A Batalha de Tsushima - 1904

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A Batalha de Tsushima - 1904

#1 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 8:44 pm

Tsushima: A Batalha Decisia

Fonte: http://naval.blogs.sapo.pt/31355.html
Quando a 6 de Dezembro 1904, pelos 8 horas da manhã, os japoneses chegam por fim ao cimo da colina 203 para iniciarem logo no dia seguinte o bombardeamento e destruição final dos restos da esquadra russa do Pacífico, a primeira divisão da nova esquadra russa do Báltico entrava na Baía dos Tigres em Angola onde se encontrava a canhoneira portuguesa Limpopo sob o comando do tenente Silva Pereira, que, de imediato se dirigiu ao couraçado Kniaz Suvarov para interpelar o almirante-comandante da esquadra Rozhestvenski aí embarcado, dizendo-lhe que estava em águas portuguesas.

O almirante russo negou tal facto, pois estaria é certo na Baía dos Tigres, mas a mais de três milhas da costa. O oficial português respondeu que as águas nacionais começavam na linha que unia os extremos da baía. Após uma longa pausa, o almirante russo pediu 24 horas de permanência de acordo com as cláusulas do Direito Internacional, o que lhe foi concedido pelo tenente Silva Pereira, como escreveu no seu relatório.

Para o historiador alemão Frank Thiess, a pequena canhoneira Limpopo terá levantado ferro e navegado para Moçamedes onde estaria o cruzador britânico Barroso. Para o comandante J. Bouteille de um navio mercante não russo que integrava a esquadra russa, a Limpopo terá ameaçado disparar contra a poderosa 1ª Divisão russa se permanecesse em águas portuguesas mais de 24 horas. O que é certo é que a esquadra russa levantou os seus ferros dentro do prazo regulamentar, navegando depois para a ilha de St. Marie na costa oriental de Madagáscar primeiro e depois para o porto de Diego Suarez do extremo norte da então maior colónia insular francesa, onde esperava encontrar-se com os navios mais pequenos que nas cercanias de Tanger se separaram para seguirem a rota do Mediterrâneo, canal de Suez e Mar Vermelho até ao Índico. Tratava-se da 2ª Divisão comandada pelo almirante Barão Foelkersam.

Nessa época a França era aliada da Rússia, enquanto a Grã-Bretanha tinha uma espécie de aliança com o Japão. Por razões diplomáticas impostas pelos ingleses que não gostaram nada de ver tantos navios de guerra em mares que consideravam quase como seus, aquela 2º Divisão foi obrigada a aportar à baía de Nosy Bé, na costa ocidental, a norte de Madagáscar, para onde se dirigiu o almirante Rozhestvenski com o intuito de impor alguma disciplina às respectivas guarnições debilitadas pela longa viagem e com os grupos propulsores dos navios frequentemente avariados e pela doença do respectivo almirante. Só na ilha de St. Marie é que o almirante russo tomou conhecimento pelos jornais que Porto Artur caíra nas mãos dos japoneses e a 1ª Esquadra do Pacífico estava integralmente afundada. O almirantado em São Petersbourg não se dera sequer ao trabalho de informar atempadamente Rozhjestvenski pelo telégrafo. As comunicações com a esquadra eram difíceis, a TSF dos navios tinha então um alcance muito curto. Era necessário telegrafar até ao extremo da linha telegráfica em Diego Suarez que liga Antananarivo, vindo a linha de Majunga na costa ocidental de Madagáscar onde liga o cabo submarino de Lourenço Marques, pela qual passa o cabo de Zanzibar e Paris que está ligada a S. Petersbourg. Enfim, na colónia francesa, a linha telegráfica passava por centena de quilómetros de floresta quase virgem, sempre sujeita a cortes e avarias. Os navios russos permaneceram na baía de Nosy Bé por mais de dois meses, perdida que estava a corrida para se encontrarem com a esquadra russa do Pacífico. Preferiram esperar por uma 3º Divisão de navios diversos e auxiliares armados à pressa em S. Petersbourg, constituída pelos cruzadores ligeiros Oleg e Isumrud e alguns navios auxiliares que não tardaram a surgir.

O almirante russo teve de negociar longamente com a companhia alemã Hamburg-Amerika-Linie que queria terminar aí o abastecimento da esquadra com o carvão transportado nos seus navios. Os alemães tinham um contrato para fornecerem 340 mil toneladas de carvão à esquadra russa, mas receavam que os japoneses viessem até ao Índico ou ao longo das costas chinesas enfrentar os navios russos. Ao cabo de longas conversações, os alemães acabaram por aceitar carregar carvão pela última vez em Cam Rahn na então Indochina francesa. Antes disso, a esquadra iria meter carvão na baía de Luderitz na colónia alemã do Sudeste Africano, hoje Tanzânia. O combustível metido dava para 2.100 milhas, mas os navios navegaram no início com os convés quase a rasar o nível do mar e aguentaram assim uma borrasca que provocou alguns danos.

A esquadra do almirante Rozhestvenski tinha zarpado de Libau, na então província russa da Curlândia no Báltico, a 15 de Outubro de 1904 quando ainda havia a esperança de manter Porto Artur e os navios da 1ª Esquadra do Pacífico. Rozhestvenski levava consigo 7 couraçados, 2 velhos cruzadores protegidos, 4 cruzadores ligeiros, 7 contratorpedeiros e um certo número de navios auxiliares, nomeadamente paquetes armados em cruzadores de segunda classe e um navio hospital.

A ponta de lança da esquadra era constituída pelos 4 novos e poderosos couraçados, cujo desenho foi inspirado nos planos franceses para a construção do Tsarevitch. Eram o Imperator Alexander III, o Borodino , o Orel e o Kniaz Suvaroz. Desta classe, só um navio não partiu para o Oriente por ainda estar em estaleiro. Deslocavam normalmente 13.500 toneladas, mas chegaram a carregar 2.450 toneladas de carvão, pelo que o deslocamento chegou às 16.800 toneladas. Com estas unidades seguia o couraçado Osliabya muito inferior em todos os aspectos e outros navios. Teoricamente, a esquadra russa não era inferior à japonesa quando a enfrentou no estreito de Tsushima, até tinha um poder de fogo um pouco superior, para onde seguiu em linha recta após o último reabastecimento na Indochina, mas os nipónicos jogavam em casa, a poucas milhas das suas bases e estavam altamente treinados, principalmente os seus artilheiros. As suas máquinas propulsoras estavam em óptimas condições e tinham reforçado a protecção das suas superstruturas com muitos sacos de areia, o que é perfeitamente visível em muitas fotografias e gravuras da época. Os russos, pelo contrário, tinham feito uma viagem esgotante de vinte mil milhas e não puderam treinar eficazmente os seus artilheiros para não gastar munições, além de virem excessivamente carregados de carvão, portanto, com uma altura metacêntrica muito baixa com grande parte das cinturas blindadas dos cascos debaixo de água. Rozhestvenski decidiu-se pela rota mais curta até Vladivostok, ou seja, pelo estreito da Coreia que separa este país do Japão com a meio a pequena ilha de Tsushima que acabou por dar o nome à batalha travada nas suas cercanias. O almirante russo queria reduzir o combate ao mínimo indispensável, o que é sempre o prelúdio das grandes derrotas.

Os japoneses adivinharam o pensamento do almirante russo e esperaram na zona a chegada da esquadra inimiga, nunca tendo admitido que os russos resolvessem antes contornar o seu arquipélago e entrar no Mar Interior pelo norte, apesar de Rozhestvestki ter mandado dois cruzadores auxiliares navegarem para leste, a fim de dar a impressão que toda a esquadra faria o mesmo. Pelas 5 horas da madrugada do dia 27 de Maio de 1905, o navio auxiliar japonês Shinano Maru descobriu a esquadra russa a navegar em duas colunas na rota NE e avisou logo a esquadra de Togo que pairava ao largo da Coreia. Começou por ver o navio hospital Orel que vinha todo iluminado, como mandavam os regulamentos da época, o que foi uma asneira. Teoricamente, a esquadra russa era superior em poder de fogo com os seus sete couraçados contra os quatro japoneses, os Mikasa, Shikishima, Fuji e Asahi. Os russos podiam disparar com 26 peças de 305 mm contra 16 dos nipónicos; 12 de 254 mm contra 5 japonesas; 4 de 228 mm contra 0; 8 de 203 mm contra 26 e 109 de 152 mm contra 190 japonesas. Se em couraçados havia uma apreciável superioridade da parte dos russos, em cruzadores a situação era inversa. Os japoneses tinham mais cruzadores e um pouco mais modernos, já que ao almirante russo foram atribuídas algumas unidades extremamente velhas e de andamento lento que prejudicaram a manobra da esquadra. Foi uma opção resultante da campanha de um publicista naval que tudo fez para que o Almirantado russo enviasse os navios que ficaram no Báltico para reforçarem a esquadra que esperou dois meses cansativos no clima tropical e doentio de Madagáscar. O almirante russo bem telegrafava a dizer que queria menos navios, mas mais manobráveis e rápidos.

A única vantagem proporcionada pelos velhos cruzadores e contratorpedeiros foi ter vindo num deles 44 telémetros Barr & Strout, os primeiros a serem utilizados em combate. Mas, os russos não puderam estudá-los devidamente e fazer treino intenso de tiro com os mesmos, tão ocupados estavam com a navegação. Os visores ópticos e os medidores de distâncias só foram instalados nas torres principais dos couraçados da classe Borodino; os respectivos artilheiros não chegaram a praticar tiro real com os mesmos. Por outro lado, não foi possível instalar um conveniente sistema de comunicações entre os operadores dos telémetros e os artilheiros, pelo menos, à prova do ruído ensurdecedor da batalha. Na maior parte dos navios russos não havia telefones; apenas apitos, tambores e sinais visuais para as comunicações internas nos navios, as quais começaram a falhar logo no início da batalha. As sessões de tiro de treino e de manobra de navios em esquadra não foram suficientes para formar uma força operativa de grande valor; não havia munições de reserva em quantidade suficiente nem carvão e, além disso, não se podia gastar excessivamente as máquinas propulsoras dado não haver bases russas nas proximidades. Nesse aspecto, os japoneses utilizaram com muita eficácia os seus visores e telémetros, principalmente na pontaria contínua das suas peças de tiro rápido.Para o almirante russo, os melhores telémetros eram as peças de 152 mm, avaliando a distância pelo impacto das respectivas granadas. E até foram essas peças que mostraram uma maior eficácia.

Nada disso acontecia com os japoneses que combatiam juntos aos seus arsenais, não necessitando de estarem sobrecarregados de carvão e tinham tudo afinado à perfeição. Togo estudou a táctica para alcançar um vitória decisiva, isto é, que destruísse a força inimiga uma vez por todas. E acrescente-se que batalhas navais decisivas só se registaram três no Século XX: Tsushima em 1905, Midway em 1942 e Filipinas em 1944. A primeira marcou a ascensão do Japão a grande potência naval e as duas outras acabaram definitivamente com o marinha de guerra japonesa e com o Japão militar, dando o controlo dos mares e oceanos aos EUA até hoje. Parecendo que não, os cinco minutos do ataque da esquadrilha do capitão-tenente McClusky, levado a cabo a 4 de Junho de 1942, perto da ilha de Midway, foi o golpe mais decisiva de toda a história naval, pois os nipónicos perderam aí a espinha dorsal de porta-aviões que nunca mais puderam recuperar. Curiosamente, não conheço nenhum grande navio da armada americana com o nome do capitão-tenente McClusky. O valente piloto não deve ter chegado a almirante e provavelmente morreu na guerra, daí não ser recordado. A batalha do mar das Filipinas foi apenas o estertor final de uma marinha já derrotada; foi o funeral do Japão militar.

Raramente a História regista mais que uma a duas batalhas navais decisivas por Século; Lepanto em 1571, a destruição da Invencível Armada em 1588 e Trafalgar em 1805. Todas as outras batalhas navais não foram decisivas, na medida em que não alteraram fundamentalmente o rumo dos acontecimentos, nem sequer Pearl Harbour que não determinou mais que seis meses de supremacia nipónica.

Pelas 13h45, da ponte do Mikasa, o almirante Togo viu as duas colunas russas caírem lentamente para bombordo e iniciou logo uma manobra ousada. Mudou o seu rumo de 12 quartas para se colocar numa posição paralela ao seu adversário. Os russos abriram logo fogo a sete mil metros de distância, causando alguns estragos nos navios japoneses, enquanto Rozhesteveski ordena a reorganização da esquadra numa só linha com os quatro couraçados da classe Borodino à frente, entre os quais o seu navio, o Kniaz Suvarov, que fazia de ponta de lança. Mas, os japoneses aproximaram-se mais mil metros para abrirem um fogo mais rápido, concentrando-o à boa maneira tradicional nos dois navio-chefe das duas divisões, o referido couraçado de Rozhesteveski e o Osliabya no qual seguia o corpo do almirante Fokersam falecido de doença dias antes. Togo aproveitou a sua maior velocidade e ligeireza dos seus navios com as carenas impecavelmente limpas para formar um arco com os seus navios mais próximos uns dos outros para tocar no arco russo com uma certa superioridade de fogo, concentrando-o primeiro no Kniaz Suvarov que rapidamente perdeu uma chaminé, um mastro e a torre da ré, sofrendo, além disso, um incêndio que o deixou desamparado com o almirante Rezhesteveski muito ferido para ser transferido pouco tempo depois para um contratorpedeiro.

O navio-chefe da 2ª Divisão, o couraçado Osliabya, foi atingido pelos cruzadores protegidos de Togo que na ocasião combatiam como se fossem couraçados, dado que os japoneses só dispunham de quatro couraçados. Carregado até mais não de carvão, o Osliabya tinha a cintura blindada muito submersa pelo que ficou muito vulnerável às granadas do Shimoze. Togo pensou como Nelson em Trafalgar, deixou o inimigo disparar a grande distância, convencido que não faria grandes estragos e foi-se aproximando, mesmo com os cruzadores que foram os primeiros a dispararem. A precisão dos primeiros tiros nipónicos desmoralizou os comandos da esquadra russa e feriu mesmo gravemente o almirante-em-chefe que, pelas 14h25, ainda deu ordem para mudar de rumo para evitar a tentativa de cruzamento em T pelos navios japoneses mais rápidos.

Togo tinha feito toda uma volta para apanhar o bombordo da formação russa com a sua vantagem de 2 a 3 nós. Ao contrário da linha russa que era liderada pelos couraçados, a esquadra de Togo começava por quatro cruzadores seguidos pelos seus quatro couraçados. Ambas as linhas navegaram durante algum tempo em dois arcos quase paralelos a uma distância de 5 mil e quinhentos a 6 mil metros.

Sempre que a visibilidade permitia, as esquadras disparavam com tudo o que podiam; o cruzador japonês Asama recebeu um tiro de 305 mm que destruiu a máquina do leme, deixando-o praticamente desgovernado; outro tiro russo de 305 mm atingiu o cruzador Nishin, provocando a destruição de uma torre de peças de 203 mm. Depois de dissipados os fumos dos primeiros tiros, os russos procuraram aumentar a distância em relação à linha nipónica, mas fizeram-no muito tarde; o Osliabya recebeu mais um impacto no costado que provocou entrada de água, fazendo-o virar-se completamente. Ao mesmo tempo, o Kniaz Suvarov saía da linha de batalha desgovernado também com a máquina do leme destruída. O fogo japonês passou então a concentrar-se no couraçado seguinte, o Alexander III que assumira a liderança da formação russa.

Os couraçado Borodino e Orel, além dos Oliabya a afundar-se, passaram a ser os grandes alvos da esquadra nipónica, cujos grandes navios nada tinham sofrido ainda porque deixaram a primeira divisão de cruzadores sofrer os primeiros estragos para manterem intacto todo o potencial de fogo dos seus quatro couraçados.

Pelas 15h00, o comandante Bukvostv do Alexander III guinou para bombordo a fim de cruzar a ré da formação japonesa, enquanto os torpedeiros e os cruzadores ligeiros russos tentavam lançar os seus torpedos contra os navios russos. Togo virou também para bombordo para evitar o cruzamento e lançou os seus cruzadores ao assalto ao Alexander III, obrigando-o a virar para estibordo, enquanto a segunda divisão de cruzadores protegidos nipónicos cercava o Kniaz Suvarov que resistia com denodo. Pelas 15h07, os japoneses conseguem fazer o cruzamento em T de estibordo para bombordo, abrindo fogo sobre o Alexander III que quase submergia sob o dilúvio de fogo, mas as suas blindagens iam aguentando os impactos dos canhões de Togo. Os russos disparavam da pior maneira possível, pelo que os japoneses ousaram aproximar-se até a uma distância de uma milha da formação russa. O Mikasa chegou a tentar um ataque com os seus torpedos, mas sem êxito. Por fim, Togo ordenou o afastamento da sua linha, fazendo duas voltas para sudoeste, enquanto os seus cruzadores continuavam a bater no Kniaz Suvarov com as suas peças de 203 e 153 mm, já tendo destruído todas as superstruturas frágeis como mastros, chaminés e ventiladores. O cruzador Chihaya ainda tentou lançar dois torpedos, mas sem acertar no alvo.

Depois, a segunda divisão de contratorpedeiros nipónicos tentou mais um ataque a torpedo, mas foi sempre repelida pelas peças de pequeno calibre do Kniaz Suvarov. Pelas 14h00, os russos ainda tinham intactos três couraçados da classe Borodino que tentaram, por sua vez, cruzar a linha japonesa em T, aproveitando o facto de os nipónicos se aproximarem do navio-chefe a dispararem, apesar do navio estar meio destruído e já não ter intactos telémetros e visores ópticos. O couraçado teimava em manter-se a flutuar e a disparar apesar dos incêndios a bordo. As granadas de alta deflagração japonesas causaram grande número de mortos e feridos, os quais já não cabiam na enfermaria, sendo tratados no camarote do comandante e do almirante. Os muitos estilhaços obrigavam os médicos de bordo a operarem rapidamente sem anestesia com clorofórmio por manifesta falta de tempo. Pela primeira vez foi utilizado a bordo de um navio em combate um aparelho de Raios X para observar a posição dos estilhaços nos corpos dos feridos. Um homem ferido no cérebro teve uma grave perturbação psicótica, pelo que teve de ser metido num colete-de-forças. Nas zonas protegidas do couraçado, o ar tornava-se irrespirável por estarem avariados os ventiladores e todas as escotilhas terem de estar fechadas. Enfim, um inferno de sangue, dor, gritos e calor. Só nos curtos intervalos da batalha é que se podia operar convenientemente. Muitos marinheiros tinham sido treinados para se tornarem enfermeiros auxiliares, mas não tiveram a possibilidade de utilizarem os seus conhecimentos por estarem igualmente feridos.

Contra tudo e todos, o couraçado russo Kniaz Suvarov continuava a flutuar e a navegar a 10 nós. Os japoneses flagelavam o navio com as suas peças de 152 mm e pouco conseguiam com os grandes canhões de 305 mm. Num calor infernal, o pessoal das caixas de fogo continuavam a alimentar as caldeiras com quanta força tinham os seus braços. Togo reconheceu então que errava ao tentar com os seus couraçados destruir o navio-chefe russo, deixando a formação inimiga passar, pelo que alterou o rumo para Norte, a fim de apanhar os três outros couraçados russos e enfrentá-los decisivamente, mas mandou as suas flotilhas de torpedeiros tentarem acabar com o Kniaz Suvarov Um deles conseguiu acertar um torpedo no navio russo, fazendo-o adornar uns 10º. O combate do Kniaz Suvaroz permitiu afastar os cruzadores e torpedeiros japoneses dos navios auxiliares e transportes da esquadra russa que assim puderam retroceder e salvar-se de uma destruição certa. Apenas o rebocador Rus foi afundado por engano pelos tiros dos próprios russos, enquanto o transporte armado Ural abalroa outro navio russo, acabando por ser destruído pelo fogo dos couraçados japoneses, impossibilitado como estava de navegar.

O comando da esquadra russa passa para o almirante Nebokatov embarcado no Borodino que dirige uma linha formada pelo Orel, Imperator Nikolai I, Apraksin, Seniavin, e Ushakov. O couraçado Imperator Alexander III ficava para trás debatendo-se com as avarias e meio desgovernado. Atrás ainda vinham os pequenos couraçados Sissoi Veliki, Navarin e Admiral Nakhimov. Os transportes armados Anadir, Irtish e Korea seguiam a estibordo com os cruzadores Almaz e Svetlana. A bombordo, Nebokatov organizou uma linha de cruzadores com o Aurora, o Donskoi¸o Monomask, o Yemtchung e o Izumrud. Os contratorpedeiros russos navegavam entre as duas linhas. O Imperator Alexander III era agora o grande castigado, enquanto algum fogo japonês começou a concentrar-se no Borodino. Togo deixou o Orel disparar à vontade a seis mil metros de distância, sem qualquer resultado aparente. Mesmo assim, o couraçado japonês Shikishima foi atingido num dos mastros com uma granada de 75 mm. O Mikasa levou um tiro de 152 mm. O Nishin também teve de encaixar um impacto de 203 mm. Os japoneses pouco preocupados com os tiros recebidos continuavam a desmantelar o Imperator Alexander IIII, a táctica era um por um; concentrar sempre o fogo de todos os navios japoneses numa só unidade inimiga, de preferência um navio-chefe. Pelas 18h50, o Imperator Alexander III decai para bombordo e inclina-se rapidamente até voltar-se e ir para o fundo com 30 oficiais e 806 marinheiros. Apenas quatro homens sobreviveram.




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#2 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 8:48 pm

O Fim de Uma Esquadra

Fonte: http://naval.blogs.sapo.pt/30300.html
Depois do desaparecimento do Imperator Alexander III, o Borodino passou a ser o alvo e todas as atenções dos nipónicos e, já com um incêndio a bordo, levou um tiro de 305 mm, a última granada do couraçado japonês Fuji que deverá ter atingido um paiol de munições; o Borodino vira-se quando ainda disparava as suas peças de 152 mm. Pereceram 855 homens da sua guarnição no mais atroz sofrimento, o que deixou o resto da esquadra profundamente desmoralizada.

O sol desaparecia num ambiente de tristeza para os russos e terror dos ataques nocturnos dos torpedeiros. Esburacado, o Kniaz Suvarov resistia a todos os tiros disparados contra as suas poderosas blindagens pelo 3º Esquadrão Japonês do almirante Kataoka que, por fim, ordenou aos torpedeiros que se aproximassem a 300 metros para lançarem os seus torpedos. Dispararam sete torpedos, mas apenas três acertaram; o suficiente para fazer explodir um dos paióis. O couraçado voltou-se e foi para o fundo com 928 homens da sua infeliz e heróica guarnição, dos quais cerca de metade estariam já feridos. Os russos já não foram capazes de organizarem uma linha defensiva quando os nipónicos acenderam os seus holofotes para completarem a destruição.

O pequeno couraçado Navarin, já muito castigado pelo fogo japonês, parou para ser de imediato atacado pelos torpedeiros que o avariaram ainda mais seriamente. Mas, para o levarem para o fundo foi necessário colocarem várias minas junto ao costado, tendo duas explodido e dado por fim cabo do navio. Os cruzadores protegidos Nakimov e Maomak foram atacados por torpedeiros que julgaram ser russos, mas não se afundaram de imediato. A noite pertenceu, sem dúvida, aos torpedeiros japoneses que navegando rapidamente, sem serem vistos, dirigiram-se ao couraçado de segunda classe Sissoi Veliki e dispararam três torpedos, dos quais um acertou, tornando difíceis as suas condições de flutuação, pelo que o navio se rendeu pelas 07h30 da manhã.

Durante a noite torpedeiros e contratorpedeiros russos e japoneses combateram-se mutuamente, mas com resultados não muito significativos. Pode mesmo dizer-se que o sucesso dos torpedeiros foi mais que limitado. Os japoneses dispunham na batalha de 32 torpedeiros e 21 contratorpedeiros, os quais dispararam um total de 87 torpedos, mas apenas quatro acertaram nos alvos. Pelas 05h20 da madrugada do 28 de Maio de 1905, Togo recomeçou o ataque em força ao que restava da força russa, agora só com um couraçado poderoso a flutuar, o Orel, mas bastante destroçado e praticamente sem munições. Acabou por encaixar 12 tiros de 305 mm, sete de 203 e vinte e dois de 153 mm. Os canhões modernos de tiro rápido de 153 mm dos navios russos estavam quase todos desactivados por falta de munições ou avarias, restando só algumas peças lentas que pouco podiam fazer ainda. A esquadra russa viu-se rodeada pelos 27 navios de Togo, praticamente intactos e em força, muitos dos quais foram receber munições durante a noite. Depois de uma troca de tiros que durou meia hora, o almirante Nabokov mandou içar a bandeira branca da rendição, mas Togo continuou a disparar e só parou quando viu içada a bandeira japonesa por cima do pavilhão russo com a cruz de S. André. O Orel foi apresado pelos japoneses e reparado para servir na marinha russa com o nome de Iwami até 1922. O pequeno cruzador rápido Izumrud ainda julgou que podia escapar-se com os seus vinte nós de velocidade, mas a máquina acabou por não aguentar e avariou-se pelo que o navio parou. O pequeno couraçado-monitor Admiral Ushakov, afastado que estava do grosso da formação russa, também pensou em escapulir-se para Vladivostok. Mas sem sucesso, foi perseguido pelos cruzadores nipónicos Iwate e Yakumo, os quais o atingiram com o seu tiro rápido sempre respondido pelo russo que acabou por se afundar quando o bravo comandante Mikluka ordenou a abertura das válvulas. Só dois torpedeiros e o iate armado Almaz conseguiram chegar a Vladivostok, enquanto a força de cruzadores pequenos do almirante Enquist com o Aurora, o Oleg e o Yemtchung e alguns navios auxiliares retrocederam e acabaram por aportar a Manilla, nas Filipinas, onde foram internados. A derrota naval da esquadra russa conduziu ao fim da guerra russo-japonesa, apesar de em si mesmo não haver razão para tal.

Os japoneses estavam economicamente esgotados e os russos já tinham colocado na Manchúria quase um milhão de homens, os quais podiam ter derrotado os nipónicos que em terra não eram assim tão fortes. Mas, os revolucionários anti-czaristas fizeram estalar a revolução por todo o Império.

Quando da batalha de Tsushima já a guarnição do Kniaz Potemkin se tinha revoltado no Mar Negro. A revolta foi rapidamente sufocada e o célebre Potemkin mudou de nome, passando a ser o Pantalimon até à revolução democrática de Abril de 1917 que depôs o Czar e preparou as eleições para uma Assembleia Constituinte e que nada tem a ver com o golpe palaciano dos bolcheviques em Outubro de 1917. Já em Janeiro de 1905 tinham estalado greves revolucionária por todo o Império, a partir das fábricas metalúrgicas e estaleiros Putilov de S. Petersbourg. A queda de Porto Artur fez vir à superfície o descontentamento popular contra a autocracia. Até alguns sectores da burguesia endinheirada apoiaram financeiramente os bolcheviques que se separaram em 1903 dos mencheviques no Partido Social-Democrata. O regime imperial do Czar apoiava-se apenas numa imensa infantaria de cossacos e mujiques analfabetos e fiéis e numa burocracia servil e autoritária até mais não. A guerra russo-japonesa beliscou ao de leve o imenso império russo que só perdeu metade da ilha de Sacalina, além de Porto Artur, uma cidade arrendada à China. A expansão para a Manchúria terminou e os japoneses conquistaram a Coreia para a perderem 40 anos depois com a tal metade da Ilha de Sacalina. Após a derrota da esquadra japonesa, os EUA intercederam para organizarem a Paz, mas enquanto se negociava os japoneses desembarcaram na ilha de Sacalina, ocupada por forças não muito numerosas. Daí a razão porque os russos perderam metade da ilha. A guerra não foi popular na Rússia, cuja população não sentia a necessidade de expandir o Império para o sul do rio Yalu na Coreia nem via qualquer vantagem de possuir uma poderosa marinha de guerra, dado o carácter profundamente continental do Império Russo.

O Japão, pelo contrário, encheu-se de uma ilimitada jactância e acabou por se lançar em grandes conquistas. Primeiro a Coreia, depois a Manchúria e depois, já nos anos trinta, queria a China toda até voltar-se contra os EUA em Pearl Harbour, conquistar grande parte da Ásia insular para acabar totalmente derrotado em 1945. Os exageros custam caro.

O Império Czarista queria muito e acabou transformado noutro Império, o Soviético, que soçobrou devido às despesas militares, nomeadamente com uma marinha de guerra, cujos custos ultrapassaram as suas possibilidades financeiras e retirou aos trabalhadores a possibilidade de verem as suas condições de vida melhoradas, pelo menos, ao nível dos principais países capitalistas da Europa.

Tecnicamente, as duas batalhas navais da guerra russo-japonesa foram as únicas travadas entre couraçados pré-dreadnought. Foram a prova do pensamento técnico britânicos de que os canhões de 305 mm e superiores eram então a melhor arma naval e as quatro peças por navio era poucas. Os disparos eram eficazes e a direito, permitindo um tiro a grande distância e uma certa pontaria. Só que os navios beligerantes a vapor, depois dos disparos, ficam envoltos em fumos pelo que a pontaria ia tornando-se cada vez menos precisa. Além disso, os primeiros tiros eram os mais difíceis. O telémetros e visores ópticos não estavam ainda suficientemente desenvolvidos. A queda das granadas na água é que permitia acertar a pontaria. Daí que os técnicos chegaram à conclusão que qualquer grande navio capital de combate deveria ter no mínimo 10 peças de 305 mm e umas tantas de 104 ou 75 mm apenas para afrontar os torpedeiros que se aproximassem demasiado. Os canhões de 152 mm de tiro curvo revelaram-se muito pouco eficazes, a não ser quando disparadas a distâncias mais curtas, o que só podia acontecer se estivessem num confronto entre cruzadores apenas armados com essas peças ou com navios inferiores.

Efectivamente, a 2 de Outubro de 1905, os britânicos lançam a quilha do Dreadnought com 10 peças de 305 mm e 24 de 75 mm, o navio que tornou subitamente obsoletos todos os imensos couraçados de 4 peças grandes, lançando as potências numa dispendiosa corrida os armamentos com todos a construírem mais e mais navios para acabaram alguns afundados na I. Guerra Mundial, outros, os alemães, auto-afundados em Scapa Flow e a maior parte foi para a sucata após o Tratado de Washington de Limitação de Armamentos Navais assinado em 1922. A maior parte dos gigantescos e super-couraçados britânicos pouco mais de 10 anos de vida tiveram.




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#3 Mensagem por U-27 » Ter Dez 29, 2009 9:00 pm

estes dias estive a ler sobre esta batalha

muito interssante, os russos tambem tiveram um grande azar ao não conseguir alcançar vladivostok




"A religião católica contém a Verdade total revelada por Deus e não dizemos isso com arrogância nem para desafiar ninguém. Não podemos diminuir esta afirmação" Dom Hector Aguer

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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#4 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 9:05 pm

Quadro Geral dos Navios que Travaram a Batalha de Tsushima

Fonte: http://naval.blogs.sapo.pt/30111.html
RÚSSIA

Couraçados e Guarda-Costas Couraçados:

Kniaz Suvarov com as seguintes peças: IV de 305mm + XII de 152 mm Orel com IV 305 + XII 152 mm

Borodino com IV 305 + XII 152 mm Alexander III com IV 305 + XII 152 mm

Osliabia com IV 254 + XI 152 mm

Sissou Velki com IV 305 + VI 152 mm Navarin com IV 305 + VIII 152 mm

Nikolai I com II 305 + VII 152 mm

Apraxin com III 254 + IV 120 mm

Ushakov com IV 230 + IV 120 mm

Seniavin com IV 230 + IV 120 mm

Cruzadores Couraçados:

Dimitri Donskoi com VI 152 + X 120 mm

Vladimir Monomakh com V 152 + VI 120 mm

Adm. Nahkimov com V 152 + X 120 + 6 cruzadores ligeiros e 10 contratorpedeiros

JAPÃO

Couraçados:

Mikasa com IV 305 + XIV 152 mm Asahi com IV 305 + XIV 152 mm

Shikishima com IV 305 +XIV 152 mm Fuji com IV 305 + XIV 152 mm

Cruzadores Couraçados:

Nisshin com IV 203 + XIV 152

Kishin com I 254+II 203+XIV 152 mm

Yakumo com IV 203 + XII 152 mm Azuma com IV 203 + XIV 152 mm

Tokiwa com IV 203 + XIV 152 mm Asama com IV 203 + XIV 152 mm

Idzumo com IV 203 + XIV 152 mm IwateI com IV 203 + XIV 152 mm

+ 7 cruzadores ligeiros, 69 torpedeiros e contratorpedeiros.




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#5 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 10:08 pm

Almirante Heichari Togo - O Vencedor da Batalha de Tsushima:
Imagem

Mikasa Imperial Japanese Battleship:
Imagem


Vice-Admiral Zinovy Petrovich Rozhlestvenskii:
Imagem

Borodino Imperial Russian Battleship:
Imagem
Imagem

Imagem
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem

Fontes:
http://naval.blogs.sapo.pt
http://portsmouthpeacetreaty.org/
http://www.militaryimages.net/
http://upload.wikimedia.org/wikipedia




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#6 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 10:22 pm





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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#7 Mensagem por Paisano » Ter Dez 29, 2009 10:51 pm





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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#8 Mensagem por Paisano » Qua Dez 30, 2009 11:42 am

Mikasa Imperial Japanese Battleship:
Imagem
Imagem

Borodino Imperial Russian Battleship:
Imagem

Fonte: http://moraisvinna.blogspot.com/2009/09 ... -1904.html




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#9 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qua Dez 30, 2009 8:26 pm

De forma resumida, o que sei desta batalha.

As belonaves nipônicas, de desenho e manufatura inglesa, eram superiores às equivalentes belonaves do Tzar, estas, de desenho e manufatura francesa. Os canhões nipônicos possuíam maior alcance e sua munição era mais efetiva.

Taticamente, os japoneses conseguiram o sonho de todo almirante de navios dotados com canhões: cortou o "T", do inimigo!

Dito isto, não há como especular outro destino possível para a frota eslava, do que aquele que por ventura se deu: dormitar no fundo do mar...




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#10 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qua Dez 30, 2009 8:29 pm

PS: Quatro décadas após, Stalin cobrou com juros paulistas, esta afronta nipônica.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#11 Mensagem por kurgan » Qui Dez 31, 2009 12:06 am

Ilya Ehrenburg escreveu:PS: Quatro décadas após, Stalin cobrou com juros paulistas, esta afronta nipônica.
Rússia é o nosso ESTADO sagrado!
Rússia é o nosso amado país!
Vontade de ferro e glória grande
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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#12 Mensagem por kurgan » Qui Dez 31, 2009 12:09 am

kurgan escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu:PS: Quatro décadas após, Stalin cobrou com juros paulistas, esta afronta nipônica.
Rússia é o nosso ESTADO sagrado!
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Vontade de ferro e glória grande
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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#13 Mensagem por Paisano » Qui Dez 31, 2009 12:41 am

Vídeo japones, com a dramatização da Batalha:





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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#14 Mensagem por Enlil » Qui Dez 31, 2009 1:47 am

Parabéns Paisano, muito legal o tópico. Já há alguns anos conhecia o site http://www.russojapanesewar.com, tem muito material interessante por lá. [], até mais...




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Re: A Batalha de Tsushima - 1904

#15 Mensagem por Paisano » Qui Dez 31, 2009 2:28 pm

Imperial Japanese Navy:
Imagem
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Imperial Russian Navy:
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Fonte: http://www.russojapanesewar.com




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