Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Boss
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#46 Mensagem por Boss » Qui Abr 21, 2011 8:08 pm

Penguin escreveu: Esses movimentos foram consolidados há duas semanas com a criação de seu braço bélico, a Odebrecht Defesa e Tecnologia. “Acreditamos nesse mercado, mas é um projeto de longuíssimo prazo”, diz Roberto Simões, presidente da nova divisão. Outras aquisições este ano, porém, não estão descartadas.
Interessante essa parte...




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romeo
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#47 Mensagem por romeo » Qui Abr 21, 2011 8:43 pm

Quanto a EMBRAER não sei... Mas as grandes construtoras sempre fizeram seu caixa as custas do governo; assim como os governantes ( suspeita-se ? ) fazem boa parte de suas caixas a partir das construtoras...

É uma relação simbiótica antiga... Independente do partido da vez no poder.

Com a presença das grandes construtoras, certamente a grana sai, pois assim ela também "entra".

Mas isso é mera opinião sobre nossos politicos, desse descrente missivista.

Entretanto creio ( talvez ingenuamente ) que estamos lentamente melhorando no controle da endêmica corrupção que grassa por aqui.

Deus nos proteja e nos dê discernimento na hora da escolha dos nossos representantes.

Tá melhorando... Tá melhorando... Há de melhorar...




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Penguin
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#48 Mensagem por Penguin » Sáb Abr 23, 2011 1:05 pm

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Editorial

As determinações da Estratégia Nacional de Defesa de que empresas envolvidas com a indústria militar no Brasil devem possuir maioria acionária nacional estão revolucionando o mercado. A exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, onde a enormes encomendas de equipamento bélico sempre vêm acompanhadas da certeza de que é importante que se atenda à recomendação de “buy American”, o Ministério da Defesa entende que o volume das aquisições necessárias para manter uma real e constante capacidade de defesa de um país do tamanho do nosso, e com as riquezas que temos, apresenta tal volume financeiro, que já está na hora de assumir uma postura que recomende que se “compre do Brasil”. No futuro próximo, à exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, o governo brasileiro só poderá comprar material de defesa de empresas majoritariamente nacionais. Para trazer benefício a um país que é dono dos elementos necessários para que sua comunidade de defesa possua o discernimento necessário para saber o que precisa e o que não precisa, o que deve adquirir ou não, e quais as tecnologias necessárias para que continue se desenvolvendo, não basta mais somente a transmissão de técnicas ou de linhas de montagem. Se no passado, os negócios que privilegiavam uma joint venture entre empresas internacionais e parceiros nacionais ávidos por carga industrial trouxeram grande benefício para o país, hoje chegamos a um patamar no qual o modelo desejado é o da transferência de tecnologias identificadas como vitais para o avanço da capacidade industrial nacional.

É por esta razão que a corrida desenfreada de empresas internacionais buscando adquirir empresas menores capazes de garantir-lhes a brasilidade necessária para se manter no mercado deu lugar a uma reorganização mais profunda do setor, na qual empresas de porte considerável do setor de defesa estão sendo absorvidas por gigantes de capital nacional num grande movimento de consolidação do mercado.

Recentemente tivemos notícia da aquisição da fabricante de radares e eletrônica avançada Orbisat pela Embraer, que com esta ação deixa para trás a sua condição unicamente de montadora de estruturas e integradora e dá o primeiro passo para se tornar uma verdadeira empresa multifacetada de defesa. Grandes empreiteiras como a Odebrecht, por exemplo, que não somente foi escolhida como a parceira principal para capitanear os esforços para a construção de submarinos modernos no país, mas que acaba de adquirir a Mectron, empresa especializada em mísseis, radares e equipamentos eletrônicos estão se voltando definitivamente para o mercado de defesa preparando-se para um futuro que acreditam promissor.

Este novo modelo promete inaugurar uma era na qual o grosso da produção – e consequentemente dos empregos – relacionada a modernos sistemas de armas será realizado no Brasil. De fora poderá vir parte ou toda a tecnologia necessária não só para realizar os programas, mas principalmente para deixar no país verdadeira capacidade instalada. Transferir tecnologia não é enviar manuais e esquemas, e nem apenas a fabricação in loco e com mão de obra local, que se beneficiará do aprendizado. E sim o profundo envolvimento de empresas e profissionais brasileiros ao longo de toda a concepção, desenvolvimento, fabricação e venda dos equipamentos em questão.

O desafio para que este novo modelo dê certo é a garantia de que os produtos resultantes dos programas determinados pelo governo como prioritários possuam escala e volume, tornando-se viáveis economicamente. E que desemboquem em outros programas facilitados pela existência de uma cultura crescente de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Num país de contingenciamentos e cortes constantes, e de pouca preocupação com a pesquisa científica de alto nível, as dúvidas ainda precisam se tornar certezas.

Mas se grandes empresas brasileiras que se preparam para capacitar a indústria brasileira de defesa conseguirem se estruturar, oferecendo cada vez mais o que o governo precisa, buscando apenas parceiros dispostos a transferir tecnologia ou embarcar em programas de desenvolvimento conjunto, teremos um modelo vencedor capaz de suprir um mercado que só é considerado pequeno por nós, brasileiros...




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#49 Mensagem por Alitson » Dom Abr 24, 2011 6:14 pm

Depois da matéria do C-17, com capacidade "pronta" para se tornar KC-17, não tenho mais palavras!!!!!! :o :shock:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#50 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Abr 24, 2011 7:34 pm

:?: :?: :?: :?:

Isso é algo extraordinário?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#51 Mensagem por Alitson » Seg Abr 25, 2011 8:58 am

O C-17 por si só já é extraordinário :!: :!:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#52 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Abr 25, 2011 11:20 am

É...?
Bom, então nenhum avião faz o que ele faz, seria isso?
Mas não dizem que custa os olhos da cara e o olho do c... ?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#53 Mensagem por Bolovo » Seg Abr 25, 2011 11:32 am

Custa. Mas é animal.

Algumas semanas atrás tinha um aqui em SJC.

Sobe igual um caça haha




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#54 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Abr 25, 2011 11:39 am

Custa. Mas é animal.
Aaaaaaah táááááá.
Entendi .




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#55 Mensagem por crubens » Seg Abr 25, 2011 12:05 pm

Interessante, material americano pode custar caro mas o frances não pode. :roll:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#56 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Abr 25, 2011 12:56 pm

Mas é....
Animal !!!!!




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#57 Mensagem por Alitson » Seg Abr 25, 2011 1:07 pm

Existe uma grande diferença comercial entre o produto caro e o produto de alto valor agregado e que possui clientes fiéis, por exemplo:

1. Super Hornet: produto de alto valor agregado, não para na prateleira e já tem 500 aeronaves entregues;
2. C-17: produto de alto valor agregado, não para na prateleira, já possui vários clientes de exportação;
3. Rafale: produto caro, está na prateleira faz tempo, ninguém compra, ninguém quer, só alimenta a sua própria industria.

Sorry.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#58 Mensagem por crubens » Seg Abr 25, 2011 1:56 pm

Carlos Mathias escreveu:Mas é....
Animal !!!!!
É mesmo, esqueci esse detalhe ! :mrgreen:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#59 Mensagem por crubens » Seg Abr 25, 2011 2:03 pm

Alitson escreveu:Existe uma grande diferença comercial entre o produto caro e o produto de alto valor agregado e que possui clientes fiéis, por exemplo:

1. Super Hornet: produto de alto valor agregado, não para na prateleira e já tem 500 aeronaves entregues;
2. C-17: produto de alto valor agregado, não para na prateleira, já possui vários clientes de exportação;
3. Rafale: produto caro, está na prateleira faz tempo, ninguém compra, ninguém quer, só alimenta a sua própria industria.

Sorry.
Faltou acrescentar nos dois primeiros que é Animal, deve dá maior valor agregado também :roll:

Então pela essa nova lógica econômica de formação de preço "produto caro x produto de alto valor agregado", o Rafale é só caro e não tem alto valor agregado, então seguindo essa lógica o Su-35 é barato porque não tem alto valor agregado, será isso !?!?. Acho que vou incluir esse novo conceito na minha linha de pesquisa de doutorado em economia.




Editado pela última vez por crubens em Seg Abr 25, 2011 2:22 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#60 Mensagem por Alitson » Seg Abr 25, 2011 2:17 pm

Sei... :roll:

Desculpe se a verdade dói!!! :evil:




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