Carência de pilotos na aviação comercial

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

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Valdemort
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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#31 Mensagem por Valdemort » Dom Dez 12, 2010 4:50 am

Léo Brito escreveu:As estrangeiras que tem cadet pilot que eu conheço são: Lufhtansa, Etihad, KLM, Qantas(?) e West Atlantic Airlines(aqui paga-se reembolso de apenas 50%)
Além do inglês full, deve-se ter toda a parte trabalhista legalizada, e alguma instrução... na WAA, pede-se pelo menos 50horas de vôo e te levam até PLA.

Voar fora do Brasil, eu iria pra Singapura. Lá é possível ser "milionário" tendo carteira assinada. :lol:
Ola Leo

A Singapore tem cadet pilot mas e restrito a Singaporians e Malaios somente , as Europeias vc precisa de licenca JAA e passaporte Europeu . Do Oriente Medio a Qatar Airways e Etihad , a Emirates que eu saiba somente para Emirates nacional .
CIAs Americanas tb estao contratando , mas la precisa de pelo menos Green card e licensa FAA e nao importa a esperiencia comeca por baixo , de Cop , algumas cargueiras aceitam DEC ( Direct entry captain ) .

Singapore e um lugar maravilhoso , tenho muitos amigos ex- Varig voando la , so que exige esperiencia grande , no momento estao contratando Cmte de B747 400 para a cargo , mas soube que ano que vem de B777 tambem .

Acho que no Brasil tera grandes oportunidades ano que vem . China e Oriente Medio tb . Emirates / Qatar / Etihad tem encomendas de mais de 100 avioes cada uma .


Se quiser saber de empregos disponiveis no mundo acesse :

http://www.flightglobal.com/jobs/search ... cat31=7948

Valeu ...
Abcs




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#32 Mensagem por Léo Brito » Dom Dez 12, 2010 4:13 pm

Valdemort, qual a estratégia usada pelos pilotos que voam fora do país quando seus contratos vencem? Pq o salário no exterior é muito atrativo, mas quando o "chofer" retorna tem de pagar 30% de imposto de renda não?
Iae, tão fazendo o que? compra de títulos da dívida pública, mantem as contas em bancos internacionais e usam C.Card Internacional?

Outro bizú, te pergunto por pm...
[]'s




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#33 Mensagem por Valdemort » Seg Dez 13, 2010 9:19 am

Léo Brito escreveu:Valdemort, qual a estratégia usada pelos pilotos que voam fora do país quando seus contratos vencem? Pq o salário no exterior é muito atrativo, mas quando o "chofer" retorna tem de pagar 30% de imposto de renda não?
Iae, tão fazendo o que? compra de títulos da dívida pública, mantem as contas em bancos internacionais e usam C.Card Internacional?

Outro bizú, te pergunto por pm...
[]'s
Veja bem .

Existe varios tipos de contrato : 1 ano , 2 /3 /4 e 5 anos , todos renovaveis . Nas CIAs grandes do Oriente Medio nao e contrato e carreira como uma empresa brasileira qualquer ( senhoridade , promocoes etc..) . Cada um escolhe de acordo com sua preferencias e qualificassoes .
Quando se trabalha por contrato claro que ao termino corre o risco de nao ser renovado , mas vc tb tem a opcao de commuting , que lhe permite residir aonde quiser .

Enviar ao Brasil ate certo valor nao paga imposto , valores maiores tb pode se deduzir o que se pagou de imposto no pais em que vc trabalha ( nao sou a melhor pessoa pra te esplicar como fazer ) . Eu particularmente nao envio dinheiro ao Brasil , faco previdencia privada na Inglaterra e continuo pagando o INSS no Brasil .

Valeu ,

Abcs




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#34 Mensagem por Grifon » Seg Dez 13, 2010 10:43 am

Anac propõe regra que acelera e barateia a formação de pilotos

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) quer introduzir no Brasil uma nova certificação que poderá acelerar e baratear a formação de pilotos para a aviação regular, substituindo o treinamento em voo por simulador.

As novas regras para a Licença de Piloto de Tripulação Múltipla (MPL, da sigla em inglês) seguem critérios da OACI, órgão das Nações Unidas responsável por padrões de segurança na aviação.

As regras integram proposta de modernização da regulamentação de certificação de pilotos que a Anac colocou em audiência pública, via internet, no mês passado.

Contribuições podem ser feitas até sábado. A expectativa é que a medida entre em vigor até março.

"Isso vai ajudar a reduzir o gargalo na formação de pilotos", diz o superintendente de segurança operacional da Anac, David Faria Neto.

A substituição do voo real por simulador divide opiniões. Os EUA não adotaram esse modelo, criado em 2006. Ao contrário. Após um acidente da Colgan Air em 2009, em que ficou comprovado erro dos pilotos, o Congresso começou a discutir a possibilidade de exigir mais horas de voo de formação.

Por outro lado, empresas reconhecidas pelo padrão de segurança, como Lufthansa e Emirates, contratam pilotos sem experiência e investem na sua formação.

A MPL prevê um mínimo de 240 horas de experiência para copiloto, que podem ser cumpridas integralmente em simulador.

O entendimento é que horas em um simulador idêntico ao avião que o piloto encontrará na vida real terão mais qualidade do que voos em aviãozinho de aeroclube.

FIM DA VARIG

Pela regra em vigor, para se candidatar a copiloto de empresas regulares é preciso ter uma habilitação de piloto comercial com pelo menos 150 horas de voo. Essa formação custa cerca de R$ 35 mil e é bancada pelo profissional.

Nos últimos anos, com a derrocada de Varig, Transbrasil e Vasp, TAM e Gol se beneficiaram da oferta de profissionais experientes e passaram a exigir de 1.000 a 1.500 horas de experiência para contratar copilotos.

Mas a oferta de mão de obra qualificada praticamente acabou. Com o fim da era Varig, quando pilotos experientes podiam ganhar de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês, a profissão ficou menos atraente.

Por isso as empresas começaram a investir em centros de formação, e a Anac passou a oferecer bolsas.

As empresas aéreas não sabiam da audiência pública, mas gostaram. "Precisamos de medidas assim, que resolvam a situação com mão de obra brasileira", diz Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea, o sindicato das empresas aéreas.

O Snea já defendeu projeto de lei que permite a importação de pilotos estrangeiros, mas mudou o discurso. A avaliação é que a abertura vai atrair apenas pilotos de países com padrão de segurança inferior ao brasileiro.

A falta de pilotos foi responsável por problemas recentes na Webjet. A empresa perdeu cerca de 30 profissionais para as concorrentes nacionais e não teve tempo de repô-los. Já pilotos de TAM e Gol são constantemente assediados pelas estrangeiras.

Imagem

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/84 ... otos.shtml




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#35 Mensagem por Léo Brito » Seg Dez 13, 2010 1:07 pm

Quem dera se o custo fosse apenas 35mil...
As habilitações(PP/PC/IFR/Multi/INVA) passam tranquilamente da casa dos 55mil dinheiros.

A Anac deveria propor as instituições bancárias, um empréstimo nos moldes do FIES para bancar as habilitações. Sem falar na redução dos impostos sobre o combustível de aviação(atinge diretamente os aeroclubes) e na melhor das hipóteses, incentivar que as Cias criem seus centros de treinamento e promovam a formação de cadetes.




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#36 Mensagem por prp » Ter Dez 14, 2010 12:25 am

Se eu quiser fazer um curso desse eu tenho que gastar quanto?




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#37 Mensagem por Nibelhein » Ter Dez 14, 2010 1:10 pm

prp escreveu:Se eu quiser fazer um curso desse eu tenho que gastar quanto?
Um curso completo de piloto de asa fixa, com PP/PC-Multi-IFR sai na faixa dos 55 mil, se for fazer curso de INVA(Instrutor de vôo), junta mais uns 10 mil, ao final do curso vc terá entre 150-180 horas de vôo, e a maioria das empresas pequenas hoje em dia ta contratando a partir das 300 horas de vôo, o dificil é isso pra um recém formado, juntar esse restante de horas pra começar a procurar algo pra voar.

Agora piloto de asas rotatórias, é um curso bem mais caro, além de não ser possível fazer todas as etapas no Brasil, somente o curso de piloto privado sai na casa dos 25 mil reais, por isso a escacês de pilotos nessa área é bem maior, não é todo mundo que tem condições de bancar um curso desses, e ainda com pouca garantia de emprego depois.




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#38 Mensagem por Valdemort » Dom Dez 19, 2010 1:55 pm

19/12/2010 07h00 - Atualizado em 19/12/2010 11h58
Companhias aéreas se preparam
para gerenciar formação de pilotos

Anac propõe nova licença para pilotos, com curso das próprias empresas.
Sociedade pode sugerir alterações no texto até 17 de janeiro.


As principais empresas aéreas brasileiras receberam de maneira positiva a proposta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de estabelecer no país um novo tipo de licença para pilotos, com formação gerenciada pelas próprias companhias, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Apresentada como uma alternativa às possibilidades atuais, a proposta pode acelerar o processo de formação dos pilotos.



Segundo o diretor técnico do Snea, Ronaldo Jenkins, algumas empresas já trabalham com programas-piloto com acompanhamento da Anac. "Outras ainda estão aguardando uma discussão mais aprofundada sobre os detalhes, para verificar se é viável ou não", afirma.

A nova licença, chamada de tripulação múltipla, já existe em países como Canadá, Austrália, Chile e Inglaterra. Ela permite que um aspirante a piloto profissional opte por um caminho diferente dos oferecidos hoje no Brasil, começando sua carreira diretamente nas companhias aéreas. Submetido a audiência pública até o dia 17 de janeiro, o texto deve ser finalizado e publicado pela Anac nos próximos três meses (clique neste link para acessar a página da Anac na qual é possível ler a íntegra da proposta e fazer sugestões).

“As empresas hoje estipulam um batente de horas para que um piloto possa se candidatar a uma vaga. O novo programa é baseado em qualificação, não em quantidade. Para fechar as 1,5 mil horas exigidas pelas empresas, o piloto voa o que aparecer. Nesse novo cenário, ele vai se submeter ao programa da companhia”, ressalta o superintendente de segurança operacional da Anac, David da Costa Faria Neto.

Licenças existentes
Atualmente, existem três tipos de licença para pilotos no país: piloto privado, piloto comercial e piloto de linha aérea. Para tirar a última, é necessário ter as duas primeiras.

A regra em vigor no Brasil exige que o candidato a copiloto de empresas regulares tenha habilitação de piloto comercial, com pelo menos 150 horas de voo – o que custa cerca de R$ 35 mil e é bancado pelo profissional. A maior parte das grandes companhias, porém, exige pelo menos 1 mil horas de voo se o candidato tiver curso superior e 1,5 mil horas caso ele não tenha passado pela faculdade.

Com a nova licença, o piloto passa por um curso teórico de conhecimentos de linha aérea, faz uma prova da Anac e, se aprovado, pode entrar no programa gerenciado pela companhia.

“São 240 horas de voo utilizando diversos tipos de dispositivos de treinamento, como simuladores médios, aviões de pequeno porte e simuladores de última geração, capazes de reproduzir as situações reais de um voo. Ele só passa para o exercício seguinte – que pode ser uma simulação de voo por instrumento ou pouso e decolagem, por exemplo – se passar no anterior. Ao fim desse currículo todo, ele vai ser avaliado”, detalha Faria Neto.

De acordo com o superintendente, as empresas vão poder montar seus programas como considerarem mais apropriado para suas necessidades. A agência vai trabalhar na certificação do programa e, depois, acompanhando e modificando o que for necessário.

“Vamos receber a proposta de programa das companhias. Elas podem criar dentro da própria empresa, como tinha a Varig, ou terceirizar. Certamente as empresas vão apresentar programas parecidos com o que já existe em outros países”, analisa.

Para o diretor técnico do Snea, a proposta da Anac de implementar esse tipo de formação de pilotos no Brasil é positiva para a aviação. “É muito mais seguro ter um piloto que teve sua formação acompanhada pela empresa do que um que apresentou uma carteira com 1,5 mil horas que não sabemos onde foram feitas”, diz.

Procurada pelo G1, a Gol afirmou que já está estudando a possibilidade de implantar efetivamente as mudanças, começando com uma seleção interna. “A companhia está apta a promover processos de seleção interna para tripulantes técnicos e comerciais, tendo em vista que parte dos colaboradores administrativos e operacionais têm a intenção de ingressar no grupo de voo da empresa”, informou por meio de sua assessoria de imprensa.

Até o final da tarde desta sexta-feira (17), a TAM não havia se manifestado sobre o assunto.

“Essa não é uma invenção brasileira. Isso é uma orientação da Organização da Aviação Civil Internacional [ICAO, na sigla em inglês], que é o órgão máximo do transporte aéreo mundial. Não é uma aventura, apenas estamos incorporando na legislação brasileira uma regra mundial”, analisa Jenkins.

Para o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), porém, deve haver uma discussão mais prolongada sobre a nova licença. “Pedimos a prorrogação da audiência pública [inicialmente, o fim da audiência pública seria neste sábado (18), mas o prazo foi prorrogado por 30 dias], porque já a proposta precisa ser melhor trabalhada. Nesse modelo, cabem algumas correções. Uma delas é a idade mínima, de 18 para 21 anos. Outra é o número de horas, que deveria ter um acréscimo de pelo menos 50%”, sugere Carlos Camacho, diretor de Segurança de Voo do SNA.

O sindicalista considera ainda que houve pouco detalhamento das exigências para os programas que devem ser apresentados pelas companhias. “A Anac precisa formular melhor o que ela quer. O detalhamento é genérico. Preferimos discutir melhor, até para contribuir melhor”, avalia.

Falta de pilotos
A possível falta de bons pilotos no mercado é uma preocupação para governo, empresas e passageiros. Um relatório publicado pela Boeing estima que a aviação mundial precisará de 466 mil pilotos para acomodar a forte demanda por aeronaves novas e de substituição nos próximos 20 anos. No Brasil, as companhias aéreas já sentem dificuldades em encontrar profissionais habilitados

“Com o aquecimento da economia e a chegada de novas empresas aéreas no mercado brasileiro, está mais difícil encontrar pilotos com a experiência necessária”, avalia Leonard Grant, diretor de Operações e Treinamento Operacional da TAM. “No curto prazo, não vemos problemas. Entendemos que a Anac está sensível a essa questão”.

Na visão do sindicato dos aeronautas, há uma reserva de pilotos brasileiros capaz de suprir as necessidades do mercado por algum tempo: “Temos condições de duplicar a aviação civil hoje com pilotos brasileiros. Há pelo menos três reservas de pessoal: os pilotos que saem das faculdades com boa formação, os copilotos experientes que poderiam ser promovidos a primeiros oficiais [cargo comum em empresas internacionais, entre copiloto e comandante] e os 600 pilotos brasileiros que estão no exterior. Mas quanto vão pagar para esses pilotos? É preciso ter um reordenamento salarial para que esse êxodo seja no sentido contrário”, diz Carlos Camacho.

"Não há falta de pilotos no Brasil. Quando falam de falta de pilotos experientes, é relativo. Os pilotos com pouca experiência sempre voam com alguém a mais durante um tempo. Já fizemos várias denúncias para a Anac de que estão faltando pilotos e comissários nas empresas aéreas. Elas contratam pouco por questões financeiras e estão trabalhando com o número mínimo de pessoas, provocando um estresse laboral para as tripulações", afirma Gelson Fochesato, presidente do SNA.

Anac já oferece bolsa
Nas faculdades, depois de anos de uma queda na procura em função de crises como a da Varig, houve um aumento de alunos em busca da formação qualificada. “Assim como a aviação brasileira, procura pelo curso voltou a crescer. Quando o curso foi formado, em 1994, o pessoal saía direto para a Varig. Até a oitava turma, isso funcionava bem. Entre 2004 e 2006, mais ou menos, não preenchíamos todas as vagas do curso, a procura era menor por causa das limitações do mercado. Agora, o tempo bom está voltando”, conta o diretor do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Elones Fernando Ribeiro.

Os formandos do curso saem da faculdade depois de três anos com diploma de bacharel, licença de piloto comercial, multimotor, voo por instrumentos e credencial de piloto de companhia aérea. São 165 horas de simulador, entre 180 e 200 no aeroclube e mais 2,8 mil horas teóricas. Durante esse período, o gasto do piloto chega a R$ 110 mil, somando-se as aulas teóricas e as horas de voo.

“No Brasil, há o mito de que precisa de muitas horas de voo para ter experiência. Com o curso, ele está formado para pilotar ao lado de um piloto experiente”, afirma.

Antes da proposta da nova licença, a Anac já tinha um programa de bolsa para pagar parte da formação de um piloto. Os contemplados têm 75% dos custos com os cursos pagos pela agência. O projeto de bolsa de pilotos prevê a formação, até meados de 2011, de 213 pilotos, sendo 73 comerciais. Para se candidatar às bolsas da Anac, é necessário já estar matriculado em algum curso.

"A formação dos pilotos brasileiros ainda é elitista. Mesmo a bolsa concedida pela Anac é para quem já está matriculado em aeroclube. O projeto é incipiente e discrimina os mais pobres", avalia Camacho.




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#39 Mensagem por traquinas » Qui Jan 06, 2011 10:40 pm

Bom, eu estou fazendo o PPH/PCH e pretendo também fazer o INVA-H (instrução) para acumular umas horas para passar da barreira das 600hrs das seguradoras, e o que eu posso dizer é que estou muito empolgado, em todos os lugares que passo, o pessoal fala que é uma area em ascenção, com o pré-sal e os executivos comprando helicóptros a rodo.

A promessa de salário também é boa, parece que um piloto de R44 em São Paulo consegue ganhar 4mil, plataforma 13mil, com turno de 15 dias e voando no limite de horas (esse é o sonho de todo mundo) e já ouvi histórias de alguns que trabalham 2 dias na semana que tiram 30mil...




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#40 Mensagem por alcmartin » Dom Jan 09, 2011 1:50 am

Ué, cadete, saiu?????? :shock: :shock: :shock:




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#41 Mensagem por traquinas » Qua Jan 12, 2011 5:39 pm

Bom, estava em atrito com sistema...Alias, no 1° voo o capitão disse que eu era muito calmo! Escreveu na ficha que era levemente apatico... Isso foi meio que a gota d'água pra mim. Fiquei matutando, será que ele queria que eu gritasse no avião? Pelo menos deixaram eu ficar com o cachecol, mesmo sem ter feito o solo. :D




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#42 Mensagem por alcmartin » Qua Jan 12, 2011 9:29 pm

:( Puxa..., bom, mas nâo vou falar que lamento, porque a coisas na vida que só Deus explica. E ele é que sabe o que é melhor e a hora certa. Só o tempo vai te responder e seja qual for a conclusâo, a experiencia que ganhou é válida e não tem preço.
Aqui no fórum, da FAB, temos o Sapao e o Thor na ativa. E os ex-, por diversos motivos: eu, agora voce, o filho do Waltergauderio, que embora nao poste diretamente, é da família :mrgreen: . Ele é piloto comercial lá no Canadá. Das outras forças, da aviação de helicopteros, tem o Lynks e o Piffer.. Ainda tem o pessoal da comercial e da geral, que voce viu aqui nesse tópico, o valdermort, o kekosam, o brigadeiro, o léo brito e mais uma galera.
Então, o que estou te falando é que o amor a aviação é maior que qualquer obstaculo que a gente possa enfrentar e os caminhos são muitos. Então, guerreiro, força, levanta a cabeça e vamos a luta!! :wink:

Abs e bons vôos( tenho certeza que vai continuar e vai vencer) !! [009]




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#43 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jan 13, 2011 12:28 am

traquinas escreveu:Bom, estava em atrito com sistema...Alias, no 1° voo o capitão disse que eu era muito calmo! Escreveu na ficha que era levemente apatico... Isso foi meio que a gota d'água pra mim. Fiquei matutando, será que ele queria que eu gritasse no avião? Pelo menos deixaram eu ficar com o cachecol, mesmo sem ter feito o solo. :D

Traquinas, faço coro com o Cmte Alcmartin, e te desejo toda a sorte do mundo. É uma carreira extremamente técnica, mas que naqueles que tem sangue azul(de aeronauta) correndo na veia é simultaneamente uma paixão.
Nas palavras do meu filho, uma cachaça! :? :shock: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Apenas como sujestão, dê uma olhada com carinho na aviação executiva(meu filho está indo nesta direção), não sei como é no Brasil, mas procure se informar à respeito.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#44 Mensagem por alcmartin » Qui Jan 13, 2011 2:40 pm

x2, mestre!! E perdoe-me pela liberdade de citar o filhote sem sua permissão... :oops: :wink:

abração!!




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Re: Carência de pilotos na aviação comercial

#45 Mensagem por traquinas » Qui Jan 13, 2011 4:19 pm

Como diria o TC Nascimento eu caí pra cima! Valeu pela força, e digo que a experiência realmente ajuda muito. Morar sozinho, virar uma noite para arrumar algo pro dia seguinte com certeza faz a gente olhar pra vida de outro jeito, parar de reclamar de coisas pequenas e seguir em frente. Sem contar um salto de paraquedas e um acampamento, puxar alguns g's no 1° voo...

Mas já passei por cima, tanto que estou confiante pra entrar na FEA USP (parece que consigo abater uns créditos das matérias da AFA), e logo logo checando o meu PPH e futuramente PCH, INVH, IFRH e o que mais aparecer. Mas o pior é que na Academia só tem nordestino e carioca poucos são de SP pra manter contato! :lol:

Me lembro que quando entrei meu primo, que é piloto da TAM e já voou nas Arábias, falou: sai daí, a executiva é bem melhor... :lol:




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