritária” na vulgata imposta na Europa.

O que aconteceu no Reino Unido não é da mesma natureza da ascensão da Frente Nacional em França, embora a ecologia que a União Europeia está a criar seja propícia a estes movimentos. Por isso, o abanão inglês pode incentivar uma crescente contestação, à direita em França, na Hungria, na Polónia, e à esquerda em Espanha e em Portugal. Não adianta, como fazem os nossos europeístas, que nunca percebem nada do que se passa a não ser quando têm o fogo à porta, meter todos os movimentos de contestação ao actual estado de coisas na Europa no mesmo saco de “populistas e extremistas”. Mas deviam meter no mesmo saco as causas dessa ascensão, porque as causas são de sua responsabilidade: a engenharia política do “mais Europa” à revelia da vontade dos povos e feita com truques e sem democracia, a erosão das democracias que, verifica-se agora, funcionam apenas no espaço da soberania, o poder solitário de um país e dos seus aliados com políticas económicas e sociais de “austeridade” que levaram à estagnação económica da Europa, a captura pelo poder financeiro dos centros de poder, a mono política de ir atrás de salários e pensões enquanto se fecha os olhos aos paraísos fiscais, e o tratamento inaceitável dos refugiados (anote-se, muito pior do que o do Reino Unido) inscrito no acordo sinistro com a Turquia.

Continuem assim e o fim da União não vai ser bonito de se ver. O abanão do Reino Unido pode ser a última oportunidade de a mudança na Europa não ser convulsiva.

https://www.publico.pt/mundo/noticia/o- ... 10?page=-1




Triste sina ter nascido português 👎
Avatar do usuário
Wingate
Sênior
Sênior
Mensagens: 5130
Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
Localização: Crato/CE
Agradeceram: 239 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#37 Mensagem por Wingate » Sáb Jun 25, 2016 6:27 pm

Take it easy, mates!

Os astutos ingleses vão sempre encontrar uma saída.

Vão acabar deixando a Escócia continuar dentro da UE (eles não disputam a Copa do Mundo separados, cada um com sua seleção nacional?), acalmam todo mundo e a Inglaterra, Gales e Ulster vão colocar parte de seus investimentos em terras escocesas para continuarem a desfrutar das vantagens da UE sem partilhar as possíveis desvantagens.

E ainda vão passar como magnânimos e tolerantes (os piratas são sempre os outros...).

Não subestimem a Pérfida Albion.

Wingate :wink:




Avatar do usuário
Bourne
Sênior
Sênior
Mensagens: 21087
Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
Localização: Campina Grande do Sul
Agradeceram: 21 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#38 Mensagem por Bourne » Sáb Jun 25, 2016 8:03 pm

Só para avisar.

A Escócia está para o reino unido assim como a região sul está para o Brasil. A base da industria britânica, de defesa e mais um monte estão todos na Escócia. um dos motivos de ter o referendo de 2014 era a ideia de fortalecer o Reino Unido. E quase deu ruim pelos separação quase vencer e, na época, um dos argumentos que pesou foi que a Escócia poderia ser excluída da UE.

Na campanha atual, o terrorismo econômico comeu solto sobre a decisão no referendo. É a mesma tática dos burocratas de Bruxelas para impor reformas impopulares, recessão e intervenção branca nos países da periferia. Algo como: você compra o projeto da UE ou está fora e queimará no inferno.

A diferença é que a Grã-Bretanha não é Grécia. Os ingleses não reagem bem as ameaças. Podem ver que as ameaças que existiam até essa semana acalmaram. A Merkel e o Holland falam bem mais fino e em tom conciliador.

Tenho espero que reformas venham na UE. E tem eleição geral na Espanha domingo.




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 5684
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceram: 261 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#39 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jun 25, 2016 11:17 pm

Após Brexit, Espanha quer soberania partilhada de Gibraltar

http://www.dw.com/pt/ap%C3%B3s-brexit-e ... a-19356075




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceram: 374 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#40 Mensagem por Penguin » Sáb Jun 25, 2016 11:52 pm

akivrx78 escreveu:Após Brexit, Espanha quer soberania partilhada de Gibraltar

http://www.dw.com/pt/ap%C3%B3s-brexit-e ... a-19356075
Imagem

Imagem

2 enclaves espanhóis no Marrocos...Ceuta e Melilla,
Será que algum dia os espanhóis vão compartilhar a soberania desses enclaves com o Marrocos?




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceram: 374 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#41 Mensagem por Penguin » Dom Jun 26, 2016 11:16 am

How a Brexit Would Undermine Europe's Balance of Power
Geopolitical Weekly JUNE 21, 2016 | 08:03 GMT

If Britain quits the European Union, it risks disrupting the base of power the bloc has come to rest on. (CHRISTOPHER FURLONG/Getty Images)
By Adriano Bosoni

Britain's approaching referendum has led to rampant speculation about the economic and financial consequences of a vote to leave the European Union. And indeed, in the wake of a Brexit, uncertainty — the archenemy of economic growth and financial stability — would abound. But if Britain withdraws from the Continental bloc, its primary effect would be geopolitical, shaking the balance of power in Europe to its very foundation and forcing the bloc to rethink its role in the world.

The Franco-German alliance is the cornerstone on which European power dynamics rest. Conflict between the two drove three Continental wars between 1870 and 1945; its resolution facilitated peace after World War II, planting the seeds of eventual integration through the European Union. But France and Germany are not the only countries shaping Europe's course. A third actor plays the role of power broker between the two, stabilizing their relationship and, by extension, the Continent: the United Kingdom.

When France and West Germany founded the European Economic Community (EEC), the European Union's predecessor, in the 1950s, they had two goals. The first was to create a political and economic structure that would bind the two states together, reducing the chances of another war breaking out in Europe. The second was to facilitate trade and investment to rejuvenate Europe's war-weary economies. Both were pleased with the solution they found: France felt it had neutralized its eastern neighbor while maintaining control of Continental politics, and Germany had successfully reconciled with the West.

Meanwhile, the United Kingdom's relationship with the European project was somewhat ambiguous. As an island nation, Britain historically had been shielded from events unfolding on the mainland. If the United Kingdom intervened in Continental affairs, it was usually to ensure that power remained balanced and yet dispersed enough to keep Britain safe. When the EEC was born, London initially reacted with skepticism, wary of any project that would transfer more sovereignty from the British Parliament to unelected technocrats in Brussels. France, moreover, was eager to keep Britain out of the bloc; it was concerned about granting EEC membership to a country Charles de Gaulle described as "an American Trojan Horse in Europe." De Gaulle was also reluctant to include the only country in Western Europe capable of competing with France for leadership of the bloc. It came as no surprise when, in the 1960s, France vetoed Britain's membership twice.

But in the early 1970s, things changed. De Gaulle was no longer France's president, and both Paris and Berlin were quickly realizing the geopolitical importance of expanding the EEC's membership. Across the English Channel, London had lost its empire and was in the midst of reassessing its international priorities and trade relationships. Though it saw EEC membership as an opportunity to influence the process of Continental integration, Britain's interest in accessing the common market far outweighed its aspirations of building a federal Europe. Unlike France and Germany, Britain had little enthusiasm for transforming the Continent into a United States of Europe.

These motives formed the basis of Britain's modern relationship with Europe, which was largely established during the administration of Prime Minister Margaret Thatcher. Under the Tory leader, Britain simultaneously pushed to lower its contribution to the EEC budget and eliminate trade barriers inside the bloc. In Thatcher's now-famous Bruges Speech, she dismissed the notion of a federal Europe, instead describing the Continental organization as an agreement among sovereign states to establish free trade. A few years later her successor, John Major, negotiated Britain's opt-out from the eurozone.

Thatcher also advocated enlarging the EEC to the east, a strategy Labour Party Prime Minister Tony Blair continued in the early 2000s. Bringing the former communist states under the Continental umbrella not only sped up their transition to market economies but also created new demand for British exports. As an added perk for London, the bloc's expansion into a larger and more loosely connected entity helped to dilute France and Germany's hold over Europe.

But Britain's approach has produced only mixed results. Few new EU members have joined the eurozone, showing the limits of the federal union, and many share Thatcher's view of the bloc as a pact among sovereign states. At the same time, the admission of countries such as Poland and Romania has led to a significant increase in immigration to the United Kingdom, a development that Brexit supporters consider a primary reason for leaving the bloc.

Upsetting the Balance of Power

If Britain quits the European Union, though, it risks disrupting the base of power the bloc has come to rest on. Germany relies on Britain's backing when it comes to promoting free trade in the face of France's protectionist tendencies. France sees Britain as not only a key defense partner but also a potential counterweight to German influence. Removing Britain from the equation would shatter this tenuous arrangement at a particularly dangerous time for the deeply fragmented Europe, when neither Germany nor France is satisfied with the status quo.

Should the "leave" camp win the British referendum, tension would rise between the Continent's north and south. Countries in Southern Europe want to turn the European Union into a transfer union that redistributes wealth from the relatively rich north to the less developed south and shares risk equally among members. Northern Europe, by comparison, is eager to protect its affluence and would agree to share risk only if the bloc assumed greater control over the south's ability to borrow and spend. The regions also disagree on how the European Union should use its funds. Southern Europe advocates generous subsidies for agriculture and development, a view most Eastern European states share, but Northern Europe would prefer to freeze or even reduce the bloc's budget.

As a net contributor to the European Union's budget, Britain has been particularly vocal on these issues. According to VoteWatch Europe, the country was on the losing side of votes related to EU spending more often than any other member between 2009 and 2015. Generally speaking, Northern European states such as Sweden, the Netherlands and Denmark tend to vote alongside Britain. Germany also usually sees see eye to eye with Britain on certain topics, such as Europe's common market, though the two tend to disagree on issues like the environment. But regardless of other members' stances, Britain has proved more willing than any of its peers to openly voice opposition to EU decisions. Without it, the European Union would be short a liberalizing and market-friendly member, and the bloc's political balance would shift in the favor of protectionist countries in Southern Europe such as France, Italy and Spain.

As fears of a takeover by this Mediterranean group grow among Northern European governments, they would probably become more resistant to the process of Continental integration. After all, the European Union is already deeply divided over related issues such as the eurozone and Schengen Agreement, which have little to do with Britain since it is not a member of either. The looming referendum has only revealed more points of contention within the bloc that would be aggravated by a Brexit. The Dutch government, for example, recently argued for limiting membership in the Schengen zone to a handful of countries in Northern Europe, while the right-wing Alternative for Germany party proposed the creation of a "northern eurozone."

The north-south divide would not be the only gulf to widen on the Continent, either. Should Britain leave, the European Union would split between east and west, too. Countries in Central and Eastern Europe see Britain as the defender of non-eurozone members' interests, and many share London's views on the sovereignty of member states. Poland, Hungary and the Czech Republic, for instance, are generally supportive of the European Union but suspicious of Brussels' attempts to interfere with their domestic affairs. In particular, these countries have sympathized with British Prime Minister David Cameron's campaign to give national parliaments more power to block EU legislation. Poland and the Baltic states also see Britain as a critical partner on the issue of Russia, since London has fought for a tough European stance against Moscow in response to its annexation of Crimea. In the event that Britain leaves the Continental bloc, its Central and Eastern European allies may eventually become more isolated from Brussels.

Weakening Europe's Influence Abroad

The loss of one of the few EU members that is able to operate on a global scale would undermine the bloc's external strength as well. Only France can match the international presence Britain has, thanks to London's vast political and economic connections and its considerable military prowess. Though a Brexit would not keep Britain from cooperating with Europe completely, given its continued NATO membership and shared security interests with France and Germany, its collaboration with the Continent would be limited. As a result, Europe's ability to cope with challenges abroad — whether the migrant crisis, international terrorism or a more assertive Russia — would diminish.

Germany's and France's recent calls for the European Union to deepen its military and security cooperation seem to suggest the two are concerned about this very outcome. Berlin has steadfastly avoided taking on the more active role in world affairs that a Brexit would require. Since the start of the European financial crisis, Germany has reluctantly shouldered the burden of leading the bloc's political and economic policymaking, but assuming a prominent military role is another matter. France, for one, would accept it only within the framework of an EU-wide military union, something that would be difficult to achieve amid the atmosphere of isolationism that has settled over the Continent. The political calculations of French and German leaders preparing for general elections in 2017 would make such cooperation even harder to come by.

No matter what British voters choose, the damage to Europe has already been done. If Britain leaves the European Union, it would throw the Continent into yet another political and economic crisis, giving Euroskeptic forces greater ammunition against the bloc and voters fewer reasons to defend it. But if Britain keeps its membership, it would have proved to other European governments that it is possible to demand concessions from Brussels while winning support at home. And so, regardless of what happens June 23, Britain has set a precedent that Brussels cannot stop other EU members from following.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceram: 374 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#42 Mensagem por Penguin » Dom Jun 26, 2016 5:31 pm

Here's a story from The New York Times I thought you'd find interesting:

A historic vote to leave the European Union is raising questions about the future of the post-1945 order imposed on the world by the United States.

Read More: http://nyti.ms/294Fo5a




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
joaolx
Sênior
Sênior
Mensagens: 1193
Registrado em: Qua Jun 29, 2005 4:55 pm
Localização: Lisboa - Portugal
Agradeceram: 91 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#43 Mensagem por joaolx » Seg Jun 27, 2016 2:12 pm

A culpa de todos os males que afligem a ilha...são os emigrantes estrangeiros e a UE :roll:

O exemplo que encontro mais parecido com isto...É a Alemanha nazi...

Lamento por todos os estrangeiros que vivem e trabalham no UK, se havia duvidas que tipo de gente votou e está por trás deste desfecho...

Pena que no processo arrastem com as suas decisões a esmagadora maioria da geração mais nova que se sentia europeia e não se revê nestes comportamentos...

Lamentável e muito triste ver o rumo que o nosso mundo leva...

http://edicoespqp.blogs.sapo.pt/os-fact ... os-4202923




Avatar do usuário
Wingate
Sênior
Sênior
Mensagens: 5130
Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
Localização: Crato/CE
Agradeceram: 239 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#44 Mensagem por Wingate » Ter Jun 28, 2016 10:52 am

Wingate escreveu:Take it easy, mates!

Os astutos ingleses vão sempre encontrar uma saída.

Vão acabar deixando a Escócia continuar dentro da UE (eles não disputam a Copa do Mundo separados, cada um com sua seleção nacional?), acalmam todo mundo e a Inglaterra, Gales e Ulster vão colocar parte de seus investimentos em terras escocesas para continuarem a desfrutar das vantagens da UE sem partilhar as possíveis desvantagens.

E ainda vão passar como magnânimos e tolerantes (os piratas são sempre os outros...).

Não subestimem a Pérfida Albion.

Wingate :wink:
"A Escócia não deixará a União Europeia". Palavra da primeira-ministra

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... ign=613322

Imagem

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou esta terça-feira que não permitirá que o país saia da União Europeia como o restante Reino Undido, avança o Daily Star.

-------------------

Wingate :twisted:




Avatar do usuário
NettoBR
Sênior
Sênior
Mensagens: 2773
Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
Localização: Ribeirão Preto-SP
Agradeceram: 320 vezes

Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#45 Mensagem por NettoBR » Ter Jun 28, 2016 11:01 am

Daqui pra frente veremos muito esse discurso de "mulher traída" da UE acusando o Reino Unido (e quem mais queira sair) de xenofobia e outras coisas mais, ficará claro qual o verdadeiro propósito desses blocos que se dizem "promover a paz e a união entre os povos"... :twisted:




"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Responder