Ataque à Síria

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Ataque à Síria

#1 Mensagem por rodrigo » Ter Ago 27, 2013 11:54 am

Síria promete defender-se contra ataque ocidental; ONU adia missão

O ministro das Relações Exteriores do país, Walid Mualem, desafiou a comunidade internacional a apresentar provas de um ataque químico

Damasco - O governo sírio, acusado pela comunidade internacional de ter bombardeado com armas químicas uma área controlada por rebeldes, prometeu nesta terça-feira (27/8) defender-se de um eventual ataque ocidental, que é cogitado por alguns dirigentes da comunidade internacional. Segundo o governo de Bashar al-Assad, os especialistas da ONU que investigam um suposto ataque com armas químicas suspenderam as tarefas até quarta-feira, ante a falta de garantias dos rebeldes.

"Temos duas opções: rendição ou defesa com os meios que temos. A segunda alternativa é a melhor: nos defenderemos", declarou o ministro das Relações Exteriores do país, Walid Mualem. "Atacar a Síria não é um assunto fácil. Dispomos de meios defensivos que surpreenderão os demais", disse Mualem, que reafirmou que a Rússia não abandonará o país.

Ao mesmo tempo, Muallem afirmou que um ataque ocidental não afetaria a campanha militar de Damasco contra os rebeldes. "Se acreditam que assim poderão impedir a vitória de nossas Forças Armadas, se enganam", afirmou em entrevista coletiva em Damasco.

Ele também desafiou a comunidade internacional a apresentar provas de um ataque químico. "Escutamos os tambores da guerra ao redor de nós. Se querem executar um ataque contra a Síria, penso que o pretexto das armas químicas não é válido para nada. Eu os desafio a mostrar as provas", disse o ministro.

Visita cancelada

A ONU confirmou que adiou uma nova visita de seus especialistas em armas químicas em uma área próxima a Damasco por razões de segurança. Depois do ataque de franco-atiradores na segunda-feira (26/8), a visita desta terça-feira "deve ser adiada por um dia para para melhorar a preparação e a segurança da equipe", assinalou o porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.

A imprensa americana afirma que nos próximos dias fontes da inteligência dos Estados Unidos devem revelar informações que confirmariam a acusação de que Damasco usou armas químicas em 21 de agosto. Segundo a oposição, o ataque em Moadamiyat al-Sham e Ghuta Oriental, zonas controladas pelos rebeldes ao oeste e leste de Damasco, deixou quase 1.300 mortos.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta terça-feira no Twitter ter convocado o Parlamento na quinta-feira com o objetivo de votar sobre uma resposta do Reino Unido aos ataques com armas químicas na Síria. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estuda a possibilidade de um ataque à Síria que deve ser breve e limitado, afirma a imprensa americana.

A opção militar preocupa a Rússia, que pediu prudência. "As tentativas de usar o Conselho de Segurança (da ONU), de criar mais uma vez pretextos artificiais e sem fundamentos para uma intervenção militar na região causarão mais sofrimento na Síria e terão consequências catastróficas para os outros países do Oriente Médio e do norte da África", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.

O ministério russo reiterou ainda uma grande decepção com a decisão dos Estados Unidos de adiar uma reunião prevista com a Rússia em Haia sobre a crise na Síria. O governo dos Estados Unidos tem poucas esperanças de obter a autorização do Conselho de Segurança da ONU em função da intransigente oposição da Rússia. "Na Síria foram utilizadas armas químicas", disse na segunda-feira o secretario de Estado americano John Kerry, sem designar claramente quem usou o armamento.

Um eventual ataque não duraria mais de dois dias e evitaria um envolvimento maior dos Estados Unidos na guerra civil que a Síria vive desde março de 2011, destaca o jornal Washington Post, que cita fontes do governo que pediram anonimato.

Washington poderia ordenar um ataque com mísseis de cruzeiro a partir de frota posicionada no Mediterrâneo, afirma o jornal New York Times. A intervenção seria pontual e não buscaria a derrubada do presidente Bashar al-Assad nem a mudança de curso da guerra civil na Síria, completa o NYT.

Na segunda-feira, os especialistas, que trabalham em "circunstâncias muito difíceis", visitaram dois hospitais e conversaram com "testemunhas, sobreviventes e médicos e também conseguiram recolher amostras", afirmou o secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon.

http://www.correiobraziliense.com.br/ap ... ssao.shtml




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Re: Ataque à Síria

#2 Mensagem por rodrigo » Ter Ago 27, 2013 11:55 am

Cameron volta de férias e convoca Parlamento para avaliar ataque à Síria

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, interrompeu as férias e convocou o Parlamento para votar na quinta-feira um pedido de autorização para intervir militarmente na Síria.

O gesto abre caminho para um eventual ataque do Reino Unido ao regime do ditador Bashar al-Assad e amplia a pressão sobre o presidente dos EUA, Barack Obama.

De volta a Londres, Cameron acusou o governo sírio de atacar a população civil com armas químicas e prometeu dar uma resposta "clara" ao país.

Ele informou que o presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, concordou com a convocação extraordinária dos deputados, que só voltariam do recesso de verão (Hemisfério Norte) na próxima segunda-feira (2).

"Haverá uma clara moção do governo e uma votação sobre a resposta do Reino Unido aos ataques com armas químicas", afirmou Cameron, no Twitter.

A oposição trabalhista não deve se opor ao eventual ataque. Também nesta terça-feira, o ex-premiê Tony Blair publicou artigo no jornal "The Times" em defesa de uma intervenção militar na Síria.

Mais cedo, um porta-voz de Cameron afirmou que o governo já prepara um plano de ação na Síria e classificou o uso de armas químicas como "aberrante e inaceitável".

A iniciativa do primeiro-ministro indica que o governo britânico não está disposto a esperar um parecer das Nações Unidas, que enviaram inspetores à Síria para examinar o possível uso de gás sarin contra civis.

A crise se precipitou neste fim de semana com a divulgação de imagens de centenas de vítimas de um suposto ataque do regime na periferia de Damasco.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... iria.shtml




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Re: Ataque à Síria

#3 Mensagem por rodrigo » Ter Ago 27, 2013 11:57 am

EUA estão prontos caso Obama ordene ataque à Síria, diz secretário

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse nesta terça-feira que o país está pronto caso o presidente Barack Obama ordene uma intervenção militar na Síria. A chance de uma ação americana cresceu após Washington afirmar que o regime de Bashar al-Assad usou armas químicas.

A declaração foi feita na segunda (26) pelo secretário de Estado americano, John Kerry, que disse ser inegável o uso dos agentes químicos. O uso do armamento foi a condição colocada por Obama para uma intervenção militar na Síria.

Em entrevista à rede de televisão BBC, Hagel afirmou que as Forças Armadas americanas movimentaram recursos para permitir que a ação aconteça o mais rápido possível. "Estamos prontos para atuar. Deslocamos recursos para cumprir e acatar qualquer opção que o presidente deseje realizar", declarou Hagel.

Ele acrescentou que os Estados Unidos em breve apresentarão as provas do uso pelo regime sírio de Bashar al-Assad de armas químicas. Após discussões com seus colegas britânicos e franceses no início do dia, Hagel disse que "a maioria dos países acredita que o regime sírio está por trás do ataque perto de Damasco.

"Eu acho que a maioria dos nossos aliados, os países da comunidade internacional com quem falamos e temos contactado, tem poucas dúvidas de que os direitos humanos mais básicos foram violados com o uso de armas químicas (pelo regime sírio) contra seu próprio povo".

Estados Unidos, França e Reino Unido avaliam uma intervenção militar na Síria após a acusação rebelde de um ataque militar contra civis na região de Ghouta, área ao lado da capital síria dominada pelos opositores. Segundo ativistas, cerca de 1.300 pessoas morreram.

Já a organização Médicos Sem Fronteiras afirma que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos causados por intoxicação, sendo que 355 morreram. A ação aconteceu três dias após a chegada dos inspetores da ONU a Damasco para verificar denúncias de armas químicas.

ATAQUE

Segundo o jornal "Washington Post", Obama planeja uma ação rápida na Síria, destinada a ser uma punição ao regime de Bashar al-Assad para o uso de armas químicas. Integrantes do governo americano ouvidos pela publicação afirmam que Washington não deseja se envolver muito no conflito.

Os funcionários afirmam que esse ataque não deve durar mais de dois dias e envolverá mísseis, que seriam lançados de navios e bases no mar Mediterrâneo. Os alvos seriam instalações militares não relacionadas com os depósitos de armas químicas.

O ataque só seria autorizado após a liberação de um informe da inteligência americana sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio, consulta a países aliados e ao Congresso e a determinação de uma justificativa pela lei internacional.

Com a possibilidade de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, a decisão sobre a intervenção deverá ser tomada pela Otan, assim como na ação à antiga Iugoslávia no conflito de Kosovo, em 1999, e mais recentemente no caso da Líbia, há dois anos.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... ario.shtml




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Re: Ataque à Síria

#4 Mensagem por FOXTROT » Ter Ago 27, 2013 11:58 am





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Re: Ataque à Síria

#5 Mensagem por rodrigo » Ter Ago 27, 2013 12:02 pm

Failure awaits any US attack on Syria: President Assad

Syrian President Bashar al-Assad has warned that ‘failure awaits the United States’ if it launches a war on his country.

“Failure awaits the United States as in all previous wars it has unleashed, starting with Vietnam and up to the present day,” Assad said in an interview published on the Russian newspaper Izvestia on Monday.

He was reacting to the recent war rhetoric by US officials about a possible attack on Syria over the government's alleged use of chemical weapons in the country.

Assad rejected as politically motivated the Western allegations about the use of chemical weapons by the Syrian army.

“The comments [accusing the government of using chemical weapons] made by politicians in the West and other countries are an insult to common sense... It is nonsense,” Assad stated.

“Would any state use chemical or any other weapons of mass destruction in a place where its own forces are concentrated? That would go against elementary logic.”

The Syrian president also said his country is dealing with both individual terrorist groups and entire terrorist armies that are similar in terms of ideology and are backed by the same sponsors.

Assad said Saudi Arabia is both the ideological and financial sponsor of terrorists, propagating Wahhabi ideology and supplying money to insurgents.

The Syrian president added that there is no army in the world that can be fully operational throughout a country, and this is what terrorists take advantage of.

However, he underlined that the Syrian army can destroy the militancy in the country, not immediately, but eventually.

President Assad noted that tens of thousands of foreign terrorists are passing into Syria every month. He added that the Israeli regime is involved in fighting against the Syrian government and as evidence noted that Israel's treating of “dozens of terrorists in its hospitals.”

Assad said that Western leaders would not succeed in turning Syria into a puppet of the West.

“If someone dreams of turning Syria into a puppet of the West - they won’t succeed.”

The US Department of Defense has said that Washington is ready for military action if US President Barack Obama gives the go ahead.

On Saturday, Obama held high-level talks with his security aides over a range of potential options. France and Israel have already called for military action.

On August 21, the so-called opposition Syrian National Coalition claimed that 1,300 people were killed in a government chemical attack on militant strongholds in Damascus suburbs of Ain Tarma, Zamalka and Jobar.

The Syrian government, however, has vehemently rejected the allegation, saying foreign-backed militants had carried out the attack with the aim of framing the government.

On August 24, Syrian forces found chemical agents in tunnels dug by the militants in Jobar.

http://www.globalsecurity.org/wmd/libra ... sstv02.htm




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Re: Ataque à Síria

#6 Mensagem por Boss » Ter Ago 27, 2013 12:19 pm

Assad tem um pensamento mais nobre que o dos líderes europeus, vejam.

Não quer que seu país vire um "Puppet of the West". A Europa virou uma coisa de nível parecido/pior que Porto Rico dentro da esfera administrativa dos EUA, e seus líderes acham normal. :lol:




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Re: Ataque à Síria

#7 Mensagem por Grifon » Ter Ago 27, 2013 12:25 pm

Análise: Ataque dos EUA puniria Assad, mas não definiria guerra

PETER APPS
DA REUTERS, EM LONDRES

Um eventual ataque dos EUA e aliados contra a Síria provavelmente teria como objetivo dar uma lição ao ditador sírio, Bashar al-Assad, e também ao Irã, sobre os riscos de desafiar o Ocidente, mas não bastaria para definir os rumos da guerra civil.

Autoridades dos EUA e da União Europeia dizem que um ataque curto e agressivo, possivelmente feito com mísseis de cruzeiro, seria a resposta preferida ao suposto ataque com armas químicas contra subúrbios rebeldes de Damasco, na semana passada, por ordem de Assad.

Se o ataque for adiante, o governo de Barack Obama terá de selecionar os alvos com extremo cuidado, pois seu objetivo será conter não só Assad como também o Irã, aliado da Síria envolvido em atritos com o Ocidente por causa do seu programa nuclear.

"O governo precisa decidir qual é seu objetivo: punição para mostrar que há um preço e para restabelecer uma dissuasão, ou mudar o equilíbrio de poder na Síria", disse Dennis Ross, que foi assessor graduado da Casa Branca para questões do Oriente Médio até o final de 2011. "Suspeito que irá inclinar-se para a primeira."

Em 2011, bombardeios da Otan contribuíram para definir os destinos da guerra civil na Líbia, ao destruir as defesas antiaéreas do regime de Muammar Gaddafi e permitir que rebeldes tomassem o poder. Mas, no caso da Síria, é improvável que Obama opte por algo semelhante.

Autoridades dos EUA dizem que o Pentágono apresentou uma gama de planos possíveis à Casa Branca, e analistas acham que a margem de manobra é pequena.

"Acho que (o ataque) irá acontecer, mas será mínimo, suficiente apenas para mostrar ao mundo que fizemos alguma coisa", disse Hayat Alvi, conferencista de estudos do Oriente Médio no Colégio de Guerra Naval dos EUA. "O objetivo mais amplo é não deixar os EUA envolvidos demais, e especialmente não permitir nenhuma bota (soldado) no terreno."

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, já disse que as Forças Armadas norte-americanas estão prontas para agirem imediatamente se receberem ordens de Obama.

Potências ocidentais avisaram a oposição síria para esperar um ataque contra as forças de Assad dentro de alguns dias, de acordo com fontes que participaram de uma reunião entre enviados dos EUA e seus aliados e a Coalizão Nacional Síria, em Istambul.

A oposição síria diz que centenas de pessoas morreram enquanto dormiam por causa de um ataque com gás realizado pelo governo contra subúrbios de Damasco dominados por rebeldes, na quarta-feira. Imagens das vítimas, inclusive crianças, rodaram o mundo na Internet, gerando indignação internacional.

Mas, mesmo antes desse fato, os EUA e seus aliados já estavam reforçando sua presença militar na região. A Síria atribuiu o ataque químico a rebeldes, mas EUA, Reino Unido e França dizem haver pouquíssimas dúvidas de que a responsabilidade recai sobre as forças governamentais.

Algumas autoridades ocidentais temem que, sem uma reação imediata, Assad se sentirá livre para voltar a usar armas químicas impunemente.

Há um ano, Obama disse que o uso de armas químicas no conflito sírio seria um limite inaceitável para os EUA. Alguns temem que uma inação diante de um fato comprovado passe um sinal de que Obama também seria tolerante com relação a outros "limites intransponíveis" -- incluindo o programa nuclear iraniano, que o Ocidente diz estar associado ao desenvolvimento de armas, o que Teerã nega.

Além disso, a falta de uma ação agressiva contra o regime sírio poderá levar Israel a agir por contra própria, atacando instalações nucleares iranianas e causando ainda mais instabilidade na região.

ALVOS DELICADOS

A escolha dos alvos acarretaria riscos. O mais provável, dizem autoridades, seriam bombardeios a instalações de comando e controle de Assad, suas defesas aéreas e alguma parte do arsenal químico que, na avaliação dos especialistas, possa ser atacada sem o perigo de espalhar substâncias nocivas no ambiente.

Outra preocupação é não causar a morte de nenhum técnico militar da Rússia, país que é o principal aliado de Assad no cenário internacional. Tal incidente poderia inflamar as já frágeis relações do Ocidente com Moscou.

Fontes de defesa dizem que os comandantes dos EUA desejam contar com uma força esmagadora e com uma robusta coalizão regional para conter a eventual retaliação síria. O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, disse na terça-feira que o suposto ataque da quarta-feira foi "um crime contra a humanidade", que não pode ficar impune.

Autoridades ocidentais, incluindo algumas diretamente envolvidas nas decisões, dizem que as sofisticadas defesas antiaéreas da Síria e as preocupações com o risco de vítimas entre aviadores aliados faz com que os mísseis de cruzeiro sejam a opção mais provável.

Nesse cenário, navios e aviões dos EUA disparariam mísseis sem entrar no espaço aéreo sírio. Os EUA já anunciaram que elevaram para quatro o número de porta-aviões que estão no Mediterrâneo e são capazes de transportar mísseis de cruzeiro.

O mais poderoso navio dos EUA na região, o porta-aviões Harry S. Truman, deixou o Mediterrâneo em 18 de agosto, quando cruzou o canal de Suez para chegar ao mar Vermelho. Mas ele também pode estar em condições de atingir a Síria.

Fontes de defesa dizem que o Reino Unido mantém há meses um submarino ofensivo no Mediterrâneo. Já a França acaba de reformar seu porta-aviões Charles de Gaulle, que em três dias teria condições de viajar de Toulon, seu porto atual, para o litoral da Síria.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... erra.shtml




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Re: Ataque à Síria

#8 Mensagem por FOXTROT » Ter Ago 27, 2013 12:45 pm

Síria conta com meios para responder a um ataque ocidental, diz fonte russa
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html


Uma possível intervenção ocidental na Síria não representará uma vitória fácil, já que o país contra com sistemas de defesa antiaérea capazes de responder aos ataques, afirmou nesta terça-feira uma fonte militar russa citada pela agência Interfax.

"Se o exército americano, junto com a Otan, lançar uma operação contra a Síria, não será uma vitória fácil", declarou a fonte.

"Os sistemas de mísseis multifuncionais terra-ar Buk-M2E e os outros meios de defesa antiaérea do exército sírio vão garantir uma resposta apropriada aos agressores", acrescentou.

A Síria conta atualmente com 10 baterias desses sistemas multifuncionais, disse ainda.




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Re: Ataque à Síria

#9 Mensagem por U-27 » Ter Ago 27, 2013 1:02 pm

Espero que a Russia reaja a contento, alias:
http://syrianfreepress.wordpress.com/20 ... s-tartous/




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

http://ridingaraid.blogspot.com.br/ meu blog
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Re: Ataque à Síria

#10 Mensagem por Bourne » Ter Ago 27, 2013 1:05 pm

Vai dar em nada. :x




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Re: Ataque à Síria

#11 Mensagem por Strider » Ter Ago 27, 2013 1:08 pm

Pode ser o estopim de uma 3ª Guerra Mundial isso daí [002]

Não esperem um passeio como na Libia!




"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara sua própria queda."

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Re: Ataque à Síria

#12 Mensagem por Lirolfuti » Ter Ago 27, 2013 1:11 pm

Avião de Moscou chega à Síria com comida e para tirar 180 russos do país

Um avião de carga russo pousou na Síria nesta terça-feira (27) com ajuda humanitária destinada ao país árabe, disse o Ministério Russo de Situações de Emergência ao site de notícias "Russia Today". A aeronave também ajudará a tirar cidadãos russos no país, que vive uma guerra civil e pode sofrer uma intervenção militar nos próximos dias. A aeronave levou 20 toneladas de comida na cidade portuária de Latakia, segundo o site. O avião voltará à Rússia com 180 moradores de países pertencentes à antiga União Soviética que manifestaram desejo de deixar o país.

A guerra na Síria já dura mais de dois anos e deixou milhares de mortos - quase 100 mil, segundo estimativas. Na semana passada, gás tóxico foi usado em uma área no subúrbio de Damasco, matando pelo menos 355, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, que estima ter realizado mais de 3.600 atendimentos de pessoas que inalaram gás. A oposição fala em mais de mil mortos no ataque e acusa o regime Assad pela matança; o governo sírio acusa os rebeldes pelo ataque e chegou a dizer que achou produtos químicos usados por eles. Nesta terça-feira (27), fontes ouvidas por agências de notícias afirmam que uma intervenção militar na região é iminente, e deve ser liderada pelos EUA. Desde o fim de semana, as forças americanas se posicionam para a possibilidade de um ataque na região

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, desafiou os Estados Unidos a provar que o governo de Bashar Assad foi responsável pelo ataque químico, e disse que o regime usará "todos os meios possíveis" em caso de um ataque estrangeiro.

A Rússia é um dos países contrários à entrada de outras nações na guerra síria. Na segunda-feira (26), o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse que qualquer intervenção internacional sem a aprovação dos países que compõem o Conselho de Segurança da ONU é uma "grave violação do direito internacional".

Segundo ele, o Ocidente se dirige para "um caminho muito perigoso", pois é incapaz de fornecer as provas que sustentem suas alegações sobre o ataque químico supostamente realizado pelo regime sírio. Na segunda-feira (26), o secretário de Estado americano explicou o porquê de não haver provas: John Kerry disse que o regime de Assad destruiu evidências do ataque com gás tóxico em Damasco e que o ataque, "uma obscenidade indesculpável", foi obra do governo sírio. Inspeção sob fogo cruzado

Segundo Muallem, o governo sírio tem colaborado com os inspetores da ONU que estão no país. Na segunda-feira (26), um grupo que ia verificar a área do suposto ataque químico foi recebida a tiros e deixou o local. Ninguém ficou ferido.

"Nós não tínhamos como garantir a segurança deles", afirmou o chanceler sírio.

A missão dos especialistas da ONU que investiga o suposto uso de armas químicas na Síria foi adiada para quarta-feira (28). Segundo Muallem, a medida foi tomada por falta de garantias dos rebeldes.

"Hoje [terça], nos surpreendeu o fato de que não puderam seguir para o local porque os rebeldes não conseguiram chegar a um acordo para garantir a segurança da missão. Portanto, a missão foi adiada para amanhã (quarta)", disse o ministro.
Reino Unido discute intervenção

O Reino Unido já discute planos para uma possível operação militar em resposta ao suposto uso de armas químicas na Síria, afirmou nesta terça-feira um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron. Uma sessão do Parlamento britânico foi convocada para tratar do tema na quinta-feira (29). (Com agências internacionais)
http://noticias.uol.com.br/internaciona ... o-pais.htm




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Re: Ataque à Síria

#13 Mensagem por Lirolfuti » Ter Ago 27, 2013 1:14 pm

Síria e seus aliados teriam reação limitada em caso de ataque ocidental pontual

BEIRUTE, 27 Ago 2013 (AFP) - A reação da Síria e de seus aliados deve ser limitada em caso de um ataque ocidental pontual, mas uma ofensiva de envergadura com o objetivo de derrubar o regime de Bashar al-Assad incendiaria a região, segundo os analistas de política internacional.

"Tudo depende da natureza, da amplitude e do objetivo de uma ofensiva ocidental. No momento, penso principalmente em um ataque de advertência, nada mais", explicou à AFP Joseph Bahout, professor da Sciences-Po París.

"Neste caso, nem (o movimento xiita libanês) Hezbollah, nem o Irã irão além", acresentou.

Teerã e o Hezbolah, que combate ao lado do exército sírio contra os rebeldes, são, junto com a Rússia, os principais aliados do regime de Damasco.

"Podemos imaginar ataques 'laterais e indiretos', como agressões contra a Finul (missão das Nações Unidas para manter a paz no Líbano) ou como o lançamento anônimo de mísseis contra Israel. Enfim, sem novidades", assinalou.

No entanto, se os ocidentais decidirem acabar com o regime, tudo mudaria.

"Neste caso, não podemos descartar uma reação extrema, principalmente do Irã, e ainda resta uma incógnita: a reação russa", destacou o especialista em Oriente Médio e Síria.

Moscou afirmou nesta terça-feira que uma intervenção como esta teria "consequências catastróficas", mas o chefe da diplomacia russa Serguei Lavrov afirmou que seu país não tem "a intenção de entrar em guerra com ninguém".

As capitais ocidentais intensificam as conversações de alto nível para preparar uma resposta ao suposto ataque químico que deixou, segundo a oposição síria, centenas de mortos.

Durante um encontro na segunda-feira com um alto representante da ONU, o chefe da diplomacia iraniana, Mohamed Javad Zarif, advertiu que "o uso de meios militares teria duras consequências não apenas para a Síria, como também para toda a região".

"No momento, o Irã lança suas advertências, mas se os americanos decidirem intervir, tropeçarão na mesma pedra e o Irã se manterá à margem para observar como os americanos e seus aliados se afundam neste lamaçal", assegurou Amir Mohebian, analista e jornalista que mora no Irã.

No entanto, para Basam Abu Abdallah, diretor do Centro de Damasco para os Estudos Estratégicos, qualquer ataque, inclusive limitado, pode resultar em algo maior.

"Os americanos poderão atacar para preservar sua imagem frente aos aliados que criticam a postura de espera, para chegar em posição de força ante os russos nas negociações de paz e para dar uma mão aos rebeldes", explicou.

Mas, segundo ele, se o ataque acontecer, isto provocará uma resposta e "toda a região entrará no conflito e será uma guerra regional, mesmo que atualmente nenhum dos protagonistas queira revelar suas cartas".

"Quem garante que um confronto desse tipo não resulte numa guerra total e que uma resposta ao ataque químico não vá abrir as portas do inferno?, questiona Ibrahim al Amine, diretor do Al-Akhbar, jornal libanês ligado à Síria e ao Hezbollah.

Em entrevista ao jornal russo Izvestia, o presidente sírio Bashar al-Assad advertiu a Washington que um ataque ocidental fracassará, como "em todas as guerras anteriores, começando pelo Vietnã".

Para os aliados de Damasco, a linha vermelha é uma ação militar para derrubar o regime.

"A Síria conta na região com verdadeiros amigos que não permitirão que este país caia em mãos dos Estados Unidos, Israel ou grupos takfiri (extremistas sunitas)", afirmou o chefe do Hezbollah em abril.

Um porta-voz do grupo pró-regime sírio Frente Popular de Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG) assinalou na segunda-feira que "os interesses na região de todos aqueles que participarem na agressão contra a Síria serão alvos legítimos".
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ontual.htm




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Re: Ataque à Síria

#14 Mensagem por LeandroGCard » Ter Ago 27, 2013 1:18 pm

FOXTROT escreveu:Síria conta com meios para responder a um ataque ocidental, diz fonte russa
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html


Uma possível intervenção ocidental na Síria não representará uma vitória fácil, já que o país contra com sistemas de defesa antiaérea capazes de responder aos ataques, afirmou nesta terça-feira uma fonte militar russa citada pela agência Interfax.

"Se o exército americano, junto com a Otan, lançar uma operação contra a Síria, não será uma vitória fácil", declarou a fonte.

"Os sistemas de mísseis multifuncionais terra-ar Buk-M2E e os outros meios de defesa antiaérea do exército sírio vão garantir uma resposta apropriada aos agressores", acrescentou.

A Síria conta atualmente com 10 baterias desses sistemas multifuncionais, disse ainda.
Vão derrubar drones e decoys até acabarem os mísseis, e depois vem os aviões e mísseis de cruzeiro de verdade e acabam com o que quiserem dentro da Siria.

Os sírios me parecem muito longe da saber realmente como utilizar modernos sistemas de defesa AAe, mesmo que de fato os possuam. E em qualquer caso a quantidade será totalmente insuficiente para a defesa por mais do que uns poucos dias.


Leandro G. Card




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rodrigo
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Re: Ataque à Síria

#15 Mensagem por rodrigo » Ter Ago 27, 2013 1:19 pm

Netanyahu: Israel will respond forcefully if Syria attacks

PM says Israel prepared for any scenario; senior U.S. officials tell NBC a U.S. strike may be launched as early as Thursday.

Prime Minister Benjamin Netanyahu said Tuesday that Israel would respond with force to any attack from Syria, as Western powers were preparing for possible military action over the alleged use of chemical weapons in the embattled country.

http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... m-1.543818




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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