A Engenharia de Construção e de Combate no EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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jauro
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#61 Mensagem por jauro » Seg Nov 04, 2013 2:38 pm

PLANALTO ESCOLHE O EXÉRCITO COMO REFERÊNCIA EM ENGENHARIA E LOGÍSTICA

Agilidade na execução, baixo custo e amplo domínio de ferramentas digitais de gestão levaram a decisão

Brasília e São Paulo — A presidente Dilma Rousseff se convenceu de que o Exército tem a melhor experiência e a mais avançada tecnologia para servir de modelo em todas as investidas do setor público na área de infraestrutura. Após liderar e sustentar o ritmo de 16 importantes projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a instituição foi convocada pela “comandante suprema das Forças Armadas” para uma tarefa mais audaciosa. Ela quer que os engenheiros militares estabeleçam o padrão gerencial de planejamento e de execução de obras. Esse esforço estará completo no lançamento de portal na internet dedicado ao tema, até 2015.

A meta é fazer com que todos os empreendimentos federais atinjam o mesmo patamar de eficiência, economia e rapidez obtido pelas tropas nos canteiros, cujos convênios despertam grande interesse. Hoje, 20 projetos estão nas mãos dos 12 batalhões de engenharia espalhados por todo o território nacional, orçadas em R$ 1,2 bilhão. “O nosso desempenho e o nosso custo não podem ser comparados aos das empreiteiras privadas, pois temos muitas diferenças em relação a elas. Os militares encaram as obras não como negócio, mas como missão”, pondera o general Joaquim Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC).

Toda a Matéria.
http://www.defesanet.com.br/seguranca/n ... logistica/




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#62 Mensagem por jauro » Qui Nov 07, 2013 12:45 pm

8º Batalhão de Engenharia de Construção

Santarém (PA)
Nos dias 24 e 25 de outubro, o Comandante Militar da Amazônia (CMA), General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, acompanhado do Comandante Militar do Norte, General de Exército Oswaldo de Jesus Ferreira, do Chefe do Estado-Maior do CMA, General de Brigada José Luiz Jaborandy Júnior, do Cmt do 2º Gpt E, General de Brigada Antônio Leite dos Santos Filho, e do Assessor Parlamentar do CMA, General de Brigada R/1 Thaumaturgo Sotero Vaz, visitou as obras realizadas pelo 8º Batalhão de Engenharia de Construção na BR 163, Santarém (Rurópolis) e na BR 230.

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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#63 Mensagem por BrasilPotência » Qui Nov 07, 2013 2:53 pm

Somente o EB para realizar obras abaixo do orçamento e de excelente qualidade. :)




Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#64 Mensagem por gabriel219 » Qui Nov 07, 2013 3:01 pm

jauro escreveu:PLANALTO ESCOLHE O EXÉRCITO COMO REFERÊNCIA EM ENGENHARIA E LOGÍSTICA

Agilidade na execução, baixo custo e amplo domínio de ferramentas digitais de gestão levaram a decisão

Brasília e São Paulo — A presidente Dilma Rousseff se convenceu de que o Exército tem a melhor experiência e a mais avançada tecnologia para servir de modelo em todas as investidas do setor público na área de infraestrutura. Após liderar e sustentar o ritmo de 16 importantes projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a instituição foi convocada pela “comandante suprema das Forças Armadas” para uma tarefa mais audaciosa. Ela quer que os engenheiros militares estabeleçam o padrão gerencial de planejamento e de execução de obras. Esse esforço estará completo no lançamento de portal na internet dedicado ao tema, até 2015.

A meta é fazer com que todos os empreendimentos federais atinjam o mesmo patamar de eficiência, economia e rapidez obtido pelas tropas nos canteiros, cujos convênios despertam grande interesse. Hoje, 20 projetos estão nas mãos dos 12 batalhões de engenharia espalhados por todo o território nacional, orçadas em R$ 1,2 bilhão. “O nosso desempenho e o nosso custo não podem ser comparados aos das empreiteiras privadas, pois temos muitas diferenças em relação a elas. Os militares encaram as obras não como negócio, mas como missão”, pondera o general Joaquim Brandão, chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC).

Toda a Matéria.
http://www.defesanet.com.br/seguranca/n ... logistica/
O que adianta isso, se os mesmos irão escolher empresas que deixaram 10 vezes mais caros e quanto terminam são 1 ou 2 anos após o vencimento do prazo estabelecido, fora as modificações que deverão ser feitas pelo trabalho de baixa qualidade.

O EB aqui fez estradas há 3 anos que estão até hoje sem buraco, há uma empresa que tampou buracos faz 2 meses e os buracos voltaram, em ambas as pistão há grande tráfico de caminhões e entre outros.

O EB entrou em uma obra na Transposição do Rio São Francisco e terminou a obra, com baixo custo e alta qualidade, antes que muitas outras empresas que "começaram" as obras 1 ano antes.

A Obra do Aeroporto de Guarulhos também é um grande exemplo.

Parabéns ao Exército Brasileiro.




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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#65 Mensagem por jauro » Ter Nov 12, 2013 2:17 pm

Transposição de Curso d`água durante exercício final/2013 da Academia Militar das Agulhas Negras - Resende/RJ.

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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#66 Mensagem por jauro » Qua Nov 13, 2013 11:52 am

1ª Companhia de Engenharia de Combate Paraquedista – Operação Saci

Rio de Janeiro
De 31 de outubro a 05 de novembro, a 1ª Companhia de Engenharia de Combate Paraquedista (1ª Cia E Cmb Pqdt) participou da Operação Saci, realizada na Represa do Funil e região histórica do município de Itaguaí (RJ), que consiste em um adestramento avançado da Brigada de Infantaria Paraquedista, envolvendo todas as organizações militares dessa natureza. A 1ª Cia E Cmb Pqdt foi empregada no apoio ao conjunto da Bda Inf Pqdt e seus elementos de manobra, com atividades predominantemente fluviais, além de reconhecimento especializados (de pontes, de estradas e navegação), na realização de varredura especializada e neutralização de artefatos explosivos.

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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#67 Mensagem por eligioep » Qui Nov 14, 2013 11:41 pm

jauro escreveu:8º Batalhão de Engenharia de Construção
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Conheço este trecho.... É entre Santarém e Rurópolis, onde mais obras faltam em todo o trecho da BR 163.....
Também foi o local da minha ÚNICA queda de moto na viagem entre S.Maria e Santarém, em Outubro. :oops:




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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#68 Mensagem por jauro » Sáb Nov 23, 2013 5:18 pm

7º Batalhão de Engenharia de Combate - Natal/RN - transposição de curso d`água durante exercício conjunto com o 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado - Bayeux/PB.
Foto: RP 7º B E Cmb

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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#69 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Nov 23, 2013 7:19 pm

jauro escreveu:7º Batalhão de Engenharia de Combate - Natal/RN - transposição de curso d`água durante exercício conjunto com o 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado - Bayeux/PB.
Foto: RP 7º B E Cmb

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Pergunta totalmente ignorante...

Essa camuflagem do Cascavel é a ideal para essa região (Nordeste)?

Será que o EB já testou outras camuflagens?

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#70 Mensagem por jauro » Dom Nov 24, 2013 4:39 pm

23ª Companhia de Engenharia de Combate

Ipameri-GO - Nos dias 30 e 31 de outubro de 2013, a Companhia de Engenharia de Combate, apoiou as Instruções do Plano de Adestramento Básico do 36º Batalhão de Infantaria Motorizado, situado em Uberlândia/MG. A atividade de apoio foi realizada na Região do Triângulo Mineiro e na oportunidade a “Pontoneira do Planalto” realizou a transposição de curso d’água daquela Organização Militar.

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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#71 Mensagem por jauro » Qua Abr 16, 2014 11:24 am

Aquisição nos US
Subitem da Despesa Quantidade Valor Unitário (USD) Valor Total (USD) Descrição
34 - MAQUINAS, UTENSILIOS E EQUIPAMENTOS DIVERSOS 100 1.750,00 175.000,00 F3L MINE DETECTOR (Detetor de Mina)




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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#72 Mensagem por gogogas » Qua Abr 16, 2014 12:48 pm

jauro escreveu:Aquisição nos US
Subitem da Despesa Quantidade Valor Unitário (USD) Valor Total (USD) Descrição
34 - MAQUINAS, UTENSILIOS E EQUIPAMENTOS DIVERSOS 100 1.750,00 175.000,00 F3L MINE DETECTOR (Detetor de Mina)
Precisa de um desses aqui em Alagoas ,tem muita mina naval enterrada nas orlas das praias ...




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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#73 Mensagem por rafafoz » Sáb Abr 19, 2014 10:17 am

Vejo essas notícias e não deixo de pensar no potencial desperdiçado das forças armadas.

O EB conseguiria ter recursos adicionais se pudesse participar livremente de concorrências públicas e licitações. Gostaria principalmente que eles pudessem participar das licitações de trechos de rodovias e pedágios. Pagaria com gosto um pedágio para eles, isso analisando todos os benefícios, inclusive os recursos (lucros) advindos da exploração desses serviços.

Pena que não há vontade política ou mentes que pensem em benefício do povo.




“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#74 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 24, 2014 8:37 pm

http://www.esa.ensino.eb.br/subpagina.asp?id=11

Missão da Engenharia

A Engenharia é a arma que apóia a mobilidade, contramobilidade e a proteção, caracterizando-se como fator multiplicador do poder de combate.

A Arma de Engenharia está ramificada em Engenharia de Combate e Engenharia de Construção.

A Engenharia de combate apóia as armas-bases, facilitando o deslocamento das tropas amigas, lançando pontes e portadas, reparando estradas, eliminando os obstáculos à progressão e, ainda, dificultando o movimento do inimigo. Em uma operação de transposição de cursos de água (grandes rios e lagos) a manobra está diretamente atrelada a Engenharia.
A Engenharia de Construção, colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras, nos mais distantes rincões do país.

A Arma de Engenharia integrou a Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, com o 9º Batalhão de Engenharia de Combate, que na Itália, foi a primeira tropa a ser engajada contra o inimigo.
Hoje a Engenharia tem atuado no exterior, integrando Forças de Paz das Nações Unidas, seja realizando missões de desminagem, seja recuperando estradas e pontes. É a Arma azul turqueza quer na paz, quer na guerra sempre bem representando o nome do nosso Brasil.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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Re: A Engenharia de Construção e de Combate no EB

#75 Mensagem por Frederico Vitor » Qui Dez 25, 2014 9:18 pm

Militares constroem obras com eficiência, economia e rapidez

Jornal Opção acompanha a visita de chefe do Departamento de Engenharia de Construção (DEC) às frentes de serviços de recuperação de uma rodovia federal e de reconstrução de um aeroporto na Bahia

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“O trabalho honrado tudo ven­ce.” A frase do Visconde de Mauá é o lema do 11ª Batalhão de En­genharia de Construção (11º BEC), com sede em Araguari, na região do Triângulo Mineiro. A organização militar mantém a 1,5 quilômetro de sua sede, um efetivo de 300 homens que trabalham na reestruturação de um aeroporto e na construção e recuperação de trecho de 84 quilômetros da rodovia federal BR-418. As duas obras estão sendo executadas no município baiano de Caravelas, região Sul do Estado.

Desconhecido pela maioria dos brasileiros, o Exército possui larga experiência em construção, ampliação, reforma, adaptação, reestruturação e conservação de obras em todo o território nacional, empregando as mais avançadas tecnologias da área de infraestrutura. Seguindo um padrão gerencial de planejamento e de execução de obras, atualmente, a Força Terrestre atua em 25 projetos, sendo 9 inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão nas mãos de 12 batalhões de engenharia de construção espalhados por todo o País.

A convite da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) e do Departa­mento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército, a reportagem do Jornal Opção embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) a partir da Base Aérea da capital federal, para acompanhar comitiva liderada pelo general de Exército Joaquim Maia Brandão Júnior, chefe do DEC. Os militares foram conferir de perto o andamento das obras tocadas pelo Exército no Sul da Bahia. Também integraram a viagem o general de Brigada Marcio Velloso Guimarães, chefe da Diretoria de Obras e Cooperação (DOC) e demais oficiais, dentre eles o tenente-coronel Ivan Alexandre Correa Silva, comandante do 11º BEC.

À primeira vista, o general pôde comprovar na prática o primor do bom acabamento de uma das pistas do aeroporto reconstruído pela Engenharia do Exército, quando do pouso do Embraer-120/Brasília da FAB, que transportava a comitiva. Construído pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial para fins militares, e distante 12 quilômetros da cidade de Caravelas, ao final do conflito o aeródromo foi repassado para a FAB que, com o tempo, subutilizou o local. No decorrer dos anos, tanto as duas pistas que se cruzam formando um X e o pátio sofreram com o processo de deterioração, se tornando inútil para pousos e decolagens.

Desde de 2011, por meio do 11ºBEC, o Exército tem trabalhado na recuperação das duas pistas (principal e secundária) de pouso e decolagem, das de taxiamento e do pátio. A obra, orçada inicialmente em R$ 17.408.890,07 já consumiu R$ 17.471.706,60 — um pouco mais que o previsto. Entretanto, um novo aporte para a finalização será encaminhada até dezembro deste ano, pois falta apenas o acabamento da recuperação da pista secundária de taxiamento para que a frente de serviço seja concluída.

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A obra do aeroporto de Caravelas era um pedido antigo do governo da Bahia, que pretende melhorar o turismo ao arquipélago de Abrolhos, próximo da costa do litoral sul daquele Estado. Para isso, era essencial que o aeródromo estivesse operacional.

Ao término da obra, o aeroporto, que está sob responsabilidade da FAB, será repassado à Infraero. O governo da Bahia, em vista do grande potencial turístico da região, sempre foi favorável a operacionalidade comercial do aeródromo . Inclu­sive, duas companhias aéreas (Gol e Azul) levantaram interesse em levar linhas regulares para Caravelas.

Missão a concluir

Ao desembarcar do avião, a comitiva se dirigiu ao antigo prédio que abriga o saguão do aeroporto. Os militares ouviram o general Brandão que, enfático, não poupou elogios aos trabalhos até então concluídos e também cobrou empenho para que tudo seja finalizado. “Temos que sair daqui, pois está dando o tempo de nossa missão”, disse o general.

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Em seguida, o comboio militar seguiu em direção às obras de construção e aplicação de asfaltamento da BR-418. A rodovia federal proporciona escoamento da produção agrícola e transporte em grande escala de madeira reflorestável para indústria de celulose, agora também vai fomentar o turismo local.

A estrada faz a ligação entre a BR-101, no distrito de Posto da Mata do município de Nova Viçosa, e a cidade de Caravelas, no litoral sul da Bahia. Além da pavimentação asfáltica, também são construídos bueiros, canalizações e pontes ao longo daquela rodovia. O primeiro repasse financeiro para a construção e pavimentação da estrada foi efetivado em dezembro de 2005 pelo governo federal por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), autarquia federal que executa obras em rodovias. A obra ficou paralisada por aproximadamente dois anos devido à falta de licenciamento ambiental.

Os trabalhos começaram efetivamente em meados de 2008 e, atualmente, os serviços são conduzidos em duas frentes, sendo a primeira do quilômetro zero ao 12, e a segunda do quilômetro 12 ao 85. O valor total da obra é de R$ 123.345.301,15 e foram gastos o montante de R$ 92.690.947,07. Há ainda a cifra de R$ 30.654.084,08 a ser executada. A conclusão dos trabalhos pelo Exército estava prevista para novembro deste ano, mas só deve terminar em meados de 2015.

Atualmente, são pouco mais de 72 quilômetros de pista pronta. Até chegar ao trevo de Posto da Mata, ainda restarão mais 12 quilômetros para completar os 84 do trecho em reconstrução. Os serviços de drenagem, terraplanagem, pavimentação e sinalização horizontal e vertical já foram concluídos no trecho aberto ao tráfego.
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Mesmo debaixo de um sol escaldante, característico do litoral baiano, ou de chuvas torrenciais, as máquinas e os soldados “operários” do Exército não param. A todo instante se observa um tráfego intenso de caminhões basculantes e de máquinas motoniveladoras. De chapéu bandeirante na cabeça, cobertura características de militares de Engenharia de Construção do Exército, o general Brandão e os demais oficiais desciam a todo instante das viaturas que os transportavam para conferir de perto os canteiros de obras conduzidos pelos sargentos, cabos e soldados.

O chefe do DEC não deixou de cumprimentar os militares que, faça sol ou chuva, estão ali no trecho trabalhando incessantemente. Entusiasmado pelo que viu ele chamou a atenção para um detalhe: “Esses soldados que aqui trabalham são recrutas locais. Depois que derem baixa do Exército terão aprendido uma profissão”, disse o general enquanto observava os militares trabalhando na concretagem de sarjetas triangulares às margens da pista.


De modo superficial, dá para constatar que o asfalto é diferenciado e consistente para suportar o tráfego pesado de caminhões que cruzam a rodovia nos trechos onde o trânsito é liberado. O acostamento é largo e nos pontos de relevo houve o cuidado de implantar canais de drenagem nas laterais da pista, o que dá maior segurança aos condutores, principalmente durante o período chuvoso.

Se futuramente aquela região se tornar um grande polo turístico e de negócios, impulsionado pelo novo aeroporto e pela rodovia federal segura e em excelentes condições de tráfego, muito se deverá ao Exército. Os esforços de cada um dos 300 militares que, muitos deles a mais de mil quilômetros de casa, vão ser coroados com o desenvolvimento econômico e social daquela área.

Mais uma vez o DEC e o 11º BEC cumprem mais uma missão com alto grau de excelência e eficácia. As palavras do general Brandão deixam claro que quando os militares aceitam o desafio de construir uma obra, seja ela qual for, ao final, sempre haverá um padrão de qualidade: “Não basta concluir a missão, é preciso fazê-la bem feita.”

Contribuição ao desenvolvimento do País

Não é muito conhecido pela maioria da população brasileira, mas o Exército se constitui de uma ampla gama de especificações desempenhadas por cada militar. A divisão dessas particularizações é definida pela “Arma”, “Quadro” ou “Serviço”. A primeira engloba os militares combatentes, dividindo-se em dois grupos: as armas-base (Infantaria e Cavalaria) e as armas de apoio ao combate (Artilharia, Engenharia e Comunicações). A Engenharia divide-se em duas vertentes: de combate e de construção.

A Engenharia de combate apoia as armas-base, facilitando o deslocamento das tropas, reparando estradas, pontes e eliminando os obstáculos à progressão, além de dificultar o movimento do inimigo. Uma operação de guerra de grande envergadura, por exemplo, depende diretamente da Enge­nharia para a transposição de cursos de água e demais obstáculos. Já a Engenharia de Construção, em tempos de paz, como nos dias atuais, colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras.

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A história da Engenharia do Exército remonta do ano de 1792 quando, por ordem de Dona Maria I, Rainha de Portugal, foi instalada na cidade do Rio de Janeiro a Real Academia de Ar­tilharia, Forti­ficação e Desenho. Essa foi a primeira Escola de Engenharia das Américas e a terceira do mundo, berço do Instituto Militar de Engenharia (IME) e demais escolas politécnicas, faculdades e institutos tecnológicos. Em 1880 o imperador Dom Pedro Segundo criou o primeiro Batalhão de Engenheiros, empregado também na construção de estradas de ferro, de linhas telegráficas consideradas estratégicas e outros trabalhos de engenharia militar pertencentes ao Estado com o intuito de apoiar o desenvolvimento nacional.

É sabido que a missão do Exército, segundo a Constituição Federal de 1988, é de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais da lei e da ordem no País. Há também ações subsidiárias, ou seja, a cooperação com o desenvolvimento nacional por meio de execução de obras e serviços de engenharia, além de apoio às situações de calamidades públicas e defesa civil. Mas por que os militares atuam fora do Exército? Uma forma de profissionalizar a tropa de engenharia em tempos de paz é justamente por meio de obras que atendem às necessidades do Estado brasileiro, complementando a sua estrutura.

Exército desenvolve 25 obras em todo o País, sendo 9 do PAC

Para que o Exército consiga organizar e gerenciar toda uma imensa estrutura de engenharia de construção ou combate, foram criados departamentos e diretoria. No topo dessa hierarquia existe o DEC, que tem como missão regular o emprego da Engenharia Militar e seus 15 mil militares em todas as regiões do País, em benefício do Exército e do governo, realizando a gestão de obras, patrimônio, meio ambiente, material e operações de engenharia.
Subordina-se ao DEC a Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), que coordena 25 obras em todo o País, sendo nove inseridas dentro do programa federal PAC. Essas obras são parcerias entre o Exército e diversos órgãos em diferentes esferas de governo, como o Dnit, Infraero, governos estaduais, Agência Nacional de Águas, Secre­taria Especial de Portos, Ministério da Integração Nacional e Superin­tendência do patrimônio da União.

Estrutura gigantesca

A Diretoria de Obras Militares (DOM) é a responsável por coordenar e gerenciar obras em quartéis, campos de instrução e residências de militares. Já a Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) tem como missão coordenar as atividades da administração patrimonial e am­bien­tal das instalações do Exército. Atualmente, a Força Terrestre dispõe de 78 mil imóveis em todo o País, desde ginásios a piscinas e de capelas a residências, passando por hospitais e escolas. São 662 quartéis, 22 mil residências de militares que somam, no total, 23 milhões de metros quadrados de área construída, equivalente à metade do território do Estado de Sergipe.

A mais nova diretoria subordinada ao DEC é a Diretoria de Projetos de Engenharia (DPE), que tem como missão a elaboração de projetos de engenharia de interesse do Exército. Inclusive, há projetos previstos para serem executados em organizações militares em território goiano, como o pavilhão administrativo da Base Administrativa do Comando de Operações Especiais e de um simulador de tiros. Outras obras importantes, como a nova sede do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, e o Campus da Escola Superior de Guerra, também na capital federal, estão nos planos desta diretoria.

Atualmente, a Engenharia de Construção do Exército atua em obras de cooperação nos Estados de Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Tocantins, Bahia, Rondônia, Amazonas, Roraima, Acre, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. São obras de manutenção, conservação e pavimentação de rodovias e melhoramento de estruturas já construídas como pontes e aeroportos.

O general Brandão informa que, diferente de empresas do ramo da construção civil, a Engenharia do Exército não pode ser comparada a empreiteiras. Ele explica que os militares não visam lucro e tampouco encaram as obras como negócios, mas como missão dentro da lógica de contribuição ao desenvolvimento nacional. “Ao mesmo tempo em que cumprimos um papel social, nós também exercitamos a tropa na construção de obras.”
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Pode ser por isso que se verifica nos trabalhos de infraestrutura tocadas pelo Exército, o diferencial do custo da mão de obra que não é incorporado ao orçamento final. Os equipamentos também são próprios, o que permite a disponibilidade necessária para que as frentes de serviços trabalhem sem interrupções. Tudo isso contribui para evitar atrasos e demais contratempos.

Uma das provas desta versatilidade e praticidade proporcionada pela Engenharia de Construção do Exército é o maior terminal aéreo de cargas e passageiros da América Latina: o aeroporto de São Gonçalo do Amarante no Rio Grande do Norte. Construído pelo 1º. Batalhão de Engenharia de Construção (1º. BEC), o aeroporto tem um terminal de passageiros de 40 mil metros quadrados, 1,5 mil vagas de estacionamento e capacidade de operação de 6,2 milhões de passageiros por ano. O total de investimento foi de R$ 410 milhões.

A obra chegou a ter envolvidos mais de 630 trabalhadores, entre militares e civis. O convênio entre o Exército e a Infraero foi orçado em R$ 94 milhões e assinado em 2011. No contrato, ficaram sob a responsabilidade do Exército a construção das pistas de pouso e decolagem, o pátio de estacionamento das aeronaves, os sistemas de drenagem e a infraestrutura de balizamento e auxílio à navegação.

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Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/reportage ... idez-8557/




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