Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Viking
Avançado
Avançado
Mensagens: 537
Registrado em: Qui Fev 13, 2020 4:39 pm
Agradeceram: 322 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#151 Mensagem por Viking » Dom Mai 15, 2022 3:47 pm

FCarvalho escreveu: Qui Mai 05, 2022 2:23 pm Se algum museu naval europeu não comprar eles antes, claro. :lol:

[018]




Avatar do usuário
Viking
Avançado
Avançado
Mensagens: 537
Registrado em: Qui Fev 13, 2020 4:39 pm
Agradeceram: 322 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#152 Mensagem por Viking » Dom Mai 15, 2022 3:56 pm

Em minha opinião a MB deveria estudar uma das propostas que surgiram de emprego do TCG Anadolu. O Atlântico poderia ser empregado para o desenvolvimento doutrinário e operacional que poderia resultar nas especificações do projeto de sucessão do mesmo.

https://www.defesaaereanaval.com.br/nav ... rta-drones




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#153 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 16, 2022 2:56 pm

Vi alguns informes sem maiores fontes fidedignas que a MB andou enviando gente para olhar mais uma vez o INS Vikrant indiano, que está passando por testes de mar e deve ser incorporado à marinha este ano, ou mais tardar em 2023. É um navio STOBAR com convés em ângulo com 'apenas' 42 mil ton de deslocamento.

Este tipo de solução poderia atender à MB tanto no que diz respeito ao uso de aviões convencionais assim como VANT e UCAV, além dos novos projetos derivados dos E-VTOL, que já possuem interessados neles para uso no campo da defesa, também.

A Stella Tecnologia está oferecendo um drone médio e um sistema de operação de pouso e decolagem para a MB. Mas até agora nada se viu ou soube se a marinha vai colaborar ($$) no sentido de desenvolver o projeto. No Brasil há vários outros tipos de drones que também podem, ou poderão, ser eventualmente utilizados a partir do Atlântico, e similares, e de Nae, propriamente. O uso do futuro UCAV que a Embraer\FAB estão pensando em desenvolver deve levar em conta, também, seu potencial uso em navios LHD e\ou Nae.

Uma das coisas que se pode e deve pensar no futuro para os GAE do substituto do Atlântico é a capacidade de operar com aeronaves VTOL do tipo V-22 - não ele propriamente - e que devem começar a entrar em operação no final desta década e começo da próxima tanto no USA como Europa e China, tanto civil como militares. A Embraer poderia pensar em algo assim para o campo civil se houver mercado, com potenciais derivações de uso militar.

Notar que os turcos estão desenvolvendo novos UCAV de grande porte a jato, e que devem ser, penso, também voltados à eventuais operações embarcadas, na falta de caças que possam fazer isso.

Um navio LHD do porte do Juan Carlos I, do Triste italiano ou dos novos LHD chineses, os Type 75, seria mais do que suficiente para embarcar um GAE bem equilibrado entre VANT, UCAV, Helos e demais tipos de vetores que podem tornar um navio como este muito mais flexível e a um custo bem menor do que o de um Nae de raiz.

Aliás, este é um conceito a ser pensado e refletido por nós para o futuro. O que é melhor: 4 navios multiuso do tipo LHD operando tudo e mais um pouco do descrito acima ou 2 Nae tradicionais, sejam STOBAR ou CATOBAR :?:




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#154 Mensagem por FCarvalho » Seg Nov 14, 2022 12:53 pm

Caça Saab Gripen E em apoio à Marinha

https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/09/Gripen-E-em-apoio-a-Marinha-2-1024x576.jpg

O Gripen E oferece uma ampla variedade de armas para todas as situações possíveis e contra todas as ameaças possíveis. SPEAR e RBS15 Mk4 são exemplos de sistemas de armas usados ​​em operações de combate de superfície. Eles também são bons exemplos da compatibilidade completa de uma máquina e um sistema de armas

https://www.naval.com.br/blog/2021/09/1 ... a-marinha/




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
Viking
Avançado
Avançado
Mensagens: 537
Registrado em: Qui Fev 13, 2020 4:39 pm
Agradeceram: 322 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#155 Mensagem por Viking » Ter Nov 15, 2022 4:45 pm

FCarvalho escreveu: Seg Nov 14, 2022 12:53 pm Caça Saab Gripen E em apoio à Marinha

https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/09/Gripen-E-em-apoio-a-Marinha-2-1024x576.jpg

O Gripen E oferece uma ampla variedade de armas para todas as situações possíveis e contra todas as ameaças possíveis. SPEAR e RBS15 Mk4 são exemplos de sistemas de armas usados ​​em operações de combate de superfície. Eles também são bons exemplos da compatibilidade completa de uma máquina e um sistema de armas

https://www.naval.com.br/blog/2021/09/1 ... a-marinha/
Prezados colegas,

Em relação a AN em seu segmento de asas fixas eu penso o seguinte:

1. A FAB a muito tempo deveria ter se dedicado a aviação de caça voltada para a guerra aeronaval, em função da vastidão de nosso TOM e entorno estratégico. Em função das recorrentes restrições orçamentarias, prioridades diversas, outros óbices...etc e tal, inicialmente a unidade que poderia ser direcionada para esta tarefa poderia ser o 2º/1º GAvC o Esquadrão PiF-Paf), que então deveria ser mobiliado com os F39E otimizados para o ataque naval.

2. Caso a FAB não se sentisse motivada/interessada, com tem sido ao longo das décadas, por esta missão ,ficaria então ampliada a justificativa de modernização do VF 1 com o F39E.Mas e importante destacar que e preciso uma visão quanto ao futuro emprego dos UCAV's, uma vez que os mesmos podem constituir o GAE de navios do tipo LPH, já que e muito improvável que a MB um dia venha a ter NAe.

Entretanto mesmo que a FAB tivesse no 2º/1º GAvC sua aviação especializada em ataque aeronaval não seria invalidada a existência do VF-1 da MB operando a partir do continente e em coordenação com a FAB, potencializando as capacidades de defesa do TOM . Para isso seria preciso que a agenda de Defesa fosse assunto de relevância para a classe politica.

3. O VF 1 com o F39 também justificaria a AN ter pelo menos 3 KC 390.
Os KC 390 seriam empregados em REVO, transporte de material de interesse da MB e também em uma importante missão de SAR para submarinos, inclusive atendendo compromissos internacionais nesta área em que o Brasil e signatário.
O KC 390 pode transportar um Sistema de Salvamento Submarino equipado com veículos DSAR (Deep Search and Recue), que podem utilizar no Brasil, por exemplo, navios de apoio oceânico da classe Mearim ou AHTS da mesma classe ou superiores

4. No futuro a aviação de patrulha marítima e guerra ASW/ASuW poderia imigrar para a MB, desde que com os recursos necessários de manutenção e operação.
Os equipamentos em uma visão prospectiva seriam os Boeing P8A Poseidon (8/10 unidades), uma aeronave de patrulha marítima/SAR da classe do C 295 Pesuader e SARP de vigilância.

5. Por outro lado seria necessário também ampliar a capacidade de AEW, esta a cargo da FAB, além do amplo emprego de satélites de vigilância.

Sds

Lord Nauta




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#156 Mensagem por FCarvalho » Qua Nov 16, 2022 4:23 pm

Olá Lord, em resposta ao amigo.

1. Historicamente a FAB nunca se interessou pela missão de apoio aeronaval junto à esquadra, isto é líquido e certo. E até hoje os objetivos e prioridades daquela força não incluem sequer a aviação de patrulha, tratada à miúde com pouca ou nenhuma expressão de importância, vide as compras seletivas e de oportunidade com os P-3. Idem para os A-1 equipados com mísseis anti navio que nunca existiram, e com a pouca ou nenhuma doutrina de cobertura de defesa área de frota que a FAB possui. Ou seja, me parece que a aviação de caça na MB não renasceu por mero acaso do acaso do destino. Assim, equipar e manter o VF-1 é condição sine qua non para a marinha dispor de uma cobertura aérea real e crível, com disponibilidade em tempo integral. Depender da FAB deixou de ser uma opção quando a asa fixa foi retomada lá em 1997. Decisão tomada e assumida até hoje pelo almirantado. Lastimável que não tenha respaldo no mundo político esta retomada, que traria, também a patrulha naval de volta para as asas da MB, de onde ele nunca deveria ter saído.

2. Se a ideia ventilada um tempo atrás do interesse da FAB em manter apenas 3 bases aéreas equipadas com caças, e todas no interior do país, isto por si só poderia justificar no longo prazo a retomada do plano original de 48 caças para a MB, logicamente na forma do F-39 Gripen E\F, que poderiam ser encomendados após o último lote entregue à FAB. Neste aspecto temos uma questão, já que a FAB está limitados até agora a 66 unidades e esta pequena quantidade poder ajudar a respaldar a compra também dos Gripen E\F para a MB, já que aquele número, a meu ver, é insuficiente para a FAB fazer a defesa aérea do continente, e ainda se dispor a fazer a da esquadra. Assim, adquirir estes caças para mobiliar dois esquadrões, RJ e São Luis (sede da natimorta segunda esquadra), ou em Natal, já estaria de bom tamanho. Com 24 caças encomendados, poderíamos chegar até 30 unidades de acordo com aquela regra de 25% para mais ou para menos em compras públicas. Com 5 esquadrões de Gripen E\F na FAB e AN, conseguiríamos dispor de uma cobertura aérea integral no país e das nossas AJB pela primeira vez na história.
Quanto aos UCAV, penso que seja uma evolução natural o seu uso nos futuros LHD que a marinha venha a dispor. E talvez, como um Nae é cada vez mais longe da realidade do nosso orçamento, possuir navios assim com esta capacidade será algo vital para manter em partes a nossa cobertura aérea no mar. Ou pelo menos junto as FT Anfíbias, e em partes da esquadra por assim dizer.

3. Como a FAB já diminuiu para 19 o números de aviões a serem entregues, não seria muito difícil convencer este ou outro governo qualquer a engendrar algumas das unidades cortadas para a MB. 4 a 6 aviões estaria de bom tamanho para a estrutura atual. Se os Gripen E\F vingarem na AN como disse acima, então penso que 12 seria o número mágico para manter a frota equilibrada, levando-se em conta a disponibilidade em 75%. Como já expus em outros tópicos, os KC-390 podem ser adaptados para várias missões da guerra aérea naval sem para isso precisarmos de uma frota enorme. Mas para garantir a logística e o apoio operacional da esquadra, DN, CFN, OpsEsp, Esclarecimento Marítimo, ISR, SAR\C-SAR, C3I, EW, e quem sabe até apoio à ASW\ASupW com drones, contar uma quantidade adequada as reais necessidade é algo que se impõe. Se for para ter, então é para ter o que precisa de verdade, pensando no curto, médio e longo prazo da MB como um todo. Neste aspecto, os 9 aviões cortados da FAB caberiam sem maiores problemas na aviação naval, e ainda sobrava espaço para mais alguns.

4. Concordo e assino embaixo. Com o adendo de que a patrulha marítima volte para casa, ou seja, para a aviação naval, onde ela realmente tem a importância e a necessidade que lhe são mister, além do tratamento à altura de seus muitos desafios no TOM sul americano. Este ainda é um dos desafios que a MB tem de enfrentar, mas que estão em hibernação por conta das irrestritas limitações orçamentárias, e da onipresente falta de importância do tema Defesa na agenda nacional. E sim, temos uma esquadra para reconstruir quase que do zero, e sem muitas soluções a vista a não ser as 4(6) FCT.
Por outro lado, como defendo aqui há tempos, a BIDS nos apresenta algumas soluções práticas e outras de longo prazo, na forma dos E-2 da Embraer, e também, na minha opinião, dos ATL-100\300 que podem substituir com muita vantagem os atuais P-95 na função de esclarecimento marítimo e SAR naval.

Mas tenho aqui para mim que a Embraer não se meteria em mais essa encrenca de fazer uma versão ASW dos seus E-Jet para depois se ver novamente na mesma situação em que está hoje com os KC-390. Principalmente se as quantidades envolvidas forem mínimas. Em sendo assim, melhor pegar uns E-1 e modificar, testar e ver o que sai. É mais barato e evita problemas mais tarde com eventuais cortes de recursos e contratos contestados.
Claro, uma família de SARP navais seria muito bem vinda também. E para isso já temos soluções no país. Só falta combinar com o pessoal da indústria e MD.

5. Eu não vejo problemas na MB operar seus próprios AEW, seja na forma de drones, aviões, helos e\ ou futuro vetores da classe do V-22 que possam surgir, operando de terra ou embarcados. Na verdade, o P-600 AEW da Embraer seria uma boa opção para a falta de recursos, e diria mesmo empenho, da FAB em aumentar a sua frota, e capacidade, de AEW&C na forma dos poucos E-99 que possui. Só há 5 deles, e nunca estão todos disponíveis ao mesmo tempo. A MB comprar 4 ou 6 AEW da Embraer para operar de suas bases em terra em apoio aos seus caças e à própria esquadra em operações aeronavais, que tem suas próprias peculiaridades, traria muito mais benefícios para nós do que questionamentos. A FAB já tem 8,5 milhões km2 que ela mal dá conta. Imagina ainda ter de fazer isso sobre o AS.
Um misto de vetores embarcados e terrestres, sejam VANT ou não, seria a solução mais adequada para a aviação naval nesta área.
Como disse antes, temos uma indústria que tem mostrado diversos avanços tangíveis na área de drones, e que cresce a olhos vistos. Só os militares parecem não estar levando tal condição muito a sério.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#157 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 18, 2022 9:55 am

Uma página do Youtube com vários vídeos dos AF-1 operando em Natal agora esses dias. Uma excelente oportunidade de ver estes caças em voo, fato cada vez mais raro quanto mais o tempo passa.

https://www.youtube.com/@lwproductions9825




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
Viking
Avançado
Avançado
Mensagens: 537
Registrado em: Qui Fev 13, 2020 4:39 pm
Agradeceram: 322 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#158 Mensagem por Viking » Ter Nov 22, 2022 1:34 pm

FCarvalho escreveu: Qua Nov 16, 2022 4:23 pm Olá Lord, em resposta ao amigo.

1. Historicamente a FAB nunca se interessou pela missão de apoio aeronaval junto à esquadra, isto é líquido e certo. E até hoje os objetivos e prioridades daquela força não incluem sequer a aviação de patrulha, tratada à miúde com pouca ou nenhuma expressão de importância, vide as compras seletivas e de oportunidade com os P-3. Idem para os A-1 equipados com mísseis anti navio que nunca existiram, e com a pouca ou nenhuma doutrina de cobertura de defesa área de frota que a FAB possui. Ou seja, me parece que a aviação de caça na MB não renasceu por mero acaso do acaso do destino. Assim, equipar e manter o VF-1 é condição sine qua non para a marinha dispor de uma cobertura aérea real e crível, com disponibilidade em tempo integral. Depender da FAB deixou de ser uma opção quando a asa fixa foi retomada lá em 1997. Decisão tomada e assumida até hoje pelo almirantado. Lastimável que não tenha respaldo no mundo político esta retomada, que traria, também a patrulha naval de volta para as asas da MB, de onde ele nunca deveria ter saído.

2. Se a ideia ventilada um tempo atrás do interesse da FAB em manter apenas 3 bases aéreas equipadas com caças, e todas no interior do país, isto por si só poderia justificar no longo prazo a retomada do plano original de 48 caças para a MB, logicamente na forma do F-39 Gripen E\F, que poderiam ser encomendados após o último lote entregue à FAB. Neste aspecto temos uma questão, já que a FAB está limitados até agora a 66 unidades e esta pequena quantidade poder ajudar a respaldar a compra também dos Gripen E\F para a MB, já que aquele número, a meu ver, é insuficiente para a FAB fazer a defesa aérea do continente, e ainda se dispor a fazer a da esquadra. Assim, adquirir estes caças para mobiliar dois esquadrões, RJ e São Luis (sede da natimorta segunda esquadra), ou em Natal, já estaria de bom tamanho. Com 24 caças encomendados, poderíamos chegar até 30 unidades de acordo com aquela regra de 25% para mais ou para menos em compras públicas. Com 5 esquadrões de Gripen E\F na FAB e AN, conseguiríamos dispor de uma cobertura aérea integral no país e das nossas AJB pela primeira vez na história.
Quanto aos UCAV, penso que seja uma evolução natural o seu uso nos futuros LHD que a marinha venha a dispor. E talvez, como um Nae é cada vez mais longe da realidade do nosso orçamento, possuir navios assim com esta capacidade será algo vital para manter em partes a nossa cobertura aérea no mar. Ou pelo menos junto as FT Anfíbias, e em partes da esquadra por assim dizer.

3. Como a FAB já diminuiu para 19 o números de aviões a serem entregues, não seria muito difícil convencer este ou outro governo qualquer a engendrar algumas das unidades cortadas para a MB. 4 a 6 aviões estaria de bom tamanho para a estrutura atual. Se os Gripen E\F vingarem na AN como disse acima, então penso que 12 seria o número mágico para manter a frota equilibrada, levando-se em conta a disponibilidade em 75%. Como já expus em outros tópicos, os KC-390 podem ser adaptados para várias missões da guerra aérea naval sem para isso precisarmos de uma frota enorme. Mas para garantir a logística e o apoio operacional da esquadra, DN, CFN, OpsEsp, Esclarecimento Marítimo, ISR, SAR\C-SAR, C3I, EW, e quem sabe até apoio à ASW\ASupW com drones, contar uma quantidade adequada as reais necessidade é algo que se impõe. Se for para ter, então é para ter o que precisa de verdade, pensando no curto, médio e longo prazo da MB como um todo. Neste aspecto, os 9 aviões cortados da FAB caberiam sem maiores problemas na aviação naval, e ainda sobrava espaço para mais alguns.

4. Concordo e assino embaixo. Com o adendo de que a patrulha marítima volte para casa, ou seja, para a aviação naval, onde ela realmente tem a importância e a necessidade que lhe são mister, além do tratamento à altura de seus muitos desafios no TOM sul americano. Este ainda é um dos desafios que a MB tem de enfrentar, mas que estão em hibernação por conta das irrestritas limitações orçamentárias, e da onipresente falta de importância do tema Defesa na agenda nacional. E sim, temos uma esquadra para reconstruir quase que do zero, e sem muitas soluções a vista a não ser as 4(6) FCT.
Por outro lado, como defendo aqui há tempos, a BIDS nos apresenta algumas soluções práticas e outras de longo prazo, na forma dos E-2 da Embraer, e também, na minha opinião, dos ATL-100\300 que podem substituir com muita vantagem os atuais P-95 na função de esclarecimento marítimo e SAR naval.

Mas tenho aqui para mim que a Embraer não se meteria em mais essa encrenca de fazer uma versão ASW dos seus E-Jet para depois se ver novamente na mesma situação em que está hoje com os KC-390. Principalmente se as quantidades envolvidas forem mínimas. Em sendo assim, melhor pegar uns E-1 e modificar, testar e ver o que sai. É mais barato e evita problemas mais tarde com eventuais cortes de recursos e contratos contestados.
Claro, uma família de SARP navais seria muito bem vinda também. E para isso já temos soluções no país. Só falta combinar com o pessoal da indústria e MD.

5. Eu não vejo problemas na MB operar seus próprios AEW, seja na forma de drones, aviões, helos e\ ou futuro vetores da classe do V-22 que possam surgir, operando de terra ou embarcados. Na verdade, o P-600 AEW da Embraer seria uma boa opção para a falta de recursos, e diria mesmo empenho, da FAB em aumentar a sua frota, e capacidade, de AEW&C na forma dos poucos E-99 que possui. Só há 5 deles, e nunca estão todos disponíveis ao mesmo tempo. A MB comprar 4 ou 6 AEW da Embraer para operar de suas bases em terra em apoio aos seus caças e à própria esquadra em operações aeronavais, que tem suas próprias peculiaridades, traria muito mais benefícios para nós do que questionamentos. A FAB já tem 8,5 milhões km2 que ela mal dá conta. Imagina ainda ter de fazer isso sobre o AS.
Um misto de vetores embarcados e terrestres, sejam VANT ou não, seria a solução mais adequada para a aviação naval nesta área.
Como disse antes, temos uma indústria que tem mostrado diversos avanços tangíveis na área de drones, e que cresce a olhos vistos. Só os militares parecem não estar levando tal condição muito a sério.


Prezado Colega, saudações.

Muito bem lembrado o P-600 AEW da EMBRAER na AN. Concordo plenamente que estas aeronaves com os KC 390 e a dupla F39/RBS 15 Mark. III trairiam uma dimensão a capacidade dissuasória do Brasil no AS significativa.
Em relação aos F39 o esforço deveria ser a obtenção de pelo menos 32 aeronaves que ficariam distribuídas na Macega e na BAN em cooperação/compartilhamento com a FAB.

Ficaria para acertar entre o MD, MB e FAB a questão da aviação de patrulha.

Concluindo voto com o Relator. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Sds


[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#159 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 29, 2022 1:17 pm

Viking escreveu: Ter Nov 22, 2022 1:34 pm Prezado Colega, saudações.
Muito bem lembrado o P-600 AEW da EMBRAER na AN. Concordo plenamente que estas aeronaves com os KC 390 e a dupla F39/RBS 15 Mark. III trairiam uma dimensão a capacidade dissuasória do Brasil no AS significativa.
Em relação aos F39 o esforço deveria ser a obtenção de pelo menos 32 aeronaves que ficariam distribuídas na Macega e na BAN em cooperação/compartilhamento com a FAB.
Ficaria para acertar entre o MD, MB e FAB a questão da aviação de patrulha.
Concluindo voto com o Relator. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Sds
[009] [009] [009] [009] [009] [009] [009]
Olá Lord.

Eu tenho cá para mim pessoalmente que a MB de alguma foram está pensando neste momento para onde apontar o radar da aviação naval a fim de avaliar os próximos passos no curto e médio prazo. Já que aparentemente não vamos receber os S-2 que estavam sendo modernizados, talvez retomar a aviação de patrulha, que continua não sendo prioridade na FAB, aliás, possa ser o caminho a trilhar. Os P-3AM na quantidade em que estão sendo operados hoje não fazem a mínima diferença em um eventual conflito bélico, a não ser que seja coisa de muito baixa intensidade. Para além disso, sua substituição se faz urgente e imediata.

A meu ver, seria até lógico para a FAB se livrar de mais este "peso" com o qual ela sempre conviveu mais por teimosia cultural institucional do que por afinidade operacional e doutrinal. Com os recursos cada vez mais escassos para manter os atuais projetos, a aviação de patrulha perde cada vez mais condições de disputar verbas no contexto orçamentário da instituição.

E para resolver algo assim, é preciso que a MB se mova no sentido de amparar o orçamento necessário para vislumbrar o retorno da aviação de patrulha a si no médio e longo prazo. E quando digo longo prazo, estou falando do começo da próxima década. Tempo mais que suficiente para decidirmos qual\quais vetores e organização futura e os recursos necessários - custeio e investimento - para esta retomada.

Como não existem muitas opções no mundo hoje, a não ser o Boeing P-8, caríssimo e com certeza cheio de "não me toque" por parte dos norte americanos, e um eventual P-295 derivado dos S\C-105 Amazonas, mais acessível e menos capaz do que o jato norte americano, sobra uma improvável compra de jatos da família E-Jet da Embraer, seja por transformação ou novos de fábrica, que de qualquer forma, uma e outra solução serão, também, muito caras para a conta da marinha. Além de contar com a desconfiança da empresa em relação a um empreendimento que não contaria sequer com aviões na casa das dezenas, se muito algumas unidades.

Enfim, o SISGAAZ tem em seu planejamento a utilização de diversos vetores aéreos, desde drones até aviões ASW, e que seriam muito mais eficientes, penso, se operados dentro do contexto de C2 e gestão da aviação naval através do comando da esquadra. E neste aspecto, a retomada da aviação de patrulha se faz mister justificar seu retorno à aviação naval de forma que a MB tem em mãos argumentos sólidos e plenamente justificáveis não apenas para assumir a aviação de patrulha, como requerer os recursos orçamentários impositivos para a sua melhor operação dentro do contexto do SISGAAZ.

Talvez seja o caso, como no SIVAM\SIPAM e os E\R-99 saber juntar o útil ao agradável.

A ver




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#160 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 29, 2022 1:43 pm

Muitas escolhas a serem feitas na próxima década pela aviação naval de asas fixa da marinha. :twisted: 8-]

https://www.aeroflap.com.br/wp-content/uploads/2022/09/FdLajjUXEAUyKXF.jpghttps://www.19fortyfive.com/wp-content/uploads/2022/07/J-35.jpghttps://cdn-cavok.nuneshost.com/wp-content/uploads/2022/08/Su-75.jpghttps://s2.glbimg.com/TLyVZiWa9RRY8zW7MtCUWE7ccZw=/1200x/smart/filters:cover%28%29:strip_icc%28%29/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/8/k/mFTBDATCm4K3Q2ALT5QQ/gripen-e-take-off-navegantes-8320.jpg




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
J.Ricardo
Sênior
Sênior
Mensagens: 7520
Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
Agradeceram: 990 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#161 Mensagem por J.Ricardo » Ter Nov 29, 2022 4:50 pm

não sei se o orçamento da MB depois do (ou dos) SNB vão comportar uma aviação naval de ponta.
Mas com certeza drones pesados vão sim ser uma realidade na MB, e o VF-1 tem tudo para operar esses drones.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#162 Mensagem por FCarvalho » Ter Nov 29, 2022 8:45 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Nov 29, 2022 4:50 pm não sei se o orçamento da MB depois do (ou dos) SNB vão comportar uma aviação naval de ponta.
Mas com certeza drones pesados vão sim ser uma realidade na MB, e o VF-1 tem tudo para operar esses drones.
Eu tendo a crer que de alguma forma as coisas tendem a se assentar do ponto de vista do orçamento.
Os Sky Hawk sabidamente não vão muito mais longe que os anos 2020. Mas substituí-los com certeza poderá se tornar um pesadelo para a MB.
Quero crer que haja um mínimo de bom senso quanto a esta questão. E como disse ao Lord Nauta, o SISGAAZ pode ser a tábua de salvação para a asa fixa da aviação naval, assim como o SIVAM foi para os E\R-99, que de outra forma sequer existiriam hoje na FAB.
A ver como os políticos e almirantes irão se entender sobre isso. Se é que algum dia eles se entenderam sobre qualquer coisa.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Avatar do usuário
FIGHTERCOM
Sênior
Sênior
Mensagens: 4835
Registrado em: Sex Ago 04, 2006 6:51 pm
Agradeceram: 639 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#163 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Dez 05, 2022 10:40 am

FCarvalho escreveu: Ter Nov 29, 2022 1:43 pm Muitas escolhas a serem feitas na próxima década pela aviação naval de asas fixa da marinha. :twisted: 8-]

https://www.aeroflap.com.br/wp-content/uploads/2022/09/FdLajjUXEAUyKXF.jpghttps://www.19fortyfive.com/wp-content/uploads/2022/07/J-35.jpghttps://cdn-cavok.nuneshost.com/wp-content/uploads/2022/08/Su-75.jpghttps://s2.glbimg.com/TLyVZiWa9RRY8zW7MtCUWE7ccZw=/1200x/smart/filters:cover%28%29:strip_icc%28%29/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2020/8/k/mFTBDATCm4K3Q2ALT5QQ/gripen-e-take-off-navegantes-8320.jpg
Sonho meu, sonho meu
Vá buscar quem mora longe, sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vá buscar quem mora longe, sonho meu




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
Avatar do usuário
FIGHTERCOM
Sênior
Sênior
Mensagens: 4835
Registrado em: Sex Ago 04, 2006 6:51 pm
Agradeceram: 639 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#164 Mensagem por FIGHTERCOM » Seg Dez 05, 2022 10:49 am

J.Ricardo escreveu: Ter Nov 29, 2022 4:50 pm não sei se o orçamento da MB depois do (ou dos) SNB vão comportar uma aviação naval de ponta.
Mas com certeza drones pesados vão sim ser uma realidade na MB, e o VF-1 tem tudo para operar esses drones.
A MB terá que escolher entre ter vasos de guerra ou brincar de aviação. Mas se tratado da MB, não ficaria supreso se a mesma escolher se tornar um "pato" (nada, voa e caminha, mas não faz nenhum direito).

O que pessoal ainda não entendeu é que os novos meios (subs e navios) irão consumir, e muito, o orçamento da força.


Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 36362
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3144 vezes

Re: Esquadrão VF-1 (Esquadrão Falcão)

#165 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 05, 2022 6:33 pm

Não adianta discutir meios sem discutir também o orçamento.
Do contrário essa ladainha de cobrir os pés ou a cabeça durará para sempre.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
Responder