Cuba

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Re: Cuba

#661 Mensagem por joao fernando » Sáb Mai 13, 2017 10:48 am

Os caras iam jogar o que nos PM´s, bitucas de maconha?




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Cuba

#662 Mensagem por prp » Dom Mai 14, 2017 2:01 pm

joao fernando escreveu:Os caras iam jogar o que nos PM´s, bitucas de maconha?
Sacolé de cocaína :lol:




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Re: Cuba

#663 Mensagem por Túlio » Dom Mai 14, 2017 3:48 pm

Não importa, olhem o movimento dos portos e aeroportos: MILHÕES de Brasileiros estão desesperadamente tentando emigrar pra CUBA! Precisa mais? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Cuba

#664 Mensagem por prp » Dom Mai 14, 2017 11:32 pm

Túlio escreveu:Não importa, olhem o movimento dos portos e aeroportos: MILHÕES de Brasileiros estão desesperadamente tentando emigrar pra CUBA! Precisa mais? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
E eu aqui achando que eles estavam indo pro Haiti :roll:




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Re: Cuba

#665 Mensagem por P44 » Sáb Jun 17, 2017 11:24 am

Bem o trumpete reverteu todas as politicas de abertura do obama. Ele gosta é de uma boa democracia estilo saudita.




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Re: Cuba

#666 Mensagem por Túlio » Seg Jul 17, 2017 5:34 pm

Memórias de Cuba


Pela internet, fico sabendo que a tal “Sininho”, protagonista de arruaças nas ruas do Rio, segue ordens do comissariado e é ativista “de carteirinha” com formação em Cuba. Ao mesmo tempo, com pouquíssima divulgação na mídia tradicional, ouço que a classe média e estudantes na Venezuela começam a se revoltar contra os descalabros e loucuras do governo bolivariano, hoje completamente aparelhado por funcionários cubanos.

No jornal, um articulista, coloca os pontos nos “is”, culpando a hipocrisia de esquerda pela morte do cinegrafista Santiago, enquanto outro, advogado, dá desassombradamennte nome aos bois, ao classificar juridicamente como “servidão” o acordo do programa Mais Médicos com o governo cubano.

Na TV, assisto espantado à ação do MST, de desordem e ameaça de invasão do STF, com a agressão a policiais, provocando o medo de Levandowsky, o Ministro, mas sendo recebido com simpatia pela Presidente da República.

O MST, é fato público, forma suas lideranças em Cuba.

Toda essa menção àquela pequena ilha caribenha, me levou de volta ao passado, pois eu, se não fui um ativista, também já estive em Cuba...

Em 1993, recebi uma bolsa de estudos para fazer pós-graduação de Aviação Civil em Montreal no IAMTI, um prestigiado instituto jointventure entre o governo Canadense, a ICAO e a IATA.

Essa bolsa fora na verdade uma premiação por minha participação num curso rápido que havia sido ministrado no Rio no ano anterior, em que eu, recém chegado no DAC, fui escalado para ocupar uma das duas vagas que foram dadas à FAB.

Naquela ocasião, o curso, em espanhol, contou com a participação de todos os países da América do Sul e alguns do Caribe, entre eles Cuba, que enviou dois funcionários da empresa estatal de aviação. Um deles, Angel Reloba, tornou-se um grande amigo.

Em Montreal a coisa era muito mais abrangente. O curso foi dado em inglês e havia participantes de todo o mundo, incluindo os países da antiga Cortina de Ferro, que havia ruído dois anos antes.

Na classe, conheci diversos futuros ministros e até presidentes de seus países, que me ampliaram a cultura e o networking, importantes ferramentas para um consultor.

Era um momento de grande incerteza política, mas também de grandes debates, sobretudo num forum acadêmico como o IAMTI e, por sorte e empenho, terminei sendo eleito presidente da turma, uma tradição local que distingue o representante e orador, e consegui conquistar o primeiro lugar em notas.

Em julho de 1996, já na iniciativa privada, trabalhando como consultor, fui convidado pelo IAMTI para a honrosa posição de professor temporário num dos diversos cursos de verão que faziam pelo mundo afora. Uma chance única!

O problema, e sempre há um, pois, como todos sabem, o ideograma da oportunidade sempre reboca o do risco, é que o tal curso seria em Cuba.

E o congresso norte-americano havia aprovado, poucos meses antes, uma lei chamada Helms Burton, que bania daquele país, qualquer pessoa ou empresa, que fizesse negócios com o Governo ou empresas cubanas.

E isso era um problema enorme para um consultor iniciante, como eu, já que a maioria dos serviços de consultoria na época vinham de empresas americanas. Ou seja, ficar banido da Disneilândia e do comércio com os gringos era praticamente a pena de morte empresarial e familiar, pois eu já tinha três filhos que certamente queriam ver o Mickey...

O Governo do Canadá, que é parceiro dos Estados Unidos em quase tudo, pela primeira vez, desde a Guerra do Vietnam, discordava politicamente, abrindo uma crise diplomática.

Os canadenses fiéis à sua história de preservação dos valores democráticos entendiam que o embargo econômico era um grande erro e que serviria como um motivo ainda maior para sobrevivência da ditadura cubana. Hoje, vejo que estavam certos!

Mas, para acalmar os professores, o governo canadense fez um acordo de vista grossa com os americanos e combinou com o governo cubano que não haveria registros das entradas desses profissionais na imigração. E desse modo, achei que podia arriscar. Todos cumpriram suas palavras.

O currículo era o básico de aviação civil e coube-me a cátedra de carga aérea, assunto em que eu tinha conhecimento bastante atualizado pois já havia desempenhado por um ano a função de CEO numa empresa cargueira de um grupo de Miami.

Os cubanos, agradecidos pelo curso, que era totalmente subsidiado pela ICAO, não mediram esforços para agradar a nosso grupo de dez professores, entre os quais eu era o único convidado, e brasileiro.

Segui de São Paulo direto a Havana num velho quadrijato Ilyushin 62, com duas fileiras de surradas poltronas de seis assentos e onde se podia fumar charuto à bordo, para reunir-me com meus colegas no aeroporto Jose Marti, de onde fomos levados ao palácio do governo e saudados num discurso de três horas de duração por Raul Castro. Fidel, na época, estava adoentado.

Instalaram-nos no Hotel Copacabana, um cinco estrelas que, ao lado da piscina ornamental, tinha uma piscina olímpica, com caixa de saltos e tudo, porém, com água do mar, que entrava pelo fundo e pelas laterais. Nos bons tempos, era um cassino fundado pelo mafioso Lucky Luciano e por Meyer Lansky, que aparece no filme O Poderoso Chefão 2, como o personagem Ryan Hoth. Muito bonito!

No primeiro dia de trabalho, poucos professores puderam comparecer, já que na véspera, no jantar de boas-vindas, entre inúmeros discursos, o prato principal era uma espécie de feijoada (frijolesneitros), acompanhada por patacones de plátano, um tipo de chips de banana salgada, prato que, embora tranquilo para quem já comeu o sanduíche do Aeroporto de Petrolina, detonou o delicado estômago dos franco-anglo-saxônicos.

Restamos apenas eu, o coordenador do curso e uma das professoras, todos sul-americanos, para dar início aos trabalhos.

A turma, de setenta alunos, era composta em sua maioria absoluta por mulheres, funcionarias da Empresa Cubana de Aeropuertos e Servizios de Aviación, pouco interessadas na matéria do instrutor brasileiro, mas com uma agenda oculta interessante.

Queriam saber o fim da novela Vale Tudo, que, vertida para o espanhol e em seus últimos capítulos, fazia um enorme sucesso na Cuba daqueles dias.

E isso me valeu bastante, pois prometi fazer essa revelação no último dia de aula, caso o desempenho da turma fosse favorável. E foi.

As aulas eram em meio período, pela manhã, e na parte da tarde cada um de nós tinha um carro com motorista à disposição e um funcionário acompanhante, membro do partido comunista.

Meu motorista, diferente da maioria dos cubanos que encontrei oficialmente, era um tipo magrela, naturalmente engraçado, com um bigodinho de malandro carioca, sempre vestido com a tradicional guayabera, aquela camisa de linho meio pardacenta, que todos usam por lá. Chamava-se Diego, e, após descobrir seu apelido, passei a chamá-lo de Quixote, pois realmente parecia o Cavaleiro da Triste Figura.

Minha acompanhante era feminina, ou melhor, fazia tudo para disfarçar sua condição de mulher atraente.

Cabelo preso, trajada sempre com uma saia azul escura até o joelho, camisa oxford azul clara, lenço vermelho e diversos broches e pingentes da juventude fidelista, Maria era a própria síntese do quanto um regime comunista pode ser nivelador.

Mas suas indumentária, postura e discurso fanáticos de apoio à la revolución, despertaram-me, é claro, imediatamente a libido reacionária. No momento em que fomos apresentados, tocava em minha mente aquela música dos Reis do Mambo.

Era uma cidadela socialista e, como tal, tinha que ser conquistada! E a isso, passei a dedicar parte dos trinta dias que passei em Cuba.

Diego e Maria, só me deixavam só na hora de dormir, fora isso, passavam todo o tempo a meu lado, atentos a qualquer interesse de visita, desde que a um dos pontos aprovados, para o que precisavam sempre se comunicar com o comando central buscando autorização.

Em todas as vezes que eu chegava a algum ponto turístico, lá estava um dos guias locais para me mostrar o local segundo a ótica socialista, contra a fome, a miséria, o grande capital, etc.

Já estava ficando um negócio chato!

Mas chato mesmo, era a presença constante de um violonista oficial, invariavelmente cantando Hasta Siempre, de Carlo Pueblo, uma música intragável e repetitiva, que é a cara da revolução cubana!

Esse aspecto musical é ainda mais triste, quando se sabe que Cuba é a terra de grandes músicos, como o Trio Los Panchos, Bienvenido Granda, Sonora Matancera e Compay Segundo...

Se Maria era uma rocha, materialista, dialética e refratária a qualquer tipo de conversa que não tivesse fundo ideológico em prol do lumpesinato, Diego foi cooptado imediatamente com um walkman, o iPod de antigamente, item inexistente no mercado cubano da época.

A música era considerada uma rescindiva pequeno burguesa e, como tal, passível de autocrítica.

Numa das noites, após a saída de meus guardiões, resolvi sair do hotel para dar um passeio a pé, quando me deparei com uma verdadeira multidão, formada apenas por moças, contidas a duras penas pela polícia, inclusive com o auxílio de cordões de isolamento.

Da escada do hotel, fiquei surpreso quando duas jovens, pulando a barreira policial, vieram correndo em minha direção, com duas guardas femininas em seu encalço. Agarrando-me, uma em cada braço, pediram que eu dissesse que elas estavam comigo, sob o olhar de arguição das policiais, que pararam, esperando minha decisão. Essas, como eu confirmasse, logo viraram as costas e voltaram à tarefa de contenção do resto da turba, como se nada houvesse acontecido.

As moças me explicaram então, mostrando uma carteira especial, que a frequência à boate do hotel, uma das melhores de Havana, e que só aceita turistas e acompanhantes, é limitada a uma noite por semana. Fora disso, só a convite de algum turista, como eu havia feito.

São as famosas jineteras, moças que se prostituem por um jantar ou uma calça jeans. Setenta por cento das jovens de família...

Pediram-me para que pagasse-lhes a entrada na tal boate, pois não tinham dinheiro para isso. O custo era de um (1) dólar!

Para ser sincero é preciso dizer que consegui, a duras penas, me manter casto, mesmo ante as tentativas das moças de me arrastar para dentro do antro de perdição, e ainda das promessas de me recompensar com impronunciáveis prazeres.

Nada disso! Como Piloto de Caça, eu não perderia o princípio do objetivo, dispersando a força (naquela época ainda havia alguma!) em objetivos secundários. Maria era o meu Muro de Berlim!

Maria era o prêmio máximo!

Sucediam-se as aulas e os passeios dirigidos, até que, num descuido de Maria, consegui convencer Quixote a “dar um perdido” na comissária e cair no basfond de Havana.

A primeira parada foi, a meu pedido, na Floridita, boteco onde Hemingway tomava seu “daiquiri”, com rum Bacardi, cujas barricas hoje pertencem à estatal Havana Club. Depois de alguns shots de anejo, o rum envelhecido, Quixote abriu o verbo contra o regime.

Falou-me da miséria, da opressão e principalmente da falta de esperança. Contou-me que na ilha poucos eram comunistas, mas apenas vítimas de um regime brutal que conseguira calar a todos, jogando pobre contra rico, branco contra negro, mulher contra homem, pai contra filho e irmão contra irmão.

Disse-me que seu irmão era músico num baile proibido e convidou-me para ir até lá.

Topei, e foi minha segunda melhor noite em Havana.

Num ambiente simples, consegui reconhecer então aqueles cubanos que sabemos alegres e dançarinos. Homens e mulheres, verdadeiros malabaristas dançavam merengues, rumbas, mambos e salsas, enquanto as pequenas orquestras de treseros se alternavam fazendo a festa.

O irmão de Quixote apresentou canções de Willy Chirino, proibidas em Cuba, como a fantástica El Diablo Llegó a La Habana, que fala mal de Fidel Castro. Maria???

No dia seguinte, Quixote não apareceu nem para se despedir. Foi substituído por outro motorista e desapareceu.

Seu crime? Falar a verdade sobre Cuba para um estrangeiro.

Numa das tardes encontrei meu amigo Reloba, já então diretor executivo da Cubana de Aviación, para jantar na Bodeguita del Medio, outro restaurante favorito de Hemingway, que lá gostava do “mojito”, um drinque de rum, limão e hortelã.

Achei meu amigo muito triste, mas não quis perguntar muito.

Lembrei-me de sua reação no Rio, em 1992, quando eu o levei ao Barra Shopping e ele impressionado deixou escapar que os cubanos eram levados a acreditar que aquele tipo de construções, carros e lojas, só existia nos Estados Unidos e na Europa.

Dois anos depois, soube que meu amigo Angel Reloba se lançara em uma das balsas do mesmo Porto de Mariel, hoje modernizado com nosso dinheiro, em direção à Flórida. Chegou, mas perdeu um dos filhos, vítima de desidratação…

No último fim de semana, antes da aula final, e por influência de Reloba, recebi um convite para o Hotel Meliá, em Varadero, uma das praias mais belas que já pude ver.

Lá, o governo cubano autorizou a construção de grandes hotéis, que só recebem turistas ou funcionários do governo a serviço, caso de minha acompanhante.

As tonalidades de azul do mar são absolutamente únicas nessa praia. E foi lá que Maria revelou seus matizes por completo...

Parecendo mais relaxada, sabendo que a missão chegava ao fim, dispôs-se a dar um mergulho, num comportado maiô preto, mas que já deixava antever o paraíso das massas prometido por Lenine.

Alguns shots de tequila (Ela detestava rum. E eu, bem, eu faço qualquer negócio para chercher la femme e rolou um beijo, inicialmente meio contido, mas que se incendiou no exato momento em que, inspiradamente, ataquei de Trini Lopez.

Jantamos no terraço à luz de velas, após o que fiz a proposta de tomar um nightcap, a “saideira”, na língua dos gringos, em minha suíte. Sim, porque meus aposentos eram certamente os melhores do hotel.

Bem, para resumir a estória e evitar os detalhes sórdidos aos ouvidos mais pudicos, peço desculpa aos amigos leitores por minhas memórias serem tão pouco recheadas de ideologias e tão libidinosas.

Fazer o que, não é? Memórias são memórias, e eu não sou Garcia Lorca…

Mas posso acrescentar minha convicção de que os cubanos são pessoas sofridas por esse regime brutal que tentam agora nos impingir sorrateiramente, e que embaixo de uma casca de submissão, brotam esperanças de liberdade.

E, além disso, estou absolutamente certo de que são afeitos, como nós, aos pequenos prazeres burgueses.

E digo isso, porque, pouco antes que eu baixasse seu vestido, Maria impôs uma última e inegociável condição para ir adiante.

“Me conta o fim da novela!”


Flavio C. Kauffmann – Ten Cel RR
Piloto de Caça – Turma 1978



http://www.abra-pc.com.br/index.php/art ... idade.html




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Re: Cuba

#667 Mensagem por delmar » Seg Jul 17, 2017 10:26 pm

As observações sobre Cuba refletem a visão de um brasileiro visitando a ilha. É uma descrição real do que ele viu. Estive em Cuba alguns anos atras e agora, recentemente, estive na Rússia. O contraste entre os dois países é impressionante.
Havana é uma cidade em ruínas, com prédios caindo aos pedaços, outros já abandonados e sem conservação. Não tem supermercados, não tem lojas, carros em mau estado. Não tinha internet, TV só a estatal. Oferta bem limitada de bares e restaurantes. Transporte coletivo precário.
Fui à Rússia com esta imagem de Cuba na memória, como exemplo de país comunista. Moscou foi então um choque, uma cidade moderna com ótimos hotéis, supermercados sortidos, shopingcenter gigantes com todas lojas de grifes do planeta, ruas lotada de carros novos, transporte coletivo eficiente e nenhum prédio em ruína, edifício modernos sendo erguidos ou já concluídos, bares e restaurantes de todos tipos e sabores.
Passei então a comparar. O comunismo foi implantado na Rússia em 1922, após o fim da guerra civil que seguiu-se a revolução de outubro. 50 anos depois, em 1972, a União soviéticas já havia lançado um homem ao espaço e dominado a energia nuclear. O comunismo foi implantado em Cuba no ano de 1959. 50 anos depois, em 2009, Cuba continuava tão pobre como antes, com a população passando por imensas dificuldades.
Por qual razão as coisas dão certo em um lugar e em outro não? Talvez a razão do sucesso não esteja no tipo de regime politico do país mas na vontade dos dirigentes do país em promoverem o progresso e incentivarem a industrialização criando riqueza. Atitudes populistas de apenas redistribuir o existente, sem criar coisas novas, parece ser a receita do fracasso. Infelizmente o que vemos na América do Sul e Central é o exemplo cubano de administrar.




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Re: Cuba

#668 Mensagem por prp » Seg Jul 17, 2017 11:46 pm

delmar escreveu:As observações sobre Cuba refletem a visão de um brasileiro visitando a ilha. É uma descrição real do que ele viu. Estive em Cuba alguns anos atras e agora, recentemente, estive na Rússia. O contraste entre os dois países é impressionante.
Havana é uma cidade em ruínas, com prédios caindo aos pedaços, outros já abandonados e sem conservação. Não tem supermercados, não tem lojas, carros em mau estado. Não tinha internet, TV só a estatal. Oferta bem limitada de bares e restaurantes. Transporte coletivo precário.
Fui à Rússia com esta imagem de Cuba na memória, como exemplo de país comunista. Moscou foi então um choque, uma cidade moderna com ótimos hotéis, supermercados sortidos, shopingcenter gigantes com todas lojas de grifes do planeta, ruas lotada de carros novos, transporte coletivo eficiente e nenhum prédio em ruína, edifício modernos sendo erguidos ou já concluídos, bares e restaurantes de todos tipos e sabores.
Passei então a comparar. O comunismo foi implantado na Rússia em 1922, após o fim da guerra civil que seguiu-se a revolução de outubro. 50 anos depois, em 1972, a União soviéticas já havia lançado um homem ao espaço e dominado a energia nuclear. O comunismo foi implantado em Cuba no ano de 1959. 50 anos depois, em 2009, Cuba continuava tão pobre como antes, com a população passando por imensas dificuldades.
Por qual razão as coisas dão certo em um lugar e em outro não? Talvez a razão do sucesso não esteja no tipo de regime politico do país mas na vontade dos dirigentes do país em promoverem o progresso e incentivarem a industrialização criando riqueza. Atitudes populistas de apenas redistribuir o existente, sem criar coisas novas, parece ser a receita do fracasso. Infelizmente o que vemos na América do Sul e Central é o exemplo cubano de administrar.
Pode ser, também, fruto de um embargo tão grande e duradouro que nenhum outro país passou.




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Re: Cuba

#669 Mensagem por Bolovo » Ter Jul 18, 2017 10:41 pm

delmar escreveu:As observações sobre Cuba refletem a visão de um brasileiro visitando a ilha. É uma descrição real do que ele viu. Estive em Cuba alguns anos atras e agora, recentemente, estive na Rússia. O contraste entre os dois países é impressionante.
Havana é uma cidade em ruínas, com prédios caindo aos pedaços, outros já abandonados e sem conservação. Não tem supermercados, não tem lojas, carros em mau estado. Não tinha internet, TV só a estatal. Oferta bem limitada de bares e restaurantes. Transporte coletivo precário.
Fui à Rússia com esta imagem de Cuba na memória, como exemplo de país comunista. Moscou foi então um choque, uma cidade moderna com ótimos hotéis, supermercados sortidos, shopingcenter gigantes com todas lojas de grifes do planeta, ruas lotada de carros novos, transporte coletivo eficiente e nenhum prédio em ruína, edifício modernos sendo erguidos ou já concluídos, bares e restaurantes de todos tipos e sabores.
Passei então a comparar. O comunismo foi implantado na Rússia em 1922, após o fim da guerra civil que seguiu-se a revolução de outubro. 50 anos depois, em 1972, a União soviéticas já havia lançado um homem ao espaço e dominado a energia nuclear. O comunismo foi implantado em Cuba no ano de 1959. 50 anos depois, em 2009, Cuba continuava tão pobre como antes, com a população passando por imensas dificuldades.
Por qual razão as coisas dão certo em um lugar e em outro não? Talvez a razão do sucesso não esteja no tipo de regime politico do país mas na vontade dos dirigentes do país em promoverem o progresso e incentivarem a industrialização criando riqueza. Atitudes populistas de apenas redistribuir o existente, sem criar coisas novas, parece ser a receita do fracasso. Infelizmente o que vemos na América do Sul e Central é o exemplo cubano de administrar.
Moscou é simplesmente a maior cidade da Europa. Tem a maior população, os maiores arranha-céu europeus estão lá, a segunda maior linha de metro e etc. Muita gente pensa que lá ainda é uma vila do século XVII justamente pela propaganda americana feita contra esse país. E como o Brasil vive mergulhado em cultura americana, simplesmente aceita tudo que escuta de lá e pensa que a Rússia é uma Nigéria com gente caucasiana. Esses dias eu escutei um cara que falou que os programas militares e espacial russo existem porque a população russa passa fome. Isso mesmo, passa fome. Fome na Rússia. Em pleno século 21.




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Re: Cuba

#670 Mensagem por wagnerm25 » Qua Jul 19, 2017 9:30 am

prp escreveu:
delmar escreveu:As observações sobre Cuba refletem a visão de um brasileiro visitando a ilha. É uma descrição real do que ele viu. Estive em Cuba alguns anos atras e agora, recentemente, estive na Rússia. O contraste entre os dois países é impressionante.
Havana é uma cidade em ruínas, com prédios caindo aos pedaços, outros já abandonados e sem conservação. Não tem supermercados, não tem lojas, carros em mau estado. Não tinha internet, TV só a estatal. Oferta bem limitada de bares e restaurantes. Transporte coletivo precário.
Fui à Rússia com esta imagem de Cuba na memória, como exemplo de país comunista. Moscou foi então um choque, uma cidade moderna com ótimos hotéis, supermercados sortidos, shopingcenter gigantes com todas lojas de grifes do planeta, ruas lotada de carros novos, transporte coletivo eficiente e nenhum prédio em ruína, edifício modernos sendo erguidos ou já concluídos, bares e restaurantes de todos tipos e sabores.
Passei então a comparar. O comunismo foi implantado na Rússia em 1922, após o fim da guerra civil que seguiu-se a revolução de outubro. 50 anos depois, em 1972, a União soviéticas já havia lançado um homem ao espaço e dominado a energia nuclear. O comunismo foi implantado em Cuba no ano de 1959. 50 anos depois, em 2009, Cuba continuava tão pobre como antes, com a população passando por imensas dificuldades.
Por qual razão as coisas dão certo em um lugar e em outro não? Talvez a razão do sucesso não esteja no tipo de regime politico do país mas na vontade dos dirigentes do país em promoverem o progresso e incentivarem a industrialização criando riqueza. Atitudes populistas de apenas redistribuir o existente, sem criar coisas novas, parece ser a receita do fracasso. Infelizmente o que vemos na América do Sul e Central é o exemplo cubano de administrar.
Pode ser, também, fruto de um embargo tão grande e duradouro que nenhum outro país passou.
Ainda essa história?

Recentemente o BNDES construiu um moderno porto em Cuba. No que o embargo atrapalhou? Alguém dos EUA impediu que o Lula fosse lá e colocasse 1 bilhão de dólares na economia cubana?

O problema de Cuba não é o embargo. O problema de Cuba é achar um trouxa que esteja disposto a enterrar dinheiro no feudo dos irmãos Castro.




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Re: Cuba

#671 Mensagem por J.Ricardo » Qua Jul 19, 2017 6:22 pm

Mas o embargo é dos EUA, eles podem comercializar com a Europa, América (-EUA), China e outros.
Como se o único mercado do mundo fosse os EUA, além do mais, fora a exportação de "médicos", qual o outro "produto" que Cuba oferece?
Ou querem viver de vender açúcar a preço de petróleo como faziam com a URSS?




Não temais ímpias falanges,
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Re: Cuba

#672 Mensagem por mmatuso » Qua Jul 19, 2017 6:57 pm

Mas é lógico que o embargo dos EUA pesa muito, são vizinho e Cuba poderia sim pelo tamanho da ilha se tornar um país melhor estruturado, fluxo para os EUA e insignificante, mas para Cuba seria ótimo e mudaria o país.

Cuba pode negociar com outras nações, mas adicione na maioria dos caos frete mais caro e a falta de competitividade de uma economica minuscula e um país muito pobre.




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Re: Cuba

#673 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Jul 19, 2017 7:33 pm

J.Ricardo escreveu:Mas o embargo é dos EUA, eles podem comercializar com a Europa, América (-EUA), China e outros.
Como se o único mercado do mundo fosse os EUA, além do mais, fora a exportação de "médicos", qual o outro "produto" que Cuba oferece?
Ou querem viver de vender açúcar a preço de petróleo como faziam com a URSS?
E comercializam
Imagem

Mas na época da URSS era praticamente só açúcar, essa especialização excessiva foi muito prejudicial para o país com a dissolução da URSS, nos últimos anos as exportações estão se diversificando, com destaque especial para medicamentos que é o único produto de alto valor agregado.




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Re: Cuba

#674 Mensagem por J.Ricardo » Qui Jul 20, 2017 9:47 am

Ou seja, não se pode jogar tudo nas costas do embargo dos EUA.




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Re: Cuba

#675 Mensagem por joao fernando » Qui Jul 20, 2017 9:49 am

Impressão minha ou vcs querem dizer que o embargo é que sustenta o regime, e que o regime é culpa dos USA?




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