MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
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MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
25/04/2013 11h58 - Atualizado em 25/04/2013 14h07
ONU aprova força de manutenção da paz com 12,6 mil militares no Mali
Capacetes azuis deverão estabilizar o Norte do Mali a partir de 1º de julho.
ONU pretende estabilizar o país após intervenção francesa contra islamitas.
No Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta quinta-feira (24) a criação de uma força de manutenção da paz de 12.600 capacetes azuis encarregados de estabilizar o norte do Mali depois da intervenção francesa contra os islamitas que controlam essa região.
Essa missão integrada pelas Nações Unidas para a estabilização do Mali, a chamada Minusma, que substituirá a missão Misma, força pan-africana, será posicionada a partir de 1º de julho, se as condições de segurança assim permitirem, e atuará por um período inicial de 12 meses.
A França, auxiliada por cerca de 2 mil tropas do Chade, começou uma ofensiva militar em janeiro para expulsar os combatentes islâmicos, que tinham dominado uma revolta de rebeldes tuaregues malineses e tomado dois terços do Mali.
A força de paz da ONU no Mali será a terceira maior, atrás de destacamentos na República Democrática do Congo e de Darfur, no Sudão, e custará até 800 milhões de dólares por ano, disseram funcionários da ONU.
A resolução contém a ressalva de que a criação da força de paz será submetida a uma avaliação sobre o Mali pelo Conselho de Segurança da ONU, formado por 15 membros, em até 60 dias após sua adoção.
A França começou a retirar seus 4 mil homens e planeja ter apenas mil até o final do ano. Paris tinha dito que o norte do Mali estava sob o perigo de se tornar um trampolim para ataques de extremistas à região e ao Ocidente.
As forças francesas seriam capazes de intervir para apoiar a Minusma caso os soldados se encontrem "sob ameaça iminente e grave e a pedido do secretário-geral", de acordo com a resolução.
Centenas de milhares de malineses foram deslocadas pelos combates e o norte do país permanece vulnerável a contra-ataques por guerrilheiros extremistas islâmicos.
http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... -mali.html
obs: passados o frison dos primeiros dias da intevenção francesa, a cobertura da mídia e o consequente interesse geral pelo conflito no Mali também diminuiram. Só o que não diminui foram os combates entre as tropas do país e africanas de apoio, junto aos franceses no norte.
A região para onde serão mandados este efetivo da ONU é o norte do Mali, que na prática é uma região desértica e fronteiriça com o Saara, com poucos pontos de apoio e com disposição logísitca muito difícil.
Se formos ao Mali - com certeza o convite virá - teremos dias situações inusitadas nos últimos anos a encarar: 1. atuação em região desertica, diferente de tudo a que estamos acostumados aqui; e 2. altíssima probabilidade de combates com as forças terroristas e rebeldes malineses.
Se um btl for mandado para lá - e sinceramente, eu prefiro o Mali do que o Congo - precisaremos de duas coisas básicas: 1. equipamentos novos, e de preferencia nacionais, desde o coturno/uniforme, até material de sobrevivência/armamentos zerados; e 2. doutrina específica para atuação em zonas desérticas. A primeira dá até para encarar de frente, fazendo um esforço e com algum tempo de preparação. Já a segunda, eu sinceramente não sei. Acho que a doutrina vai ter que ser desenvolvida em campo mesmo, e a muito custo.
abs.
ONU aprova força de manutenção da paz com 12,6 mil militares no Mali
Capacetes azuis deverão estabilizar o Norte do Mali a partir de 1º de julho.
ONU pretende estabilizar o país após intervenção francesa contra islamitas.
No Conselho de Segurança da ONU autorizou nesta quinta-feira (24) a criação de uma força de manutenção da paz de 12.600 capacetes azuis encarregados de estabilizar o norte do Mali depois da intervenção francesa contra os islamitas que controlam essa região.
Essa missão integrada pelas Nações Unidas para a estabilização do Mali, a chamada Minusma, que substituirá a missão Misma, força pan-africana, será posicionada a partir de 1º de julho, se as condições de segurança assim permitirem, e atuará por um período inicial de 12 meses.
A França, auxiliada por cerca de 2 mil tropas do Chade, começou uma ofensiva militar em janeiro para expulsar os combatentes islâmicos, que tinham dominado uma revolta de rebeldes tuaregues malineses e tomado dois terços do Mali.
A força de paz da ONU no Mali será a terceira maior, atrás de destacamentos na República Democrática do Congo e de Darfur, no Sudão, e custará até 800 milhões de dólares por ano, disseram funcionários da ONU.
A resolução contém a ressalva de que a criação da força de paz será submetida a uma avaliação sobre o Mali pelo Conselho de Segurança da ONU, formado por 15 membros, em até 60 dias após sua adoção.
A França começou a retirar seus 4 mil homens e planeja ter apenas mil até o final do ano. Paris tinha dito que o norte do Mali estava sob o perigo de se tornar um trampolim para ataques de extremistas à região e ao Ocidente.
As forças francesas seriam capazes de intervir para apoiar a Minusma caso os soldados se encontrem "sob ameaça iminente e grave e a pedido do secretário-geral", de acordo com a resolução.
Centenas de milhares de malineses foram deslocadas pelos combates e o norte do país permanece vulnerável a contra-ataques por guerrilheiros extremistas islâmicos.
http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... -mali.html
obs: passados o frison dos primeiros dias da intevenção francesa, a cobertura da mídia e o consequente interesse geral pelo conflito no Mali também diminuiram. Só o que não diminui foram os combates entre as tropas do país e africanas de apoio, junto aos franceses no norte.
A região para onde serão mandados este efetivo da ONU é o norte do Mali, que na prática é uma região desértica e fronteiriça com o Saara, com poucos pontos de apoio e com disposição logísitca muito difícil.
Se formos ao Mali - com certeza o convite virá - teremos dias situações inusitadas nos últimos anos a encarar: 1. atuação em região desertica, diferente de tudo a que estamos acostumados aqui; e 2. altíssima probabilidade de combates com as forças terroristas e rebeldes malineses.
Se um btl for mandado para lá - e sinceramente, eu prefiro o Mali do que o Congo - precisaremos de duas coisas básicas: 1. equipamentos novos, e de preferencia nacionais, desde o coturno/uniforme, até material de sobrevivência/armamentos zerados; e 2. doutrina específica para atuação em zonas desérticas. A primeira dá até para encarar de frente, fazendo um esforço e com algum tempo de preparação. Já a segunda, eu sinceramente não sei. Acho que a doutrina vai ter que ser desenvolvida em campo mesmo, e a muito custo.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Na minha opinião não temos nada a fazer no Mali. Aquilo está totalmente fora de nossa zona de interesse e quem deve ir lá são os europeus. Quem pariu Mateus que o embale. Nossa região é o Atlântico Sul, não devemos perder o foco.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Independe da região. O fato de mandar tropas para algum lugar inspira algum respeito na esfera internacional. Não são intervenções unilaterais, mas sim missões autorizadas e apoiadas pela ONU.
No caso do mali, as forças de paz da ONU serão compostas pelos países vizinhos que devem receber equipamento, munição e treinamento. Se nem os franceses querem ficar na linha de frente e estão recuando para agir quando forem chamados. Bem como, países europeus e os EUA dando suporte logístico e tomando as ações mais "tecnológicas" sem ir para combate direto. Portanto, não é o Brasil que vai ser o inocente em se meter no que não lhe diz respeito.
Se quiser mandar forças de imposição da paz a Somália é muito mais solicitada. Quem sabe na Síria ou Líbia em um futuro próximo.
No caso do mali, as forças de paz da ONU serão compostas pelos países vizinhos que devem receber equipamento, munição e treinamento. Se nem os franceses querem ficar na linha de frente e estão recuando para agir quando forem chamados. Bem como, países europeus e os EUA dando suporte logístico e tomando as ações mais "tecnológicas" sem ir para combate direto. Portanto, não é o Brasil que vai ser o inocente em se meter no que não lhe diz respeito.
Se quiser mandar forças de imposição da paz a Somália é muito mais solicitada. Quem sabe na Síria ou Líbia em um futuro próximo.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Para mim é repetir o Haiti, tipo "segunda época"...
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Mali? Pra que? Os franceses já se renderam? Querem que outros morram pelas suas minas?
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- FCarvalho
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Acho eu que Líbia e Síria estão fora deste encalço da ONU, visto que a primeira 'está resolvendo' seus próprios problemas eles mesmos. Já a Síria em todo caso, só tem três fins: 1. derrota do Assad e a imposição de um governo rebelde; 2. a vitória do Assad e consequente estabilização do país no médio/longo prazo, e um terceira alternativa, que seria a domínio de algum grupo rebelde capacho do Irã/Al Qaeda e a subsequente intervenção russa e/ou da Otan(quem tiver o dedo mais nervoso atira primeiro), a fim de não deixar espaços para este tipo de "governo" bem embaixo do tapete de russos e americanos/europeus.Bourne escreveu:Se quiser mandar forças de imposição da paz a Somália é muito mais solicitada. Quem sabe na Síria ou Líbia em um futuro próximo.
Em nenhuma delas vejo um papel significativo da ONU em termos de envio de capacetes Azuis. O buraco ali é mais embaixo.
abs.
Editado pela última vez por FCarvalho em Seg Abr 29, 2013 11:40 am, em um total de 1 vez.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Eu não entendi isso de "segunda época".Túlio escreveu:Para mim é repetir o Haiti, tipo "segunda época"...
Haiti e Mali são casos bem distintos.
abs.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Sem problemas. Desculpa mais que perfeita para o EB pedir mais verbas para Engenharia de Combate.Marechal-do-ar escreveu:Mali? Pra que? Os franceses já se renderam? Querem que outros morram pelas suas minas?
Viu, tudo tem a sua serventia nessas missões da ONU. Por mais inútil que seja.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Vai sim. Inclusive podem ter capacetes azuis sem a queda do Assad. Simplesmente estarão lá para garantir a estabilidade como força "neutra". Para isso os capacetes azuis são muito interessante. Lá sim é guerra de verdade e pode estar ao lado da OTAN e tropas russas. Na Líbia, a possibilidade é real e pode ocorrer a qualquer momento.FCarvalho escreveu:Acho eu que Líbia e Síria estão fora deste encalço da ONU, visto que a primeira 'está resolvendo' seus próprios problemas eles mesmos. Já a Síria em todo caso, só tem três fins: 1. derrota do Assad e a imposição de um governo rebelde; 2. a vitória do Assad e consequente estabilização do país no médio/longo prazo, e um terceira alternativa, que seria a domínio de algum grupo rebelde capacho do Irã/Al Qaeda e a subsequente intervenção russa e/ou da Otan(quem tiver o dedo mais nervoso atira primeiro), a fim de não deixar espaços para este tipo de "governo" bem embaixo do tapete de russos e americanos/europeus.Bourne escreveu:Se quiser mandar forças de imposição da paz a Somália é muito mais solicitada. Quem sabe na Síria ou Líbia em um futuro próximo.
Em nenhuma delas vejo um papel significativo da ONU em termos de envio de capacetes Azuis. O buraco ali é mais embaixo.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Bourne, não acredito neste momento que a ONU vá colocar capacetes azuis na Síria. Não antes que o conflito seja amenizado e as partes cheguem a algum acordo mínimo, o que penso, está longe de acontecer, vide que o regime do Pres. Assad parece estar correndo para o desespero, utilizando armas químicas(ainda sem comprovação oficial/independente) e de outras atitudes pouco, digamos, convencionais, a fim de se manter no poder. Ademais, tanto americanos como russos em seus interesses a manter na Síria, e cada um, a seu modo, irá agir de acordo com a evolução do quadro naquele país como citei acima. A ONU só entraria lá, se e somente se, houver um milagre sobre um acordo de cessar fogo, o que sabemos, não haverá, até que um dos lados caia primeiro.
Mas, em se tratando de oriente médio, tudo pode acontecer. De qualquer forma, tal como nos demais países que vimos conversando sobre as possíveis participações brasileiras, em sendo questões mais "quentes", ainda fico com a minha opinião de que devemos mensurar, antes de mais nada, em vidas, o exercício da nossa participação, ou não, em cada uma delas, vide que nem sempre o fato de termos tropas a serviço d ONU, não poucas vezes fazendo o "trabalho sujo" de outrem, ou limpando a merda destes, nos consignou ganhos políticos no campo internacional. As coisas não são tão simples assim.
Quanto a Libia, desconheço até agora qualquer movimentação da ONU no sentido de para lá mandar qualquer tropa de capacetes azuis. Por enquanto, que se saiba, eles estão se mantando a conta gotas, e até agora, a percepção das grandes potências é de que a coisa, ainda, esta sob controle. Até quando não se sabe.
Mas creio que se tudo der errado, os europeus serão os primeiros a colocar os pés lá. E em sendo assim, damos um tempo para ver o que acontece, e decidimos o que melhor nos aprouver.
Bom lembrar também, que no caso do Líbano, e de outras missões, o EB já disse que só estará disponível para depois de 2016/2017. Até, as preocupações serão com a segurança interna. Acho até bom, porque, teremos tempo de solicitar e justificar verbas para todos os programas e recursos de que iremos necessitar, se resolvermos enviar tropas, ao menos para a metade das missões que a ONU nos tem solicitado até agora. E que eu saiba, são Líbano, Congo, Mali(a se formalizar) e Guiné-Bissau(observadores somente, tropas negadas). Ainda existe a possibilidade do Saara Ocidental no médio prazo, do qual nada ou quase nada se sabe, apesar de termos vários observadores lá a anos.
Enfim, vamos ver. São várias missões, e todas elas são solicitadas o envio de tropas. Se mandarmos 1 btl para todas, seriam ao menos 3 btl's fora, uma brigada praticamente. Não sei se a gana por uma cadeira no CS do GF disporá-se a pagar por tudo isso. Estamos (mal)acostumados demais ao nosso "jeitinho" de obter as coisas.
abs.
Mas, em se tratando de oriente médio, tudo pode acontecer. De qualquer forma, tal como nos demais países que vimos conversando sobre as possíveis participações brasileiras, em sendo questões mais "quentes", ainda fico com a minha opinião de que devemos mensurar, antes de mais nada, em vidas, o exercício da nossa participação, ou não, em cada uma delas, vide que nem sempre o fato de termos tropas a serviço d ONU, não poucas vezes fazendo o "trabalho sujo" de outrem, ou limpando a merda destes, nos consignou ganhos políticos no campo internacional. As coisas não são tão simples assim.
Quanto a Libia, desconheço até agora qualquer movimentação da ONU no sentido de para lá mandar qualquer tropa de capacetes azuis. Por enquanto, que se saiba, eles estão se mantando a conta gotas, e até agora, a percepção das grandes potências é de que a coisa, ainda, esta sob controle. Até quando não se sabe.
Mas creio que se tudo der errado, os europeus serão os primeiros a colocar os pés lá. E em sendo assim, damos um tempo para ver o que acontece, e decidimos o que melhor nos aprouver.
Bom lembrar também, que no caso do Líbano, e de outras missões, o EB já disse que só estará disponível para depois de 2016/2017. Até, as preocupações serão com a segurança interna. Acho até bom, porque, teremos tempo de solicitar e justificar verbas para todos os programas e recursos de que iremos necessitar, se resolvermos enviar tropas, ao menos para a metade das missões que a ONU nos tem solicitado até agora. E que eu saiba, são Líbano, Congo, Mali(a se formalizar) e Guiné-Bissau(observadores somente, tropas negadas). Ainda existe a possibilidade do Saara Ocidental no médio prazo, do qual nada ou quase nada se sabe, apesar de termos vários observadores lá a anos.
Enfim, vamos ver. São várias missões, e todas elas são solicitadas o envio de tropas. Se mandarmos 1 btl para todas, seriam ao menos 3 btl's fora, uma brigada praticamente. Não sei se a gana por uma cadeira no CS do GF disporá-se a pagar por tudo isso. Estamos (mal)acostumados demais ao nosso "jeitinho" de obter as coisas.
abs.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
FCarvalho escreveu:Eu não entendi isso de "segunda época".Túlio escreveu:Para mim é repetir o Haiti, tipo "segunda época"...
Haiti e Mali são casos bem distintos.
abs.
É, escrevi besteira, pensei que os combates já haviam terminado. Na verdade há ainda o problema das ferozes tribos de TUAREGS, que atacam sem aviso. Há pouco li que foi morto o sexto soldado Francês na região...
EDITEI.
Editado pela última vez por Túlio em Ter Abr 30, 2013 6:59 pm, em um total de 1 vez.
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Segunda época tu vai pegar se não prestares mais atenção no que escreves. Babuínos são uma espécie de macaco africano, beduínos são tribos nômades do norte da África e Oriente Médio. Nem um nem outro tem nada a ver com o Mali, as tribos nômades rebeldes do Mali são Tuaregues, classificados como um povo Berbere.Túlio escreveu:FCarvalho escreveu: Eu não entendi isso de "segunda época".
Haiti e Mali são casos bem distintos.
abs.
É, escrevi besteira, pensei que os combates já haviam terminado. Na verdade há ainda o problema das ferozes tribos de babuínos, que atacam sem aviso. Há pouco li que foi morto o sexto soldado Francês na região...
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
delmar, acho que você não entendeu a ironia...
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Epá, estão a chmar nomes ao Pzito porquê?!
Todos sabemos que o P44 é parte integrante dos "berbéres da margem sul".
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Re: MISMA - Missão de Paz da Onu no Mali
Marechal-do-ar escreveu:delmar, acho que você não entendeu a ironia...
Não era ironia, escrevi errado mesmo, POWS!!!
Já editei lá, ainda bem que ninguém levou a mal...
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