ARMAS ANTICARRO
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- gabriel219
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Re: ARMAS ANTICARRO
Esta arma possui uma ogiva TB de 3 kg anti-material, podendo criar graves danos em um BTR. É mais leve do que o Carl Gustav e se a missão não requisitar de algo mais pesado, iria de RPO.
Abs.
- Wingate
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Re: ARMAS ANTICARRO
pt escreveu:É típico de configuração de uma unidade que se espera opera de forma defensiva e não ofensiva.FCarvalho escreveu:Se eu entendi correntamente, interessante notar que este ROB do EB sobre este tipo de veículo não solicitar um sistema mais complexo de lançamento dos mísseis, mas aparentemente indicar apenas o uso de reparos simples de infantaria sobre o veículo, com apenas um tiro por vez e recarregamento manual.
Basicamente, numa operação defensiva, você quer estar o menos visivel que for possível e para isso são mais adequados os sistemas transportados às costas, ou que facilmente se podem retirar de um veículo para disparar.
No caso brasileiro, tudo indica que mísseis como o NLAW seriam completamente «Overkill». Não há nas fronteiras brasileiras qualquer potêncial inimigo com tanques tão blindados que justificassem a utilização deste tipo de armas.
É sempre a mesma questão, que afeta todos os exércitos: Qual é o menor custo que podemos ter, para garantir que colocamos um inimigo fora de ação.
Num país como o Brasil, protegido por grandes distâncias, para impedir o avanço de forças pesadas inimigas, seria apenas necessário destruir as linhas de abastecimento. Os iraquianos fizeram isso durante os avanços americanos, mas o Iraque é um país proporcionalmente pequeno, pouco maior que o Mato Grosso do sul e menor que a Bahia ou Minas. A distâcia entre o Koweit e Bagdad, é menor que a distância entre a região de Corrientes na Argentina e São Paulo.
Não há nada nem ninguém que possa justificar a utilização de um armamento super sofisticado, quando se pode fazer a mesma coisa com algo mais barato.
Considerando esta observação, para a missão de ataque às linhas de abastecimento de um suposto inimigo, creio que uma arma do tipo RPG seria adequada devido ao seu custo relativamente baixo e facilidade de operação.Num país como o Brasil, protegido por grandes distâncias, para impedir o avanço de forças pesadas inimigas, seria apenas necessário destruir as linhas de abastecimento. Os iraquianos fizeram isso durante os avanços americanos, mas o Iraque é um país proporcionalmente pequeno, pouco maior que o Mato Grosso do sul e menor que a Bahia ou Minas. A distâcia entre o Koweit e Bagdad, é menor que a distância entre a região de Corrientes na Argentina e São Paulo.
Pergunta: teríamos no momento uma arma deste tipo sendo produzida no Brasil?
Antecipadamente grato,
Wingate
- marcusv
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Re: ARMAS ANTICARRO
ALAC, arma leve anticarro, teve seu lote piloto aprovado pelo Ctex em fevereiro deste ano!
- FCarvalho
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Re: ARMAS ANTICARRO
Gabriel, a versão M3 do Carl Gustav possui menos de 10 kgs de peso. Mas ao que sei, ainda não utilizamos esta versão do mesmo.gabriel219 escreveu:Esta arma possui uma ogiva TB de 3 kg anti-material, podendo criar graves danos em um BTR. É mais leve do que o Carl Gustav e se a missão não requisitar de algo mais pesado, iria de RPO.
Abs.
Como citei antes, é importante dispormos de uma combinação o mais flexível possível para atuar na missão anti-tanque, seja no sentido de abater CC's ou veículos bldos sobre rodas. E neste sentido, o que dispomos hoje, penso, na forma da ALAC/AT-4, do próprio Carl Gustav e dos futuros Mss-1.2, são suficientes.
No meu ponto de vista, a produção sob licença, ou o desenvolvimento de armamento nesta categoria deveria ser uma prioridade para o EB, tanto no sentido de seu uso extensivo como visto nos mais recentes conflitos, assim como pelo fato de proporcionar uma maior capacidade e efetividade de combate das tropas leves equipadas com eles.
Acredito somente que a adoção por complementaridade do NLAW seria para nós um adendo formidável por nos proporcionar uma maior flexibilidade e sobrevivência em missões de nossas tropas. Penso que seria interessante produzir sob licença ou desenvolver algo equivalente por aqui.
Como já coloquei, em um país como o nosso, do ponto de vista da nossa defesa, é melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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Re: ARMAS ANTICARRO
Sim, mas isso não excluiria onde o RPO poderia entrar. O Carl Gustav M3 ainda é pesado e o uso de uma arma leve e extremamente eficaz em um ataque a linhas de abastecimento (atacar, destruir e fugir) precisa de rapidez, armas eficazes e descartáveis (seus lançadores). Ai entra o RPO e o ALAC/AT-4.
Para missão anti-material, gosto mais do RPO do que do ALAC/AT-4, apesar desdes serem mais efetivos anti-blindagem, afinal foram feitos para isso.
Se é melhor ter e não precisar, também encaixaria vários RPO nos batalhões, principalmente fronteiriços.
Abs.
Para missão anti-material, gosto mais do RPO do que do ALAC/AT-4, apesar desdes serem mais efetivos anti-blindagem, afinal foram feitos para isso.
Se é melhor ter e não precisar, também encaixaria vários RPO nos batalhões, principalmente fronteiriços.
Abs.
- Hermes
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Re: ARMAS ANTICARRO
A não ser pela munição incendiaria que é bem legal, não vejo nenhuma vantagem do RPO sobre o AT4, inclusive sendo primeiro mais pesado, 11Kg sobre 6,7kg segundo os dados da Wikipédia. O AT4, possui uma gama muito boa de versões, inclusive a CS para uso urbano e outras para enfrentar bunkers.
http://en.wikipedia.org/wiki/AT4
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Re: ARMAS ANTICARRO
Meu caro Hermes, o RPO tem aquele atrativo quase sexual de ser uma arma russa!!!
Nada consegue super isto!!!
Bacchi
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Bacchi
Re: ARMAS ANTICARRO
Pelo que eu lembro de ter lido em algum lugar por aí, o RPO é apenas um substituto para os lança-chamas do Exército russo. E, supostamente, seria de dotação de tropas de engenharia de combate, não de infantaria. Depois, é que desenvolveram essas novas ogivas termobáricas para aumentar-lhes a eficácia.Hermes escreveu:A não ser pela munição incendiaria que é bem legal, não vejo nenhuma vantagem do RPO sobre o AT4, (...)
- FCarvalho
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Re: ARMAS ANTICARRO
Eu acredito que não nos faria mal algum se desenvolvêssemos uma família de mísseis a partir do Mss-1.2 assim como os israelenses fizeram com o seu Spike, que na minha opinião é hoje um dos sistemas AC mais efetivos e versáteis disponível no mercado.
Além disso, está mais do que patente o atraso no desenvolvimento do nosso ALAC, que apesar de ser uma arma relativamente simples, como de costume está demorando quase que uma eternidade para ficar pronta. E em material de lança-rojão, atualmente, neste lado de cá do mundo, ainda não inventaram nada melhor do que os AT-4 e suas versões. Faríamos muito bem em adotar outras versões do mesmo por aqui.
Para ilustrar o tópico: http://www.rafael.co.il/Marketing/342-1 ... eting.aspx
abs.
Além disso, está mais do que patente o atraso no desenvolvimento do nosso ALAC, que apesar de ser uma arma relativamente simples, como de costume está demorando quase que uma eternidade para ficar pronta. E em material de lança-rojão, atualmente, neste lado de cá do mundo, ainda não inventaram nada melhor do que os AT-4 e suas versões. Faríamos muito bem em adotar outras versões do mesmo por aqui.
Para ilustrar o tópico: http://www.rafael.co.il/Marketing/342-1 ... eting.aspx
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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Re: ARMAS ANTICARRO
Pois é Bacchi, existe nos fóruns em geral uma adoração quase mística em relação aos equipamentos russos, eles são melhores, sem embargos, os russos nos dariam plantas e projetos de mão beijada, etc. Gosto muito de vários equipamentos deles, mas não vejo essa perfeição toda em tudo que eles fazem, tem problemas como todos os outros. Pior é que quando nossas forças armadas não adotam algo russo em detrimento de equipamentos ocidentais são taxados de incompetentes, lesa pátrias e outros adjetivos.
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Re: ARMAS ANTICARRO
marcusv escreveu:ALAC, arma leve anticarro, teve seu lote piloto aprovado pelo Ctex em fevereiro deste ano!
E o MSS? Algum link, cupincha?
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Re: ARMAS ANTICARRO
Mas afinal, o que falta ao Mss 1.2 para ser aprovado e entrar efetivamente em produção? Um lote piloto já havia sido comprado há tempos atrás, salvo engano, e até agora, nada se soube sequer se o sistema foi testado ou não, se houve disparos, se foi usado, enfim...
Mesmo no CFN este sistema está envolto em uma névoa de desconhecimento que é difícil de entender.
Em qualquer lugar normal do mundo qualquer fabricante moveria céus e terras em marketing em relação aos testes de seu produto por parte das ffaa's, já que são elas o melhor "garoto propaganda" de qualquer industria de defesa. E no entanto, aqui nem a fabricante, e menos ainda as ffaa's dão qualquer sinal de querer informar ao público externo o que está havendo, ou não, com este míssil.
Se lotes pilotos são para testar e ver o que dá certo, e errado, em algo novo que se está comprando, porque toda essa, perdoem-me a expressão, frescura em divulgar os resultados obtidos pelo Mss 1.2?
Será que o negócio se mostrou tão ruim que o povo de farda nem quis saber de divulgar o resultado? Ou ao contrário, se deu certo, ou muito certo, porque então não se festejar estes bons resultados alardeando-os por aí, como fato atestador da qualidade da engenharia brasileira?
Bem, está difícil cada vez mais de explicar, e mais ainda de entender o que se passa com o Mss 1.2
abs.
Mesmo no CFN este sistema está envolto em uma névoa de desconhecimento que é difícil de entender.
Em qualquer lugar normal do mundo qualquer fabricante moveria céus e terras em marketing em relação aos testes de seu produto por parte das ffaa's, já que são elas o melhor "garoto propaganda" de qualquer industria de defesa. E no entanto, aqui nem a fabricante, e menos ainda as ffaa's dão qualquer sinal de querer informar ao público externo o que está havendo, ou não, com este míssil.
Se lotes pilotos são para testar e ver o que dá certo, e errado, em algo novo que se está comprando, porque toda essa, perdoem-me a expressão, frescura em divulgar os resultados obtidos pelo Mss 1.2?
Será que o negócio se mostrou tão ruim que o povo de farda nem quis saber de divulgar o resultado? Ou ao contrário, se deu certo, ou muito certo, porque então não se festejar estes bons resultados alardeando-os por aí, como fato atestador da qualidade da engenharia brasileira?
Bem, está difícil cada vez mais de explicar, e mais ainda de entender o que se passa com o Mss 1.2
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Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: ARMAS ANTICARRO
FCarvalho escreveu:
Bem, está difícil cada vez mais de explicar, e mais ainda de entender o que se passa com o Mss 1.2
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Re: ARMAS ANTICARRO
Verdade.FCarvalho escreveu:Em qualquer lugar normal do mundo qualquer fabricante moveria céus e terras em marketing em relação aos testes de seu produto por parte das ffaa's, já que são elas o melhor "garoto propaganda" de qualquer industria de defesa. E no entanto, aqui nem a fabricante, e menos ainda as ffaa's dão qualquer sinal de querer informar ao público externo o que está havendo, ou não, com este míssil.
E depois reclamam que as empresas não conseguiram vendas (pois só as internas não sustentam fábrica nenhuma) e acabaram fechando a linha de produção, nos deixando sem opções além de ir lá fora comparar sistemas que já fabricávamos. Este meu país é realmente um enigma insolúvel .
Leandro G. Card