Satélites

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

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Re: Satélites

#16 Mensagem por LeandroGCard » Sex Fev 12, 2010 5:16 pm

GustavoB escreveu:A impressão que dá é que, sem objetivos estratégicos definidos, o governo deixa o programa em banho-maria esperando pelas PPP - Parcerias Público-Privadas. Entram aí os interesses das grandes corporações de comunicação e ficamos sem saída.

Então, se o governo não toma a frente, temos que esperar pela boa vontade da iniciativa privada. Como no setor de comunicação é dominado pelo capital estrangeiro, pode-se deduzir a situação.

Opinões pessoais de leigo.
Na verdade acho que nem sequer chegamos até aí.

As empresas de comunicação utilizam basicamente satélites geo-estacionários, que são a aplicação comercial mais sofisticada que existe hoje. São satélites que operam em órbitas extremamente altas e portanto tem que ter uma potência de transmissão muito grande, precisam manter sua posição e atitude no espaço com muita precisão e atualmente são construídos para durar muito tempo em operação. O resultado é que são satélites sofisticadíssimos, caríssimos, muito grandes e pesados, e para serem lançados exigem foguetes de grande porte com altíssima confiabilidade. Estamos muito, mas muito longe mesmo de termos qualquer coisa sequer próxima disso.

Então, nesta aplicação específica, nem há muito que o governo possa fazer. Ou as operadoras (sejam nacionais ou estrangeiras) compram os satélites e seus lançamentos no mercado internacional, ou o governo tem que fazê-lo, pois para desenvolver algo aqui só daqui a muitos e muitos anos (isto se o PEB começasse a funcionar maravilhosamente a partir de hoje, senão...).

O problema que eu sempre menciono da falta de um objetivo é que hoje nem sequer se discute que satélites o Brasil deveria ser capaz de lançar e em que prazos, ou mesmo se deveria lançar algum, ou se deveria fazê-lo com foguetes próprios. Dependendo dos objetivos desejados, um programa espacial autóctone, independente e completo pode nem mesmo ser desejável, veja que um monte de países muito mais avançados do que nós não possuem um (Alemanha, Inglaterra, Canadá, etc...).

Mas ao invés de pensar e discutir sobre isto e tentar chegar daí num plano concreto para primeiro definir e depois atingir os objetivos espaciais que o Brasil realmente deseja, continua-se perseguindo apenas a consecução do VLS-1, objetivo definido há mais de vinte anos e que era para ser apenas um projeto acadêmico, e todos os demais aspectos do PEB tem que se encaixar nas características deste lançador (tamanho dos satélites, motores de combustível líquido a ser desenvolvidos para seu eventual aperfeiçoamento, infra-estrutura de lançamento, etc...). E como todo mundo já está de saco cheio de ouvir falar em VLS sem que nenhum resultado prático tenha aparecido nos últimos vinte anos, e o que ele poderá realizar mesmo se vier a funcionar algum dia será pífio se comparado ao que já existe até em nações mais atrasadas do que a nossa, quem é que vai dar apoio político, liberar verba, procurar trabalhar na área, etc...?


Um grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: Satélites

#17 Mensagem por GustavoB » Sáb Fev 13, 2010 4:20 pm

Valeu Leandro!




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Re: Satélites

#18 Mensagem por GustavoB » Dom Jun 12, 2011 5:58 pm

Falta de domínio tecnológico atrasa lançamento de novos satélites brasileiros

12/06/2011 - 13h47
Pesquisa e Inovação
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil ainda não lançou o satélite de observação Amazônia 1, previsto inicialmente para abril de 2010, por falta de domínio tecnológico. De acordo com Marco Antônio Chamon, coordenador de Gestão Tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), “a adaptação da indústria nacional aos padrões espaciais foi mais demorada do que se imaginava inicialmente. As indústrias penaram para aprender como fazer”. O satélite, de 550 quilos, é totalmente brasileiro, feito sem parceria, e está em construção utilizando principalmente componentes criados por 15 empresas nacionais.

“Tem uma curva de aprendizagem que não se consegue acelerar mais do que a um certo ritmo, independente da quantidade de pessoas ou do dinheiro que se coloque. Aprender a fazer tecnologia é mais complicado”, explica Chamon ao ressaltar que o projeto do satélite também tem como objetivo desenvolver tecnologia local.

Segundo ele, a dificuldade principal está nos componentes eletrônicos. “Em toda a parte de mecânica já temos maior segurança”. Algumas peças produzidas não resistem às câmaras que simulam a variação de temperatura, vácuo e de impacto. “Às vezes, quebra. Volta para a bancada, daí se refaz e estuda. É um problema de aprendizado”.

Para a consultora legislativa da área de ciência e tecnologia da Câmara dos Deputados, Elizabeth Veloso, a industria espacial nacional tem dificuldade de se desenvolver por “falta de continuidade” do Programa Espacial Brasileiro. “Não há fluxo de compra", afirma, acrescentando que não “há prioridade”, “faltam recursos” e “não há compromisso com o atendimento de metas”.

Em sua opinião, o mau desempenho do programa deixa o país “à mercê das grandes potências” e “totalmente dependente” para monitorar por satélite a ocupação de terras e o desmatamento florestal, vigiar fronteiras, prestar serviços de previsão do tempo e prevenção de catástrofes (como enxurradas e grandes estiagens), descobrir riquezas mineiras e atender às demandas de telecomunicações, como a ampliação da banda larga.

Para o empresário Célio Costa Vaz, diretor da Orbital Engenharia Ltda, o programa espacial “encontra-se em espiral descendente”, conforme escreveu em artigo publicado na última semana na internet, na página da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) (http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf). “As empresas brasileiras dificilmente conseguem sobreviver apenas como fornecedoras do programa espacial e encontram dificuldades para se qualificar e competir no mercado internacional”, acrescenta.

A Orbital acabou de entregar para o Inpe o modelo de voo do gerador solar para o satélite Cbers 3, que o Brasil desenvolve com a China e pretende lançar em setembro de 2012 - interrompendo um apagão de satélites próprios desde abril do ano passado, quando terminou a vida útil do Cbers 2b. Conforme o empresário, a industria espacial brasileira sofre com a falta de “encomendas tecnológicas” e “maior volume e regularidade nas contratações realizadas para os projetos operacionais”.

Além do Amazônia 1, há atrasos também e indefinições no cronograma do satélite do Programa Internacional de Medidas de Precipitação (em parceria com os Estados Unidos), do Satélite de Sensoriamento Remoto com o Imageador Radar (Mapsar, parceria com a Alemanha), e do Satélite Lattes (para experiências científicas).

Edição: Graça Adjuto




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Re: Satélites

#19 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jun 12, 2011 6:31 pm

GustavoB escreveu:Falta de domínio tecnológico atrasa lançamento de novos satélites brasileiros
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Em sua opinião, o mau desempenho do programa deixa o país “à mercê das grandes potências” e “totalmente dependente” para monitorar por satélite a ocupação de terras e o desmatamento florestal, vigiar fronteiras, prestar serviços de previsão do tempo e prevenção de catástrofes (como enxurradas e grandes estiagens), descobrir riquezas mineiras e atender às demandas de telecomunicações, como a ampliação da banda larga.
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Além do Amazônia 1, há atrasos também e indefinições no cronograma do satélite do Programa Internacional de Medidas de Precipitação (em parceria com os Estados Unidos), do Satélite de Sensoriamento Remoto com o Imageador Radar (Mapsar, parceria com a Alemanha), e do Satélite Lattes (para experiências científicas).

Edição: Graça Adjuto
Só existe uma forma de obter e manter a capacitação em qualquer área de tecnologia avançada, seja ela a de equipamentos, produtos de consumo, automobilísticos, militares ou espaciais: É manter um mínimo de vendas que justifique o investimento contínuo em novos desenvolvimentos. Nos três primeiros setores isto é obtido naturalmente na disputa por mercados, por isso todos os países que pretendem manter sua base industrial a protegem de alguma forma. Já nas áreas militares e principalmente espacial, a base da sobrevivência são as compras governamentais. PRECISAM ser feitas continuamente encomendas de novos itens em um ritmo que garanta a atividade das equipes de engenharia, pois se elas param por uns poucos anos que seja dificilmente poderão voltar a desenvolver produtos atualizados e de qualidade.

Na área espacial a situação é mais ainda mais crítica, devido à sofisticação dos sistemas de aplicação espacial. Para que seja possível manter uma base tecnológica minimamente capacitada o governo TEM QUE garantir encomendas para as empresas fornecedoras de tal forma a permitir que elas manter suas equipes técnicas, o que em princípio significa estar continuamente desenvolvendo e lançando sistemas espaciais (satélites e sondas). Isto é o que fazem TODOS os países que tem realmente capacidade de uso do espaço. Isto significa manter um programa com pelo menos 1 ou 2 lançamentos de sistemas espaciais por ano no mínimo (e preferencialmente mais do que isso). Caso contrário o máximo que se consegue é o que o Brasil tem hoje, uma capacidade marginal de desenvolvimento de satélites aplicativos mais simples, que demoram anos e anos para ficarem prontos e não possuem nenhuma garantia de eficiência ou de confiabilidade.

Mas com a política brasileira de tentar no máximo lançar um ou outro satélite com vários anos de intervalo entre eles, não acredito que isto vá mudar algum dia, infelizmente. Vamos sempre ser dependentes de outros países para desenvolver e lançar qualquer coisa mais sofisticada que uma câmera básica ou um sistema de comunicação limitado e obsoleto.


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Re: Satélites

#20 Mensagem por knigh7 » Ter Jun 14, 2011 3:36 am

Pessoal,

O que virou da proposta do Satélite Geoestacionário Brasileiro? Falava-se dele há mais de 9 anos e não vejo mais notícias da pretencão em lancá-lo.




GustavoB
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Re: Satélites

#21 Mensagem por GustavoB » Ter Jun 14, 2011 11:31 am

Futuro de satélites brasileiros depende de orçamento

Em julho, o governo federal deve estabelecer metas que pretende atingir e valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites no período de 2012 a 2016.

O Editor
http://www.defesanet.com.br/space/notic ... -orcamento

http://www.defesanet.com.br/site/upload/news_image/2011/06/1465.jpg
Arte do futuro CBERS-3 Fonte INPE Nota DefesaNet

Em julho, o governo federal deve estabelecer metas que pretende atingir e valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites no período de 2012 a 2016.

Até o fim de agosto, a proposta será encaminhada ao Congresso Nacional, no Projeto de Lei do Plano Plurianual (PPA) que o governo está elaborando, informa Lúcia Falcón, secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Por enquanto, a expectativa é de que o Brasil consiga lançar nos próximos anos o satélite nacional Amazônia 1 (previsto para 2013) e os dois satélites com a China, o Cbers 3 e 4 (previstos para 2012 e 2014, respectivamente). O gasto com o desenvolvimento e lançamento dos três satélites é em torno de US$ 200 milhões, e segundo Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há recursos já empenhados para o desenvolvimento da tecnologia.

"A questão orçamentária para esses satélites é menos complicada", garante o coordenador. De acordo com ele, há orçamento definido no governo. "Todos os pedaços desses satélites já estão contratados na indústria", assegura ao afirmar que a intenção é evitar, no futuro, "que não aconteça o que está ocorrendo agora: esse período sem nenhum satélite sob o nosso controle no espaço".

A continuidade dos projetos segue em aberto, no entanto. Conforme Chamon, em perspectiva estão os lançamentos, com peças suplementares, dos satélites em desenvolvimento e o envio à órbita espacial dos satélites Amazônia 1b e o Cbers 4b, assim como aconteceu com o satélite Cbers 2b.

Esses projetos e outros já anunciados (inclusive parcerias com os Estados Unidos e a Alemanha) dependerão de orçamento. De acordo com o Caderno de Altos Estudos elaborado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, o gasto orçamentário é insuficiente e irregular.

Segundo avaliação publicada do consultor legislativo Roberto de Medeiros Filho, o gasto brasileiro com satélites (abaixo dos US$ 150 milhões) é cerca de 10% do que fazem a China, Rússia e Índia, os outros países emergentes do Brics, que inclui agora a África do Sul.

"Por que, além das irregularidades, são baixos os recursos quando comparados com os demais países que detêm o domínio tecnológico das atividades espaciais? Não estaria o país desprovido de uma estratégia nacional que devidamente considerasse seus programas e projetos estratégicos, de forma a protegê-los?" pergunta o consultor.

Apesar do futuro incerto e do atual "apagão" de satélites próprios, o País continua contando com imagens de satélite para observação da terra, como ocorre com o monitoramento do desmatamento. George Porto Ferreira, responsável pela área no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), assegura que a situação do monitoramento "é tranquila" e "não há temor" de que faltem imagens para a "defesa do meio ambiente".

O instituto utiliza as imagens obtidas pelo Inpe, que mantém cooperação com os Estados Unidos, a Europa e Índia, para fazer o monitoramento em tempo real do desmatamento e fazer avaliações consolidadas periódicas do desflorestamento. "O Inpe é um grande parceiro", defende.

A Agência Brasil tentou ouvir a Agência Espacial Brasileira (AEB) sobre o orçamento atual e futuro para o desenvolvimento de satélites, mas a direção da autarquia, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), não retornou os pedidos de informação.




Editado pela última vez por GustavoB em Ter Jun 14, 2011 3:59 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Satélites

#22 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jun 14, 2011 1:34 pm

knigh7 escreveu:Pessoal,

O que virou da proposta do Satélite Geoestacionário Brasileiro? Falava-se dele há mais de 9 anos e não vejo mais notícias da pretencão em lancá-lo.
Knigh7,

O mais certo é que quando (e se) algum dia houver verbas este satélite será comprado no exterior e talvez (apenas talvez) lançado com o Cyclone-4 da ACS. O Brasil jamais terá tecnologia para construir um satélite deste tipo competitivo, se quiser desenvolver um localmente levará uns 20 anos para termos alguma coisa "meia-boca".


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Re: Satélites

#23 Mensagem por knigh7 » Sex Jun 17, 2011 1:10 am

Obrigado, Leandro.




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Re: Satélites

#24 Mensagem por knigh7 » Sex Jun 17, 2011 1:13 am


Futuro de satélites brasileiros depende de orçamento

Em julho, o governo federal deve estabelecer metas que pretende atingir e valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites no período de 2012 a 2016.

O Editor
http://www.defesanet.com.br/space/notic ... -orcamento

http://www.defesanet.com.br/site/upload/news_image/2011/06/1465.jpg
Arte do futuro CBERS-3 Fonte INPE Nota DefesaNet
....

Por enquanto, a expectativa é de que o Brasil consiga lançar nos próximos anos o satélite nacional Amazônia 1 (previsto para 2013) e os dois satélites com a China, o Cbers 3 e 4 (previstos para 2012 e 2014, respectivamente). O gasto com o desenvolvimento e lançamento dos três satélites é em torno de US$ 200 milhões, e segundo Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há recursos já empenhados para o desenvolvimento da tecnologia.
...
Pessoal,

alguém sabe nitidez desses satélites de mapeamento que serão lancados? Detectar áreas de maiores 20m por 20m?




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Re: Satélites

#25 Mensagem por WalterGaudério » Sáb Jun 18, 2011 5:56 pm

knigh7 escreveu:

Futuro de satélites brasileiros depende de orçamento

Em julho, o governo federal deve estabelecer metas que pretende atingir e valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites no período de 2012 a 2016.

O Editor
http://www.defesanet.com.br/space/notic ... -orcamento

http://www.defesanet.com.br/site/upload/news_image/2011/06/1465.jpg
Arte do futuro CBERS-3 Fonte INPE Nota DefesaNet
....

Por enquanto, a expectativa é de que o Brasil consiga lançar nos próximos anos o satélite nacional Amazônia 1 (previsto para 2013) e os dois satélites com a China, o Cbers 3 e 4 (previstos para 2012 e 2014, respectivamente). O gasto com o desenvolvimento e lançamento dos três satélites é em torno de US$ 200 milhões, e segundo Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há recursos já empenhados para o desenvolvimento da tecnologia.
...
Pessoal,

alguém sabe nitidez desses satélites de mapeamento que serão lancados? Detectar áreas de maiores 20m por 20m?
A Algum tempo atrás falava-se em precisão de cerca de 2,5x2,5m.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Re: Satélites

#26 Mensagem por Penguin » Ter Ago 23, 2011 11:24 am

GustavoB escreveu:Falta de domínio tecnológico atrasa lançamento de novos satélites brasileiros

12/06/2011 - 13h47
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Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil ainda não lançou o satélite de observação Amazônia 1, previsto inicialmente para abril de 2010, por falta de domínio tecnológico. De acordo com Marco Antônio Chamon, coordenador de Gestão Tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), “a adaptação da indústria nacional aos padrões espaciais foi mais demorada do que se imaginava inicialmente. As indústrias penaram para aprender como fazer”. O satélite, de 550 quilos, é totalmente brasileiro, feito sem parceria, e está em construção utilizando principalmente componentes criados por 15 empresas nacionais.

“Tem uma curva de aprendizagem que não se consegue acelerar mais do que a um certo ritmo, independente da quantidade de pessoas ou do dinheiro que se coloque. Aprender a fazer tecnologia é mais complicado”, explica Chamon ao ressaltar que o projeto do satélite também tem como objetivo desenvolver tecnologia local.

Segundo ele, a dificuldade principal está nos componentes eletrônicos. “Em toda a parte de mecânica já temos maior segurança”. Algumas peças produzidas não resistem às câmaras que simulam a variação de temperatura, vácuo e de impacto. “Às vezes, quebra. Volta para a bancada, daí se refaz e estuda. É um problema de aprendizado”.

Para a consultora legislativa da área de ciência e tecnologia da Câmara dos Deputados, Elizabeth Veloso, a industria espacial nacional tem dificuldade de se desenvolver por “falta de continuidade” do Programa Espacial Brasileiro. “Não há fluxo de compra", afirma, acrescentando que não “há prioridade”, “faltam recursos” e “não há compromisso com o atendimento de metas”.

Em sua opinião, o mau desempenho do programa deixa o país “à mercê das grandes potências” e “totalmente dependente” para monitorar por satélite a ocupação de terras e o desmatamento florestal, vigiar fronteiras, prestar serviços de previsão do tempo e prevenção de catástrofes (como enxurradas e grandes estiagens), descobrir riquezas mineiras e atender às demandas de telecomunicações, como a ampliação da banda larga.

Para o empresário Célio Costa Vaz, diretor da Orbital Engenharia Ltda, o programa espacial “encontra-se em espiral descendente”, conforme escreveu em artigo publicado na última semana na internet, na página da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) (http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf). “As empresas brasileiras dificilmente conseguem sobreviver apenas como fornecedoras do programa espacial e encontram dificuldades para se qualificar e competir no mercado internacional”, acrescenta.

A Orbital acabou de entregar para o Inpe o modelo de voo do gerador solar para o satélite Cbers 3, que o Brasil desenvolve com a China e pretende lançar em setembro de 2012 - interrompendo um apagão de satélites próprios desde abril do ano passado, quando terminou a vida útil do Cbers 2b. Conforme o empresário, a industria espacial brasileira sofre com a falta de “encomendas tecnológicas” e “maior volume e regularidade nas contratações realizadas para os projetos operacionais”.

Além do Amazônia 1, há atrasos também e indefinições no cronograma do satélite do Programa Internacional de Medidas de Precipitação (em parceria com os Estados Unidos), do Satélite de Sensoriamento Remoto com o Imageador Radar (Mapsar, parceria com a Alemanha), e do Satélite Lattes (para experiências científicas).

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23/08/2011
COMPROMISSO ASSUMIDO
Satélite Brasil-China será lançado em 2012

O Brasil assumiu ontem o compromisso de lançar em novembro de 2012 a nova versão do
satélite que desenvolve em conjunto com a China.

Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, um atraso
pode comprometer a relação com o país asiático. Iniciado em 1988, o programa é o mais sólido pilar da relação Brasil-China e levou ao lançamento de três Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, chamados de Cbers (sigla em inglês) e numerados como 1, 2 e 2-B.

O quarto, o Cbers-3, deveria ter entrado em órbita em 2007, mas o Brasil não cumpriu os prazos
de entrega de equipamentos previstos no acordo. Ontem, os brasileiros ouviram dos chineses cobranças para definição de um cronograma detalhado que permita o lançamento do Cbers-3 em novembro de 2012 e do Cbers-4 em 2013.




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Re: Satélites

#27 Mensagem por DELTA22 » Ter Ago 23, 2011 3:15 pm

WalterGaudério escreveu:
knigh7 escreveu: Pessoal,

alguém sabe nitidez desses satélites de mapeamento que serão lancados? Detectar áreas de maiores 20m por 20m?
A Algum tempo atrás falava-se em precisão de cerca de 2,5x2,5m.
CBERS-3 e 4:

4 cameras: 20m (Brasil); 5m/10m (China); 40m/80m (China) e 73m (Brasil).

Amazônia-1:

2 cameras: 40m (Brasil) e talvez 12m (Inglaterra).

A camera que tinha resolução de 2,7m era do Cbers-2B que deixou de funcionar.

Enfim, acho que é isso. Cabe confirmar... :wink:

[]'s!




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Re: Satélites

#28 Mensagem por Penguin » Qua Ago 24, 2011 9:47 am

Espero que isso não termine como a participação brasileira da Estação Espacial internacional...


G1, 24/08
China pode romper com Brasil se satélite não sair até 2012, diz AEB

Agência Espacial Brasileira foi até Pequim formalizar acordo do Cbers-3. Equipamento feito pelos dois países era para ter sido lançado em 2007.

O Brasil assumiu nesta semana o compromisso de lançar em novembro de 2012 a nova versão do satélite que desenvolve em conjunto com a China e um atraso poderá "implodir" o relacionamento com o país asiático, afirmou o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp.

"Temos de cumprir nosso cronograma porque estamos cinco anos atrasados", declarou Raupp, depois de reunião, em Pequim, do grupo bilateral responsável pela cooperação espacial.

Iniciado em 1988, o programa é o mais sólido pilar da relação Brasil-China e levou ao lançamento de três Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, chamados de Cbers (sigla em inglês) e numerados como 1, 2 e 2-B. O quarto, o Cbers-3, deveria ter entrado em órbita em 2007, mas o Brasil não cumpriu os prazos de entrega de equipamentos previstos no acordo.

Nesta segunda-feira (22), os brasileiros ouviram dos chineses cobranças para definição de um cronograma detalhado que permita o lançamento do Cbers-3 em novembro de 2012 e do Cbers-4 em 2013.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, uma das razões para o atraso é a dificuldade da indústria nacional em desenvolver e produzir os equipamentos que deverão ser entregues pelo Brasil. Nos três primeiros satélites, a China era responsável por 70% dos componentes. Agora, a divisão é de 50% para cada país. "Aumentou a complexidade e a parcela que cabe ao Brasil", disse.

Agora, o principal desafio é de pessoal. A montagem do satélite começará em novembro e exigirá a contratação pelo Inpe de 60 funcionários para trabalharem na China pelo período de um ano, em esquema de rodízio.

Na última semana, Câmara anunciou que deixará o cargo em dezembro, dois anos antes do término de seu mandato. "Estou frustrado porque o Inpe não recebeu do Ministério os recursos humanos necessários para renovar sua equipe", disse. Segundo ele, um eventual novo atraso no cronograma colocará em xeque não só o programa, mas a capacidade do País de cumprir acordos internacionais.

Imagens

Os dados coletados pelo Cbers são utilizados na previsão de tempo do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), localizado em Cachoeira Paulista (SP), estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, além de planejamento agrícola. Entre os serviços prestados de maior relevância está o monitoramento das bacias hidrográficas brasileiras.




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Re: Satélites

#29 Mensagem por DELTA22 » Qua Ago 24, 2011 11:38 am

E dos embargos que programa CBERS sofreu dos nossos "amigos" do 'North' ninguém fala, nem os chineses por milagre de São Serapião não sabem que isso ocorreu???... Então, tá! :roll: :roll:

Só uma estorinha que lembro: O CBERS-3 precisava de um transistor de potência para o sistema de transmissão das imagens. Nossos "bondosos" "amigos" do 'North' embargaram a venda do componente. Teve que se mudar o circuito para usar válvulas TWTA compradas na França!!! E não querem que o projeto atrase... :?

[]'s a todos.




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Re: Satélites

#30 Mensagem por LeandroGCard » Qua Ago 24, 2011 12:39 pm

DELTA22 escreveu:E dos embargos que programa CBERS sofreu dos nossos "amigos" do 'North' ninguém fala, nem os chineses por milagre de São Serapião não sabem que isso ocorreu???... Então, tá! :roll: :roll:

Só uma estorinha que lembro: O CBERS-3 precisava de um transistor de potência para o sistema de transmissão das imagens. Nossos "bondosos" "amigos" do 'North' embargaram a venda do componente. Teve que se mudar o circuito para usar válvulas TWTA compradas na França!!! E não querem que o projeto atrase... :?

[]'s a todos.
Na minha opinião de engenheiro, antes de se congelar qualquer projeto é imprescindível garantir a disponibilidade de qualquer ítem sensível que venha a ser empregado, ou por via contratual ou adquirindo-se o ítem por antecipação. Completar os desenhos e esquemas e só depois descobrir que os ítens X e Y não serão fornecidos devido a embargos é um erro que eu pessoalmente imputaria sim ao responsável pelo projeto, e não ao embargante. Aliás, se meu parceiro não pode garantir o projeto pelo qual é responsável devido ao fato de que não domina tecnologias críticas e depende da aprovação de terceiros, o erro foi meu em aceitá-lo como parceiro para início de conversa, eu deveria ter escolhido alguém que não tivesse este tipo de restrição.

Além disso, se por qualquer motivo um ítem do projeto não fica disponível no momento necessário o responsável pelo projeto tem que ter a capacidade de modificá-lo e adequá-lo da forma que for necessária no menor prazo possível, mesmo que para isso incorra em custos mais elevados (contratação de mais pessoal, subcontratação, horas extras, etc...). Atrasos de mais de dois anos por estes motivos simplesmente não são aceitáveis, não interessa a desculpa.

Por estas e outras foi que coloquei minha opinião de que o Programa Espacial Brasileiro serviria melhor ao país se fosse sumariamente ENCERRADO!


Leandro G. Card




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