Oloco, morcego. Te conheço a mais de uma década nesse fórum e vc vem fazer flame com imagem de criança chorando? Em cima de mim? Seja menas. Minha opinião é essa, foi golpe e dei minha argumentação para isso. Aqui é um fórum e opiniões diversas são válidas.Wilton kvalheiro escreveu:Doce ilusão a sua, ela cometeu sim, CRIME CONTRA AS CONTAS PUBLICAS, a presiDANTA recorreu ao STF trilhões de vezes e deu sempre com a cara no chão...Bolovo escreveu:Oras, mas o Brasil já vive num sistema parlamentarista. O congresso derrubou uma chefe de governo sem que ela tenha cometido nenhum crime, a derrubaram pelo "conjunto da obra", assim como acontece com a queda dos primeiro-ministros mundo afora. O Estadão só quer legitimar sua posição política, não tem nada de imparcial nisso.
Chega de mimimi... o sistema é presidencialista e o impechment foi totalmente legal e nada teve haver com parlamentarismo, já que não houve uma eleição para um novo primeiro-ministro dentre os deputados, assumiu o vice, como Itamar, COMO DIZ A LEI...
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Re: BUSSOLA POLITICA
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Re: BUSSOLA POLITICA
Se não podemos brincar com os amigos, com quem mais faremos?Bolovo escreveu:Oloco, morcego. Te conheço a mais de uma década nesse fórum e vc vem fazer flame com imagem de criança chorando? Em cima de mim? Seja menas.Wilton kvalheiro escreveu: Doce ilusão a sua, ela cometeu sim, CRIME CONTRA AS CONTAS PUBLICAS, a presiDANTA recorreu ao STF trilhões de vezes e deu sempre com a cara no chão...
Chega de mimimi... o sistema é presidencialista e o impechment foi totalmente legal e nada teve haver com parlamentarismo, já que não houve uma eleição para um novo primeiro-ministro dentre os deputados, assumiu o vice, como Itamar, COMO DIZ A LEI...
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Golpe coisa alguma, vc quer que tenha sido, é diferente, e muito mais que sua opinião, ISSO É SEU DESEJO (Wishful thinking).Bolovo escreveu:Minha opinião é essa, foi golpe e dei minha argumentação para isso. Aqui é um fórum e opiniões diversas são válidas.
A mulher teve amplo acesso a defesa e até mais direitos que o outro que foi cassado, seguiu o devido processo legal SEM TIRAR UM NADA DE DIREITO DE DEFESA DA CIDADÃ... ao contrário, ainda deram uns bois pra ela tanto na palavra final do processo do Impechment indo pro Senado, como depois naquele troço maluco de fatiar a punição.
Golpe, com STF, CÂMARA, SENADO, FORÇAS ARMADAS, APROVAÇÃO DA POPULAÇÃO???
Por favor meu caro, o fato de vc amar DiLLma, LuLLa e o PT não muda as leis e nem da ao seu ponto de vista o lastro da realidade, INRI CRISTO tb se proclama ser a reencarnação de Jesus Cristo, nem por isso, parece ter o mínimo rastro de realidade e bom senso.
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Re: BUSSOLA POLITICA
Aprovação da população. kkkkkkkkk
Pessoa lê veja e assiste rede bosta e acha que ali está a opinião da população.
Um país que é capitaneado por essa gente tem mais é que se lascar mesmo.
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Re: BUSSOLA POLITICA
Pela pouquíssima mobilização que houve contra o impeachment eu acho que o povo em sua maioria ficou satisfeito com o resultado.
Porque ela era tão ANTA e tão topeira que transformou o capital social que o PT tinha antes de ela se reeleger em pó. Com um monte de tarifaço e jogando toda a carga o ajuste fiscal nas costas do trabalhador.
Perdeu apoio popular dramaticamente, então tirar ela do poder foi até fácil.
Porque ela era tão ANTA e tão topeira que transformou o capital social que o PT tinha antes de ela se reeleger em pó. Com um monte de tarifaço e jogando toda a carga o ajuste fiscal nas costas do trabalhador.
Perdeu apoio popular dramaticamente, então tirar ela do poder foi até fácil.
Politica não é a satisfação de um desejo, não é para atingir a perfeição, Não é para satisfazer os anseios morais. Se a pessoa se deixar levar por estes coisas será inevitavelmente manipulada.
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Re: BUSSOLA POLITICA
O poco ficou MUITÍSSIMO satisfeito com a derrocada da Louca e da petralhada, mas isso não significa que o povo goste do Temer, o povo apenas o tolera e prefere que ele toque o barco até 2019 ao invés da Louca e da petralhada que certamente estavam transformando o pais numa versão maior do que acontece com a Venezuela nos dias de hoje.
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Re: BUSSOLA POLITICA
Que isso??Wilton kvalheiro escreveu:O poco ficou MUITÍSSIMO satisfeito com a derrocada da Louca e da petralhada, mas isso não significa que o povo goste do Temer, o povo apenas o tolera e prefere que ele toque o barco até 2019 ao invés da Louca e da petralhada que certamente estavam transformando o pais numa versão maior do que acontece com a Venezuela nos dias de hoje.
Flash Back?
...
Re: BUSSOLA POLITICA
A morte de Castro deixa uma pergunta: onde está a “esquerda democrática” no Brasil?
Eduardo Wolf - O Estado de São Paulo, 29.11.16.
A morte do ditador cubano Fidel Castro no dia 25 passado serviu como peculiar teste para as convicções democráticas daqueles que ainda se reivindicam de esquerda no Brasil. Algumas reações eram óbvias. O Partido dos Trabalhadores, que reiteradamente pronuncia-se em favor do descalabro econômico e humanitário por que passa a Venezuela chavista, naturalmente afirmou em nota oficial que o “comandante” foi líder de revolução por “justiça social”; o ex-presidente Lula da Silva pranteou o ditador classificando-o como o “maior de todos os latino-americanos”; o Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), que até delegações mandou para apoiar o chavista Nicolás Maduro na fraudulenta eleição venezuelana de 2014, referiu-se ao homem diretamente responsável pela morte de dezenas de milhares de opositores políticos como “defensor da paz mundial” e “exemplo” para todas as gerações. Tais declarações são óbvias porque, como disse, já o histórico desses partidos e de suas lideranças atestam as simpatias retrógradas pelo castrismo e por variedades mais contemporâneas de autoritarismo latino-americano.
Menos óbvia, no entanto, foi a reação de lideranças políticas e intelectuais das quais se esperava uma atitude mais sóbria e digna à esquerda. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota em que trata o ditador por “homem gentil” e “bom interlocutor”, reservando mais críticas a um futuro governo Donald Trump, sobre o qual nada se sabe ainda, do que aos milhares de mortos que o castrismo objetivamente deixou (timidamente mencionou que Fidel “não teve sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”). Em uma rede social, o professor de teoria política da Unesp e colunista deste Estado de São Paulo, Marco Aurélio Nogueira, afirmou que ser um ditador “não é o aspecto mais relevante da biografia dele [Fidel]” e que é preciso “dar valor (…) ao lado sapiens e ao lado demens” das pessoas, pois, do contrário, não conseguiremos fazer da democracia um “valor universal”. O professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro nos governos Sarney e FHC, Luiz Carlos Bresser-Pereira, após alguns anos defendendo incansavelmente Hugo Chávez e Nicolás Maduro como verdadeiros exemplos da vontade popular e da verdadeira democracia, enalteceu Fidel Castro e guardou suas ressalvas para o fato de que Cuba traiu o socialismo, que nunca chegou a ser implementado na ilha (nem em parte alguma), sendo apenas um “estado igualitarista”, mas felizmente não se rendeu à traição imperdoável de ser um sistema capitalista.
O ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação pelo PT, Cristóvam Buarque, hoje senador da República pelo Partido Popular Socialista (PPS), tratou Fidel Castro por “herói”, sem qualquer menção ao terror escandaloso implementado por seu regime na ilha caribenha. Outro ex-Ministro da Educação petista, o professor de Ética da Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro, saiu-se dramaticamente pior, alegando que “Fidel reprimiu e matou, é verdade”, mas o fez por culpa dos Estados Unidos. Mais: repetindo um chavão indecente dos apoiadores de ditaduras, afirmou que sem o castrismo e seus assassinatos, “Cuba seria o que hoje é o Haiti”. Aqui, não posso não acusar um tipo de deformidade ideológica que compromete até mesmo o caráter do indivíduo capaz desse raciocínio.
Mesmo descontando todas as questões geracionais que poderiam ser invocadas para matizar essas declarações, que vão de infelizes a francamente imorais, é impossível deixar de constatar que não houve uma única voz da chamada “esquerda democrática” que tenha expressado sem tergiversar a recusa firme e inequívoca do legado de Castro: um estado de terror persecutório que silenciou, prendeu, torturou e matou milhares de cidadãos cubanos culpados do terrível crime de pensar diferente do autocrata brutal que foi Fidel. O que devemos pensar, nós que nos importamos com uma democracia vibrante, plural, com variadas perspectivas políticas, em face desse silêncio? Não faz muito, em excelente ensaio publicado no caderno Ilustríssima da Folha de São Paulo (“É hora de rediscutir programas e ideias na esquerda brasileira”, 13/11/2016), o cientista político Celso Rocha de Barros escreveu que a esquerda precisa abandonar três figuras “patológicas” (no que seguia a lição de Ruy Fausto). Uma delas era justamente o apego ao totalitarismo. Por que razão, se perguntava Barros, seria preciso que os militantes de partidos de esquerda gastassem sua energia para defender regimes totalitários como o stalinismo, o maoísmo e o castrismo? Barros pensava sobretudo no PCdoB, mas estendia sua análise ao PT e ao PSOL:
O autor concluía sua análise desse problema assumindo certo “cansaço” por ainda ser necessário tratar desses temas no Brasil.
Não vou entrar em questões muito específicas aqui, pois outros artigos no nosso Estado da Arte tratarão delas. É o caso da análise equivocada segundo a qual sem a ditadura castrista, não teria havido avanços sociais em Cuba, como alega espantosamente o professor Janine Ribeiro, endossando o assassinato político em nome de suas preferências estatísticas (que, além de tudo, ainda são falsas). Também não quero tratar do estapafúrdio argumento do professor Marco Aurélio Nogueira, segundo o qual, se não soubermos valorizar o lado bom dos ditadores que perseguem, prendem, torturam e matam, nunca valorizaremos a democracia liberal – de fato, coloquemos esse pequeno delírio na conta das bobagens que, volta e meia, nos escapam nas redes sociais. Vale a pena, no entanto, chamar atenção para a ótima contribuição de Celso de Barros para este debate atual, e questionar, novamente: onde estavam as vozes desta esquerda reinventada e não totalitária, agora que uma clara recusa dos caminhos violentos do castrismo se fazia atual, justificada e necessária? E mais: é possível esperar de uma esquerda de matriz intelectual marxista que seja verdadeiramente comprometida com a democracia, com os direitos humanos e com as liberdades individuais? Deixo o leitor com a excelente síntese oferecida por um dos mais brilhantes historiadores do século XX, o britânico Tony Judt. Social-democrata apaixonado e brilhante, Judt foi, a vida toda, um homem da esquerda liberal anticomunista. Nunca julgou que suas posições socialmente progressistas dependessem do passado sanguinolento das tradições de regimes autoritários de esquerda. E quando escreveu sobre as memórias do também historiador britânico Eric Hobsbawn, não hesitou em deixar patente sua repulsa pelas simpatias stalinistas e totalitárias que Hobsbawn manteve até o fim de seus dias. Suas palavras não poderiam ser mais verdadeiras hoje:
Onde está a esquerda democrática brasileira? Onde estão os que aprenderam as lições de Tony Judt?
Eduardo Wolf - O Estado de São Paulo, 29.11.16.
A morte do ditador cubano Fidel Castro no dia 25 passado serviu como peculiar teste para as convicções democráticas daqueles que ainda se reivindicam de esquerda no Brasil. Algumas reações eram óbvias. O Partido dos Trabalhadores, que reiteradamente pronuncia-se em favor do descalabro econômico e humanitário por que passa a Venezuela chavista, naturalmente afirmou em nota oficial que o “comandante” foi líder de revolução por “justiça social”; o ex-presidente Lula da Silva pranteou o ditador classificando-o como o “maior de todos os latino-americanos”; o Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), que até delegações mandou para apoiar o chavista Nicolás Maduro na fraudulenta eleição venezuelana de 2014, referiu-se ao homem diretamente responsável pela morte de dezenas de milhares de opositores políticos como “defensor da paz mundial” e “exemplo” para todas as gerações. Tais declarações são óbvias porque, como disse, já o histórico desses partidos e de suas lideranças atestam as simpatias retrógradas pelo castrismo e por variedades mais contemporâneas de autoritarismo latino-americano.
Menos óbvia, no entanto, foi a reação de lideranças políticas e intelectuais das quais se esperava uma atitude mais sóbria e digna à esquerda. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota em que trata o ditador por “homem gentil” e “bom interlocutor”, reservando mais críticas a um futuro governo Donald Trump, sobre o qual nada se sabe ainda, do que aos milhares de mortos que o castrismo objetivamente deixou (timidamente mencionou que Fidel “não teve sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”). Em uma rede social, o professor de teoria política da Unesp e colunista deste Estado de São Paulo, Marco Aurélio Nogueira, afirmou que ser um ditador “não é o aspecto mais relevante da biografia dele [Fidel]” e que é preciso “dar valor (…) ao lado sapiens e ao lado demens” das pessoas, pois, do contrário, não conseguiremos fazer da democracia um “valor universal”. O professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro nos governos Sarney e FHC, Luiz Carlos Bresser-Pereira, após alguns anos defendendo incansavelmente Hugo Chávez e Nicolás Maduro como verdadeiros exemplos da vontade popular e da verdadeira democracia, enalteceu Fidel Castro e guardou suas ressalvas para o fato de que Cuba traiu o socialismo, que nunca chegou a ser implementado na ilha (nem em parte alguma), sendo apenas um “estado igualitarista”, mas felizmente não se rendeu à traição imperdoável de ser um sistema capitalista.
O ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação pelo PT, Cristóvam Buarque, hoje senador da República pelo Partido Popular Socialista (PPS), tratou Fidel Castro por “herói”, sem qualquer menção ao terror escandaloso implementado por seu regime na ilha caribenha. Outro ex-Ministro da Educação petista, o professor de Ética da Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro, saiu-se dramaticamente pior, alegando que “Fidel reprimiu e matou, é verdade”, mas o fez por culpa dos Estados Unidos. Mais: repetindo um chavão indecente dos apoiadores de ditaduras, afirmou que sem o castrismo e seus assassinatos, “Cuba seria o que hoje é o Haiti”. Aqui, não posso não acusar um tipo de deformidade ideológica que compromete até mesmo o caráter do indivíduo capaz desse raciocínio.
Mesmo descontando todas as questões geracionais que poderiam ser invocadas para matizar essas declarações, que vão de infelizes a francamente imorais, é impossível deixar de constatar que não houve uma única voz da chamada “esquerda democrática” que tenha expressado sem tergiversar a recusa firme e inequívoca do legado de Castro: um estado de terror persecutório que silenciou, prendeu, torturou e matou milhares de cidadãos cubanos culpados do terrível crime de pensar diferente do autocrata brutal que foi Fidel. O que devemos pensar, nós que nos importamos com uma democracia vibrante, plural, com variadas perspectivas políticas, em face desse silêncio? Não faz muito, em excelente ensaio publicado no caderno Ilustríssima da Folha de São Paulo (“É hora de rediscutir programas e ideias na esquerda brasileira”, 13/11/2016), o cientista político Celso Rocha de Barros escreveu que a esquerda precisa abandonar três figuras “patológicas” (no que seguia a lição de Ruy Fausto). Uma delas era justamente o apego ao totalitarismo. Por que razão, se perguntava Barros, seria preciso que os militantes de partidos de esquerda gastassem sua energia para defender regimes totalitários como o stalinismo, o maoísmo e o castrismo? Barros pensava sobretudo no PCdoB, mas estendia sua análise ao PT e ao PSOL:
“Por que não se concentrar na defesa de objetivos razoáveis de redistribuição de renda no quadro da sociedade brasileira (em defesa dos quais, aliás, o PCdoB tem história)? Esse raciocínio se aplica também às defesas que PT ou PSOL fazem do regime cubano.”
O autor concluía sua análise desse problema assumindo certo “cansaço” por ainda ser necessário tratar desses temas no Brasil.
Não vou entrar em questões muito específicas aqui, pois outros artigos no nosso Estado da Arte tratarão delas. É o caso da análise equivocada segundo a qual sem a ditadura castrista, não teria havido avanços sociais em Cuba, como alega espantosamente o professor Janine Ribeiro, endossando o assassinato político em nome de suas preferências estatísticas (que, além de tudo, ainda são falsas). Também não quero tratar do estapafúrdio argumento do professor Marco Aurélio Nogueira, segundo o qual, se não soubermos valorizar o lado bom dos ditadores que perseguem, prendem, torturam e matam, nunca valorizaremos a democracia liberal – de fato, coloquemos esse pequeno delírio na conta das bobagens que, volta e meia, nos escapam nas redes sociais. Vale a pena, no entanto, chamar atenção para a ótima contribuição de Celso de Barros para este debate atual, e questionar, novamente: onde estavam as vozes desta esquerda reinventada e não totalitária, agora que uma clara recusa dos caminhos violentos do castrismo se fazia atual, justificada e necessária? E mais: é possível esperar de uma esquerda de matriz intelectual marxista que seja verdadeiramente comprometida com a democracia, com os direitos humanos e com as liberdades individuais? Deixo o leitor com a excelente síntese oferecida por um dos mais brilhantes historiadores do século XX, o britânico Tony Judt. Social-democrata apaixonado e brilhante, Judt foi, a vida toda, um homem da esquerda liberal anticomunista. Nunca julgou que suas posições socialmente progressistas dependessem do passado sanguinolento das tradições de regimes autoritários de esquerda. E quando escreveu sobre as memórias do também historiador britânico Eric Hobsbawn, não hesitou em deixar patente sua repulsa pelas simpatias stalinistas e totalitárias que Hobsbawn manteve até o fim de seus dias. Suas palavras não poderiam ser mais verdadeiras hoje:
Se a esquerda espera recobrar aquela autoconfiança e reerguer-se, devemos parar de contar histórias reconfortantes sobre o passado. Pace Hobsbawn, que calmamente o nega, houve uma “afinidade fundamental” entre os extremos da esquerda e da direita no século XX, auto-evidente para qualquer um que os tenha experimentado. Milhões de progressistas ocidentais bem-intencionados venderam suas almas para um déspota oriental (…). Os valores e as instituições que se tornaram centrais para a esquerda – da igualdade perante à lei à provisão de serviços públicos como um direito de fato – e que hoje encontram-se sob ataque – não devem nada ao comunismo. Setenta anos de “socialismo realmente existente” não contribuíram em nada para o bem-estar da humanidade. Nada.
Onde está a esquerda democrática brasileira? Onde estão os que aprenderam as lições de Tony Judt?
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Re: BUSSOLA POLITICA
Queria ver qual o instituto de pesquisa que contrariava que a maioria da população apoiava o impeachment. ..prp escreveu:Aprovação da população. kkkkkkkkk
Pessoa lê veja e assiste rede bosta e acha que ali está a opinião da população.
Um país que é capitaneado por essa gente tem mais é que se lascar mesmo.
Re: BUSSOLA POLITICA
Estudo de fundação petista com ex-eleitores da sigla na periferia de SP diz que para população não há luta de classes e Estado é ‘inimigo’.
Ricardo Galhardo e Pedro Venceslau - O Estado de S.Paulo, 4.04.17.
Segundo a pesquisa Percepções e Valores Políticos nas Periferias de São Paulo, o eleitor da periferia vê o Estado não como indutor de qualidade de vida e oportunidades, mas como “inimigo” responsável por se apropriar do dinheiro dos impostos e fornecer serviços de baixa qualidade. A única forma de ascensão social é o mérito pessoal. Neste sentido, os eleitores que abandonaram o PT veem tanto Lula quanto Silvio Santos e Doria como principais exemplos de homens que “saíram de baixo” e venceram na vida.
“Há uma busca por identificação com histórias de superação e sucesso, é nessa medida que figuras tão díspares como Lula, Silvio Santos e Doria aparecem como exemplo. Em muitas circunstâncias, a figura de Lula é admirada menos pelas políticas que o governo dele implementou e mais porque ele próprio é um bom exemplo de ascensão social”, conclui o estudo, cujo levantamento foi realizado entre 22 de novembro de 2016 e 10 de janeiro deste ano.
O levantamento, tema de editorial do Estado na edição desta segunda-feira, 3, causou polêmica nas redes sociais.
A pesquisa coloca em xeque o conceito de luta de classes, base de quase toda literatura política de esquerda. “No imaginário da população não há luta de classes; o ‘inimigo’ é, em grande medida, o próprio Estado ineficaz e incompetente, abre-se espaço para o ‘liberalismo popular’ com demanda de menos Estado”, revela o levantamento.
Grande parte do eleitorado defende a adoção de métodos empresariais na gestão pública, uma das plataformas de Doria, e a grande maioria não soube nem sequer diferenciar esquerda de direita. “Direita é alguém direito, correto. Esquerda é quem vive reclamando. Eu acho que a direita é quem está no poder e a esquerda é a oposição!”, disse um homem branco, de 30 anos, com renda entre dois e cinco salários mínimos.
É certo que a crise econômica decorrente do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e os escândalos em série envolvendo petistas – e, posteriormente, políticos de outros partidos – tiveram forte efeito sobre o eleitorado histórico do PT.
A pesquisa, no entanto, vai além e mostra aspectos pouco estudados sobre o comportamento do eleitorado de periferia. Um deles é a visão da população de baixa renda em relação às cotas. “(Os entrevistados) Não negam a importância de políticas públicas e garantia de acesso a oportunidades, mas rejeitam aquelas que parecem ‘duvidar’ das capacidades individuais, como as cotas.”
Diante dos resultados, os responsáveis pelo estudo concluíram que “o campo democrático-popular precisa produzir narrativas contra-hegemônicas mais consistentes e menos maniqueístas ou pejorativas sobre as noções de indivíduo, família, religião e segurança”.
Estudioso da classe média e presidente do Instituto Locomotiva, o pesquisador Renato Meireles disse que encontra hoje na periferia muitas pessoas que se identificam como de direita, mas têm pensamento de esquerda. E vice-versa. “Essa discussão teórica não faz absolutamente nenhum sentido na vida do brasileiro médio. As pessoas não têm mais os patrões como inimigo, mas os políticos.”
Ainda segundo Meireles, o ódio em relação aos políticos vira muitas vezes um descontentamento em relação ao Estado. “É preciso, porém, entender que isso não significa que tenham como valor liberal o Estado mínimo, mas que eles não veem contrapartida em relação aos impostos que pagam.”
Sobre a cisão histórica entre classe média e burguesia, Meireles diz que há tempos ela já não existe. “É impossível enxergar o pensamento social do século XXI com as lentes do século XX.”
Ricardo Galhardo e Pedro Venceslau - O Estado de S.Paulo, 4.04.17.
Segundo a pesquisa Percepções e Valores Políticos nas Periferias de São Paulo, o eleitor da periferia vê o Estado não como indutor de qualidade de vida e oportunidades, mas como “inimigo” responsável por se apropriar do dinheiro dos impostos e fornecer serviços de baixa qualidade. A única forma de ascensão social é o mérito pessoal. Neste sentido, os eleitores que abandonaram o PT veem tanto Lula quanto Silvio Santos e Doria como principais exemplos de homens que “saíram de baixo” e venceram na vida.
“Há uma busca por identificação com histórias de superação e sucesso, é nessa medida que figuras tão díspares como Lula, Silvio Santos e Doria aparecem como exemplo. Em muitas circunstâncias, a figura de Lula é admirada menos pelas políticas que o governo dele implementou e mais porque ele próprio é um bom exemplo de ascensão social”, conclui o estudo, cujo levantamento foi realizado entre 22 de novembro de 2016 e 10 de janeiro deste ano.
O levantamento, tema de editorial do Estado na edição desta segunda-feira, 3, causou polêmica nas redes sociais.
A pesquisa coloca em xeque o conceito de luta de classes, base de quase toda literatura política de esquerda. “No imaginário da população não há luta de classes; o ‘inimigo’ é, em grande medida, o próprio Estado ineficaz e incompetente, abre-se espaço para o ‘liberalismo popular’ com demanda de menos Estado”, revela o levantamento.
Grande parte do eleitorado defende a adoção de métodos empresariais na gestão pública, uma das plataformas de Doria, e a grande maioria não soube nem sequer diferenciar esquerda de direita. “Direita é alguém direito, correto. Esquerda é quem vive reclamando. Eu acho que a direita é quem está no poder e a esquerda é a oposição!”, disse um homem branco, de 30 anos, com renda entre dois e cinco salários mínimos.
É certo que a crise econômica decorrente do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e os escândalos em série envolvendo petistas – e, posteriormente, políticos de outros partidos – tiveram forte efeito sobre o eleitorado histórico do PT.
A pesquisa, no entanto, vai além e mostra aspectos pouco estudados sobre o comportamento do eleitorado de periferia. Um deles é a visão da população de baixa renda em relação às cotas. “(Os entrevistados) Não negam a importância de políticas públicas e garantia de acesso a oportunidades, mas rejeitam aquelas que parecem ‘duvidar’ das capacidades individuais, como as cotas.”
Diante dos resultados, os responsáveis pelo estudo concluíram que “o campo democrático-popular precisa produzir narrativas contra-hegemônicas mais consistentes e menos maniqueístas ou pejorativas sobre as noções de indivíduo, família, religião e segurança”.
Estudioso da classe média e presidente do Instituto Locomotiva, o pesquisador Renato Meireles disse que encontra hoje na periferia muitas pessoas que se identificam como de direita, mas têm pensamento de esquerda. E vice-versa. “Essa discussão teórica não faz absolutamente nenhum sentido na vida do brasileiro médio. As pessoas não têm mais os patrões como inimigo, mas os políticos.”
Ainda segundo Meireles, o ódio em relação aos políticos vira muitas vezes um descontentamento em relação ao Estado. “É preciso, porém, entender que isso não significa que tenham como valor liberal o Estado mínimo, mas que eles não veem contrapartida em relação aos impostos que pagam.”
Sobre a cisão histórica entre classe média e burguesia, Meireles diz que há tempos ela já não existe. “É impossível enxergar o pensamento social do século XXI com as lentes do século XX.”
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Re: BUSSOLA POLITICA
O tópico já é velho, mas cá vai:
Penso que deu esquerda por causa da parte sobre o estado espiar os seus cidadãos... penso eu de que!
Penso que deu esquerda por causa da parte sobre o estado espiar os seus cidadãos... penso eu de que!
Re: BUSSOLA POLITICA
Passe na secção local mais próxima do Partido Comunista Português e se filie.cabeça de martelo escreveu:O tópico já é velho, mas cá vai:
Penso que deu esquerda por causa da parte sobre o estado espiar os seus cidadãos... penso eu de que!
Bem-vindo!
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Re: BUSSOLA POLITICA
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Re: BUSSOLA POLITICA
Não me lembro de ter visto ninguém além dos petralhas e afeminados da CUT/Apeosp reclamando, em todo caso, lembro de ter pesquisa folha.knigh7 escreveu:Queria ver qual o instituto de pesquisa que contrariava que a maioria da população apoiava o impeachment. ..prp escreveu:Aprovação da população. kkkkkkkkk
Pessoa lê veja e assiste rede bosta e acha que ali está a opinião da população.
Um país que é capitaneado por essa gente tem mais é que se lascar mesmo.
.
Certamente o povo esta é muito feliz de não precisar mais olhar pra cara da louca nos telejornais e ainda mais certo é que podemos nos divertir com as esporádicas entrevistas desastradas ou tentativas de se comunicar em outro idioma (dependendo do dia, da pra se divertir com as tentativas dela se comunicar com o idioma pátrio também).
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Re: BUSSOLA POLITICA
Wilton kvalheiro escreveu:
Não me lembro de ter visto ninguém além dos petralhas e afeminados da CUT/Apeosp reclamando, em todo caso, lembro de ter pesquisa folha.
.
Certamente o povo esta é muito feliz de não precisar mais olhar pra cara da louca nos telejornais e ainda mais certo é que podemos nos divertir com as esporádicas entrevistas desastradas ou tentativas de se comunicar em outro idioma (dependendo do dia, da pra se divertir com as tentativas dela se comunicar com o idioma pátrio também).
É, a Anta já foi mas o Drácula também não é nenhum campeão de popularidade não...
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Re: BUSSOLA POLITICA
É mas estamos falando da Anta...Túlio escreveu:Wilton kvalheiro escreveu:
Não me lembro de ter visto ninguém além dos petralhas e afeminados da CUT/Apeosp reclamando, em todo caso, lembro de ter pesquisa folha.
.
Certamente o povo esta é muito feliz de não precisar mais olhar pra cara da louca nos telejornais e ainda mais certo é que podemos nos divertir com as esporádicas entrevistas desastradas ou tentativas de se comunicar em outro idioma (dependendo do dia, da pra se divertir com as tentativas dela se comunicar com o idioma pátrio também).
É, a Anta já foi mas o Drácula também não é nenhum campeão de popularidade não...
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...se me perguntarem do Drácula falo dele tb.