Apoio brasileiro ao Chile

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Apoio brasileiro ao Chile

#1 Mensagem por Marino » Dom Jul 01, 2012 2:44 pm

Aqui, no DB eu escrevi um post, que não localizo, respondendo ao SUT sobre o apoio que o Brasil deu ao Chile em sua pior hora, quando estava sob ameaça de guerra externa com a Argentina e o Peru (+ Bolívia que não ia deixar de morder um naco).
Alguns documentos começam a ser tornados públicos, infelizmente sob a chancela de apoio à repressão interna, como se milhares de fuzis, inclusive FAPs, cascavéis e urutus, munição para canhões destes veículos, etc, pudessem ser usados contra a população.
Some-se a isso "repuestos" para F-5 e Huntyer, munição e sobressalentes para os cruzadores e submarinos, etc.
Hoje, propugnam pela aliança entre os "ACP" contra o "B", esquecendo-se das lições da história, que podem se repetir, como sabemos.
Não há um dia como o seguinte.
============================
Ditadura forneceu armas para repressão no Chile
Acordo firmado por Médici e executado por Geisel ordenou que emblemas oficiais fossem
raspados para ocultar origem
Júnia Gama
BRASÍLIA . Documentos secretos produzidos pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas
(Emfa) durante a ditadura militar revelam que o governo brasileiro forneceu armamentos militares ao
Chile para a repressão interna no regime do general Augusto Pinochet (1973-1990). Um acordo
articulado no governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) e executado durante os
primeiros anos do governo de Ernesto Geisel (1974-1979) repassou à ditadura chilena milhares de fuzis,
espingardas, cartuchos de munição, carregadores e outros equipamentos bélicos
, como "material
destinado à manutenção da ordem interna".
O GLOBO teve acesso com exclusividade a documentos que mostram que o EMFA determinou,
em 17 de janeiro de 1975, que o armamento a ser cedido ao Chile tivesse as Armas da República
apagadas para que não fosse identificada a origem brasileira e oficial. Nessa data, o então vice-chefe do
Estado-Maior, general Carlos de Meira Mattos, solicita ao chefe de gabinete do Ministério do Exército
"providências no sentido de que a fábrica de Itajubá proceda ao esmerilhamento nas estampagens dos
emblemas com as Armas da República dos fuzis tipo FAL e FAP que serão cedidos", diz ofício secreto
assinado por Meira Mattos.
O general pede que o mesmo procedimento seja feito no armamento a ser fornecido pela
Marinha
: "Conforme relação constante do Aviso da referência, o Ministério da Marinha também cederá
idêntico armamento ao governo Chileno. Assim sendo, consultamos aquele órgão da possibilidade de
efetuar idêntica operação pela Marinha, ou em caso negativo, se deseja que o trabalho seja feito em
Itajubá".
Os documentos integram uma série de 37 volumes de caráter sigiloso e 52 volumes de boletins
reservados expedidos pelo extinto Estado-Maior da Forças Armadas, sucedido pelo ministério da Defesa
em 1999. O ministro da pasta, Celso Amorim, informou à Comissão da Verdade a existência dos
documentos e solicitou ao Ministério da Justiça a criação de um grupo de trabalho para análise e
tratamento das informações. Amorim determinou que os volumes sejam transferidos para o Arquivo
Nacional.
Crédito para o governo chileno
O então presidente Geisel, que encarregou o Estado-Maior da coordenação das medidas para
equipar o Exército do Chile para a repressão interna, também autorizou abertura de crédito ao governo
chileno para a compra de material bélico e equipamento militar de produção nacional.
"O senhor presidente da República autorizou a abertura de um crédito, no prazo de quinze anos,
de US$ 40.000.000 (quarenta milhões de dólares), para a aquisição de material bélico e equipamentos
militares de produção nacional ou em disponibilidade no país", afirma o ministro-chefe do EMFA,
Humberto de Souza Mello, ao ministro da Defesa do Chile, Patrício Carvajal Prado, em 16 de maio de
1974. Em seguida, Souza Mello pede que sejam tomadas as providências junto ao governo do Chile para
que o embaixador chileno em Brasília seja "autorizado a realizar os necessários entendimentos com o
ministro da Fazenda do Brasil", Mario Henrique Simonsen.
Os documentos mostram ainda que o governo brasileiro mobilizou o primeiro escalão do corpo
diplomático nas gestões para o fornecimento de armas. É o que revela comunicação feita em 7 de maio
de 1974, em que Souza Mello encaminha ao então ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio
Francisco Azeredo da Silveira, ofício do ministro da Defesa do Chile. O ofício "versa sobre um
empréstimo a ser concedido pelo Brasil e que seria empregado na aquisição de material bélico e
equipamentos militares para as Forças Armadas daquele país".
Na mesma data, Souza Mello destaca o "interesse" do governo brasileiro em atender à demanda
de Pinochet e informa ao ministro da Marinha, Geraldo Azevedo Henning, que as Forças Armadas irão
ceder ao governo chileno equipamentos de uso próprio, já que parte do material solicitado não estava
disponível para venda
. "Dado o interesse de nosso governo em atender ao solicitado e considerando-se
que do material bélico solicitado uma parte não se encontra disponível no país, enquanto que a outra
parte, de produção nacional, não poderá ser entregue a curto prazo (&). Tal análise indicou a
possibilidade de serem cedidos armamentos e munições já entregues, pelos fabricantes ou fornecedores,
às Forças Armadas"
, diz.
Além do armamento fornecido pelas Forças Armadas, a ditadura militar no Brasil intermediou
para o governo Pinochet a aquisição de equipamentos bélicos de empresas brasileiras. Ao menos duas
empresas brasileiras serviram para enviar armamentos a Pinochet, a Engesa S.A e Mayrink Veiga S.A.
É o que mostra o mesmo documento, de 7 de maio de 1974, em que o ministro-chefe do EMFA
encaminha uma "Lista Geral das necessidade das Forças Armadas do Chile", além da cópia de uma
"carta-proposta de Mayrink Veiga S.A. que versa sobre o fornecimento de armamento e munições
importados"
. "O assunto tratado no documento do Ministério da Defesa do Chile e em seus anexos foi
objeto de contatos anteriores, de comissões das Forças Armadas daquele país com os Ministérios
Militares, com os fabricantes e fornecedores de material bélico e equipamentos militares e, finalmente,
com este Estado-Maior", esclarece o general.
Em outro despacho, de 25 de novembro de 1974, Meira Mattos informa ao vice-chefe do Estado-
Maior do Exército que o "Exército do Chile encaminhou à Engesa S.A." ofício em que "solicita
informações sobre preços, prazos de entrega e demais características técnicas para munições a serem
utilizadas nos veículos Cascavel, recentemente adquiridos por aquele exército
". Segundo o general, a
Engesa consulta o Estado-Maior sobre como proceder. O general, então, solicita informações sobre
"armamentos e respectivas munições que irão equipar os veículos Cascavel e Urutu, vendidos ao Chile".
Uma lista enumerando milhares de armas a serem fornecidas ao governo chileno está entre os
documentos a que O GLOBO teve acesso. Em 9 de outubro de 1974, o então ministro-chefe do Emfa,
Antônio Jorge Corrêa, emite comunicado secreto ao presidente da República, general Ernesto Geisel,
com documento anexo "referente à exportação e cessão de material bélico para o Chile". "As
providências foram tomadas em obediência à determinação de Vossa Excelência em despacho de 25 de
março de 1974 e somente foi considerado o material destinado à manutenção da ordem interna", pontua
Corrêa.




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#2 Mensagem por Túlio » Dom Jul 01, 2012 2:49 pm

Para quem se deixa liderar por Argentina e Venezuela, Chile/Peru de inimigo é merreca, já bastam os "amigos" que temos...




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#3 Mensagem por Marino » Dom Jul 01, 2012 2:58 pm

Quanto a isso, retomei o tópico "a casa das calcinhas ...", digo, a Instituição que foi outrora a casa de Rio Branco.
O tema que quero mostrar aqui é outro.




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#4 Mensagem por Boss » Dom Jul 01, 2012 2:59 pm

"Se deixa liderar"... :roll:




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#5 Mensagem por Túlio » Dom Jul 01, 2012 3:01 pm

No fim dá na mesma: o AMADORISMO tomou conta! Agora o que vale são meras veleidades e impulsos de momento, não o pensamento profundo que advém da reflexão sobre as possíveis (e prováveis) consequências dos atos.

Kgô-se o Itamaraty. Botaram um bando de diletantes a mandar lá...




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#6 Mensagem por Marino » Dom Jul 01, 2012 3:06 pm

Peço para levarem este debate para aqui:
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... &start=840




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#7 Mensagem por Túlio » Dom Jul 01, 2012 3:08 pm

Ah não, mas logo pra Casa da Calcinha Cor de Rosa??? [002]




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#8 Mensagem por Marino » Dom Jul 01, 2012 3:15 pm

Tem melhor definição para o Itamaraty de hoje?




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#9 Mensagem por Túlio » Dom Jul 01, 2012 3:19 pm

Sei lá, devem ainda haver excelentes quadros oriundo do Rio Branco, a droga é quem MANDA lá...




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#10 Mensagem por Boss » Dom Jul 01, 2012 3:23 pm

Só são incompetentes que nem todo os outros Ministérios e orgãos do GF, nada novo.




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#11 Mensagem por Túlio » Dom Jul 01, 2012 3:26 pm

Sei não, BOSS! A Presidente Dilma é sobretudo uma TECNOCRATA, não deve gostar de estar rodeada de IDEÓLOGOS. Com os recentes fiascos do "Patriota", Samuca e MAG, pode entrever uma chance de se livrar deles colocar em seu lugar quadros de verdadeira competência.

Esperemos y veamos, como diria o SUT! :wink: 8-]




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#12 Mensagem por Bourne » Dom Jul 01, 2012 3:32 pm

Vou fazer o concurso para o Itamaraty e ponho ordem na casa. :twisted:




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#13 Mensagem por SUT » Dom Jul 01, 2012 11:26 pm

Quizas es util recordar que algunos desde Chile tienen dudas de quien es el que dirije la politica exterior en Brasil. El punto es que algunas personas, de cierto poder ( o al menos apariencia de tal) han visitado Chile diciendo cosas desagradables. Eso ha molestado a alguna gente.

Pero

Otra cosa completamente diferente es montar una "alianza anti Brasil". Chile no tiene interes, problema o molestia con Brasil como para montar una alianza en ese sentido. Mas aun, el problema mas bien parece ser que a Chile se le critica por buscar una mirada "fuera de la region", privilegiando socios comerciales que proveen condiciones efectivas para los negocios que entregan el $$ para desarrollar los programas sociales que nos han permitido reducir la pobreza del 40% al 15/13%

Tan clara es la inexactitud de esa mirada, que fue Chile junto a Brasil los que pararon la ola del ALBA sobre Paraguay la semana pasada, introduciendo algo de racionalidad en un momento en que opiniones de otros actores regionales estaban amenazando con generar problemas verdaderos en relacion a dicha situacion

Para ser mas claro y explicito. Si bien ha habido molestia con algunos politicos brasileros que en Chile se creyo tenian poder sobre la politica exterior de Brasil, ello ha sido por que estos Sres han entrado sobre temas chilenos internos ( Acceso al mar para Bolivia por territorio chileno, la vision chilena sobre el Oceano Pacifico, etc) . NO hay problemas con Brasil de orden geopolitico y definitivamente NO hay interes en formar alianzas subregionales para atacar a nadie y especialmente no a Brasil, con quien no han habido problemas serios.

Sobre la data que provee Marino en el año 78, gruesamente es correcta. Solo matizar dos cosas. Los spares para F5E/F no llegaron via Brasil sino via Thailandia y Taiwan. Los de Hunter via Rhodesia e India. Los spares para los cruceros consistio en municion. Se esperaba conseguir elementos de las torres de 6"/47 pero las brasileras no estaban ya en condiciones materiales utiles ya que los buques estaban de baja ya un tiempo relevante. La voluntad estuvo.

Por otro lado, presiones Argentinas si tuvieron peso y algunos elementos especificos, particularmente municion y camiones, asi como un eventual lote suplementario de Cascavel y Urutu fueron detenidos. Eso explica los numeros algo extraños ( 89 Cascavel, 32 Urutu) que fueron finalmente entregados.

Las memorias del Embajador argentino en Brasilia en 1978, Oscar Camilion son explicitas tambien en el sentido de que Argentina confiaba que Brasil mantendria una neutralidad estricta, aunque es un hecho que la Junta Militar Argentina tenia claramente graves errores de percepcion internacional, como quedaria claro en 1982. Para mas detalles esta el libro de Yofre titulado 1982, por lo que hay que tomarlo con pinzas

Saludos,

Sut




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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#14 Mensagem por rodrigo » Seg Jul 02, 2012 11:43 am

O dividir para conquistar da esquerda na AS está cada dia mais forte. O pior é que o Brasil, com papel de maior, mais forte, mais rico, transformou-se em coadjuvante. Sempre tivemos um papel de equilíbrio, e uma diplomacia de conciliação, reconhecida e admirada no subcontinente e no resto do mundo. Estamos deixando tudo ir embora. E foi uma construção de mais de 100 anos.

Em relação ao apoio brasileiro ao Chile durante o governo Pinochet, os documentos revelam que o apoio brasileiro foi extenso, e talvez crucial, já que o embargo imposto aos chilenos prejudicou até mesmo a manutenção de equipamentos básicos. O contexto de utilização era de defesa nacional, mas é óbvio que armas leves eram usadas na repressão, mas nada que o armamento existente anteriormente não desse conta.

Não existe divisão séria na AS, estão criando. Poderíamos ter uma ampla discussão de quem seriam os beneficiados, mas o que me deixa puto é que o Brasil é o principal prejudicado.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Apoio brasileiro ao Chile

#15 Mensagem por Marino » Seg Jul 02, 2012 12:45 pm

SUT, não sei corretamente como é no Chile, mas aqui no Brasil quem MANDA, quem DECIDE a política externa é o Chefe do Executivo.
Isto está na Constituição brasileira.
O Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores, materializa esta política, decidida atualmente pela Presidenta Dilma.
Ponto, sem discussões.
Como já lhe escrevi, MAG é uma triste figura, hoje decorativa, mantida (até o presente momento quando escrevo este texto) por deferência a Lula.
====================
Segundo ponto.
Também já lhe escrevi sobre o apoio brasileiro em algum post perdido aqui no DB.
Sobre os sobressalentes para os F-5 e Hunters, foi o Alte Tavra que me relatou o assunto. Me disse que os pilotos de Hunter voavam sem os pirotécnicos dos assentos ejetores, que foram fornecidos pela FAB.
Que os "repuestos" de F-5 também foram enviados por nós.
Há um artigo em um post meu aqui no DB que mostra que os sobressalentes brasileiros permitiram a que um dos cruzadores chilenos que estava em reparos em ASMAR suspendesse para o sul. Claro que TODA a munição destes navios foi para o Chile.
Quanto aos Cascaveis e Urutus, não só os mesmos, mas caminhões e ônibus foram impedidos de seguirem pelo território argentino, cuja fronteira foi fechada para estas exportações ao Chile, pois diziam que o Brasil estava aumentando a capacidade de "despliegue estratégico" do exército chileno.
Não esqueçamos os bandeirulhas, que mantiveram a esquadra argentina trecada todo o tempo. :wink:
E você vai se lembrar de como fui recebido no PeruDefensa, com um forista acusando o Brasil de ter ameaçado o Peru caso o Gen. Alvarado atacasse o Chile.
=================================
Infelizmente alguém que eu considerava amigo esqueceu-se disso e prega, sim, uma aliança anti-brasileira.
Uma lástima.
Mas existe um ditado aqui no Brasil que diz que não há um dia como outro, que dor de dente não dá apenas uma vez.
Então, veremos os verdadeiros amigos.




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