Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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gitanoba
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Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#1 Mensagem por gitanoba » Seg Jul 22, 2013 10:22 am

Prezados Jauro e RobsonCruz, o PIREx tem prevista esta trasformação, porém, em que pese o recebimento de viaturas Cascavel entre 2011 2 outubro de 2012, o 18o Reg C Mec ainda não foi ativado (pelo menos oficialmente). Não há publicação a respeito. Não há também indicação de que o futuro 18o Reg C Mec irá receber os blindados Guarani, uma vez que os 2.044 blindados previstos serão somente suficientes para armar os batalhões / regimentos das Bda C Mec, e os atuais Esq C Mec já existentes, além das novas 5 Bda Inf Mec projetadas: 15a em Cascavel (PR), 9a - escola - do Rio de Janeiro (RJ), 3a em Cristalina (GO), 10a em Recife (PE), e 8a de Pelotas (RS). Assim, o que está previsto até o momento é que o futuro 18o Reg C Mec, em Boa Vista (RR) seja um regimento tipo III, com 2 esquadrões de cavalaria mecanizada, cada qual dotados de 7 EE-9 Cascavel, e 1 companhia de infantaria mecanizada, com 8 EE-11 Urutu. Certamente será somente uma unidade de cobertura,segurança e vigilância, de um possível ataque da Venezuela contra a Guiana, passando pelo território brasileiro, via Santa Elena de uairén (Venezuela) - Paracaima (RR) - BR-174 - RR-202 / BR-171 - Uiramutâ / Normandia, em rireção ao Esequibo (Guiana). Um 18o Reg C Mec tipo III com esta dotação de combate não poderia resistir a uma FT de um batalhão de carros de combate (T-72) combinado a infantaria blindada (BMP-1 ou BMP-2). É então sensível que o PIRex seja aperfeiçoado neste ponto, possivelmente estruturando um Reg Inf Mec (tipo IV) [PS: correção, leia-seum Bat Inf Mec (tipo IV)no lugar de Reg Inf Mec...], avançado em Normandia, no lugar do 18o Reg C Mec, e criando um Reg C Bda, sediado em Boa Vista, para a 1a Bda Inf Sl, de forma a apresentar dissuasão efetiva a uma aventura Bolivariana. Este Reg C Bda, possivelmente pode ser armado com 24 M-60 (em estoque em Campo Grande), repontecializados e modernizados, e 26 Guaranis. É chegada a hora de o Brasil, logo logo futura economia do mundo, se preparar para opor-se a aventureiros, ações sobre controle de nossos recursos naturais, e ações armadas motivadas por interesses de organizações transnacionais (corporações,ONEPs, ou terroristas) com interesses difusos e conflitantes com os nacionais. "Se queres paz, prepara-te para a guerra" (Júlio César), pois que "A guerra é um assunto vital para o Estado. A diferença entre sua vida e sua morte, estrada para sua sobrevivência ou ruína. É imperativo que ela, a guerra, seja estudada, planejada e preparada profundamente" (Sun-Tzu, I.1). E diriamos, não só planejada profundamente, mas também com muita antecedência, ensaiada e simulada para preparar as tropas brasieliras para as ações futuras. Que com certeza virão. Esta ação em Roraima é só parte desta antecipação.




Editado pela última vez por gitanoba em Seg Jul 22, 2013 1:12 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#2 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Seg Jul 22, 2013 10:57 am

gitanoba, tua mensagem me deixou confuso!

Escreves sobre Reg C Mec tipo III com 2XEsq C Mec e 1XCia Inf Mec. Sempre entendi que os Reg C Mec podem ser a 2 ou 3XEsq C Mec, conforme o tipo. Jamais li sobre eles terem Cia Inf Mec em sua organização

Outrossim, escreves sobre Reg Inf Mec (tipo IV). Nunca ouvi falar sobre Reg I Mec, só sobre Bat I Mec! O que seria esta unidade?

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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#3 Mensagem por eligioep » Seg Jul 22, 2013 10:59 am

gitanoba escreveu:.......................................................................................................................................
Assim, o que está previsto até o momento é que o futuro 18o Reg C Mec, em Boa Vista (RR) seja um regimento tipo III, com 2 esquadrões de cavalaria mecanizada, cada qual dotados de 7 EE-9 Cascavel, e 1 companhia de infantaria mecanizada, com 8 EE-11 Urutu. Certamente será somente uma unidade de cobertura,segurança e vigilância, de um
........................................................................................................................................................
Cavalaria misturada com infantaria?...... :shock: :shock: De onde saiu este estudo? :?:




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#4 Mensagem por gitanoba » Seg Jul 22, 2013 12:57 pm

Prezados,

Peço desculpas pela confusão, mas a mesma é induzida pela forma como está sendo pensado o 18o Reg C Mec para RR (à luz das informações do PIREx e das notícias veiculadas pelo EB). O atual 12o Esq C Mec tem em sua composição 7 EE-9 Cascavel e 8 EE-11 Urutu. Assim, na prática o 12o Esq C Mec já é uma unidade híbrida, contando com uma tropa de cavalaria mecanizada (EE-9) e um pelotão de infantaria mecanizada (EE-11). O esquadrão recebeu mais 7 EE-9 para efetuar a expansão pr regimento. Então, pelo que tem sido liberado de informação esta nova dotação passaria a integrar um novo esquadrão cav mec. O usual no EB é que o Reg C Mec seria uma unidade tipo II, com dois Esq C Mec a duas tropas (7 EE-9 cada + veículos motorizados) contado com um pelotão de infantaria mecanizada em cada (4 EE-11 pr cada Esq C Mec), ou a transformação deste conjunto de Urutus em uma Com Inf Mec. Então neste último caso seria uma Reg C Mec tipo III, uma unidade híbrida, com a 3a subunidade na forma desta Com Inf Mec. Isso não está claro nas previsões ventiladas até o momento da ativação do 18o Reg C Mec.




Editado pela última vez por gitanoba em Seg Jul 22, 2013 1:10 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#5 Mensagem por gitanoba » Seg Jul 22, 2013 1:00 pm

Prezado Bacchi, tens razão na sua dúvida. Onde escrevi Reg Inf Mec (tipo IV) leia-se Bat Inf Mec (tipo IV). Aqui realmente foi um erro meu de digitação. Peço desculpas pelo equívoco. Agradeço o alerta. Abç




Editado pela última vez por gitanoba em Ter Jul 23, 2013 9:32 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#6 Mensagem por jauro » Ter Jul 23, 2013 12:31 pm

além das novas 5 Bda Inf Mec projetadas: 15a em Cascavel (PR), 9a - escola - do Rio de Janeiro (RJ), 3a em Cristalina (GO), 10a em Recife (PE), e 8a de Pelotas (RS).

Até onde eu saiba, ou sabia, serão meia-dúzia de Bdas IMec, a 11ª e a 13ª estariam incluídas e a 10ª seria InfLeve. Se possível, gostaria que esclarecesse mais está situação.




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#7 Mensagem por jauro » Ter Jul 23, 2013 1:02 pm

Assim, na prática o 12o Esq C Mec já é uma unidade híbrida, contando com uma tropa de cavalaria mecanizada (EE-9) e um pelotão de infantaria mecanizada (EE-11).
Não é hibridismo, mas sim uma das grandes características de todos os Esquadrões de Cavalaria Mecanizado e dos Regimentos CMec.
Um esquadrão pode se apresentar para o Combate na forma convencional: SecCmdo e 03 PelCMec; ou SecCmdo, 01 PelCC, 01 PelExploradores.
01PelFuz e uma SecMrtMe; (Pelotões provisórios)
Dá mesma forma, os Regimentos podem se apresentar com: EsqdCmdoAp e 03EsqdCMec ou EsqdCmdoAp, 01 EsqdCC, 01EsqdFuz, 01EsqdExpl e 01PelMrtMe. (Esquadrões provisórios). A 2ª forma provisória regimental, não é muito usual.




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#8 Mensagem por gitanoba » Ter Jul 23, 2013 9:31 pm

Oi Jauro, na verdade vc tem razão e, a meu ver, concorda comigo.

A questão que denominei "hibridismo" é realmente uma característica da cavalaria, não só mecanizada mas também blindada. A denominação oficial dos manuais de campanha do EB é de formação de forças tarefas, ou FT, centradas em carros de combate,no momento Leopard 1A5 ou M-60 Patton (ou em blindados armados, as Viaturas Blindadas de Reconhecimento Médias sobre Rodas, os VBR-MR, sendo ainda utilizados os EE-9 cascavel, , futuramente os Guarani VBR-MR 8x8), ou centradas em infantaria (blindada, atualmente com M-113, ou mecanizada, atualmente com Viaturas Blindadas de transporte de Pessoal Sobre Rodas, VBTP-SR, do tipo EE-11 Urutu, futuramente os Guarani VBTP-SR 6x6).

Em ambos os casos de formação de FTs, o manual C17-20 (FTs blindadas) e o C2-30 (Brigada de Cavalaria Mecanizada) preconizam que a formação destas FTs se dá pela permuta de esquadrões ou companhias entre regimentos (de cavalaria) ou batalhões (de infantaria).

No caso de Roraima não temos, e a proposta é que não se tenha, um regimentos de cavalaria (blindado ou mecanizado) operando junto com um batalhão de infantaria (blindado ou mecanizado). Então a solução de formação de FTs pelas orientações co C17-20 e do C2-30 ficariam inviabilizadas. Há duas soluções pçossíveis: (1a opção) a criação de uma brigada de cavalaria blindada (ou de selva) que contenha pelo menos um Reg C Bda e um Btl Inf Bda, viabilizando esta formação de FTs pelas atuais instruções, o que foi abordado por Jorge Donetto Júnior, em dissertação de mestrado junto ao Programa de Pós Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e Segurança da UFF, sendo uma soluçãomais cara (seria uma nova brigada inteira) e demorada, ou (2a opção) em uma solução temporária,porém mais barata e de implantação rápida (dada a urgência do tema) a criação de um Reg C Mec, aí sim "hídrido", com base ao que temos hoje em RR, o 12o Esq C Mec, na forma de um Reg C Mec que contenha sim cavalaria dotada de VBR-MR e de VBTP-SR, possivelmente na forma que propus e usando a atual dotação de equipamento presente no 12o Esq C Mec, e recebidos ao final de 2012, com alguns reforços que podem ser transportados rapidamente via aérea.

A idéia é usar o que temos e podemos e ir reforçando conforme os Guarani, VBTP-SR e VBR-MR, entrem em operação.




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#9 Mensagem por gitanoba » Ter Jul 23, 2013 9:50 pm

jauro escreveu:
além das novas 5 Bda Inf Mec projetadas: 15a em Cascavel (PR), 9a - escola - do Rio de Janeiro (RJ), 3a em Cristalina (GO), 10a em Recife (PE), e 8a de Pelotas (RS).

Até onde eu saiba, ou sabia, serão meia-dúzia de Bdas IMec, a 11ª e a 13ª estariam incluídas e a 10ª seria InfLeve. Se possível, gostaria que esclarecesse mais está situação.
Prezado Jauro,este debate está interessante !!!

Pelo que sei há informações conflitantes e ainda não há uma decisão definitiva no EME ou vinda da ECEME, sobre as brigadas de infantaria motorizadas, Bda Inf Mtz, que serão transformadas em mecanizadas (Bda Inf Mec). Já recebi informações de que seriam 5, e de que seriam 6. A quantidade deverá ser definida conforme a dotação de cada Bda Inf Mec, das Bda C Mec, e dos Esq C Mec, quanto ao número de Guaranis previstos.

Lembra que na Estratégia Nacional de Defesa, END, é citado,literalmente, que todo o Exército será vanguarda, e que deve estar preparado pr se opor a forças oponentes de mesma capacidade ou superior ? e vindas de Estados (Países) de maior força econômica ? Isso indica que devemos estar preparados pr combater americanos ou europeus... A Amazônia e o Nordeste são as regiões do Brasil mais próximas destes países...

Na opção de 6 Bda Inf Mec, as informações convergem para a que vc postou, mas logo que isso foi liberado iniciou-se uma consideração de que o nordeste, região mais próxima de Europa, de onde poderiam vir forças oponentes no futuro, ficaria com duas brigadas leves (a 7a Bda Inf Mtz e a 10a Bda Inf Mtz, ambas passando a Bda Inf Lv). Parece que isso está tendo oposição dentro do EB e há reivindicações de que pelo menos uma destas brigadas seja mecanizada. Provavelmente (de forma forte...) a 10a, qu está mais centralizada na Região NE.

A indicação de 5 Bda Inf Mec segue a linha de raciocínio de maior economia ($$$) e menor disponibilidade de blindados mecanizados, associada à idéia de ter uma Bda Inf Mec no NE. Assim as Bda Inf Mtz penalizadas e que não seriam transformadas pr mecanizadas seriam justamente a 11a Bda Inf Lv e a 13a Bda Inf Mtz (esta última situada em Mato Grosso, região de menor vulnerabilidade).

Porém há outras indicações de que pode estar em curso uma solução de conciliação, através da economia de dotação quantitativa de VBTP-SR, e futuramente VBR-MR, às Bda Inf Mec futuras. Isso parece já estaria em andamento com base à previsão de viaturas para os batalhões da 15 Bda Inf Mec (Cascavel, PR), com um batalhão tipo III contendo três companhias, e os dois outros batalhões tipo II, com duas companhias cada, de Inf Mec.

O futuro e os debates (internos ao EB) e no meio externo (acadêmico e via web) irá traçar o curso...

Continuemos a troca de idéias !




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#10 Mensagem por jauro » Qua Jul 24, 2013 7:53 pm

gitanoba escreveu:
jauro escreveu:
Até onde eu saiba, ou sabia, serão meia-dúzia de Bdas IMec, a 11ª e a 13ª estariam incluídas e a 10ª seria InfLeve. Se possível, gostaria que esclarecesse mais está situação.
Prezado Jauro,este debate está interessante !!!

Pelo que sei há informações conflitantes e ainda não há uma decisão definitiva no EME ou vinda da ECEME, sobre as brigadas de infantaria motorizadas, Bda Inf Mtz, que serão transformadas em mecanizadas (Bda Inf Mec). Já recebi informações de que seriam 5, e de que seriam 6. A quantidade deverá ser definida conforme a dotação de cada Bda Inf Mec, das Bda C Mec, e dos Esq C Mec, quanto ao número de Guaranis previstos.

Lembra que na Estratégia Nacional de Defesa, END, é citado,literalmente, que todo o Exército será vanguarda, e que deve estar preparado pr se opor a forças oponentes de mesma capacidade ou superior ? e vindas de Estados (Países) de maior força econômica ? Isso indica que devemos estar preparados pr combater americanos ou europeus... A Amazônia e o Nordeste são as regiões do Brasil mais próximas destes países...

Na opção de 6 Bda Inf Mec, as informações convergem para a que vc postou, mas logo que isso foi liberado iniciou-se uma consideração de que o nordeste, região mais próxima de Europa, de onde poderiam vir forças oponentes no futuro, ficaria com duas brigadas leves (a 7a Bda Inf Mtz e a 10a Bda Inf Mtz, ambas passando a Bda Inf Lv). Parece que isso está tendo oposição dentro do EB e há reivindicações de que pelo menos uma destas brigadas seja mecanizada. Provavelmente (de forma forte...) a 10a, qu está mais centralizada na Região NE.

A indicação de 5 Bda Inf Mec segue a linha de raciocínio de maior economia ($$$) e menor disponibilidade de blindados mecanizados, associada à idéia de ter uma Bda Inf Mec no NE. Assim as Bda Inf Mtz penalizadas e que não seriam transformadas pr mecanizadas seriam justamente a 11a Bda Inf Lv e a 13a Bda Inf Mtz (esta última situada em Mato Grosso, região de menor vulnerabilidade).

Porém há outras indicações de que pode estar em curso uma solução de conciliação, através da economia de dotação quantitativa de VBTP-SR, e futuramente VBR-MR, às Bda Inf Mec futuras. Isso parece já estaria em andamento com base à previsão de viaturas para os batalhões da 15 Bda Inf Mec (Cascavel, PR), com um batalhão tipo III contendo três companhias, e os dois outros batalhões tipo II, com duas companhias cada, de Inf Mec.

O futuro e os debates (internos ao EB) e no meio externo (acadêmico e via web) irá traçar o curso...

Continuemos a troca de idéias !
Há fundamento. Tenho em mãos uma nota de aula da EsCEME em que dá a composição do Exército Azul, no caso o EB, e por acaso as Bdas Mec de Inf estão em número de 05. Estas notas há algum tempo já sinalizam a Org do EB. E a opinião da Escola pesa nas decisões do EME.




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#11 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 25, 2013 12:18 pm

Com licença da palavra senhores, sem querer me intrometer mas já o fazendo no diálogo de vocês, mas gostaria de colocar uma questão.

Se a idéia básica da END e do PROFORÇA é dispor ao EB de uma maior e melhor capacidade de mobilidade e flexibilidade de atuação possíveis, das atuais 7 Bgdas Iinf Mtz, espalhadas pelo país, não seria de bom alvitre que as regiões NE e CO dispusessem, também, de unidades da nova inf.mec?

Se não estou enganado, a região NE conta com 3 RM e com um litoral de uns 3 mil kms de extensão, com vários pontos relevantes e estratégicos para a manutenção da defesa nacional. Ao menos no que diz respeito a uma eventual ameaça vinda do norte. Da mesma maneira, a região CO com sua vasta fronteira, e o seu imenso vazio demográfico nos impõe soluções de defesa que não dispensam uma maior mobilidade e capacidade de deslocamento.

Assim, penso que a existência de ao menos um GU a nível Bgda da inf mec se faz necessária nestas duas regiões, junto a outra de inf leve, até em função das características geográficas locais.

Dito isso, e apesar daquela não contar com nenhuma linha limítrofe com país e de esta não dispor "do outro lado" da linha de ameaças críveis e veladas a nível militar, porque não pensar, complementando aquelas OM's Mec e Lvs interpor junto as mesmas ao menos uma Bgda Cav Blda e seus dois RCC's?

Eu particularmente, afora a onipresente e oniciente falta de verbas para qualquer coisa decente em matéria de defesa no Brasil, não vejo o porque da negativa até hoje de se implementar unidades de cav blda em apoio as outras undes motorizadas, e futuramente mecanizadas do EB, sejam de cav ou de inf. Creio eu que mesmo não contando com ameças bldas aceitáveis nestas localizações, ainda assim a presença de uma unde blda de cav já é por si só fator multiplicador de forças, e um apoio inquestionável - diria até indispensável - para os cmtes em campo.

É obvio que torna-se até questionável do ponto de vista logistico e mesmo operacional se utilizar de cc's onde não haja primariamente a ameaça de outros cc's. Mas aí eu na minha laicidade penso o seguinte: ainda não é melhor prevenir do que remediar, como diria o cito popular? Ou a criação de mais 4 RCC's seria assim algo tão importuno e descabido a ponto de se tornar inaceitável?

obs: e se um dia viermos a precisar enviar cc's para estas regiões urgentemente? Temos clara a dimensão das dificuldades que seriam literalmente atravessar o país com veículos de 40tns em pranchas por estradas que mal se sustentam e pior ainda, em longos e vagarosos comboios? Aliás, não temos respostas ainda para atual configuração da Cav/Inf blda para o dito popular "escolher entre cobrir os pés e descobrir a cabeça ou cobrir a cabeça para descobrir os pés." Eis o grande dilema da cav blda hoje no Brasil.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#12 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 25, 2013 12:36 pm

Um adendo em tempo. Como com quase absoluta certeza alguém por aí irá dizer que a criação de duas Bgdas Cav Blda seriam caras demais, poderíamos como contra proposta, alternativamente, transformar os 4 RCB's atuais em RCC's aproveitando-se todas as om's de apoio destas unidades para a sua nova composição. Evitaria-se desperdício de material humano e logístico.

Além do que, penso, estas transformação se daria por etapas, até que um novo CC nacional venha a baila, pois que os RCB's e suas unidades de apoio poderiam ser transferidos em um primeiro momento, dois para cada região e servir como núcleos das futuras Bgdas.

Teríamos assim 8 RCC's para tentar suprir uma demanda em torno de 432 CC's novos - se contarmos somente os operacionais para os RCC's, afora demais unidades para escolas e centros de formação, e versões desenvolvidas para apoio dos mesmos - o que nem de longe pode ser considerado um número pouco expressivo em termos econômicos e industriais, para o estabelecimento, e o incentivo, de investimentos(nacionais e estrangeiros) de longo prazo em uma planta industrial e sua consequente linha de produção para um veículo de combate nacional. Conseguiríamos uma diluição melhor dos custos unitários e dos de produção, assim com fomentar onde e quando possível, exportações para países parceiros no mesmo projeto, entre outros.

Devaneios meus, mas com uma certa dose realidade.

abs.




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#13 Mensagem por gitanoba » Qui Jul 25, 2013 7:02 pm

FCarvalho escreveu:Um adendo em tempo. Como com quase absoluta certeza alguém por aí irá dizer que a criação de duas Bgdas Cav Blda seriam caras demais, poderíamos como contra proposta, alternativamente, transformar os 4 RCB's atuais em RCC's aproveitando-se todas as om's de apoio destas unidades para a sua nova composição. Evitaria-se desperdício de material humano e logístico.

Além do que, penso, estas transformação se daria por etapas, até que um novo CC nacional venha a baila, pois que os RCB's e suas unidades de apoio poderiam ser transferidos em um primeiro momento, dois para cada região e servir como núcleos das futuras Bgdas.

Teríamos assim 8 RCC's para tentar suprir uma demanda em torno de 432 CC's novos - se contarmos somente os operacionais para os RCC's, afora demais unidades para escolas e centros de formação, e versões desenvolvidas para apoio dos mesmos - o que nem de longe pode ser considerado um número pouco expressivo em termos econômicos e industriais, para o estabelecimento, e o incentivo, de investimentos(nacionais e estrangeiros) de longo prazo em uma planta industrial e sua consequente linha de produção para um veículo de combate nacional. Conseguiríamos uma diluição melhor dos custos unitários e dos de produção, assim com fomentar onde e quando possível, exportações para países parceiros no mesmo projeto, entre outros.

Devaneios meus, mas com uma certa dose realidade.

abs.
Prezado FCarvalho,

Não são devaneios as suas idéias/propostas, mas se o forem são de muitos q estão preocupados ou pesquisando a respeito.

Na Associação Brasileira de estudos e defesa, ABED, temos vários estudos sobre esse tema. Veja no site os pdf dos encontros anuais:

http://www.abedef.org/

Há também a monografia do Major Souza Júnior de 2010, que trata de uma proposta de reestrutução da cavalaria blindada brasileira, na forma de 4 Bda C Bda / Bda Inf Bda, com 7 RCCs, e sua redistribuição no território nacional, além da monografia do também Major Morgado, de 2008, que trata de uma proposta para a formatação das forças mecanizadas do Exército, na forma de 5 Bda C Mec e 5 Bda Inf Mec. Os links desses trabalhos estão em:

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/FBEBP.pdf

e

http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/FMEBPMAM.pdf


Boa leitura, abçs




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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#14 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 25, 2013 9:56 pm

Olá caro gitanoba, muito obrigado pela indicação dos textos.

Em tempo, torço e faço votos para que um dia quem sabe os meus 'devaneios' possam efetivamente vir a torna-se um dia realidade. Estudos e prospectivas teóricas sabemos existem com excelente qualidade, e até em certa quantidade, no campo acadêmico militar e em parte civil.

Mas enfim, ainda continuamos a carecer de expertise para fazer a ponte concreta entre aquilo que nos prestamos pensar e o que podemos - e nos dispomos - potencialmente fazer.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Transformação do 12o Esq C Sl no 18o Reg C Mec

#15 Mensagem por gitanoba » Sex Jul 26, 2013 7:37 pm

FCarvalho escreveu:Olá caro gitanoba, muito obrigado pela indicação dos textos.

Em tempo, torço e faço votos para que um dia quem sabe os meus 'devaneios' possam efetivamente vir a torna-se um dia realidade. Estudos e prospectivas teóricas sabemos existem com excelente qualidade, e até em certa quantidade, no campo acadêmico militar e em parte civil.

Mas enfim, ainda continuamos a carecer de expertise para fazer a ponte concreta entre aquilo que nos prestamos pensar e o que podemos - e nos dispomos - potencialmente fazer.

abs.

Seguem algumas considerações sobre operação e trafegabilidade de blindados, sobre lagartas e sobre rodas, para operação em Roraima.

Trata-se,em parte de reprodução de post (meu) no tópico de criação de um Reg C Bda em Roraima, aqui nesse fórum.

As considerações dizem respeito ao "pensar" a propriedade e viabilidade de emprego de carros de combate, CCs, de VBTPs e VCIs sobre lagartas, e blindados mecanizados sobre rodas, na região do lavrado, nas campinaramas e cerrados de Roraima. Foram importantes as manifestações de Tulio e Denilson naquele tópico..

Denilson trabalhou em Roraima e teve um veículo atolado. Pedindo socorro ao Exército (Brasileiro) verificou-se a inadequação de socorro do veículo por um Urutu do Exército, em que com certeza os colegas do EB acertaram em não enviar o blindado. Ele iria sim atolar. Porém isso não é indicativo de que tanques (CCs) e viaturas blindadas de transporte, sobre lagartas, ou sobre rodas não podem operar no lavrado ou nos campos de Roraima.

O solo da região do lavrado é do tipo latossolo vermelho amarelo. Então, vejamos:

(1o) segundo pesquisas (algumas bem recentes), como a tese de doutorado de Bruno Silva Pires, 2012, Univ Federal de Lavras, a capacidade de carga deste solo, quando saturado de água (em época de chuvas) varia de 100 a 180 kPa (kilopascal), e em época seca atinge de 200 a 280 kPa;
(2o) algumas pressões sobre o solo de blindados e carros de combate do Brasil, obtidos de suas fichas técnicas (1A5, M-60 até M-113) ou da tese de doutorado de Marcelino João Knob, defendida em 2012, na Uni Federal de Santa Maria (EE-9, EE-11):
. Leopard 1A5: p = 0,80 kgf/cm2 = 80 kPa
. M-60: p = 0,68 kgf/cm2 = 68 kPa
. Marder: p = 0,90 kgf/cm2 = 90 kPa
. AMX10-P p = 0,53 kgf/cm2 = 53 kPa
. M-113: p = 0,54 kgf/cm2 = 54 kPa
. Ututu EE-11: p = 402 kPa
. Cascavel EE-9: p = 357 kPa
. Guarani: p = 3,06 kPa kgf/cm2 = 306

onde para o Guarani, por falta de dados técnicos a respeito, efetuei o cálculo usando a formulação padrão, onde p = C/At, para C = 17,5 ton, a carga total (peso) do blindado e At a área total (dos 6 pneus) de contato sobre o solo, considerando (da literatura técnica, ver Knob, 2012) At = 6xA, tal que A=0,27xLxD, para L a banda (ou largura) do pneu e D o seu diâmetro. L = 0,44 m e D = 0,80 m no Guarani.

(3o) como o solo do lavrado tem uma capacidade de carga mínima de 100kPa, está é superior à dos CCs e VBTPs / CVIs acima listados, o que significa que podem ser serem utilizados nos campos abertos de Roraima sem problemas.

Isso viabiliza (positivamente|) a criação de um Reg C Bda na fronteira norte do País...

O Brasil não tem atualmente um VBTP ou VCI sobre lagartas, nem tenho conhecimento que esteja considerando seu projeto ou aquisição.
O link abaixo tem interessantes considerações sobre os VBTP e VCI considerando a transformação de tanques antigos nestes tipos de viaturas, como já (há tempos) faz o exército de Israel, com sucesso:

http://sistemasdearmas.com.br/ter/vbip1.html[/quote]


Com relação à criação de um Reg C Mec para a 1a Brigada de Infantaria de Selva, e portanto a transformação do 12o Esq C Mec para 18o Reg C Mec, o emprego de veículos blindados sobre rodas teria que considerar, na região de campinaramas e cerrados de roraima e da calha do rio Negro, que haverá limitações ao seu emprego, devendo serem trafegados em regiões de solo seco ou sobre estradas.

Isso porém não inviabiliza seu emprego na região, só condiciona sua operação, a qual, de qqer forma, se dará em operações de segurança e vigilância, e eventualmente em combates de retardamento contra oponentes, que utilizariam estradas para sua movimentação. Daí a proposta de conjugar a criação de um Reg C Bda com a operação do Reg C Mec. O que só os fortalece mutuamente, no âmbito da 1a Bda Inf Sl.




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