República Centro Africana - MINUSCA

[FCarvalho]

Pois é, já que alguém aqui se borrou todo e considerou que o Líbano é um "lugar muito perigoso" para mandarmos nossos soldados, quem sabe aqui não está a sua oportunidade que queriam para fazer o mesmo serviço em um "lugar menos perigoso"....
abs.

O Exército Português esteve presente vários anos nessa missão com uma Companhia de Engenharia.

Pois é cabeça, e ninguém aí na terrinha ficou mais nervoso, ou perdeu o sono, por isso.
A UNIFIL hoje é uma missão menos problemática do que já foi, apesar do conflito na Síria.
Os problemas se deslocaram para o Golã, onde a ONU mantém gente há tempos, mas que de dois anos para cá, em função da insegurança na área por causa da guerrilha síria, e das ações do próprio exército sírio, vários países já pediram arrego de lá. E a ONU não encontra quem queira meter-se ali. Inclusive nós.

abs.

[FCarvalho]

Delmar, a Africa está em vias de se tornar, novamente, um "quintal" em disputa por vários atores de peso nesta primeira metade do séc. XXI.
Se quisermos atuar ali, terá de ser com muito mais do que idéias politicamente corretas e boas intenções.
E de momento, isto é tudo o que temos.
abs.

Falo da Africa da costa leste, junto ao Atlantico. Nada a ver com Sudao, Somalia, Egito ou os paises do mediterraneo e centro africano.
Boas intencoes seriam a nossa unica contribuicao se fossemos ao Oriente Medio, alem de servir de escada para os paises da Otan.

A diplomacia brasileira tem tido atitudes ambíguas em relação à África. De um lado boas intenções e a ladainha ideológica de sempre. De outro, atitudes um pouco mais pragmáticas. Mas em nenhum dos dois casos, a nossa influência e/ou permanência no continente sofreu alguma maior modificação em favor de nossos interesses.
Na maior parte da África ainda somos apenas o país do futebol. E só.
E do ponto de vista da diplomacia comercial e geo-estratégica, não podemos nos dar ao luxo de ficar escolhendo de quem queremos ser mais amigos ou não. Existem interesses macro-econômicos enormes em todas as partes da África, tanto que a China não anda poupando esforços para fixar-se na íntegra em todo o continente. Por que nós faríamos diferente?
A costa leste africana é tão importante para nós quanto o chifre da áfrica e mesmo a costa oriental, onde se situa um de nossos principais mercados, e pé de apoio, que é Moçambique. Para não falar no norte saariano, onde também também fazemos (bons) negócios há mais de 30 anos.
Veja que a coisa é um pouco maior e mais complicada do que simplesmente atuarmos nessa linha ideológica retórica de orientação sul-sul.
Negócios são negócios. E temos de ir onde eles nos sejam mais favoráveis. Ou criar, sendo o caso, situações que nos favoreçam. Aliás, como todo mundo faz até hoje na África, e no resto do mundo.
Os chineses sabem bem do que estou falando.

abs

[cabeça de martelo]

O Exército Português esteve presente vários anos nessa missão com uma Companhia de Engenharia.

Pois é cabeça, e ninguém aí na terrinha ficou mais nervoso, ou perdeu o sono, por isso.
A UNIFIL hoje é uma missão menos problemática do que já foi, apesar do conflito na Síria.
Os problemas se deslocaram para o Golã, onde a ONU mantém gente há tempos, mas que de dois anos para cá, em função da insegurança na área por causa da guerrilha síria, e das ações do próprio exército sírio, vários países já pediram arrego de lá. E a ONU não encontra quem queira meter-se ali. Inclusive nós.

abs.

Na verdade houve vários ataques de diarréia em massa quando o governo Espanhol disse que a tal Companhia de Engenharia ficaria inserida na Brigada Espanhola...

O CEME disse logo que não e que iamos ficar na Brigada Italiana como manda a tradição.

Tudo menos Espanhóis... segundo manda também a tradição.

[FCarvalho]

lendo essas coisas, dá para entender porque que nós aqui com os hermanos disputamos até em jogo de par ou ímpar....

Mas tem problema não. Se fôssemos ao Líbano, teríamos com certeza uma vaguinha para vocês.

abs.

[cabeça de martelo]

Neste momento não, nós já saimos de lá à já algum tempo.

Graças à dita austeridade agora está-se a apostar mais nas missões de treino e formação em África (Somália), nas missões de patrulhamento maritimo no mesmo continente (missões anti-pirataria), no patrulhamento aéreo no Mar Mediterrâneo (missões anti-emigração/SAR) e o já tradicional Afeganistão e Kosovo.

[FCarvalho]

Tragédia mais que anunciada...

Guerras na África voltam a recrutar crianças



Por Juan Carlos Bow

clippingUnicef calcula que há mais de 6 mil lutando na República Centro-Africana

Não importa a origem do conflito armado, seja religioso, econômico ou político, em quase todos – segundo a ONU – se comete o mesmo crime: o recrutamento de crianças como soldados. O recrudescimento das guerras na República Centro-Africana e no Sudão do Sul revelou que tanto os grupos rebeldes como as milícias pró-governo usam meninos como combatentes e meninas como escravas sexuais.

Organismos internacionais como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Anistia Internacional calculam que há hoje cerca de 20 países onde crianças são sistematicamente recrutadas para serem soldados. Eles se concentram na África e na Ásia – a exceção é a Colômbia. No total, o número de menores de idade participando de guerras é estimado em 300 mil.

No caso do conflito centro-africano, o Unicef calcula que mais de seis mil meninos já tenham sido recrutados. Nesse país, os bandos em disputa são a coalizão rebelde Seleka, integrada principalmente por muçulmanos, e as milícias de autodefesa cristãs chamadas Antibalaka (antifacões em sango, a língua local).

Carmen Molina Muñoz, diretora de cooperação e emergências do Unicef na Espanha, afirma que na RCA não há controle populacional, o que faz com que a cifra de menores combatentes possa ser ainda maior:

- Neste país existe um Estado falido, e isso facilita que os múltiplos grupos armados recrutem crianças sem controle.

Entre esses grupos, o Unicef identificou o Exército de Resistência do Senhor, a Convenção de Patriotas para a Justiça e a Paz Fundamental, a União das Forças Democráticas para a Unidade, estas últimas integrantes da coalizão Seleka.

A forma de recrutar as crianças é similar à de quase todos os conflitos: são sequestrados em suas escolas ou aldeias. Entretanto, há casos de menores que se voluntariam, ou acreditando que podem sair da extrema pobreza ou vingar a morte de algum parente.

O Unicef informou que, na semana passada, foram liberados em Bangui, capital da República Centro-Africana, 23 adolescentes de entre 14 e 17 anos que haviam sido recrutados por grupos armados. Seis deles eram meninas.

Desde maio de 2013, o Unicef e seus aliados liberaram 229 menores de idade vinculados às forças rebeldes ou milícias da RCA.

FONTE: O Globo

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=36574

[cabeça de martelo]

Isso é chapa 5, sempre que há guerra em áfrica vemos crianças de AK nas mãos, seja que país for!

[FCarvalho]

De qualquer forma, crianças não deveriam ser vistas, em lugar algum deste mundo, com Ak's ou qualquer outro tipo de armas, nas mãos.
Quando o ser humano chega a este nível, é porque todos os limite do bom senso, ou mesmo do senso próprio de humanidade, foram ignorados e ultrapassados. E não se pode ficar apenas olhando, como se fosse uma coisa comum.

Já não bastasse ver a juventude ocidental se auto-destruindo em meio ao consumo de todo tipo de drogas, games violentos e inúteis, novelas, filmes e um comportamento indistintamente pornográfico, numa vida desenfreada "sem eira, nem beira e nem esteira..." como diria minha avó, ainda temos que aturar este tipo de coisa como se normal fosse.

Depois ainda querem dizer que nós neste lado de cá do mundo é que somos os civilizados....

abs.

[cabeça de martelo]

GNR está de regresso a um cenário de guerra

Um pelotão da GNR vai ser enviado em abril para a República Centro-Africana, palco de um dos conflitos mais sangrentos do mundo.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, aprovou a integração de militares da GNR numa companhia da European Gendarmerie Force que vai ser destacada, já em abril, para a República Centro-Africana (RCA), palco de um sangrento conflito. Segundo soube o DN em primeira mão, junto de fonte governamental, vai ser destacado um pelotão (22 elementos) de militares da Unidade de Intervenção (UI) da GNR, que se junta a outros três de Espanha, Polónia e França. Portugal tem participado em diversas manutenções de paz em todo o mundo, não só com a GNR, mas também com as Forças Armadas.

http://www.dn.pt/Inicio/interior.aspx?c ... id=3714855[/quote]

[cabeça de martelo]

GNR já treina as tropas para a República Centro Africana

Velhos armazéns e edifícios abandonados no Fogueteiro, Alcochete e Trafaria, são neste momento os "cenários de guerra" que a GNR está a utilizar para treinar os militares, que já selecionou, para integrar o pelotão que será destacado, no próximo mês, para a República Centro Africana (RCA).

Tratam-se de locais, com características urbanas, onde é possível simular as ações que estão definidas na missão de alto risco que vão assumir na capital, Bangui.
Ao que o DN apurou, a GNR pode aumentar para 27 o número de militares que vai destacar em vez dos 22 que de início estavam previstos. Todos os operacionais recrutados fazem parte da Unidade de Intervenção, a "elite" desta força de segurança e todos já tiveram experiência em cenários de guerra ou de conflito.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=3731442

[irlan]

A prioridade das relações brasileiras na Africa são com os países Lusófonos e com a áfrica do sul creio eu(pelos programas de mísseis),mas quando olhamos para os países do norte da áfrica junto com o Mediterrâneo eu acho que a coisa muda um pouco.


Oque os chineses andam fazendo na áfrica?, estão mandando empreiteiras pra lá?, vendendo armas?, comprando terras para mandar comida para a sempre faminta China?

[FCarvalho]

A África do Norte sempre foi e continua a ser área de influência da Europa. Pelo menos assim eles pensam.

Quanto a China, eles estão fazendo tudo isso aí que falaste e mais um pouco.

Para esse ano, esqueçam qualquer possibilidade de o Brasil enviar tropas ou assumir qualquer missão da ONU em TO mais quente como a RCA, onde aliás nossa presença seria mesmo necessária e um diferencial, além de muito bem vinda, penso eu. vide a sanguinária disputa sectária entre cristãos e muçulmanos ali estabelecida.

Mas ninguém aqui vai querer arriscar nada. Não pelo menos até novembro acabar.

abs.

[FCarvalho]

Para entender melhor o conflito e porque a nossa presença lá seria importante, também.



abs.

[FCarvalho]

Um pequeno documentário da tv portuguesa sobre o conflito naquele país. Vale a pena ver.



abs.

[FCarvalho]

Vídeo ONU Brasil sobre a atual situação na RCA. Se achavam que estava tão ruim, pelo que se vê não é o que parece.



abs.