END: o fim de um Estado pacifista?

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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knigh7
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#61 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 15, 2011 7:56 pm

Ufa, tomara que seja aprovado. É o que eu torco há tempos.
Defesa de longo prazo
Forças Armadas entregam ao governo um plano detalhado para triplicar a capacidade militar do País em 20 anos. O custo pode chegar a R$ 60 bilhões
Claudio Dantas Sequeira


No Brasil, planos de expansão e modernização das Forças Armadas costumam ser tão grandiloquentes quanto vagos. Não foi diferente há dois anos, quando o governo Lula lançou a ambiciosa Estratégia Nacional de Defesa. Tratava-se de um projeto cheio de metas ousadas, mas que não explicava como as Forças Armadas poderiam alcançá-las na prática. Agora, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acredita que pode resolver a parada com seu chamado Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (Paed), que entregará à presidente Dilma Rousseff até o final do mês. O documento propõe triplicar a capacidade militar do País nos próximos 20 anos, a um custo estimado em R$ 60 bilhões. Além de comprar mais equipamentos e veículos, Jobim diz que pretende elevar o nível tecnológico das operações militares ao “estado da arte”. Assim, acredita que o Brasil teria condições de proteger seus recursos naturais, como o pré-sal, e assumir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. “Não há como agir em crises internacionais sem ter poder militar”, avalia o ministro.
Entre as medidas previstas está a criação de um sistema de controle espacial, a compra de dezenas de veículos aéreos não tripulados (Vant), além de fragatas e tanques de guerra. Esses equipamentos seriam posicionados em áreas estratégicas do País com a criação de novas bases militares conjuntas do Exército, da Marinha e da Força Aérea. O plano, que está na mesa de Jobim, sugere ainda a aprovação de uma legislação especial para garantir os investimentos da Defesa. “A ideia é ter uma lei que torne o investimento no setor insuscetível de contingenciamento”, disse ele à ISTOÉ. Também será proposta a ampliação dos contingentes militares para cerca de 400 mil – hoje são 288 mil – e mudanças na carreira militar, com novas regras de promoção e reforma da previdência da área.

Para a Marinha, os principais investimentos se destinam à criação de uma segunda esquadra, além de uma rede de satélites-radares e de torres de controle para proteger as plataformas de petróleo e rotas marítimas. Esta rede seria conectada a uma outra, do Exército: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfrom), também composto por satélites e radares. Para aumentar a presença física na Amazônia, o Exército quer aumentar de 21 para 49 os Pelotões Especiais de Fronteira. A Aeronáutica, por sua vez, deseja um novo Sistema de Controle do Espaço Aéreo que, segundo Jobim, “não será mais desmilitarizado”.


http://www.istoe.com.br/reportagens/119 ... ONGO+PRAZO




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#62 Mensagem por jauro » Sáb Jan 15, 2011 8:46 pm

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"............o governo Lula lançou a ambiciosa Estratégia Nacional de Defesa. Tratava-se de um projeto cheio de metas ousadas, mas que não explicava como as Forças Armadas poderiam alcançá-las na prática."

E, Isto É, o que é? É END.




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#63 Mensagem por Marino » Sáb Jan 15, 2011 9:00 pm

O plano, que está na mesa de Jobim, sugere ainda a aprovação de uma legislação especial para garantir os investimentos da Defesa. “A ideia é ter uma lei que torne o investimento no setor insuscetível de contingenciamento”, disse ele à ISTOÉ.
8-] 8-] 8-] :lol:
Ai jisuis, a casa vai cair. [003] [003] [003]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#64 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 15, 2011 9:58 pm

É sobre esse ponto da matéria, que eu destaquei em azul, que eu me referi que torcia para que existisse.

Se for aprovado, será uma das melhores coisas que ocorreiram para as F. As.

Esses contingenciamentos, que são constantes, "detonam" com qualquer planejamento.

Espero que esse projeto de Lei tenha o apoio do poder Leegislativo e Executivo, principalmente desse último, que é quem contingencia o Orcamento das Forcas Armadas.




Editado pela última vez por knigh7 em Dom Jan 16, 2011 12:28 am, em um total de 1 vez.
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#65 Mensagem por joaoGui » Sáb Jan 15, 2011 11:04 pm

Triplicar a capacidade militar do país com 60 bilhões de REAIS ao longo de 20 anos, isso é possível? Não sei se tem algo a ver mas aquela estratégia braço forte(só do exército) tinha algo como 149 bilhões ao longo de 30 anos não?Eu tinha baixado o artigo dela...mas formatei o pc e perdi...




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#66 Mensagem por Makenshi » Dom Jan 16, 2011 2:33 am

Tem um site todo verde aí, acho que chama DefesaBR, no qual se fala em fazer mundos e fundos com 1% do PIB... se pá o NJ deu uma lida no referido site.




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#67 Mensagem por prp » Ter Abr 05, 2011 4:48 pm

05/04/2011 12h54 - Atualizado em 05/04/2011 15h24
Dilma defende ‘força de dissuasão convincente’ para garantir paz
Presidente participou de cerimônia de promoção de novos oficiais-generais.
Dilma disse que o Brasil 'corrigiu seus próprios caminhos'.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais, no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel
Temer, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim,
durante cerimônia de apresentação dos novos
oficiais-generais, no Palácio do Planalto.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (5) investimentos na modernização das Forças Armadas como forma de garantir a paz e a soberania nacional. Segundo ela, o Brasil precisa possuir uma “força de dissuasão convincente” para proteger o próprio território. “Temos orgulho de viver em paz com nossos vizinhos, mas apenas uma força de dissuasão convincente garantirá a continuidade dessa paz”, disse.

A presidente recebeu, no Palácio do Planalto, a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, maior condecoração militar, e participou da cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais. Durante o evento, ela afirmou que as Forças Armadas não serão “elemento menor” da agenda nacional .

“Em um país ainda socialmente desigual poderia ser tentador dizer que investir nas Forças Armadas é um esforço ocioso. É um grande engano. As Forças Armadas não podem ser elemento menor na agenda nacional”, afirmou.

Investimentos
Dilma lembrou ainda da descoberta do pré-sal e do crescimento econômico brasileiro. De acordo com ela, as conquistas do Brasil chamam a atenção de outros países e reforçam a necessidade de bem equipar Exército, Marinha e Aeronáutica.
saiba mais

* Corte afeta gastos com helicópteros, submarinos e aviões cargueiros

“O Brasil plenamente desenvolvido precisará de forças equipadas e modernas para cumprir suas atividades constitucionais. Não tenhamos ilusões, se o Brasil se abre para o mundo, o mundo se volta para o Brasil.”

Dilma também disse que exercerá uma liderança “aberta para o diálogo” e destacou que o Brasil atingiu uma democracia sólida e “maturidade institucional”, após um longo período de ditadura militar. “É com orgulho que constato nesse sentido a evolução democrática da sociedade brasileira. Um país que conta com Forças Armadas caracterizadas pelo estrito apelo às suas obrigações constitucionais. É um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou um elevado nível de maturidade institucional”, disse.

Cortes
Apesar de Dilma defender investimentos nas Forças Armadas, o Ministério da Defesa foi um dos mais afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011. A pasta sofreu um contingenciamento de R$ 4,3 bilhões, que afetou os pagamentos relativos à aquisição, pelo governo brasileiro, de submarinos franceses, de helicópteros franceses e russos, e de aviões cargueiros nacionais.

Além disso, a presidente Dilma adiou a escolha dos caças que renovarão a frota da Força Aérea Brasileira. França, Estados Unidos e Suécia disputam a venda das aeronaves ao Brasil. Em fevereiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que os desembolsos para a compra dos caças não aconteceriam, de qualquer maneira, em 2011.

"A decisão sobre os caças sai neste ano, mas o pagamento não seria feito em 2011 de qualquer forma", declarou ele na ocasião. Estão na disputa para vender caças ao Brasil, o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab; e o FA-18 Hornet, da Boeing.




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#68 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 05, 2011 11:06 pm

prp escreveu:05/04/2011 12h54 - Atualizado em 05/04/2011 15h24
Dilma defende ‘força de dissuasão convincente’ para garantir paz
Presidente participou de cerimônia de promoção de novos oficiais-generais.
Dilma disse que o Brasil 'corrigiu seus próprios caminhos'.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais, no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel
Temer, e o ministro da Defesa, Nelson Jobim,
durante cerimônia de apresentação dos novos
oficiais-generais, no Palácio do Planalto.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (5) investimentos na modernização das Forças Armadas como forma de garantir a paz e a soberania nacional. Segundo ela, o Brasil precisa possuir uma “força de dissuasão convincente” para proteger o próprio território. “Temos orgulho de viver em paz com nossos vizinhos, mas apenas uma força de dissuasão convincente garantirá a continuidade dessa paz”, disse.

O que será que significa para a Pres DR o termo "força de dissuasão convincente" :?: [045]

A presidente recebeu, no Palácio do Planalto, a insígnia de Grã-Mestra da Ordem do Mérito da Defesa, maior condecoração militar, e participou da cerimônia de apresentação de novos oficiais-generais. Durante o evento, ela afirmou que as Forças Armadas não serão “elemento menor” da agenda nacional .

“Em um país ainda socialmente desigual poderia ser tentador dizer que investir nas Forças Armadas é um esforço ocioso. É um grande engano. As Forças Armadas não podem ser elemento menor na agenda nacional”, afirmou.

Investimentos
Dilma lembrou ainda da descoberta do pré-sal e do crescimento econômico brasileiro. De acordo com ela, as conquistas do Brasil chamam a atenção de outros países e reforçam a necessidade de bem equipar Exército, Marinha e Aeronáutica.
saiba mais

* Corte afeta gastos com helicópteros, submarinos e aviões cargueiros

“O Brasil plenamente desenvolvido precisará de forças equipadas e modernas para cumprir suas atividades constitucionais. Não tenhamos ilusões, se o Brasil se abre para o mundo, o mundo se volta para o Brasil.”

Dilma também disse que exercerá uma liderança “aberta para o diálogo” e destacou que o Brasil atingiu uma democracia sólida e “maturidade institucional”, após um longo período de ditadura militar. “É com orgulho que constato nesse sentido a evolução democrática da sociedade brasileira. Um país que conta com Forças Armadas caracterizadas pelo estrito apelo às suas obrigações constitucionais. É um país que corrigiu seus próprios caminhos e alcançou um elevado nível de maturidade institucional”, disse.

Cortes
Apesar de Dilma defender investimentos nas Forças Armadas, o Ministério da Defesa foi um dos mais afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011. A pasta sofreu um contingenciamento de R$ 4,3 bilhões, que afetou os pagamentos relativos à aquisição, pelo governo brasileiro, de submarinos franceses, de helicópteros franceses e russos, e de aviões cargueiros nacionais.

Além disso, a presidente Dilma adiou a escolha dos caças que renovarão a frota da Força Aérea Brasileira. França, Estados Unidos e Suécia disputam a venda das aeronaves ao Brasil. Em fevereiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que os desembolsos para a compra dos caças não aconteceriam, de qualquer maneira, em 2011.

"A decisão sobre os caças sai neste ano, mas o pagamento não seria feito em 2011 de qualquer forma", declarou ele na ocasião. Estão na disputa para vender caças ao Brasil, o Rafale, produzido pela francesa Dassault; o sueco Gripen NG, cuja fabricante é a Saab; e o FA-18 Hornet, da Boeing.
Para uns e outros no GF, nós ja sabemos o no que vai dar no final.

Mais uma pantomima terminológia do discursês politico para o dicionário antológico da defesa tupiniquim...

E segue a novela mexicana.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#69 Mensagem por irlan » Qua Abr 06, 2011 9:55 pm

Tinha lido uma matéria algum tempo atrás dizendo que dentro de 20 ou 30 anos teríamos uma defesa parecida com a da Itália ou Espanha, só não me lembro se era militar ou de futebol.... :twisted:




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#70 Mensagem por Sterrius » Qua Abr 06, 2011 10:55 pm

não duvido, do jeito que a europa anda cortando orçamento militar a gente não tem que mecher 1 dedo pra isso [003] [003] [003]

agora brincadeiras a parte, as forças armadas precisam arranjar um piso orçamentario pra elas. Algo sem contigenciamento e que nao precise ser usado pra pagar aposentadoria e salarios.

Enquanto orçamento militar ficar nesse sobe e desce que so é liberado no final do ano fica dificil até manter quanto mais comprar equipamentos.




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#71 Mensagem por Guerra » Dom Abr 10, 2011 10:03 pm

Sterrius escreveu:não duvido, do jeito que a europa anda cortando orçamento militar a gente não tem que mecher 1 dedo pra isso [003] [003] [003]

agora brincadeiras a parte, as forças armadas precisam arranjar um piso orçamentario pra elas. Algo sem contigenciamento e que nao precise ser usado pra pagar aposentadoria e salarios.

Enquanto orçamento militar ficar nesse sobe e desce que so é liberado no final do ano fica dificil até manter quanto mais comprar equipamentos.
Rapaz, quando a Dilma era ministra pegou até o dinheiro que os militares pagam no FUSEX para fazer caixa.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#72 Mensagem por Hezekiah » Ter Abr 12, 2011 9:48 am

O grande problema no Brasil é que qdo se fala em Orçamento Militar confundem as verbas de Soldo e Pensões com Investimento em equipamentos, ai aparecemos como o ¨maior investidor ¨em FA da America Latina, isso tem que ficar bem claro para a população e os Politicos.
1% do PIB em equipamento relmente seria uma exelente quantia, agora se nesse 1% estiver junto com soldo e pensões.... :oops: , e não estou dizendo que militar é muito bem remunerado não :evil: .
Alem diso devemos profissionlizar uma boa parte das FA, o ideal seria 100%, mais acho que seria sonhar demais.
Como a nossa Diplomacia foi muito competente no passado, e vivemos sem problemas externos de fronteira , isso leva muitos Brasileiros a acharem que jamais precisaremos usar as FA, portanto gastar com o que nunca vai usar pra que? Esquecem do velho ditado romano ¨Se desejas a paz , prepare-se para a guerra¨. O Brasil é o que é hoje graças a competencia e a força de nossos antepassados , e o que iremos deixar de legado para nossos descendentes dependera da nossa força e competencia.
Simples assim, porem dificil de nossos politicos entenderem.




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Re: END: o fim de um Estado pacifista?

#73 Mensagem por knigh7 » Dom Dez 16, 2012 4:09 pm

Muito bom o artigo desse General ex-Comandante da ECEME, sobre a END e capacitação:

Dissuasão extrarregional é conto de fadas

General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
Professor emérito e ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

Segundo a lógica das grandes potências, as soluções aos desafios à ordem internacional – governança e segurança globais, segurança energética e ambiental, e outros – devem atender aos seus propósitos de manutenção do status de poder mundial. Para os países menos poderosos, ao contrário, tais soluções significam ingerência externa, insegurança nacional e limitação de soberania. É o caso do Brasil, diante de pressões dominantes, em virtude da debilidade militar, industrial e científico-tecnológica, setores onde o País é dependente.

Os estudos consideram a garantia de acesso a recursos estratégicos e a presença ou o controle de áreas geográficas importantes, do ponto de vista político-militar, como indutores de conflitos futuros em qualquer parte do planeta, hoje apequenado pela globalização. Julgam muito improvável o choque direto entre os poderes globais, mas que haverá conflitos periféricos e de baixa intensidade com o emprego direto ou indireto do poder militar. Ora, os conflitos entre EUA e Iraque podem ter sido periféricos e de baixa intensidade para os EUA, mas não na visão iraquiana. O mesmo raciocínio deve ser feito para classificar um eventual choque militar entre o Brasil e uma potência ou coalizão de potências envolvendo interesses na Amazônia ou no Atlântico. Para o futuro da Nação brasileira seriam centrais e decisivos, jamais periféricos e de baixa intensidade.

A Política Nacional de Defesa (PND) definiu defesa nacional como o “conjunto de medidas (—) com ênfase no campo militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças (—) potenciais ou manifestas”. A Estratégia Nacional de Defesa (END), por sua vez, concluiu que os ambientes “não permitem vislumbrar ameaças militares concretas e definidas” e, por isso, as Forças Armadas (FA) devem se preparar em função de capacidades e não de ameaças. Ora, capacidade sem um contraponto é conceito vazio. Ao não se ter a noção do poder de um oponente, ainda que potencial, como determinar o desenho de FA com capacidade para dissuadi-lo ou vencê-lo? Foi gravíssimo o erro de não levantar, como preconizado na definição de defesa nacional, as ameaças potenciais contra as quais o Brasil deveria se preparar desde já, pois defesa não se improvisa. Tais ameaças são perfeitamente identificáveis até pelos leigos em temas de defesa – uma potência global ou uma coalizão de potências em choque com o Brasil, envolvendo interesses vitais, particularmente na Amazônia ou no Atlântico. Como se vê elas não precisariam nem deveriam estar denominadas na END.

A END ressalta a necessidade de ampliar a participação popular nos processos decisórios da vida política. Levar a defesa nacional aos meios acadêmicos e empresariais e à mídia é importante, assim como seria a criação de ONGs nacionais voltadas para o tema. Porém, os representantes da Nação estão no Congresso Nacional onde existe, em cada Casa, uma Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Hoje, tramitam no Congresso os projetos de atualização da PND e da END, elaborados pelas FA sob a direção do Ministério da Defesa, com pouca participação de estudiosos civis e militares da reserva.

Os textos, em função das estruturas hierarquizadas, refletem as ideias do decisor em cada escalão, que podem não ser as melhores. Ao apreciar os projetos em pauta, as Comissões deveriam ouvir civis estudiosos e militares da reserva em audiências públicas e, em audiências reservadas, altos chefes militares da ativa com o compromisso de emitir a própria opinião. É desperdício não conhecer o pensamento de profissionais em quem a Nação investiu mais de trinta anos em contínua preparação, pois assunto de tamanha relevância não deve ficar subordinado a interpretações equivocadas do que seja disciplina intelectual. Tal procedimento deveria ser comum nos projetos de defesa em tramitação no Congresso, pois ali está, em última análise, a própria Nação. De posse do contraditório, as Comissões enviariam os questionamentos relevantes ao Ministério da Defesa, solicitando resposta por escrito ou por um representante para defender a posição do Ministério em audiência reservada, se necessário o sigilo.

A END falhou ao determinar a elaboração de projetos separados de reequipamento e articulação e não de um Projeto Conjunto de Forças, traduzido num Sistema Único de Defesa Antiacesso. Esse Sistema, interagindo com o Sistema Brasileiro de Inteligência, seria composto por subsistemas integrados de vigilância, com satélite brasileiro; defesa antiaérea; mísseis de longo alcance, com plataformas móveis terrestres, navais e aéreas tripuladas e não tripuladas; e por forças terrestres móveis para engajar o inimigo que acessasse os limites nacionais. O propósito seria neutralizar ou desgastar uma esquadra ou exército inimigo enquanto ainda estivessem longe do litoral ou da fronteira oeste. Na falta de armas de destruição em massa, o sistema seria dissuasório por restringir a liberdade de ação de potências extrarregionais.

O Brasil levará cerca de trinta anos para alcançar a autonomia industrial e científico-tecnológica requerida para ter dissuasão extrarregional, que só será confiável se o colocar entre as dez maiores potências militares. É um salto ousado, mas que não acontecerá, haja vista a histórica irrelevância da defesa nacional nos investimentos dos governos.

http://www.forte.jor.br/2012/12/14/diss ... /#comments




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