Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#16 Mensagem por Penguin » Ter Mar 29, 2011 7:11 pm

Luís Henrique escreveu:Leandro, a tendência é que o preço aumente com o tempo.
Tudo sobe. A inflação da conta do recado.
A questão da escala, muito provavelmente o Brasil realizará uma grande compra, dificilmente um outro país fará um pedido maior.
O que pode ser feito é um contrato a parte separando o que é desenvolvimento e o que é valor do equipamento.
Por exemplo, o Brasil pode pagar o desenvolvimento de um caça de 5ª geração, digamos U$ 10 bi. Em seguida pode adquirir 200 unidades ao preço unitário de U$ 50 mi. Os próximos clientes teriam que pagar U$ 50 mi ou mais por cada caça. Ou seja, podemos excluir o valor do desenvolvimento da conta, como fizeram os franceses.
Agora, se a Dassault está tendo dificuldades por isso, ninguém mandou ela meter a faca no governo francês. Mas eu creio que o problema é que o caça é caro mesmo e o euro forte não ajuda.
Uma parte considerável do desenvolvimento do Rafale foi bancado pela iniciativa privada francesa (Dassault, Safran, Thales).
Se não me engano, aproximadamente 30%. Esse valor terá que ser recuperado a valores correntes (atualizados).

[]s




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#17 Mensagem por Penguin » Qui Abr 07, 2011 1:50 pm

SELEX Galileo to Expand Its Presence in Brazil


(Source: Selex Galileo; issued April 5, 2011)



RIO DE JANIERO --- SELEX Galileo, a Finmeccanica Company, is attending Brazil's 2011 LAAD Defence and Security Exhibition in line with the Company's strategy to expand its presence in the Region and to develop further partnerships with the Brazilian Defence Industry.

SELEX Galileo is the European leader in Active Electronically Scanned Array (AESA) radars. The company offers a family of AESA fire control and surveillance radars which are aimed at aerostats, UAS, maritime patrol, air intercept, multi-role enforcement and fighter aircraft of all sizes. Substantial worldwide orders have been received. The Company’s fire control radar heritage goes back over 50 years with traditional mechanically scanned radars flying on aircraft such as the Buccaneer and Sea Harrier.

More recent M-scan success has been with the Captor radar for Typhoon (500+ delivered/on order) and with Scipio and Grifo for a variety of fighter aircraft including the Brazilian AM-X and F-5.

Recently, SELEX Galileo signed an agreement with Brazilian company ATMOS to create a centre of excellence and airborne radar systems house in Brazil, for both AESA and M- Scan technologies.

SELEX Galileo is also Europe’s largest Electronic Warfare (EW) supplier and the prime contractor for Europe’s most advanced multi-national EW programme; the Typhoon Defensive Aids System (Praetorian). The Company’s EW systems and solutions are installed on a wide variety of international fixed and rotary wing aircraft including the Typhoon, Tornado, C-130, L-159, Hawk, Apache, Chinook, Lynx, and the AW101.

SELEX Galileo is also a member of Boeing’s Team Apache through provision of its Aircraft Gateway Processor (AGP). The AGP provides the Apache with a flexible and open Aircraft Survivability Equipment (ASE) architecture and the crews with a range of benefits including a combined threat picture and prioritised tactical responses. The AGP is derived from the Defensive Aids System controller in the combat-proven Helicopter Integrated Defensive Aids System (HIDAS), currently protecting British Army Apaches in-theatre as well as those of the Kuwaiti and Greek armed forces.

SELEX Galileo also supplies naval EW systems including the SIREN off-board decoy and UAS sensors including the SAGE Electronic Surveillance Measures (ESM) payload.

SELEX Galileo is a notable provider of integrated surveillance solutions which range from the unmanned aerial platform Falco, Europe’s only UAS system exported to date, to the world-leading ATOS surveillance mission system with its collection of sophisticated sensors.

SELEX Galileo’s technologies are state of the art, but also modular, scalable and exportable, giving current and future end users the benefits of leading European technology.

“In Brazil, we are building on the strategic ties that we have developed over several years of engagement in the country to further expand our presence in the region. We have been working on a number of important programmes including the supply and integration of our advanced Grifo M-scan radars for the F-5 and Scipio for the AM-X fighter aircraft, both of which are in service with the Brazilian Air Force.” said Gianpiero Lorandi, Group Marketing and Sales Director, adding: “Currently, with our radars equipping two of the world’s leading fighter aircraft, the Eurofighter Typhoon and the SAAB Gripen NG, and our surveillance radar family in operation on the US Coast Guard’s aircraft as well as MPA’s in three other countries, we are confident that we are offering the best and most reliable technology for Brazilian airborne programmes.

We are also looking forward to cooperating with ATMOS to develop their in-house radar capability. Looking at the big picture, a number of extremely interesting opportunities are coming up where I feel confident SELEX Galileo is in the best position to support the technology growth in the country and develop the spirit of cooperation and partnership needed for long term programmes.”

Currently, SELEX Galileo is also focusing its attention on the KC-390 Embraer programmes for which the Company is looking to deliver its latest sensor and self-protection suites in partnership with the Força Aérea Brasileira (FAB), Embraer and ATMOS.

More about the Agreement with ATMOS:

The agreement with ATMOS, which follows on from a recent memorandum of understanding, focuses on individual target programmes such as the Raven ES-05 AESA for Gripen Next Generation (NG), and details the training, development, production and support activities to be carried out by ATMOS.

In addition to the Raven ES-05 AESA radar for the Saab Gripen NG proposed for the FX-2 programme, the agreement also covers all radars in the SELEX Galileo portfolio including the Seaspray 5000E and 7000E AESA surveillance radars and the Gabbiano T20 mechanically scanned (M-Scan) surveillance radar system.

SELEX Galileo is also considering setting up a regional logistic hub for the KC 390 program, managed and operated by a collaboration between ATMOS and SELEX Galileo’s Support and Service Solutions group, to support both FAB operations of KC 390 and other international operators in Latin America.


SELEX Galileo provides Support and Service Solutions for a wide range of military applications and government departments. The Company designs bespoke through-life solutions that reduce costs, improve availability and lower risk for the Customer. With over 50 years of expertise in service provision, SELEX Galileo has a strong heritage in supporting avionics, situational awareness and protection systems for a range of platforms.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... le=release




Editado pela última vez por Penguin em Qua Abr 13, 2011 11:05 am, em um total de 1 vez.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#18 Mensagem por Penguin » Seg Abr 11, 2011 8:55 am

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11/04/2011

Onda de aquisições e fusões vai acirrar competição no setor

Virgínia Silveira

O setor de defesa e segurança vive neste ano um processo de consolidação intenso, com a aquisição de empresas de pequeno e médio portes, localizadas no polo tecnológico de São José dos Campos por grandes grupos nacionais. Depois da Odebrecht / Mectron e da Embraer / Orbisat, agora é a vez da Sinergy Defesa e Segurança (SDS), que acaba de ser formada com a participação EAE Soluções Aeroespaciais (joint venture entre a Sinergy e a Israel Aerospace Industries), a Flight Technologies, a Digex Aircraft Maintenance, e o Estaleiro EISA, do grupo Synergy. O grupo atua também em transporte aéreo e em óleo e gás. As empresas que compõem a SDS faturam mais de US$ 8 bilhões e empregam 40 mil pessoas.

O alvo dessas operações é o promissor negócio gerado pelos programas de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e pelo incentivo à capacitação da indústria nacional em tecnologias estratégicas para o país. Os projetos de modernização dos equipamentos militares brasileiros estão previstos na Estratégia Nacional de Defesa e projeções feitas por especialistas do setor apontam para investimentos da ordem de R$ 150 bilhões nos próximos 30 anos.

De olho nas novas oportunidades de negócio nesse mercado, a Embraer foi a primeira empresa a divulgar seus planos de fortalecimento na área de defesa, com a criação da Embraer Defesa e Segurança em dezembro do ano passado. Mais recentemente, no dia 15 de março, a companhia adquiriu a divisão de radares da Orbisat, um negócio avaliado em R$ 28,5 milhões. Nesta semana deve anunciar a aquisição da Atech.

Na quinta-feira, a Odebrecht anunciou a criação da Odebrecht Defesa e Tecnologia. A nova empresa do grupo foi estruturada após a consolidação de uma série de iniciativas estratégicas na área de defesa: a aquisição do controle da fabricante de mísseis Mectron, a joint-venture com a empresa Cassidian, braço de defesa da gigante europeia EADS e a parceria com a francesa DCNS no Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil.

No mercado brasileiro, segundo as principais empresas do setor, ainda há espaço para mais aquisições, visando agregar valor às operações dos novos conglomerados de defesa que estão se formando em torno da Embraer, Odebrecht, Synergy e Camargo Corrêa. "Ainda há algumas empresas brasileiras com ativos importantes sob o ponto de vista tecnológico estratégico", disse o presidente da Odebrecht Defesa e Tecnologia, Roberto Simões.

Segundo Nei Brasil, que é presidente da Flight Technologies, a SDS tem planos de oferecer ao mercado brasileiro e latino-americano produtos e serviços nas áreas de vants (veículos aéreos não tripulados), satélites de observação e comunicação, radares de aplicação militar, sensores e dispositivos para segurança interna, centros integrados de inteligência e serviços de manutenção e modificação de aeronaves e embarcações.

"Queremos ocupar mais espaço no bojo da Estratégia Nacional de Defesa e, posteriormente, nos posicionar como player global em sistemas robóticos e integrados para defesa e segurança", afirmou. A parceria com a Synergy, segundo Brasil, ajudará a empresa a alavancar seus projetos no mercado de defesa. Para isso, está fazendo investimento de R$ 40 milhões em sua expansão. A empresa ganhará novas instalações em uma área de 600 metros quadrados no Centro Empresarial do Parque Tecnológico de São José dos Campos.

O representante da EAE, joint-venture entre o grupo Synergy e a israelense IAI, Moshe Cytter, disse que o objetivo da empresa no Brasil é construir alianças estratégicas que viabilizem a atuação da companhia em diferentes projetos de interesse da defesa nacional.

A EAE já tem um contrato de fornecimento de vants para a Polícia Federal, avaliado em US$ 30 milhões. O grupo israelense IAI, que fatura US$ 3,15 bilhões por ano e tem cerca de 17 mil funcionários, também participa de projetos com a Marinha na área de navios patrulha de 500 toneladas, fornecimento de radares para as aeronaves P-3 de patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB) e para os caças A-4 da Marinha. Os executivos não informaram qual será a receita da Sinergy Defesa e Segurança.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#19 Mensagem por irlan » Seg Abr 11, 2011 10:57 am

Pronto, começamos a ter nossos conglomerados de defesa...




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#20 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 11, 2011 12:36 pm

irlan escreveu:Pronto, começamos a ter nossos conglomerados de defesa...
Mas veja os riscos,

O NOSSO novo conglomerado EAE vai entrar pesado na área de VANT's por exemplo, mas com produtos desenvolvidos e produzidos onde? Como as empresas que esperavam desenvolver VANT's no Brasil vão competir? Os sócios brasileiros na verdade podem estar entrando apenas para justificar o reconhecimento de uma empresa estrangeira como brasileira (para ganhar muito dinheiro com isso, deve até ser iniciativa deles), e se bobear logo logo ela estará recolhendo dinheiro barato do BNDES para montar uma linha de montagem no Brasil para produtos que na verdade vem de fora, fechando o mercado para qualquer desenvolvimento genuinamente nacional e talvez até empurrando para nossas FA's produtos que não seriam necessariamente os mais adequados e com os melhores custos (vide o caso dos 50 helis da brasileiríssima Helibras).

Este é meu medo ao ver empresas que não tem nada a ver com a área entrando neste mercado que em princípio é altamente especializado, e o governo (incluindo aí os militares) quieto, só esperando para ver o que acontece e a chando o máximo.


Vamos ver, vamos ver... .


Leandro G. Card




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#21 Mensagem por cvn73 » Ter Abr 12, 2011 11:24 pm

Embraer compra 50% da Atech, empresa de tecnologia de defesa


MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A Embraer anunciou a compra de 50% do capital da Atech, empresa nacional de tecnologia para a área de defesa, por R$ 36 milhões.

De acordo com a Embraer, o negócio permitirá aumentar a capacidade das duas empresas no desenvolvimento de produtos e serviços para as áreas de sistemas de defesa e segurança, defesa aérea e gerenciamento de tráfego aéreo.

"A sinergia proveniente dessa aliança visa assegurar maior satisfação dos clientes no longo prazo, por meio de de soluções mais abrangentes em sistemas complexos e aumentará a oferta de produtos genuinamente brasileiros para os mercados de defesa e segurança nacional e no exterior", afirmou a Embraer, em comunicado.

A Atech nasceu a partir da implementação do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Entre seus principais clientes está a FAB (Força Aérea Brasileira), para quem fornece soluções para a área de controle de tráfego aéreo.

A empresa fechou 2010 com faturamento de R$ 50 milhões e tem a expectativa de dobrar esse valor em 2011.

O negócio depende ainda da avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/90 ... fesa.shtml




unanimidade só existe no cemitério
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#22 Mensagem por Penguin » Qua Abr 13, 2011 5:02 am

cvn73 escreveu:Embraer compra 50% da Atech, empresa de tecnologia de defesa


MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

A Embraer anunciou a compra de 50% do capital da Atech, empresa nacional de tecnologia para a área de defesa, por R$ 36 milhões.

De acordo com a Embraer, o negócio permitirá aumentar a capacidade das duas empresas no desenvolvimento de produtos e serviços para as áreas de sistemas de defesa e segurança, defesa aérea e gerenciamento de tráfego aéreo.

"A sinergia proveniente dessa aliança visa assegurar maior satisfação dos clientes no longo prazo, por meio de de soluções mais abrangentes em sistemas complexos e aumentará a oferta de produtos genuinamente brasileiros para os mercados de defesa e segurança nacional e no exterior", afirmou a Embraer, em comunicado.

A Atech nasceu a partir da implementação do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Entre seus principais clientes está a FAB (Força Aérea Brasileira), para quem fornece soluções para a área de controle de tráfego aéreo.

A empresa fechou 2010 com faturamento de R$ 50 milhões e tem a expectativa de dobrar esse valor em 2011.

O negócio depende ainda da avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/90 ... fesa.shtml
Excelente notícia.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#23 Mensagem por Penguin » Qua Abr 13, 2011 10:54 am

Mercado Aberto

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13/04/2011
Maria Cristina Frias

TURBINA ITALIANA

A Avio, um grupo internacional do setor aeronáutico, baseado na Itália, comprou a Focaleng, empresa brasileira, especializada em revisão, reparos e manutenção de turbinas aeronáuticas.

Antes denominada Focal Aviation, a empresa carioca já tinha feito um acordo com a Avio desde 2008 para realizar a manutenção das turbinas de 53 aviões AM-X e de 57 Northrop F-5 da FAB (Força Aérea Brasileira), segundo Andrea Gaudenzi, diretor do grupo italiano.

"É uma forma de ampliarmos nossa presença no Brasil", diz. A aquisição, de valor não divulgado, foi feita através da Avio do Brasil, subsidiária da Avio Group. Com sede em Turim, o grupo está presente em quatro continentes e tem nove fábricas.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#24 Mensagem por Penguin » Qua Abr 13, 2011 10:59 am

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13/04

Embraer fecha três acordos na Laad

Virgínia Silveira

A Embraer Defesa e Segurança anunciou ontem na Laad, feira de defesa, dois acordos estratégicos com a Atech Negócios em Tecnologias e a israelense Elbit Systems. Além de um memorando de entendimento com a Santos Lab, na área de mini Vant.

O negócio com a Atech, que envolve a aquisição de 50% do capital social da empresa e está avaliado em R$ 36 milhões, ainda será submetido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A parceria, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, tem o objetivo de incrementar as capacidades na área de sistemas de comando, controle, computação, comunicações e inteligência, conhecido no mercado pela sigla C4I.

A Embraer negocia com o governo da Guatemala o fornecimento de sistemas de C4I, uma área que a empresa enxerga como bastante promissora e com grandes possibilidades de exportação. "A Atech tem um excelente nível de capacitação em áreas consideradas estratégicas para o governo. Não precisamos replicar algo que já existente e sim adicionar esforços para depois alavancar vendas de produtos de alto valor agregado no exterior e, especialmente na América Latina", disse Aguiar.

Para o presidente da Atech, Tarcísio Takashi Muta, a parceria dá segurança financeira para a empresa, que atua em um mercado de alto risco e altamente competitivo.

A área de sistemas C4I, segundo Aguiar, passará a ser executada pela Atech. A empresa já tem atuação fora do Brasil, em mercados como a Venezuela e Aruba. Criada em dezembro de 2009, a partir da cisão parcial da Fundação Atech, a companhia possui hoje 200 funcionários e adquiriu capacitação tecnológica com a participação em projetos como o Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam).

Os novos acordos recentemente anunciados entre as empresas brasileiras de alta tecnologia e as grandes do setor, como Embraer, grupo Synergy e Odebrecht, é o único caminho possível para o fortalecimento da indústria nacional de defesa, disse ontem o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o movimento de parceria entre grandes e pequenas promove o desenvolvimento do setor de forma sustentável e dá condições para que as menores não dependam só do governo e possam diversificar as atividades.

No caso da parceria entre a Embraer e a Elbit haverá transferência de tecnologia na área de veículos aéreos não-tripulados (vants). O acordo, segundo a brasileira, prevê a criação de uma empresa com participação majoritária da Embraer Defesa e Segurança para atuar neste segmento.

A AEL, conhecida pelo nome Aeroeletrônica, é parceira antiga da Embraer nos programas de modernização das aeronaves AMX e F-5 da FAB e no fornecimento de sistemas aviônicos para o Super Tucano.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#25 Mensagem por Penguin » Qua Abr 13, 2011 11:03 am

Lockheed Martin and Atmos Sistemas Team to Pursue Brazil's 3-D Long-Range Radar Program
http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... le=release

(Source: Forecast International; issued April 12, 2011)



SAO PAULO --- Lockheed Martin and Atmos Sistemas, Ltda., have signed a teaming agreement to pursue the Brazilian Air Force's future Three-Dimensional Long-Range Radar procurement program.

The Brazilian Air Force (Força Aérea Brasileira, FAB) has said it plans to modernize a network of more than 60 sensors, including ground-based long-range radars, that maintain security and air safety over the country.

"This agreement with Lockheed Martin is of high importance to Brazil, as it will allow us to gain important technical knowledge in the area of 3-D medium- and long-range solid-state surveillance radars," said Claudio Carvas, CEO of Atmos Sistemas. According to Lockheed Martin, this agreement will allow technology transfer, enhance the Brazilian defense industry, and provide local, long-term support of the new radars.

Six Lockheed Martin TPS-77 3-D solid-state transportable radar systems - known locally as the TPS-B34 and installed between 2001 and 2005 - assist the Air Force in conducting air surveillance and air traffic control missions in this airspace. Lockheed Martin's TPS-77 provides continuous surveillance of airborne targets out to 250 nautical miles.

In 2008 and 2010, the Brazilian government awarded Lockheed Martin contracts to maintain the radars. Lockheed Martin contracted with Atmos Sistemas to provide logistics and other functions.

-ends-




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#26 Mensagem por Penguin » Qua Abr 13, 2011 7:55 pm

LAAD11: Day 1 Preview
By Stephen Trimble on April 12, 2011 11:35 AM
http://www.flightglobal.com/blogs/the-dewline/

Why am I in lovely Rio de Janeiro this week to cover the Latin America Aerospace and Defense (LAAD) exhibition? The Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI) timely provided one answer yesterday, reporting that military spending in Latin America last year out-paced the rest of the world. While global outlays increased a measly 1.3% in 2010, Latin America spending jumped 5.8%. True, the region still accounts for only about 4% of global defense spending, but it's one of the few markets expecting long-term, sustained growth.

Fueling the boom market is Brazil's growing interests as a regional and world power, and my to-do list for today is to get caught up on all the big stories, including:

1. The three-way competition for Brazil's FX-2 contract. We'll be hearing from each of the competitors -- Gripen, Rafale and Super Hornet -- today, as well as getting an update from the Ministry of Defense.

2. Embraer has scheduled two press conferences today and five overall this week. Topics for each event have not been announced, but I anticipate at least one conference today will provide an update on the pivotal KC-390 tanker-transport program.

3. UAVs are suddenly all the rage in Latin America more than five years after Colombia began flying Scan Eagles against the FARC. Brazil has contracted with Elbit Systems to demonstrate UAV capabilities with the Hermes 450, but the military plans to develop its own systems eventually. We'll be hearing from several new Brazilian UAV companies, including Flight Technology, which is introducing a new family of UAVs today.

4. Brazil's national defense strategy also may drive a new wave of consolidation in this country's aerospace industry. There are rumors that Odebrecht and Mectron will formally announce a partnership this week, uniting one of Brazil's largest engineeering and construction companies with an entrepreneurial aerospace leader. Meanwhile, Embraer will introduce its standalone defense business at the show for the first time. But local competitor and partner Avibras must answer questions about its future viability after cutting hundreds of jobs a few months ago.

5. And I'm always looking for anything new and interesting. I hope to learn more about Brazil's ambitious 14-X hypersonic aircraft, which is allegedly scheduled to fly next year. Updates on Avibras' new cruise missile and Mectron's MAR-1 missile are also on my radar this week. :shock:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#27 Mensagem por marcelo bahia » Qua Abr 13, 2011 9:29 pm

Porra!! :lol:

Esse cara da Flight Global fumou o quê??

Sds.




Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#28 Mensagem por Boss » Sex Abr 15, 2011 11:07 am

Investimento | 15/04/2011 05:15

Camargo Corrêa deve entrar no mercado de defesa e segurança

Assim como Embraer e Odebrecht, companhia também estuda criar um braço dentro do grupo Camargo Corrêa para atuar no setor

Imagem
Complexo portuário e Industrial de Suape em Recife, capital pernambucana

São Paulo – O grupo Camargo Corrêa, que atua no segmento de construção civil e infraestrutura, estuda diversificar seu portfólio e começar a atuar também no mercado de defesa e segurança em breve.

Segundo uma fonte do setor, que prefere não ser identificada, o grupo está avaliando as possibilidades de explorar os negócios de Defesa, que estão atraindo muitas companhias brasileiras, como Embraer e Odebrecht.

“Como sócia do estaleiro Atlântico Sul, em Suape, a companhia pode aproveitar o espaço para desenvolver soluções de defesa e segurança que atendam à Marinha brasileira”, diz a fonte.

Desde que foi criado em 2008 pelo governo federal, a Estratégia Nacional de Defesa (END), que visa colocar em prática uma estratégia de defesa efetiva para o país, muitas companhias brasileiras estão buscando alternativas de explorar que esse mercado. De acordo com estimativas, o setor pode movimentar mais de 10 bilhões de reais no Brasil.

Procurada por EXAME.com, a Camargo Corrêa preferiu não comentar sobre o assunto.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#29 Mensagem por Boss » Sex Abr 15, 2011 11:11 am

Aposta | 15/04/2011 05:10

Usiminas desenvolve aço balístico para setor de defesa
Siderúrgica será a primeira do setor, no país, a apostar no produto

Daniela Barbosa, de
Domingos Peixoto/EXAME

Imagem
Linha de produção da Usiminas


Usiminas: mesmo sem nenhum contrato fechado para fornecer aço balístico, companhia aposta no segmento

São Paulo – A Usiminas é a primeira siderúrgica brasileira a desenvolver o aço balístico. Trata-se de um material mais resistente que o aço convencional, e com várias aplicações militares, como a fabricação de veículos blindados. Segundo Darcton Damião, diretor de inovação da Usiminas, o material deve ser apresentado ao Exército até 2013.

A empresa espera, contudo, concluir o desenvolvimento do aço balístico antes deste prazo. “Enxergamos muitas oportunidades neste setor”, disse o executivo. O interesse da Usiminas pela área militar começou em 2007, quando foi procurada pelo Exército. Na ocasião, os militares buscavam uma siderúrgica brasileira que fornecesse aço balístico – algo que a Usiminas não dispunha.

A companhia decidiu, então, investir neste mercado. A iniciativa da Usiminas vai ao encontro do interesse do governo federal. Em 2008, o governo lançou a Estratégia Nacional de Defesa, com o objetivo de reestruturar e modernizar as Forças Armadas e a segurança no país. O que atrai empresas como a Usiminas é o grande espaço previsto pelo plano para o uso de tecnologias e materiais desenvolvidos no Brasil.

A Usiminas ainda não tem ideia do tamanho da demanda pelo aço balístico, mas quer usar também sua experiência no mercado externo para se tornar exportadora do material. “Certamente, será também um produto para exportação. Além disso, é um produto de valor agregado maior”, disse Damião.

A Usiminas ainda não tem nenhum contrato fechado para fornecer aço balístico. Há, apenas, uma sinalização do Exército de analisar o material, quando estiver pronto. De qualquer modo, mesmo investindo por conta e risco, a Usiminas mantém o otimismo devido à recente movimentação no setor de defesa. Com empresas dispostas a fabricar localmente veículos blindados e outros equipamentos, é possível que a Usiminas acerte algum alvo.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#30 Mensagem por Boss » Sex Abr 15, 2011 11:15 am

Possibilidade | 15/04/2011 05:05

Como a Defesa brasileira está virando um bom negócio para as empresas

Companhias como Embraer, Odebrecht e Usiminas são atraídas pelo aumento de gastos militares

Daniela Barbosa e Márcio Juliboni

Imagem
Cargueiro KC-390, da Embraer

Cargueiro KC-390, da Embraer: em 2010, a carteira de pedidos do segmento de defesa somou US$ 3,23 bilhões

São Paulo – O setor de Defesa é a nova fronteira que vem atraindo empresas brasileiras de diversos setores. Da Embraer, uma veterana neste setor, à Usiminas, uma estreante, o que há em comum é o desejo de disputar um mercado que deve movimentar cerca de 10 bilhões de reais por ano, segundo o Ministério da Defesa.

E há muitos negócios a ser explorados pelas companhias privadas. O próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirma que este é o setor mais atrasado do país. Por isso, há carência de tudo: do desenvolvimento de blindados e jatos de guerra, até satélites de vigilância e submarinos, passando por programas de computador.

Os contratos militares tornaram-se mais atraentes para a indústria privada depois de 2008, quando o governo lançou a Estratégia Nacional de Defesa (END). Trata-se de um plano para reorganizar e reaparelhar as Forças Armadas, com o objetivo de reforçar sua presença nas fronteiras do país e defender os ares e oceanos brasileiros.

O que chamou a atenção das empresas, na END, é a disposição do governo de incentivar o desenvolvimento de uma indústria bélica brasileira. O objetivo é ampliar o grau de nacionalização no setor – algo estratégico para as Forças Armadas, e bastante comum nos países desenvolvidos. Basta lembrar que a americana Lockheed Martin fez fortuna fornecendo caças, cargueiros, blindados, satélites e muito mais ao governo dos Estados Unidos.

Novo território

Entre 2001 e 2010, os gastos militares do Brasil cresceram a uma média de 2,9% ao ano, passando de 21,679 bilhões de dólares para 28,096 bilhões, segundo Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). No cálculo do Sipri, estão gastos com as Forças Armadas, Ministério da Defesa, missões militares e investimentos, entre outros.

Disputando uma fatia desses recursos, estão empresas já conhecidas do setor, como a Embraer, que já atua nesse mercado muito antes da EDN ser lançada pelo governo. Mas foi só final do ano passado que a companhia criou a Embraer Defesa e Segurança. Desde então, realizou duas aquisições para se consolidar nesse mercado. Primeiro adquiriu 64,7% da empresa de radares Orbisat, por 28 milhões de reais. Nesta semana, anunciou a compra de 50% da Atech, pelo valor de 36 milhões de reais.

“Outros investimentos ainda devem ser anunciados, mas não no curto prazo”, afirmou Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. Essa unidade de negócios deve faturar, neste ano, cerca de 600 milhões de dólares, um montante que corresponderia 12% do faturamento total da Embraer. “Até 2020, a Defesa deve representar aproximadamente 20% da receita total da companhia”, disse o executivo.

Em 2010, a carteira de pedidos do segmento de defesa da Embraer somou 3,23 bilhões de dólares. O grande destaque é o cargueiro KC-390, que, mesmo não tendo o seu projeto concluído, já recebeu dezenas propostas de intenção de compras. Boa parte, no Brasil.

Consolidação

A Odebrecht é outra grande companhia brasileira que anunciou, recentemente, a criação de um braço específico atuar em Defesa. Para isso, adquiriu o controle da Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e produtos de alta tecnologia.

Mas foi mesmo em 2010, que a Odebrecht começou a dar sinais que estava interessada em explorar o mercado de defesa e segurança. No ano passado, a Odebrecht fechou uma parceria com a EADS Defence & Security para fornecer sistemas integrados para as Forças Armadas e para a segurança civil. Outro negócio foi fechado com a DCNS, para atuar no projeto de construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear do Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos, da Marinha do Brasil.

Mercado externo

Não é só no Brasil que a Odebrecht pretende explorar esse mercado. Segundo Roberto Simões, presidente da Odebrecht Defesa e Tecnologia, há possibilidades também em outros países da América Latina. “Vamos aproveitar a nossa experiência internacional para conquistar uma carteira de exportação no segmento de defesa”, disse o executivo.

O foco na América Latina não é casual. Segundo o Sipri, somente os países sul-americanos gastaram 63 bilhões de dólares em Defesa no ano passado. Trata-se de um crescimento real de 5,8% sobre 2009 – o maior, entre as regiões pesquisadas. Desde 2001, a região eleva os gastos militares ao ritmo médio de 3,7% ao ano.

Por ser um negócio novo, a Odebrecht ainda não fez as contas do peso que a Defesa terá sobre as receitas do grupo. “Sabemos apenas que é um mercado que vai exigir muita paciência e nos trará retorno no longo prazo”, afirmou Simões.

Investimento estrangeiro

O aquecimento do mercado chama a atenção também de empresas estrangeiras. É o caso da italiana Iveco, controlada pela Fiat. A empresa vai investir 75 milhões de reais na construção de uma fábrica de blindados em Minas Gerais – a segunda da Iveco no mundo.

Batizada de Iveco Defence, a unidade possui um contrato de 6 bilhões de reais com o Exército, com prazo até 2030. Os protótipos dos veículos estão em desenvolvimento. “Esse setor vai representar 13% do faturamento total da Iveco”, disse Marco Piquini, porta-voz da Iveco no país.

A Agrale, empresa também voltada para o setor de veículos especiais, também está desenvolvendo uma linha de veículos voltado para o mercado militar. Segundo Hugo Zattera, presidente da Agrale, há oito anos a companhia começou a desenvolver veículos de defesa. “Apesar de ser nosso nicho mais novo de atuação, ele já representa 13% da nossa receita”, afirmou.

Logística

A Atmos é outra que está descobrindo o mercado de defesa. Até bem pouco tempo atrás, a empresa desenvolvia apenas radares meteorológicos. Agora, desenvolve sistemas de apoio para a logística da Força Aérea e da Marinha. Segundo Cláudio Carvas, presidente da Atmos, o plano de defesa do governo regulamentou esse mercado.

A Usiminas também quer pegar carona no crescente desenvolvimento do setor de defesa e saiu na frente das demais siderúrgicas brasileiras no desenvolvimento do aço balístico, material mais resistente e usado na construção de veículos de defesa. Apesar de ainda não ter nenhum contrato fechado para esse material, a companhia avalia que há excelentes oportunidades nesse mercado.

“Trata-se de um produto com maior valor agregado e será um diferencial no nosso portfólio”, afirmou Darcton Damião, diretor de inovação da companhia. O aço balístico da Usiminas deve ser apresentado ao mercado em 2013.

Apesar do corte de 4,3 bilhões de reais no orçamento federal, anunciado recentemente pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, o cenário não intimida as companhias dispostas explorar esse mercado. “A redução no orçamento é apenas para este ano. As companhias têm muito a ganhar no longo prazo”, afirmou Tarcisio Takashi, especialista no assunto e presidente da Atech.




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