A situação dos aeroportos da Copa

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Sávio Ricardo
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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#76 Mensagem por Sávio Ricardo » Ter Abr 16, 2013 3:36 pm

FCarvalho escreveu:Savio, houve um tempo em que a administração dos aeroportos era levada a sério e não havia toda essa esculhambação que é hoje. Nos idos tempos da gestão da FAB e do DAC. Mas, dizem as coisa mudam e a fila anda.

Vamos ver se a atual experiencia com as PPP's dos aeroportos dá certo e, quem sabe, nos próximos trinta anos, pelo menos nos principais gates do país não somos surpreendidos pela falta de gabarito e denodo estatal para a gestão do bem público.

É torcer para que o que está no vídeo se torne real e que as coisas funcionem da mesma forma para os demais aeroportos envolvidos com estas PPP's. Daí é provável que mesmo futuros governos não tenham mais a desculpa de dizer que não podem "vender o patrimônio público", a fim de que os nossos impostos valham e se prestem verdadeiramente a algo que preste.

abs;
Concordo. Justamente por isso que coloquei de uma decada pra cá. Foi quando começou a esculhambação...

Junta-se o fato de tirarem a gestão da FAB, o aumento considerável do trafego aéreo e o de pessoas com condições de viajar de avião e o resultado é este que vemos hoje, uma "inauguração de mata-burro" como evento já congestiona qualquer aeroporto.... :lol:




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FCarvalho
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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#77 Mensagem por FCarvalho » Ter Mai 07, 2013 11:01 am

Relatório expõe a peneira da segurança no aeroporto Tom Jobim
http://www.defesaaereanaval.com.br/wp-content/uploads/2013/05/MIKA280312035-size-620-600x337.jpg
Anderson Gabino

Documento da Polícia Civil encaminhado ao MPF, à Anac e à Infraero alerta para risco de roubo de armas, desvio de bagagens e falta de controle sobre passagens para áreas restritas no aeroporto da JMJ, da Copa e da Olimpíada

Dentro de 40 dias, começa o maior ciclo de grandes eventos da história do Brasil. A Copa das Confederações, que aquece as equipes para 2014 e testa estádios e transportes de seis das doze cidades-sede da Copa do Mundo, inaugura uma era de grande fluxo de visitantes e de visibilidade internacional para o Brasil.

Para o Rio de Janeiro, em especial, o calendário de acontecimentos será intenso. Três semanas após a final da competição, começa, em 23 de julho, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), reunião de católicos que levará à cidade o papa Francisco e deve atrair mais de 2 milhões de visitantes – grande parte deles pelo Aeroporto Internacional do Galeão-Tom Jobim.

Estratégicos para a segurança e para a logística das grandes cidades, os aeroportos são elos sensíveis da cadeia de planejamento dos grandes eventos. E no caso do Rio de Janeiro a situação atual do terminal internacional não é das melhores. Um relatório da Polícia Civil e do Ministério Público obtido pelo site de VEJA enumera falhas de segurança que tornam as áreas de desembarque e os setores de carga e descarga altamente vulneráveis para roubos e furtos de mercadorias, com alertas sobre a conivência de funcionários e até de deficiência das empresas aéreas.

O problema do momento diagnosticado pela Delegacia do Aeroporto Internacional, órgão da Polícia Civil instalado nas dependências do terminal, está restrito ao dano patrimonial para quem viaja. Perfumes, presentes, roupas e objetos de pequeno porte ‘escoam’ pelos furos do Galeão. Com porões mal vigiados, brechas no transporte das bagagens e falta de fiscalização sobre pessoal interno, é fácil desviar itens de viagem.

A análise da polícia, no entanto, impõe a pergunta: o terminal, que será a principal porta de entrada da JMJ e da Olimpíada de 2016, tem condições de oferecer segurança contra ameaças maiores, como atentados terroristas planejados e ações tresloucadas altamente ofensivas, como a dos irmãos Tsarnaev, na maratona de Boston?

O relatório da Polícia Civil enumera as principais fragilidades do Galeão. A maioria dos furtos acontece no interior dos porões das aeronaves, poucos deles no trajeto até as esteiras. O motivo: A maioria das companhias aéreas não tem câmeras nos porões. A iluminação nos porões também é insuficiente.

Tratar delitos corriqueiros de funcionários como ocorrências de menor importância não é recomendável quando a área em questão é um aeroporto de grande movimento. Um dos itens destacados pelo relatório da Polícia Civil, assinado pela delegada Izabela Silva Rodrigues Santoni e elaborado com base nas ocorrências de 2011, diz respeito ao furto de armas de fogo.

De acordo com o documento, os lacres utilizados pelas empresas aéreas são frágeis e podem ser abertos “inclusive com as mãos”. “Estes mesmos lacres são utilizados nos cofres das aeronaves, motivo que tem possibilitado furtos de armas de fogo”, escreveu a delegada. Procurada pelo site de VEJA, Izabela, que deixou recentemente a delegacia do aeroporto, não quis se pronunciar. O relatório foi encaminhado em dezembro do ano passado ao Ministério Público Federal, que oficiou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero.

O MPF cobrou ações da Anac e da Infraero. “Expedi ofícios comunicando as irregularidades à Anac e à Infraero para que adotem providências cabíveis e prestem informações sobre tudo o que foi denunciado”, afirmou o procurador da República Márcio Barra Lima. O MPF, por enquanto, continua sem resposta. Diariamente, cerca de 50.000 pessoas embarcam e desembarcam do aeroporto internacional do Galeão.

Durante a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o aumento do número de passageiros no principal aeroporto do estado, somado à fragilidade da segurança, pode facilitar a ação dos bandidos. Superintendente Regional da Infraero no Rio de Janeiro, André Luís Marques de Barros admite que uma das preocupações em relação aos dois eventos é o furto de malas. “Bagagem violada incomoda a administração do aeroporto e os órgãos de segurança porque denota certa fragilidade. Nós administramos mais de 50.000 bagagens por dia, e os furtos, violações e extravios não são significantes a ponto de aparecerem em estatísticas”, afirma.

Os problemas de segurança do Galeão
De acordo com Barros, durante os dias da JMJ, a Infraero vai aumentar seu efetivo em 30%. Além de intensificar a fiscalização do transporte das malas desde as aeronaves até os passageiros, a Infraero vai fazer blitz em locais considerados estratégicos, como no pátio do aeroporto.

Procurada pelo site de VEJA, a Anac informou que respondeu o ofício do MPF sobre o sistema de segurança do aeroporto do Galeão. O ofício em atenção ao MP está no protocolo da Agência para expedição. A Anac acrescentou ainda que só vai se manifestar após o recebimento do ofício e publicidade das informações pelo MP.

Atualmente, o Galeão passa por reformas nos terminais 1 e 2. A revitalização começou em agosto de 2012, como parte da programação da Infraero para modernizar o aeroporto para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, em 2014. Com a conclusão das obras, o aeroporto passará a ter capacidade para processar 44 milhões de passageiros por ano. Hoje, a capacidade é de 21 milhões por ano, segundo a Infraero.

Dez novas escadas rolantes serão instaladas no terminal 1, entre os setores A e B, e atenderão, principalmente, passageiros de voos domésticos e aqueles que desejam chegar ao estacionamento e à praça de alimentação. De acordo com Barros, outra mudança será o aumento do número de terminais de check-ins. No Terminal 2, até janeiro eram pouco mais de 40. Hoje, são 80. Em abril de 2014 serão 112 pontos.

As irmãs Camila Fernandes, 19 anos, e Carolina Fernandes, 25 anos, levaram uma hora para desembarcar de um voo internacional no Galeão
A segurança é o aspecto mais grave de uma lista de melhorias necessárias para que o Galeão seja um aeroporto internacional com a qualidade compatível com sua importância.

Atualmente, os usuários enfrentam uma série de desconfortos que tornam a viagem desnecessariamente estressante. Longa espera para a retirada de malas, extravios de bagagens e demora para embarque e desembarque são algumas das reclamações dos passageiros que utilizam o aeroporto do Galeão.

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=19192




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#78 Mensagem por rodrigo » Ter Mai 07, 2013 2:29 pm

Na época da Copa, vão colocar uns 2.000 soldados da Aeronáutica no Galeão, vai ficar tudo ótimo, depois volta ao normal, com os bandidos tendo que fazer hora extra pra compensar o prejuízo.




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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#79 Mensagem por rodrigo » Seg Mar 24, 2014 4:25 pm

Início das operações do novo aeroporto do RN é adiado para maio

Novo prazo foi anunciado pelo ministro da Aviação Civil nesta segunda (24).
Companhias aéreas têm 10 dias para apresentar transferência de voos.


O aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, deve começar a operar em maio. A informação é do ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, que visitou o aeroporto na manhã desta segunda-feira (24) acompanhado do presidente da Empresa de Infraestrutura Aeroporturária (Infraero), Gustavo do Vale. A expectativa da Inframérica, consórcio responsável pelas construção do aeroporto, era de que as operações começassem em abril. O aeroporto está com 94% das obras concluídas.

De acordo com o ministro da Aviação Civil, o início das operações do novo aeroporto será em 10 de maio. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu uma prazo de 10 dias a contar desta segunda-feira (24) para que as companhias aéreas encaminhem um cronograma sobre a transferências dos voos do aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, na Grande Natal para o Governador Aluízio Alves.

A partir daí serão organizadas as mudanças e adequações necessárias para que ocorra o início das operações. Para que as empresas possam se instalar, a data para o fim das obras no aeroporto está marcada para 15 de abril.

Acessos

O pleno funcionamento do novo aeroporto está ligado também às obras que estão sendo feitas no entorno da estrutura. São dois acessos principais. Pela previsão, apenas o acesso norte estará concluído até lá. A expectativa do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER) é que a obra seja finalizada no mês que vem.

Para adiantar o serviço, o consórcio Inframérica cedeu funcionários. "Como é a mesma empresa que está, pedimos que o foco fosse lá", explica o presidente do consórcio, Alysson Paolinelli. A iluminação e a sinalização dos acessos estão por conta da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, que investiram R$ 1,9 milhão O serviço começa na próxima semana.

A obra dos acessos foi licitada em 2009, mas só teve início em agosto de 2013. O projeto, orçado em R$ 73 milhões, prevê a construção de 33,7 quilômetros de estrada duplicada, ligando o aeroporto à BR-406 pelo acesso norte e às BRs 304 e 226 pelo acesso sul.

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http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-no ... -maio.html




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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#80 Mensagem por rodrigo » Seg Abr 07, 2014 2:10 pm

Em Confins, Dilma vê que aeroporto não ficará pronto para a Copa

A presidente Dilma Rousseff esteve na manhã desta segunda-feira (7) no aeroporto de Confins e viu que as obras no local não vão ficar prontas para a Copa do Mundo, segundo a Infraero.

Dilma esteve na cidade para assinar o contrato de concessão de Confins com o grupo CCR, que venceu recentemente o leilão. A presidente não visitou as obras.

No aeroporto, passageiros dividem espaço com operários e tapumes cobrindo as reformas realizadas no local.

O governo de Minas não compareceu ao evento da presidente. O novo governador, Alberto Pinto Coelho (PP), não foi e não mandou representante.

O secretário estadual responsável pela Copa, Tiago Lacerda, disse que recebeu relatório da Infraero informando que apenas 75% das obras estarão prontas.

Questionado sobre isso, o presidente da empresa, Gustavo do Vale, admitiu o atraso, mas não falou sobre o percentual. Ele disse que há obras para a Copa e pós-Copa, que também estão atrasadas.

"Reconheço que ambas estão atrasadas, reconheço que não ficarão com aquilo que a gente estava prevendo para a Copa do Mundo", afirmou Vale em entrevista após a cerimônia.

De Confins, Dilma foi para Belo Horizonte, onde participou da cerimônia de formatura do Pronatec. À tarde, ela visita ainda Contagem, também na região metropolitana da capital.

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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#81 Mensagem por joao fernando » Seg Abr 07, 2014 5:09 pm

A copa é só uma desculpa. E nos aeroportos, basta pobre não voar mais que tá resolvido




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#82 Mensagem por WSANTANA » Seg Abr 14, 2014 11:04 am

Prezados,

Trago uma questão para a avaliação de todos:

Dia destes viajei de Natal para Recife e me chamou a atenção o fato de que as atividades de treinamento na BANT/Aeroporto Augusto Severo estão em ritmo aceleradíssimo. Pousos e decolagens a todo momento de T29, T95, HT55, C97, além das aeronaves civis e jatos comerciais.

Simultaneamente a taxiamentos de jatos comerciais, via-se helicópteros treinando voo pairado ao lado das pistas de taxi e pouso e decolagem. Meu avião decolou simultaneamente a um T29. Imagem linda, mas assustadora. Fiquei imaginando um erro do piloto (primeiros tenentes, não) e poderíamos ter uma colisão.

Pergunto: este tipo de procedimento é normal????
Confesso que temi pela segurança das operações. O nível de congestionamento é grande e os tipos de operações muito distintos e com graus de risco diferentes??

Estaria a FAB forçando a barra pra que as operações aéreas sejam logo transferidas para o novo aeroporto???

Em tempo, sempre que aterrizamos em Natal, passamos por sobre o novo aeroporto e me parece que o mesmo demorará muito a ter plena capacidade operacional. Só há pista, instalações para passageiros. Aparentemente nenhuma hangar, escadas..... Pra piorar as vias de acesso não estão nem de longe prontas. Do jeito que está acho que só no ano que vem pra termos este novo aeroporto operando e aí dá-lhe mais uma facada no povo: estima-se (palavras de taxistas) uma corrida de taxi da ordem de 120 reais, pois as novas instalações ficam em torno de 35 ou 40 km de algumas partes da cidade.

Feito meu registro.

Abraço a todos.

Wsantana.




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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#83 Mensagem por rodrigo » Qua Abr 23, 2014 2:19 pm

Em tempo, sempre que aterrizamos em Natal, passamos por sobre o novo aeroporto e me parece que o mesmo demorará muito a ter plena capacidade operacional. Só há pista, instalações para passageiros. Aparentemente nenhuma hangar, escadas..... Pra piorar as vias de acesso não estão nem de longe prontas. Do jeito que está acho que só no ano que vem pra termos este novo aeroporto operando e aí dá-lhe mais uma facada no povo: estima-se (palavras de taxistas) uma corrida de taxi da ordem de 120 reais, pois as novas instalações ficam em torno de 35 ou 40 km de algumas partes da cidade.
Eu acho que o povo potiguar pode ficar tranquilo. O atual presidente da CD, Henrique Alves, vai ser eleito governador, e fará um trem bala de uns 5 bilhões de reais ligando aeroporto ao centro de Natal. :wink: Deve ficar pronto, em regime de urgência, em uns 25 anos. :? Detalhe: o novo aeroporto leva o nome do pai do futuro governador, um dos raríssimos políticos cassados na ditadura por corrupção. Não precisa dizer mais nada...




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Re: A situação dos aeroportos da Copa

#84 Mensagem por akivrx78 » Qua Nov 11, 2015 12:22 pm

Brasil precisa de R$ 25 bi para ter aeroportos decentes

Marcelo Camargo/(Arquivo) ABr
Aeroporto de Guarulhos

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: segundo a CNT, a concessão de aeroportos é a saída para acelerar investimentos no setor
Raphael Martins Raphael Martins, de EXAME.com Siga-me

São Paulo – O Brasil precisaria de R$ 24,9 bilhões para adequar toda a sua estrutura de aeroportos para passageiros e cargas, segundo pesquisa “Transporte Aéreo de Passageiros” da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O estudo mostra que seriam necessários cerca de 200 projetos, que vão desde ampliação, até melhoria de pista e construção de novos aeroportos para um aperfeiçoamento do setor.

O segmento que demandaria mais investimento, de acordo com a CNT, é a ampliação de unidades já existentes. O estudo sugere que cerca de R$ 10,7 bilhões deveriam ser investidos em aeroportos considerados “saturados”.

Na lista dos que geram mais problemas por falta de capacidade estão os aeroportos de Congonhas (SP), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Goiânia (GO). Nestes, o número de passageiros atendidos extrapola em 100% a capacidade instalada do aeroporto, gerando longas filas para check-in e embarque, maiores atrasos de voos e demora na devolução de bagagem.

Outros R$ 10,6 bilhões seriam destinados à construção de novos aeroportos, em especial em locais onde o atendimento do setor aéreo está distante. Os R$ 3,5 bilhões restantes seriam destinados para melhorias em pistas de pouso e adequação da estrutura do transporte de carga.

“Uma forma de acelerar a transformação do segmento aéreo é incentivar a colaboração do setor privado”, sugere o texto do estudo. “A participação da iniciativa privada pode oferecer uma gestão diferenciada com a utilização de indicadores de desempenho e de uma administração com foco em sua atividade comercial.”

Como exemplo, a pesquisa mostra o aumento de produtividade de aeroportos privatizados, caso de Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Brasília (DF), Galeão (RJ) e Confins (MG). Segundo a CNT, foi depois do aumento dos investimentos privados por concessões nos aeroportos, que o Brasil melhorou 18 posições no ranking do Fórum Econômico Mundial, chegando ao 95º lugar entre 140 avaliados.

“O cenário, que ainda é ruim, já foi pior. Em 2012, o Brasil ocupava o 134º lugar nesse ranking de competitividade, sendo que em 2010 a posição era 93. A queda na classificação ocorreu após os baixos investimentos em 2010 e 2011, que somaram apenas R$ 3,31 bilhões.”, diz o estudo.

UMA PECHINCHA

A boa notícia: em 12 anos, o preço das passagens aéreas caiu 43,1% no Brasil. De acordo com a CNT, o valor médio de venda das passagens passou de R$ 580,58 em 2002 para R$ 330,25 no ano passado.

Além de um aumento de ganho real do brasileiro no período, o principal motivo alegado pelo órgão foi a liberdade de mercado dada às companhias aéreas para praticar seus preços. A concorrência e aumento de mercado para passageiros de renda mais modesta foram fundamentais para baixar o preço do ticket.

Influenciou também a diferenciação de preços por perfil de passageiro. Os que precisam de voos mais emergenciais, sem escalas e com mais confortos pagam proporcionalmente mais que aqueles que se planejaram e compraram com antecedência. Este é um fator que gera maior ocupação dos voos, aumentando a produtividade — em 2000, as empresas aéreas registravam 64,4% dos assentos ocupados, enquanto no último ano o índice foi de 80,3%.

A queda nos preços também deixou o brasileiro mais viajado: no período houve um aumento de 163% no número de viagens por passageiro. Enquanto em 2002 o brasileiro realizava 0,19 viagens por ano, em 2014 o índice sobe para 0,5 — a cada dois brasileiros, um faz uma viagem de avião no ano.

Ainda é pouco, porém, se comparado este índice ao de países desenvolvidos. Segundo o estudo, na Austrália o índice é de 2,44 viagens por ano, enquanto nos Estados Unidos é de 2,10 e no Canadá, de 1,23.

http://exame.abril.com.br/brasil/notici ... s-decentes




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