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Brasil estaria emperrando construção de supertelescópio
18 de janeiro de 2012 • 16h46 • atualizado às 17h55

A construção de um dos maiores telescópios do mundo na localidade de Serro Amazones, no norte do Chile, prevista para ocorrer com a ajuda financeira do Brasil, está parada. O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), responsável pelo projeto Extreme Large Telescope, alega como um dos motivos a falta de repasse de verbas combinadas com o País.

De acordo com o ministério brasileiro de Ciência e Tecnologia (MCT), a entrada do País no consórcio, acordada em 29 de dezembro de 2010, estava prevista para custar 250 milhões de euros (equivalente a quase R$ 566 milhões) ao longo de 11 anos. Contudo, durante ajuste orçamentário realizado pelo governo em 2011, o volume foi considerado elevado e o projeto foi reavaliado, encontrando-se em fase final de conclusão para ser enviado ao Congresso Nacional.

Para que as obras comecem, o ESO aguarda a confirmação do acordo que torna o Brasil o 15º membro pleno da instituição e o primeiro País de fora da Europa. O telescópio custará cerca de 1,2 bilhão de euros.
"O desejo do Brasil é participar de todo o programa do ESO. É imprescindível que haja transferência de tecnologia e participação da indústria brasileira, o que exigirá um processo de negociação amplo a partir da ratificação do acordo", afirma o MCT em nota oficial.

FONTE

ISS manda lembranças... ou não.

Normal, nem me surpreende

Outra forma de ler a noticia: Europeus estao mal das pernas e precisam do Brasil para construir telecospio.

Esse projeto e diferente da ISS, pois agora eles precisam do dinheiro.

P.S. Nao estou justificando o fato de nao estarmos participando do empreendimento.

Centurião escreveu:Outra forma de ler a noticia: Europeus estao mal das pernas e precisam do Brasil para construir telecospio.

Esse projeto e diferente da ISS, pois agora eles precisam do dinheiro.

P.S. Nao estou justificando o fato de nao estarmos participando do empreendimento.

Realmente, por mais que goste do Brasil, não consigo ler assim, com esse ufanismo...

É simples e claro: O Brasil deseja participar, mas na hora de pagar, ninguém aparece...
É a falta de política de estado, e não de governo... é a culpa de muitos atrasos tecnológicos e estratégicos (vide militar) no Brasil...

Andre Correa escreveu:

Centurião escreveu:Outra forma de ler a noticia: Europeus estao mal das pernas e precisam do Brasil para construir telecospio.

Esse projeto e diferente da ISS, pois agora eles precisam do dinheiro.

P.S. Nao estou justificando o fato de nao estarmos participando do empreendimento.

Realmente, por mais que goste do Brasil, não consigo ler assim, com esse ufanismo...

Talvez eu tenha exagerado, mas de acordo com o proprio texto, e possivel chegar a conclusao de que o problema e financeiro e de que precisam do Brasil.

De acordo com o ministério brasileiro de Ciência e Tecnologia (MCT), a entrada do País no consórcio, acordada em 29 de dezembro de 2010, estava prevista para custar 250 milhões de euros (equivalente a quase R$ 566 milhões) ao longo de 11 anos.

Para que as obras comecem, o ESO aguarda a confirmação do acordo que torna o Brasil o 15º membro pleno da instituição e o primeiro País de fora da Europa. O telescópio custará cerca de 1,2 bilhão de euros.

Passa a impressao...

É simples e claro: O Brasil deseja participar, mas na hora de pagar, ninguém aparece...
É a falta de política de estado, e não de governo...

Se analisar bem, vera que eu nao discuti o merito disso. Alias, eu concordo com esta parte.

Acho que o Centurião está a interpretar apenas algumas partes do texto, esquecendo-se do principal, que é a notícia, mas eu vou destacar:

Brasil estaria emperrando construção de supertelescópio
18 de janeiro de 2012 • 16h46 • atualizado às 17h55

A construção de um dos maiores telescópios do mundo na localidade de Serro Amazones, no norte do Chile, prevista para ocorrer com a ajuda financeira do Brasil, está parada. O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), responsável pelo projeto Extreme Large Telescope, [destacar]alega como um dos motivos a falta de repasse de verbas combinadas com o País[/destacar].

De acordo com o ministério brasileiro de Ciência e Tecnologia (MCT), a entrada do País no consórcio, acordada em 29 de dezembro de 2010, estava prevista para custar 250 milhões de euros (equivalente a quase R$ 566 milhões) ao longo de 11 anos. [destacar]Contudo, durante ajuste orçamentário realizado pelo governo em 2011, o volume foi considerado elevado[/destacar] e o projeto foi reavaliado, encontrando-se em fase final de conclusão para ser enviado ao Congresso Nacional.

Para que as obras comecem, o ESO aguarda a confirmação do acordo que torna o Brasil o 15º membro pleno da instituição e o primeiro País de fora da Europa. O telescópio custará cerca de 1,2 bilhão de euros.
[destacar]"O desejo do Brasil é participar de todo o programa do ESO[/destacar]. É imprescindível que haja transferência de tecnologia e participação da indústria brasileira, o que exigirá um processo de negociação amplo a partir da ratificação do acordo", afirma o MCT em nota oficial.

Ou seja, o Brasil deseja participar, mas, como não tem uma Política de Estado, e sim de Governo, que muda sempre que alteram-se os governantes, a coisa não teve a mesma importância, e agora não "estava preparado para pagar".

O que não podemos é julgar tão simplesmente. Pois para uns, se o Brasil não é chamado, é porque não respeitam o país, nem a sua importância, mas se é chamado, é porque o resto esta quebrado e precisa desesperadamente do Brasil. Quem está quebrado, não constrói um Super-telescópio de 1,2 mil milhões de euros.

A ISS, mesmo sendo operada pelos "quebrados", continua a operar plenamente. O Brasil poderia estar a fazer parte deste projecto, e a colher resultados de experimentos que nem sonha hoje obter. Apenas assiste aos outros países a expandirem-se no campo de pesquisas espaciais.

Pelo menos a justificativa para estender um pouco mais o prazo é válida, pois deseja ToT e participação da indústria nacional. A esperar para ver-se se não é outra cena como a participação na ISS...

Andre Correa escreveu:Ou seja, o Brasil deseja participar, mas, como não tem uma Política de Estado, e sim de Governo, que muda sempre que alteram-se os governantes, a coisa não teve a mesma importância, e agora não "estava preparado para pagar".

O que não podemos é julgar tão simplesmente. Pois para uns, se o Brasil não é chamado, é porque não respeitam o país, nem a sua importância, mas se é chamado, é porque o resto esta quebrado e precisa desesperadamente do Brasil. Quem está quebrado, não constrói um Super-telescópio de 1,2 mil milhões de euros.

A ISS, mesmo sendo operada pelos "quebrados", continua a operar plenamente. O Brasil poderia estar a fazer parte deste projecto, e a colher resultados de experimentos que nem sonha hoje obter. Apenas assiste aos outros países a expandirem-se no campo de pesquisas espaciais.

Pelo menos a justificativa para estender um pouco mais o prazo é válida, pois deseja ToT e participação da indústria nacional. A esperar para ver-se se não é outra cena como a participação na ISS...

Você está totalmente certo André.

É praxe aqui no Brasil que o governo anuncie os mais grandiosos planos, faça enorme propaganda, apareça como grande líder e salvador da pátria, que nunca antes na história deste país e etc..., e depois simplesmente não faz nada, não libera o dinheiro ou estabelece regras para que alguém mais o faça, desconversa quando perguntado, cria lindos cronogramas coloridos com prazos para daqui a décadas e finalmente esquece o programa numa gaveta, para talvez outro governo rescucitá-lo e repetir o processo anos e anos depois.

E isso não começou com o Lula, já ocorria bem antes até do FHC. É o modus-operandi das autoridades brasileiras desde os tempos do final do regime militar, quando a crise veio braba e realmente todos os planos anteriores tiveram que ser abandonados. Só que isso virou moda e agora passou a ser o procedimento padrão, haja ou não crise à vista. Nossas autoridades só agem de fato quando o assunto envolve seus próprios interesses, aí nunca falta dinheiro ou esforço para criar algo que lhes renda mais conforto ou votos.

Por isso eu já faz tempo não dou a mínima bola para anuncios oficiais do que quer que seja, e espero para ver na prática o que de fato acontecerá, se é que acontecerá alguma coisa. O problema é que muita gente, incluíndo os outros países, ainda não percebeu isso, e espera que o Brasil de fato faça alguma coisa a sério para cumprir todos os compromissos que assume. E quando isso não acontece ficam bravos, como já aconteceu no caso da ISS e está acontecendo agora neste programa do teléscópio, no do satélite CERBS-3, e em muitos outros, até com relação à Copa e às Olimpíadas.


Leandro G. Card

Você está apenas considerando parte do meu texto.

Eu já disse que não discuti o mérito de estarmos ou não no projeto (quantas vezes preciso repetir isso?). Acho errado sempre entrarmos em projetos grandes e depois os cabeças-de-planilha cortarem a verba. Às vezes, o problema está em quem inicialmente autorizou a entrada no projeto, pois o país tem outras prioridades. Ao contrário dos outros participantes (e como todos sabem), o Brasil não é um país rico.

No entanto, acordos firmados devem ser cumpridos. Do contrário, é bola fora do país.

A minha crítica é que agora parecem usar meios sombrios para pressionar o país a liberar o dinheiro. E sem esse dinheiro, o projeto fica comprometido, pois esses países não parecem estar em condições de cobrir o rombo.

Pura politica... Brasil está 'descontando' a rasteira que levou de Chile e México (criadores) na criação da Aliança do Pacífico (Chile, México, Perú e Colombia.. Panamá já manifestou o interesse em entrar na aliança também)

Primeiro foi o México com a importação dos automóveis, agora o atraso do supertelescópio no Chile (Brasil condicionou a participação se o telescópio fosse no Chile e não na Espanha) e agora já pensa em limitar a importação de vinhos do Chile também, que entra hoje no país sem imposto nenhum.

Fora o fato que o Chile já fez diversos convites a Dilma para visitar o país e o Brasil sempre inventa desculpa de 'agenda'.

Brasil está 'descontando' a rasteira que levou de Chile e México (criadores) na criação da Aliança do Pacífico (Chile, México, Perú e Colombia.. Panamá já manifestou o interesse em entrar na aliança também)

Mas qual é a rasteira?

rodrigo escreveu:

Brasil está 'descontando' a rasteira que levou de Chile e México (criadores) na criação da Aliança do Pacífico (Chile, México, Perú e Colombia.. Panamá já manifestou o interesse em entrar na aliança também)

Mas qual é a rasteira?

Criar uma aliança com países vizinhos e não convidar o Brasil nem como membro observador.

Como anda aquele bloco econômico andino que esqueci o nome?, continua bem das pernas?