OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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gil eanes

Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#31 Mensagem por gil eanes » Seg Ago 23, 2010 10:32 am

Isto ocorre após o reconhecimento tradicional da cavalaria ou agora é feito de modo paralelo pelas Cia Fzo Bld.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#32 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 10:51 am

Nada mudou. Cada bda bld tem um esqd mec que faz o reconhecimento.
Durante o ataque tem uma força de cobertura fazendo segurança e tudo mais.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#33 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 6:02 pm

DEFESA CONTRA MÍSSEIS E ARMAS ANTICARRO
Poucas armas tiveram tanta influência no desenvolvimento de novas táticas como as armas anticarro, as quais tornaram-se extremamente eficazes na destruição de blindados. Por isso tudo, verifica-se que o poder de destruição e sofisticação das armas atuais, particularmente das armas anticarro, vem tendo acentuada influência no emprego de forças blindadas.
Apesar das armas anticarro serem armas temíveis, as guarnições de viaturas blindadas, conhecendo suas características e técnicas de emprego, poderão adotar medidas para minimizar ou neutralizar o efeito destas armas.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#34 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 6:02 pm

LIMITAÇÕES DOS BLINDADOS

Basicamente, existem dois tipos de viaturas blindadas para emprego em operações de combate, que apresentam maior probabilidade de serem alvejadas por armas anticarro: o carro de combate (VBC ou VBR) e a viatura blindada para transporte de pessoal (VBTP).

Limitações das viaturas blindadas

1) Trem de rolamento – pode ser sobre rodas ou sobre lagartas. O trem de rolamento sobre lagartas é composto de polias (motoras e tensoras), rodas de apoio e lagartas.

2) Sensores, fendas e periscópios.

3) Tanque de combustível, quando exposto.

4) Motor – normalmente é protegido por uma tampa de blindagem leve e com frestas para refrigeração.

5) Bases de antenas.

6) Equipamentos eletrônicos de tiro e visão noturna.
Obs: Quando o blindado está pronto para o combate, a visibilidade da guarnição é reduzida a poucas fendas estreitas na blindagem e ao pequeno campo visual de seus periscópios e blocos de visada.

7) Ruído – O ruído dentro dos blindados torna difícil a seus ocupantes ouvirem os sons exteriores. O barulho do motor e das lagartas ensurdecem de tal maneira a guarnição que, normalmente, a incapacita de ouvir os disparos das armas inimigas.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#35 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 6:04 pm

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

- A execução de fogos de artilharia, morteiros e dos próprios blindados sobre as posições dos atiradores dos mísseis, obrigará os mesmos a protegerem-se, perdendo o controle dos mísseis em vôo. O arrebentamento das granadas poderá partir os fios de guiamento dos mísseis, tornando-os incontroláveis.

Obs: execute fogos de neutralização sobre todas as posições inimigas conhecidas ou suspeitas.

- Para neutralizar um míssil AC voando diretamente contra o seu carro, mova-se imediatamente para trás de uma coberta ou abrigo. Se o atirador não observar a viatura, não terá meios de guiar o míssil. Se a viatura estiver em posição de tiro, recue para um desenfiamento total e ocupe uma posição de muda.

Obs: os mísseis nunca atuam isolados, buscam sempre o apoio mútuo.

- Assim que alguma viatura blindada for engajada, as viaturas que estiverem em apoio devem abrir fogo imediatamente contra as posições dos mísseis. Se não houver cobertas e abrigos para as viaturas, deverão ser executadas bruscas mudanças de direção, de modo que o atirador tenha dificuldade com o controle do míssil, podendo perdê-lo. Uma brusca mudança de direção nos últimos segundos de vôo, não possibilitará tempo útil para o atirador efetuar as correções. Caso a viatura disponha de lançadores de fumígenos, dispare-os formando uma cortina de fumaça, que dificultará a observação do atirador inimigo.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#36 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 6:07 pm

AÇÕES CONTRA ARMAS ANTICARRO

- As posições de canhões anticarro possuem normalmente bons campos de tiro, boa observação e estão cobertas e abrigadas. Podem estar protegidas por minas e por fuzileiros. Normalmente, são colocados ocultos por arbustos ou construções em terreno plano. Em terrenos ondulados ou acidentados podem estar parcialmente desenfiados em contra-encostas ou pelas cristas. Têm uma ou mais posições de muda ou suplementar.

- Os canhões raramente operam sozinhos. A organização da posição normalmente permite o tiro de flanco, o apoio mútuo e a defesa em profundidade. Deve-se esperar fogos de flanco, pois o inimigo normalmente localiza seus canhões em posições das quais possa bater as partes levemente blindadas das viaturas.

- O apoio mútuo entre os canhões AC torna difícil atacar um deles sem cair sob fogos de outro. Cada canhão é, normalmente, capaz de atirar nos flancos e retaguarda de um blindado que estiver atacando outro canhão.
- A dissimulação é essencial na defesa AC. Um canhão, na retaguarda da posição, pode abrir fogo em primeiro lugar para atrair as viaturas, expondo-os aos fogos de flanqueamento de outros canhões melhor posicionados. Os canhões nas contra-encostas atiram nos blindados que tenham ultrapassado suas posições.


ATAQUE ÀS ARMAS AC

- Sempre que possível, o fogo direto é empregado contra as posições de armas AC. Entretanto, é preferível atacar manobrando para seus flancos ou retaguarda. Neste caso, a tropa deverá precaver-se para não cair sob fogo de outros canhões em apoio ao primeiro. Emprega-se a fumaça sobre as posições suspeitas do inimigo, para evitar o apoio mútuo, além dos fogos com munição explosiva e das metralhadoras para destruir ou neutralizar as posições conhecidas.
Tendo em vista que os canhões AC são freqüentemente protegidos por minas, os blindados não devem cerrar sobre eles, e sim destruí-los pelo fogo a longa distância.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#37 Mensagem por Guerra » Seg Ago 23, 2010 6:25 pm

TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA E TRAVESSIA DE VAU




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#38 Mensagem por prp » Seg Ago 23, 2010 7:00 pm

Guerra escreveu:TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA E TRAVESSIA DE VAU
Achei que estava falando do São Francisco. [003]




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#39 Mensagem por Adriano Mt » Seg Ago 23, 2010 7:25 pm

Muito Bom o topico!




Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.
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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#40 Mensagem por Wingate » Ter Ago 24, 2010 3:33 pm

Guerra,

Aproveitando este excelente tópico, e tendo em vista as lições transmitidas, eu pergunto:

-O Brasil fabrica minas terrestres anti-carro e anti-pessoal?

Nota: O EB está entre os melhores exércitos do mundo na remoção de minas terrestres e limpeza de campos minados.

Abraços,

Wingate




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#41 Mensagem por Guerra » Ter Ago 24, 2010 6:02 pm

Wingate escreveu:Guerra,

Aproveitando este excelente tópico, e tendo em vista as lições transmitidas, eu pergunto:

-O Brasil fabrica minas terrestres anti-carro e anti-pessoal?

Nota: O EB está entre os melhores exércitos do mundo na remoção de minas terrestres e limpeza de campos minados.

Abraços,

Wingate
Xii cara, isso eu não sei dizer, não. Aora eu tb fiquei curioso!




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#42 Mensagem por Guerra » Ter Ago 24, 2010 6:03 pm

TRANSPOSIÇÃO DE CURSO D’ÁGUA E TRAVESSIA DE VAU

A transposição de curso d’água e a travessia de vau são operações que exigem conhecimento, preparação e treinamento da guarnição. Todos os integrantes da guarnição deverão conhecer as medidas de segurança para a execução de exercícios, bem como as medidas para uma missão real. A transposição será realizada pelas VBTP anfíbias e a travessia será executada pelas demaisviaturas blindadas.

A travessia de vau dependerá da profundidade do curso d’água. As VBC Leopard 1 A1 e M60 A TTS podem atravessar vaus diversos, dependendo de uma maior ou menor preparação da viatura.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#43 Mensagem por Guerra » Ter Ago 24, 2010 6:14 pm

PROCEDIMENTOS ANTERIORES À ENTRADA NA ÁGUA

De um modo geral, as viaturas blindadas devem seguir as seguintes fases para a preparação da travessia de vau:

1) Inspecione as baterias.
2) Engate os equipamentos de vedação (Instale os bujões e verifique se as tampas estão corretamente colocadas).
3) Feche e trave a escotilha do motorista.
4) Vede a torre (se for o caso).
5) Certifique-se que as válvulas de drenagem do chassis e a escotilha de emergência estão fechadas.
6) Certifique-se que o compartimento do motor está vedado.
7) Aqueça o motor.
8) Verifique o funcionamento da bomba de porão.
9) Avalie a velocidade da corrente e suas características.
10) Verifique as condições da margem de acesso.
11) Selecione os pontos de saída da 2ª margem e as condições da
margem nestes pontos.

Também de um modo geral, as viaturas blindadas devem seguir as seguintes fases para a preparação da transposição de curso d’água:


2) Verifique se todo o equipamento e carga estão distribuídos e presos.
3) Verifique a instalação das saias laterais (borrachas).
4) Certifique-se que as bombas de porão estão funcionando.
5) Estenda o estabilizador.
6) Abra os ventiladores e feche as escotilhas.
7) Avalie a velocidade da corrente e suas características.
8) Verifique as condições da margem de acesso.
9) Selecione os pontos de saída da 2ª margem e as condições da margem nestes pontos.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#44 Mensagem por Guerra » Ter Ago 24, 2010 6:15 pm

AVALIAÇÃO DA CORRENTEZA DO CURSO D’ÁGUA

A correnteza do curso d’água é avaliada como medida de segurança da transposição das viaturas anfíbias e para que sejam determinados com precisão os locais de entrada e saída das mesmas no rio obstáculo. A correnteza máxima é função de fatores como a turbulência da água, a quantidade de entulhos e a máxima deriva aceitável. Quando a velocidade da corrente ultrapassa os 1,80m/s, merecem atenção particular os seguintes itens: a distância de deriva, a distribuição de cargas, a entrada na água e a perícia dos motoristas. Um processo simples para se determinar a velocidade da corrente consiste na utilização de um objeto flutuante percorrendo uma distância aferida. Mede-se uma distância de, no mínimo, 30m ao longo da margem amiga; designa-se como A o ponto de montante e como ponto B o de jusante. O ponto A, na parte em que a correnteza se apresenta com maior velocidade, lança-se um objeto flutuante como um pedaço de madeira ou de cortiça. Determina-se então o tempo que o objeto leva para percorrer do ponto A para o ponto B. A divisão da distância, em metro, pelo número de segundos cronometrados, nos dá a velocidade em metros por segundos.

Por exemplo, se o objeto leva 20 segundos para percorrer a distância de 30m, a sua velocidade é de 1,5m/s. Deve-se repetir a experiência, no mínimo, duas vezes, utilizando-se a média dos resultados obtidos.

Um curso d’água de correnteza moderada pode tornar-se correntoso em poucas horas, ou mesmo em apenas alguns minutos, em consequência de prolongados aguaceiros. Este fenômeno ocorre, mais freqüentemente, em regiões áridas ou tropicais. Assim, a velocidade da correnteza deve ser periodicamente verificada para permitir a tomada de cuidados especiais contra tais variações.

A correnteza varia nos diversos pontos do curso d’água. É, normalmente, mais lenta junto às margens e mais rápida no canal principal, mais lenta nas partes largas e mais rápida nas partes estreitas.




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Re: OPERAÇÕES COM FUZILEIROS BLINDADOS

#45 Mensagem por Guerra » Ter Ago 24, 2010 6:15 pm

ENTRADA NA ÁGUA

a. Os locais de travessia devem dispor de entradas e saídas com rampas suaves.
b. Escolha um terreno firme, livre de pedras, troncos ou escombros. Evite solo mole ou degraus altos.
c. Entre perpendicularmente à margem do rio ou lago.
d. Entre devagar e mantenha uma velocidade baixa e a rotação mínima para evitar a formação de onda de proa.
e. Se a água vazar para dentro da viatura, ligue as bombas de porão. É comum a entrada de água no interior da viatura, portanto o uso das bombas de porão é constante.

SAÍDA DA ÁGUA

a. Evite declives acentuados. Aproxime-se perpendicularmente à margem.
b. Reduza a velocidade e saia da água vagarosamente.
c. Abra as escotilhas e feche os estabilizadores.
d. Quando os compartimentos estiverem sem água, desligue as bombas de escoamento.
e. Lave a viatura, principalmente, a suspensão, trens de rolamento, periscópios e luzes. Após lavar a viatura, realize a manutenção dos pontos de lubrificação do chassis.




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