Saudades da VARIG

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FCarvalho
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Re: Saudades da VARIG

#76 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 05, 2012 6:54 pm

Valdemort escreveu:Ola pessoal

Voei MD 11 por 4 anos na Varig.

Quando a Boeing assumiu a Mc Donnel Douglas o MD11 ja estava morto. O principal motivo foi simplismente nao cumprir nos custos operacionais oque foi prometido pelo fabricante. Gerou multas e custos elevados pra corrigir, reduziram o tamanho do estabilizador ao limite e limparam totalmente a superficie das asas, retirando ate os Vortex Generators. Isso causava certa instabilidade em altitudes elevadas e na manobrabilidade em aproximacoes. O MD 11 era e ainda e um aviao de dificil operacao. Criaram um tipo de primordio do fly by wire em avioes comercias ( LSESE acho que se escreve assim, rsss ) pra ajudar em resolver essas deficiencis. Agora ficou famoso em versoes cargueiras.
Literalmente o MD11 ajudou a quebrar a Mc Donnel. Dizem os rumores que o A380 seria o MD12 que nunca saiu do papel por a ter Boeing asquirido a Mc Donnel e nao ter interesse por ja ter o 747.
O B777 e um projeto mais moderno e muito mais eficiente que inclusive enterrou o A340 tambem.
Mas com tudo isso o MD11 era um aviao gostoso de pilotar.


Abcs
Olá Vademort. Obrigado por complementar e melhorar a explicação.

Quanto ao 777, creio que ele já possa ser considerado como um novo marco da aviação civil comercial, depois do 707 e do 747, por lançar no mercado uma nova e inovadora perspectiva de vôo intercontinental em aeronaves widebody biturbina, fato até os anos 90 pouco crível e de valor duvidoso, apesar dos 767.

Acho até que com a proposta da Boeing de lançar uma nova versão da família, ainda este ano me parece, o 777X, a empresa possa continuar a deter a primazia neste campo da atividade aeronáutica comercial. E dado importante, fez a Airbus se mexer e lançar os A330 e agora o futuro A350.

Acredito que neste sentido, com o advento daquele modelo, já em 2019, data prevista de sua entrada operacional no mercado, possamos talvez contar com a, enfim, tão esperada, e não desejada, fim da linha dos 747 "Jumbos", que suponho, tem nos modelo 747-8 sua última cartada, mesmo porque a evolução não só das turbinas em economia e "ecologicidade", muito dificilmente novos projetos de aeronaves de quatro motores poderão ser vistas nas décadas que se seguem.

Mas o tempo dirá se eu tinha razão ou não.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Valdemort
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Re: Saudades da VARIG

#77 Mensagem por Valdemort » Ter Jun 12, 2012 11:02 pm

A FALÊNCIA DA VARIG

Por Lina Maria Alves Pires

Excelentíssimos Juizes, venho por meio deste denunciar um crime de lesa-pátria causado pelo poder concedente. Revelarei a engrenagem latrinária que funciona muito abaixo dos esgotos dos encanamentos desse governo, toda a tentativa de supressão de nossos direitos para que todas as instâncias do judiciário fiquem a par do nosso sofrimento e façam prevalecer a moral, a ética e a dignidade deste país, interpretando e aplicando as leis na forma de direito e justiça.

Vossas Excelências têm a nobre tarefa de proteger a constituição. Se a lei MAIOR não for respeitada, então não haverá mais o que celebrar, pois para um país ser respeitado por outras nações é necessário respeitar seus CIDADÃOS. Não permitam que esse governo de rótulo democrático que destruiu a maior empresa da América Latina continue burlando o judiciário em benefício de seus próprios interesses.

Assim como V. Excelências, nós gostaríamos de ver a justiça reconhecida, se não por todos, ao menos pela maioria de nossos concidadãos. Todos almejamos por uma reforma, mas não in pejus (para pior) e sim uma reforma que não viole os direitos e garantias, uma reforma com vistas a termos acesso a um processo menos burocrático, mais veloz e principalmente mais humano.

O serviço aéreo no Brasil é uma concessão pública, por isso as mudanças das políticas governamentais têm impacto direto no setor. Culpar gestores ou acionistas pela crise que a empresa enfrentou é desconhecer a realidade do mercado. No final do governo de Fernando Henrique Cardoso a VARIG foi alvo de uma tentativa de golpe que envolveu ex-ministros e credores.

Em 1991 as empresas brasileiras possuiam 59% do market-share e quando o governo brasileiro abriu o mercado para as estrangeiras, elas passaram a possuir 75% do market-share enviando anualmente mais de US$ 1 bilhão para suas matrizes (EUA - evasão de divisas) e as empresas nacionais passaram a possuir 25% do market-share.

A Varig passou a voar com prejuizo, já que as tarifas praticadas pelas concorrentes estavam abaixo do custo (tarifa predatória). Depois vieram os congelamentos das passagens aéreas (plano Bresser, Verão,Collor e a crise financeira no governo de F.H.C.). Cada vez que um avião realizava um vôo internacional e pousava em solo brasileiro pagava em dolar as taxas aeroportuárias. Cobrar em dolar para uma empresa nacional, por serviços prestados no Brasil é INCONSTITUCIONAL.

Em 1990 (há 20 anos) a Varig e outras empresas entraram com uma ação contra a União devido ao congelamento dos preços das passagens por perdas de planos econômicos. A Transbrasil foi indenizada (Jurisprudência). Em 2004 o STJ julgou procedente o pedido da Varig. Inúmeras vezes a União entrou com recursos visando impedir o pagamento da indenização.

Temendo uma derrota o governo propos negociar. NUNCA HOUVE INTERESSE DO GOVERNO EM PAGAR ou ajudar a Varig, pelo contrário sempre houve fortes interesses visíveis na eliminação da empresa. Na época o governo federal já devia R$ 6 bilhões quantia mais que suficiente para recuperá-la e proteger os próprios cofres públicos.

Em 2000 a Varig apresentou um plano de reestruturação ao BNDES onde requeria um aporte de US$ 400 milhões. FOI NEGADO. Em 2005 foi apresentado ao BNDES um projeto de recuperação solicitando aporte de US$ 70 milhões (NEGADO).

Mas o BNDES emprestou a Hugo Chaves (Venezuela) mais de US$ 700 milhões para concluir a obra superfaturada de uma ponte sobre o Rio Orinoco. Lula deu US$ 1 Bi a Cuba para que Fidel faça lá o que precisa ser feito aqui. O BNDES emprestou a ELETROPAULO, meio bilão de dolares. Em 2003 o governo injetou R$ 8 bilões nas companhias do setor elétrico. A Light deu um rombo de R$ 1 Bi aos cofres públicos.

Diante de tantas vantagens obtidas por estas multinacionais e o envolvimento delas em atos danosos ao país o governo NUNCA quis usar da mesma generosidade, interesse e empenho para ajudar uma empresa genuinamente brasileira, que em 1998 tinha um patrimônio líquido de R$ 2 bi, uma credibilidade internacional que nenhuma outra alcançou.

Uma aeronave da Varig valia 30% acima do valor do mercado pela excelência de sua manutenção, uma empresa que nos últimos anos faturou + de US$ 30 bi, que levou a bandeira brasileira aos 5 continentes durante 80 anos, que foi a maior empresa da América Latina e colocada no ranking da IATA entre as 30 maiores do mundo, que trouxe divisas para o Brasil, que gerou + de 100 mil empregos diretos e indiretos, que em 1998 transportou 27.747.000 pessoas em rotas para fora do país.

O governo LULA com um gesto de mediocridade política reduziu a empresa a uma massa falida e permitiu que fosse vendida por um preço vil ( 24 milhões de dolares) ao capital estrangeiro e revendida por 320 milhões de dolares para a GOL com o apoio incondicional de Roberto Teixeira.

O governo LULA chegou ao poder defendendo o trabalhador, mas, contraditariamente, foi responsável pela demissão de milhares. Muitos variguianos faleceram, vítimas do desgosto, do desespero e da desesperança com que assistiram suas famílias sofrerem todo o tipo de necessidade.

O AERUS (nossa previdência privada) sofreu intervenção por apresentar grave situação financeira. Em 2001 já havia sido solicitada a intervenção. O ministro da previdência e a SPC foram informados que a patrocinadora estava em atraso no pagamento de suas obrigações e que o AERUS estava manipulando balanços adotando taxa de retorno dos fundos dissociada da realidade do mercado.

Foi impetrado mandado de segurança com pedido de liminar contra ato OMISSO DO MINISTRO DA PREVIDÊNCIA que não apreciou o pedido de intervenção (processo 008750 D.J. 02/12/2002) e mandado de segurança 8.750 D.F. (2002) 0151068-4. A SPC é o órgão responsável pela fiscalização dos fundos de previdência privada.

A VARIG DEVE R$ 3 BI PARA O AERUS, DÍVIDA QUE SÓ PODERÁ SER PAGA COM UMA VITÓRIA NA AÇÃO DE DEFASAGEM TARIFÁRIA. O AERUS foi concebido com 3 tipos de contribuição: patrocinadora (Varig), funcionários e recursos aportados por usuários de serviços aéreos (3ª fonte). Essa 3 ª fonte foi calculada na base de 3% das tarifas de vôos domésticos. Foi criada em 1982 com o propósito de funcionar durante 30 anos.

Em Maio de 1991 o GOVERNO FEDERAL CANCELOU a fonte (22 anos antes do programado). O AERUS entrou com uma ação contra a UNIÃO FEDERAL (ação 2003.3400.03154-6) para ser ressarcido pelos fundos não arrecadados. A Ação está no gabinete do desembargador Moreira Alves (gab.moreira.alves@trf1.com.br).

A Ação de defasagem tarifária foi dada em garantia real da dívida da Varig para com os planos I e II do AERUS . Os valores que almejamos que a União pague serão incorporados ao patrimônio dos referidos planos. O Governo Federal é responsável pela situação atual do AERUS.

Faço um apelo para que a JUSTIÇA exerça sua função precípua, que enxergue a urgência dos julgamentos dessas ações e que não permita que continuemos a ser órfãos de qualquer direito.




"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
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Re: Saudades da VARIG

#78 Mensagem por Léo Brito » Qua Jun 13, 2012 8:56 pm

Não vejo vantagem alguma na GOL reaver vôos com código e pintura VARIG, sendo que o serviço prestado e o preço serão os mesmos da Gol.

A única alternativa seria introduzir as marcas em cada nicho de mercado. A GOL regular service, a ervilha em LC/LF e VRG full service, competindo com a AVIANCA e fazendo a bandeira no internacional.




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Re: Saudades da VARIG

#79 Mensagem por Skyway » Dom Jun 17, 2012 2:55 am

Léo Brito escreveu:Não vejo vantagem alguma na GOL reaver vôos com código e pintura VARIG, sendo que o serviço prestado e o preço serão os mesmos da Gol.

A única alternativa seria introduzir as marcas em cada nicho de mercado. A GOL regular service, a ervilha em LC/LF e VRG full service, competindo com a AVIANCA e fazendo a bandeira no internacional.
A GOL não tem voos com código Varig, só algumas aeronaves tem a pintura Varig, apenas isso. Todo o resto é GOL, o trecho, o código e etc.

Mas concordo contigo, essa é uma idéia recorrente entre os funcionários da GOL. Por que não é assim, não sei, talvez as operações da GOL sejam tão engessadas, tão apertadas numa cadeia de malhas e etc que não permita um luxo desses. Ou simplesmente não é de interesse da empresa mesmo.

Mas no momento não é hora da GOL investir em nada, pelo contrário...




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Re: Saudades da VARIG

#80 Mensagem por Léo Brito » Seg Jun 18, 2012 4:27 pm

Skyway escreveu:A GOL não tem voos com código Varig, só algumas aeronaves tem a pintura Varig, apenas isso. Todo o resto é GOL, o trecho, o código e etc.

Mas concordo contigo, essa é uma idéia recorrente entre os funcionários da GOL. Por que não é assim, não sei, talvez as operações da GOL sejam tão engessadas, tão apertadas numa cadeia de malhas e etc que não permita um luxo desses. Ou simplesmente não é de interesse da empresa mesmo.

Mas no momento não é hora da GOL investir em nada, pelo contrário...
Foi mal xará, o texto saiu confuso e ficou com sentido diverso.
Eu postei isso, pois, sempre tem uma AFA, HOAX, Whatever... sobre a "volta" da Varig. Pra isso acontecer seria necessário saber qual a estratégia da GOL e WJ... vão competir no mesmo mercado ou serão produtos diferentes?

O Constatino Jr. tem nas mãos uma grande oportunidade, mas a mentalidade em gerir a VRG como se fosse a Expresso União tem lhe custado caro.




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Re: Saudades da VARIG

#81 Mensagem por kekosam » Seg Jun 18, 2012 6:15 pm

FCarvalho escreveu:
Valdemort escreveu:Ola pessoal

Voei MD 11 por 4 anos na Varig.

Quando a Boeing assumiu a Mc Donnel Douglas o MD11 ja estava morto. O principal motivo foi simplismente nao cumprir nos custos operacionais oque foi prometido pelo fabricante. Gerou multas e custos elevados pra corrigir, reduziram o tamanho do estabilizador ao limite e limparam totalmente a superficie das asas, retirando ate os Vortex Generators. Isso causava certa instabilidade em altitudes elevadas e na manobrabilidade em aproximacoes. O MD 11 era e ainda e um aviao de dificil operacao. Criaram um tipo de primordio do fly by wire em avioes comercias ( LSESE acho que se escreve assim, rsss ) pra ajudar em resolver essas deficiencis. Agora ficou famoso em versoes cargueiras.
Literalmente o MD11 ajudou a quebrar a Mc Donnel. Dizem os rumores que o A380 seria o MD12 que nunca saiu do papel por a ter Boeing asquirido a Mc Donnel e nao ter interesse por ja ter o 747.
O B777 e um projeto mais moderno e muito mais eficiente que inclusive enterrou o A340 tambem.
Mas com tudo isso o MD11 era um aviao gostoso de pilotar.


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Olá Vademort. Obrigado por complementar e melhorar a explicação.

Quanto ao 777, creio que ele já possa ser considerado como um novo marco da aviação civil comercial, depois do 707 e do 747, por lançar no mercado uma nova e inovadora perspectiva de vôo intercontinental em aeronaves widebody biturbina, fato até os anos 90 pouco crível e de valor duvidoso, apesar dos 767.

Acho até que com a proposta da Boeing de lançar uma nova versão da família, ainda este ano me parece, o 777X, a empresa possa continuar a deter a primazia neste campo da atividade aeronáutica comercial. E dado importante, fez a Airbus se mexer e lançar os A330 e agora o futuro A350.

Acredito que neste sentido, com o advento daquele modelo, já em 2019, data prevista de sua entrada operacional no mercado, possamos talvez contar com a, enfim, tão esperada, e não desejada, fim da linha dos 747 "Jumbos", que suponho, tem nos modelo 747-8 sua última cartada, mesmo porque a evolução não só das turbinas em economia e "ecologicidade", muito dificilmente novos projetos de aeronaves de quatro motores poderão ser vistas nas décadas que se seguem.

Mas o tempo dirá se eu tinha razão ou não.

abs
É... o aumento do ETOPS matou os tri/quadrimotores!!!! Antes eles tinham que existir, já hoje...




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Re: Saudades da VARIG

#82 Mensagem por Léo Brito » Seg Jun 18, 2012 6:58 pm

Acho que o que está matando os "beberrões" no transporte de pax, são os rearranjos que as alianças promovem. Pois, não existe um modelo único de mercado e nem de gestão empresarial. Lógico, quem manda na aviação é o preço do combustível.
Nos "mad dog's" sempre haverão vagas para B727, MD11 e Jumbo 8-]




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Re: Saudades da VARIG

#83 Mensagem por Naval » Qui Jun 21, 2012 11:18 pm

Leilão da Varig será no dia 28
Notícia publicada em 19/06/2012 16:07

O Tribunal de Justiça do Rio realiza no próximo dia 28, a partir das 11 horas, o leilão de imóveis e sucatas de aeronaves da Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas. O leilão foi determinado pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial da Capital, e acontecerá no auditório da Corregedoria Geral da Justiça, localizado no 7º andar do Fórum Central, na Avenida Erasmo Braga 115.

Do total das sete sucatas de aeronaves que serão vendidos, cinco estão no aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, e duas no aeroporto Salgado filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os imóveis e salas comerciais estão avaliados em mais de R$ 40 milhões e estão localizados em diversas cidades brasileiras, como Recife, Ceará, Maceió, Salvador, Belo Horizonte, Blumenau, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Graças à nova lei, já há uma possibilidade de alienação sem a formação do quadro geral de credores. Esta foi a grande novidade que a Lei de Falências e Recuperação Judicial proporcionou neste caso”, afirmou o juiz Luiz Ayoub.

Ele disse também que os primeiros beneficiados com a venda dos bens da Varig serão os empregados que continuaram trabalhando depois da falência e fornecedores. O segundo grupo será de funcionários e demais colaboradores. Após, virãoos credores com garantia real, como o Aeros Fundo Previdenciário.

Os leiloeiros públicos oficiais que farão o pregão são Luiz Tenório de Paula, Silas Barbosa Pereira, Rodrigo Lopes Portella e Jonas Rymer.




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Re: Saudades da VARIG

#84 Mensagem por Naval » Qui Jun 28, 2012 9:49 pm

Varig arrecada R$ 153 mil com a venda de sucatas das aeronaves
Notícia publicada em 28/06/2012 14:12

A massa falida da Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas arrecadou R$ 153 mil na manhã desta quinta-feira, dia 28, com o leilão de seis sucatas de aeronaves. As duas sucatas que se encontram no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foram as mais disputadas e vendidas com os melhores preços, R$ 48 mil e R$44 mil, respectivamente. As aeronaves que estão no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, foram arrematadas por R$15 mil e R$ 16 mil.

Não houve lance inicial acima de R$ 30 mil, valor de avaliação de cada aeronave. Os lances começaram pela menor oferta, no valor de R$ 15 mil. O leilão de sucatas e imóveis da Varig foi determinado pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial da Capital. Segundo ele, os primeiros beneficiados serão os empregados que continuaram trabalhando depois da falência e fornecedores. O segundo grupo será de funcionários e demais colaboradores. Após, virão os credores com garantia real, como o Aerus Fundo Previdenciário.

O leiloeiro Luiz Tenório de Paula explicou que as aeronaves que estão no Rio são menores e, por isso, não tiveram tantos interessados. Ele acredita que os compradores usarão as sucatas na indústria de metalurgia para produção de outros bens, em exposição ou para fins turísticos, usando o material como temas para eventos, bares e restaurantes.

“O leilão é uma livre escolha dos compradores. Eles definem o valor. Eu acredito que as primeiras aeronaves são menores e não tiveram tanto atrativo em função do estado em que se encontram. As demais são aeronaves que estão em um estado melhor. Estas duas estão no Sul e não serão usadas como sucatas. Por isso, têm um valor maior”, afirmou.

O leiloeiro disse também que os compradores terão que efetuar a entrega ainda hoje de um cheque de garantia, que será depositado em juízo. Caberá ao juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial, homologar o leilão e só então os compradores poderão retirar as sucatas do local onde se encontram.

Na parte da tarde, a partir das 13h, o leilão continua com a oferta de imóveis da Varig distribuídos em diversos estados do Brasil. O leilãoestá sendo realizado no auditório da Corregedoria Geral da Justiça, no 7º andar do Fórum Central, na Avenida Erasmo Braga,115.




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Re: Saudades da VARIG

#85 Mensagem por Naval » Qui Jun 28, 2012 9:50 pm

Justiça arrecada R$ 22,6 milhões no leilão da Varig
Notícia publicada em 28/06/2012 16:33

A massa falida Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas arrecadou R$ 22, 6 milhões com o leilão de sucatas de aeronaves e de imóveis da companhia aérea. O leilão foi determinado pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial da Capital, e foi realizado no Fórum Central, nesta quinta-feira, dia 28. Segundo o magistrado, mais um leilão está previsto ainda para este ano.

“A parte mais expressiva dos imóveis não será alienada neste momento ainda. Haverá mais um leilão, talvez este ano. A empresa falida tem um número de imóveis muito grande, inclusive no exterior e os imóveis despertam mais interesse. Na medida em que eles estão sendo desocupados, nós vamos colocar em leilão”, disse o juiz. Os imóveis que despertaram maior disputa estão localizados em São Paulo, na capital.

“O destino deste dinheiro são os credores. A Lei de Falências estabelece, no artigo 84, que devem receber, em primeiro lugar, os extraconcursais, que são aqueles que continuaram na empresa depois da falência ou como empregados ou como fornecedores. No artigo 83, a Lei prevê os trabalhadores, tendo como limite até 150 salários mínimos. Depois vêm os credores com garantia real e por aí vai”, explicou o juiz.

Ele disse que a massa falida já tem um saldo com a realização do leilão de obras de arte e deve arrecadar mais com o julgamento de uma ação no Supremo Tribunal Federal que trata de defasagem tarifária. “Quase a totalidade do valor desta ação deve cobrir o pagamento dos demais credores da companhia aérea”, informou o magistrado.

A fim de atender a todos os credores, o juiz Luiz Roberto Ayoub disse que vai ponderar junto ao Ministério Público estadual, a possibilidade de fazer um rateio: “Seria uma distribuição equitativa. Se eu efetuar o pagamento de imediato do fruto deste leilão eu vou esgotar o pagamento somente na primeira classe de credores. E isso não me parece justo porque tem os trabalhadores, o fundo de pensão, pessoas que já passam por dificuldade há muito tempo”.

Com o leilão de seis sucatas de aeronaves, a massa falida da Varig arrecadou R$ 153 mil na manhã de hoje. Cada uma foi avaliada em R$ 30 mil, mas todas foram leiloadas a partir da menor oferta, R$ 15 mil. Segundo o leiloeiro Luiz Tenório de Paula, os compradores usarão as sucatas na indústria de metalurgia para produção de outros bens, em exposição ou para fins turísticos, usando o material em eventos, bares e restaurantes




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Re: Saudades da VARIG

#86 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 23, 2012 2:39 pm

Semana retrasada tive o desprazer de pegar um voo da GOL e por acaso tanto na ida quanto na volta a aeronave em que voei era um 737-800 com as cores da Varig. Mas infelizmente só as cores...

Nada disso... http://4.bp.blogspot.com/_-bc-uZBfCnM/TVLxkWaGRrI/AAAAAAAAKDk/5A_CjApdxN8/s1600/varig-saboresaromasbr.jpg
ou disso... http://farm5.static.flickr.com/4027/4272532764_6636f68188_o.jpg
isso então... http://2.bp.blogspot.com/_SLOtGjQsSs4/TA1XW7J_QyI/AAAAAAAAHT0/SToh8W3vJO8/s1600/Foto+de+Servi%C3%A7o+de+Bordo+Varig._edited.jpg
só deu mesmo pra isso... http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSJd72R39OWNV2RjzsjsLmtOSUn6TSK6l5BZVoucCW5CUudjLdyDoEo8HtFkA

fazer o quê. tempos modernos. :roll:

abs.




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Re: Saudades da VARIG

#87 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 23, 2012 3:11 pm

[Dos áureos tempos...
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2012/08/varig.jpg
À derrocada...
http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTUbjrcKZcka7Q-X3l-702qbdIh8iCKJLRv3uLSW87QHNUtg6Rmj0VnlWN2JQ
Ao que poderia ter sido...
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcThxrx0gvz7toQ1DHXrlGycaqRJ-FhNFfJqP6YmYfa8keQkGTnEYUYP2vhqsQ

abs.




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Re: Saudades da VARIG

#88 Mensagem por kekosam » Dom Set 23, 2012 10:14 pm

A primeira pintura do jumbo é épica!!!




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Re: Saudades da VARIG

#89 Mensagem por rodrigo » Seg Set 24, 2012 2:17 pm

FCarvalho escreveu:Semana retrasada tive o desprazer de pegar um voo da GOL e por acaso tanto na ida quanto na volta a aeronave em que voei era um 737-800 com as cores da Varig. Mas infelizmente só as cores...

Nada disso... http://4.bp.blogspot.com/_-bc-uZBfCnM/TVLxkWaGRrI/AAAAAAAAKDk/5A_CjApdxN8/s1600/varig-saboresaromasbr.jpg
ou disso... http://farm5.static.flickr.com/4027/4272532764_6636f68188_o.jpg
isso então... http://2.bp.blogspot.com/_SLOtGjQsSs4/TA1XW7J_QyI/AAAAAAAAHT0/SToh8W3vJO8/s1600/Foto+de+Servi%C3%A7o+de+Bordo+Varig._edited.jpg
só deu mesmo pra isso... http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSJd72R39OWNV2RjzsjsLmtOSUn6TSK6l5BZVoucCW5CUudjLdyDoEo8HtFkA

fazer o quê. tempos modernos. :roll:

abs.
Mas o preço é proporcional. Na época dessa refeição-banquete da VARIG, andar de avião, mesmo em vôo doméstico, era pelo menos 3 vezes mais caro que hoje em dia.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Saudades da VARIG

#90 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 24, 2012 5:27 pm

rodrigo escreveu:
FCarvalho escreveu:Semana retrasada tive o desprazer de pegar um voo da GOL e por acaso tanto na ida quanto na volta a aeronave em que voei era um 737-800 com as cores da Varig. Mas infelizmente só as cores...
fazer o quê. tempos modernos. :roll:
abs.
Mas o preço é proporcional. Na época dessa refeição-banquete da VARIG, andar de avião, mesmo em vôo doméstico, era pelo menos 3 vezes mais caro que hoje em dia.
concordo consigo. mas também não víamos esta incoerência - quase uma enganação mesmo - pública entre o que é oferecido e o que é efetivamente posto.
e as duas maiores, que comem no mesmo prato da oferta muitíssimo baratas de passagens aéreas e economia de custosa toda prova, apesar desta política, tem apresentado prejuízos nos últimos anos. e isto, apesar do continuo aumento da demanda e da lotação das aeronaves.
em sentido contrário, outras duas empresas, menores e mais enxutas, estão aí a afirma-se crescer sem a necessidade de elaborar tais tipos de subterfúgios financeiros e/ou orçamentários para si ou para seus clientes, e continuam crescendo a olhos vistos; e nem por isso suas passagens são mais caras que a concorrência. isto significa que a oferta de um serviço de bordo de melhor qualidade não é e nem nunca foi uma contrariedade a produção do lucro daquelas empresas.
existe hoje no Brasil um espaço bem escalonado para vários tipos de clientes enquanto passageiros de transporte aéreo. e não é o caso de se ficar falando em "viúvas da Varig". Há na verdade sim, um movimento lento e gradual de uma parcela de passageiros - que começa a se tornar cada vez mais representativa - que quer e espera mais do simplesmente pegar um avião e chegar a algum lugar. esta parcela deseja mais conforto e atendimento diferenciado para suas necessidades, que vão simplesmente de mais espaço nas poltronas, até a oferta de opcionais durante o vôo, que hoje parecem ser, ainda, entendidas como luxo, e não aceitáveis nos custos das empresas. mas há quem acredite e queira apostar neste "novo" tipo de passageiro. as empresas menores já perceberam isto. e estão apostando. mesmo a GOL parece já ter percebido esta questão, pois que começou a oferecer certos "mimos" que não se esperava serem vistos em uma empresa com a proposta da mesma. talvez a TAM se toquer e volte a proposta original do que a fez ser a maior no mercado nacional.
a ver como vão ficar as coisas. o mercado de transporte aéreo é muito dinâmico e podemos ver mudanças dentre pouco tempo. esperemos.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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