Pressões Nucleares sobre o Brasil

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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NettoBR
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1501 Mensagem por NettoBR » Qua Jun 06, 2012 9:46 pm

Japão suspende contratatação de brasileiros para limpar lixo tóxico de Fukushima
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 06/06/2012 14:06

A contratação de brasileiros para a perigosa tarefa de retirar lixo e entulho contaminado no entorno da usina nuclear de Fukushima, no Japão, foi cancelada após intervenção da Embaixada do Brasil em Tóquio.
A polêmica oferta de emprego, que chamou a atenção pelo alto salário oferecido - cerca de R$ 22 mil reais por mês, por duas horas de trabalho máximo por dia -, fez com que a embaixada entrasse em contato com a empresa de recrutamento, localizada em Osaka, para comunicar a insatisfação do governo brasileiro.

'O presidente dessa empreiteira, ante a repercussão tão negativa, disse que havia rescindido o contrato com o empregador final e que, portanto, nenhum brasileiro será contratado para trabalhar na usina nuclear de Fukushima', disse Batalha.
Os brasileiros seriam os primeiros estrangeiros a retirar o entulho e lixo tóxico da usina, atingida pelo terremoto e tsunami em 11 de março do ano passado. Até agora, somente japoneses estavam autorizados a fazer o serviço.

O diplomata contou que fez o contato por telefone e explicou ao presidente da empreiteira que a embaixada brasileira iria acompanhar o tema com preocupação e que tomaria as medidas necessárias para garantir a preservação da saúde dos brasileiros.
Segundo Batalha, o recrutamento preocupa 'por tratar-se de zona de risco, em usina nuclear que sofreu grave acidente no ano passado'.
O próprio empresário disse ao diplomata que sua empresa teria recebido diversos telefonemas, tanto de brasileiros como de japoneses, expressando semelhante preocupação.

Trabalho perigoso

De acordo com informações divulgadas pela própria empreiteira, 20 pessoas seriam recrutadas para o serviço.
Centenas de pessoas, no entanto, teriam se cadastrado para o emprego, após a publicação do anúncio em um jornal em português que circula na comunidade brasileira.
A oferta era de 30 mil ienes por dia, o que equivale a cerca de R$ 750. Por medida de segurança, os trabalhadores só podem ficar na área de 20 quilômetros em volta da usina por apenas duas horas diárias.

O trabalho, perigoso, requer roupa especial e autorização do governo. Os trabalhadores selecionados devem, ainda, passar por uma rígida avaliação de saúde.


Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/jap%C3 ... -fukushima




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1502 Mensagem por henriquejr » Qua Jun 06, 2012 9:48 pm

R$22.000,00 por mês??? Onde é o recrutamento?? :twisted:




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Sterrius
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1503 Mensagem por Sterrius » Qui Jun 07, 2012 3:36 am

Achei reação exagerada.

Era 22mil por mes e apenas para quem tinha +de 45 anos.

Daqui que essas pessoas fossem ter problemas (Se fossem ter problemas) devido a radiação já estariam na faixa dos 70 anos devido ao fato de pessoas +velhas demorarem mais para terem problemas referentes a radiação.

Não é como se estivessem enviando eles pra selar chernoby sem proteção e cuidados pra uma viagem sem volta.




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romeo
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1504 Mensagem por romeo » Sáb Jun 16, 2012 6:51 am





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Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1505 Mensagem por Marino » Ter Jun 19, 2012 1:00 pm

ARTIGO
O TNP no centro do debate
Devemos trabalhar para garantir que tratado se adapte à nova realidade para combater as
atuais e futuras ameaças à paz
Alistair Burt - Ministro Adjunto de Relações Exteriores da Grã-Bretanha
Especial para O Estado
A palavra "nuclear" é encontrada com frequência nas primeiras páginas dos jornais, seja em
Teerã, Tóquio ou Túnis. Somente nas últimas semanas, assistimos a debates internacionais sobre o
programa nuclear do Irã e a preocupação generalizada de que o país esteja desenvolvendo armas
nucleares. Também acompanhamos o lançamento fracassado de um foguete da Coreia do Norte -
suspeito de ser parte de um programa de armas nucleares. Mas, ao mesmo tempo, testemunhamos,
durante a Cúpula de Segurança Nuclear em Seul, acordos inéditos entre líderes mundiais dispostos a
trabalhar para combater a ameaça do terrorismo atômico.
A questão da segurança nuclear conquistou as manchetes em 2011 durante a reação
emergencial ao acidente na usina nuclear de Fukushima, resultante do terremoto e do tsunami ocorridos
no Japão. Dada a expectativa de que a demanda mundial por energia dobrará até 2050, e a inevitável
necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para evitarmos uma mudança catastrófica
do clima, não há dúvidas sobre a importância de levarmos adiante o debate sobre o uso pacífico da
energia nuclear e os riscos associados à difusão de armas nucleares.
O Tratado de Não Proliferação Nuclear, que surgiu do medo de que a Guerra Fria levaria a uma
corrida atômica, superou as expectativas em termos de longevidade, participação e cumprimento de seus
objetivos de combater a proliferação. Hoje, com 189 Estados-membros, o TNP possui mais signatários
do que qualquer outro tratado semelhante. Os três países não signatários - Índia, Israel e Paquistão - são
os únicos que supostamente teriam obtido armas nucleares desde o início do tratado, em 1968.
Há muito tempo deixamos para trás a era da Guerra Fria. Embora o TNP continue a ser um
considerável fator dissuasivo à proliferação de armas nucleares, todos devemos trabalhar a fim de
garantir que ele evolua e se adapte à nova realidade para combater as atuais e futuras ameaças à paz e
à segurança internacionais.
Obtivemos progresso significativo nesse sentido em 2010. Em minha primeira missão no exterior
representando o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, participei da Conferência de
Revisão do Tratado de Não Proliferação na sede da ONU, em Nova York. O resultado foi um impulso
significativo ao multilateralismo. Todos os Estados-membros concordaram em apoiar o TNP para lidar
com ameaças atuais e potenciais. Foi aprovado um plano de ação quinquenal que cobre os três pilares
do TNP - progresso com vistas ao desarmamento dos Estados detentores de armas nucleares; medidas
de prevenção da proliferação de armas nucleares a outros países; e apoio ao uso pacífico da energia
nuclear para os Estados que desejarem - parte crucial do acordo. A aprovação do Plano de Ação
representou o início de um processo. O verdadeiro teste será sua execução para garantir o cumprimento
dos compromissos até a Conferência de Revisão, em 2015.
As reuniões do Comitê Preparatório do TNP de 2012 em Viena (de segunda-feira até o dia11)
representarão a primeira oportunidade para avaliarmos e consolidarmos os avanços obtidos. Espero que
todos venham preparados para discutir seu progresso e planos de adoção do Plano de Ação do TNP.
Estou feliz em afirmar que a Grã-Bretanha terá uma excelente história para contar.
Desde 2010, a Grã-Bretanha vem definindo planos para a redução de ogivas e mísseis
nucleares, assim como os arsenais nucleares em geral. Entre os países detentores de armas nucleares
(China, França, Rússia, Grã-Bretanha e EUA), os arsenais atingiram seus níveis mais baixos desde a
Guerra Fria. Realizamos reuniões regulares para discutir nossa cooperação rumo à meta de longo prazo
de um mundo livre de armas nucleares. A Grã-Bretanha também está conduzindo um trabalho inovador
com a Noruega para a verificação da desmontagem de ogivas nucleares.
Também demos passos importantes rumo à prevenção da proliferação de armas nucleares.
Continuaremos a apoiar um sistema universal e fortalecido de salvaguardas para certificar que os
Estados cumpram suas obrigações internacionais de manutenção de um regime de não proliferação. As
Zonas Livres de Armas Nucleares fortalecem o regime e aumentam a segurança regional e internacional.
Em apoio a essa medida, chegamos a um acordo com a Associação de Nações do Sudeste Asiático,
frisando que não utilizaremos, nem ameaçaremos usar, armas nucleares contra os dez Estadosmembros
de sua Zona Livre de Armas Nucleares.
Na Conferência de Revisão em 2010, fiquei impressionado com a posição favorável de todos ao
fortalecimento do TNP. Isso reflete a crença geral de que o tratado representa nossa melhor chance de
obter uma situação equilibrada em relação a questões nucleares, que preveja progresso rumo às metas
de longo prazo de um mundo livre da ameaça de armas nucleares, ao passo que permita o uso pacífico
da energia nuclear. Se fracassarmos, arriscaremos a proliferação descontrolada de armas nucleares em
Estados párias e grupos terroristas. É de nossa mútua responsabilidade garantir que não fracassemos.

==================================================================================
O paradoxo nuclear
Leonam dos Santos Guimarães
Na Cúpula da OTAN, que teve lugar de 20 a 21 de maio em Chicago, a aliança reafirmou a
importância das armas nucleares para a estratégia de defesa do bloco ocidental e garantiu aos membros
europeus que o escudo de defesa antimíssil, atualmente em desenvolvimento, não pretende tomar o
lugar dessas armas.
Os EUA mantiveram, sob o "guarda-chuva" da OTAN, até 7.000 armas nucleares no território de
países da Europa durante a Guerra Fria. Embora a Guerra Fria tenha terminado há 20 anos, os EUA
continuam a manter cerca de 200 armas nucleares táticas em cinco países europeus: Bélgica,
Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. Além disso, dois membros da OTAN, a França e o Reino Unido,
possuem armas nucleares próprias.
Os Estados Unidos planejam gastar pelo menos US$ 6 bilhões para modernizar as bombas
nucleares B-61 que estão em solo europeu. Essas bombas, lançadas por aviões bombardeiros, não
teriam nenhum emprego concebível pois seu desenvolvimento, décadas atrás, era justificado pelas
preocupações ocidentais sobre a superioridade militar convencional soviética na Europa. Parece que
essas preocupações permanecem apesar do fim da Guerra Fria, ou os alvos atuais seriam outros.
Dos cinco países europeus que abrigam armas nucleares americanas, dois (Alemanha e Itália)
proscreveram um uso pacífico da energia nuclear, a geração elétrica, e um terceiro (Bélgica) tem
declarado que segura esse mesmo caminho. É paradoxal o fato de que nesses países não se percebe
nenhum movimeto político ou da sociedade civil significado no sentido de proscrever essas armas de seu
território, apesar de todos serem membros do tratado de não proliferação nuclear.
Com a proximidade de conferência Rio+20 da ONU, diversas personalidades políticas e do
movimento ambientalista vêm se posicionando de forma radicalmente contrária ao uso pacífico da
energia nuclear, que é a geração elétrica. O "ensurdecedor" silêncio quanto às armas nucleares é
surpreendente. Mais ainda quando se leem as recentes notícias sobre os desdobramentos possíveis da
crise nuclear no Irã, da nova constituição da Coreia do Norte, promulgada em 13 abril passado, que
assume ser o país nuclearmente armado, o recente recrudescimento das tensões políticas em torno da
soberania das Ilhas Malvinas, que trouxe ao Atlântico Sul submarinos britânicos potencialmente dotados
de armas nucleares, e que a Alemanha participa do esforço bélico de Israel, supostamente voltado contra
o Irã, fornecendo-lhe submarinos capazes de lançar mísseis nucleares.
Mudanças climáticas e proliferação de armas nucleares são os dois fatores que representam a
maior ameaça à paz e à segurança internacional, senão à própria sobrevivência da civilização. Mas
enquanto a ameaça das mudanças climáticas se coloca no longo prazo, as armas nucleares são uma
ameaça que pode se concretizar a qualquer momento pelo uso proposital por Estados que as possuem,
por terroristas que as desviem ou pela ocorrência de acidentes.
A maneira eficaz de afastar a ameaça imediata das armas seria a eliminação total e irreversível
de todos os arsenais nucleares e a proscrição de produção, uso e armazenagem de urânio altamente
enriquecido e de plutônio em "grau de arma", materiais que não existem em território brasileiro. A
mitigação de ameaça das mudanças climáticas inclui necessariamente o desenvolvimento em ampla
escala da geração elétrica nuclear.
Assim como do aço, do nuclear podem ser feitos lanças e arados. A sustentabilidade pede a
proscrição das lanças e a proliferação dos arados. Mas não se ouvirá isso na Rio+20, infelizmente.
Leonam dos Santos Guimarães é doutor em engenharia, assistente da presidência da
Eletronuclear e membro do Grupo Permanente de Assessoria da Agência Internacional de Energia
Atômica.




Editado pela última vez por Marino em Qui Jun 21, 2012 7:55 pm, em um total de 1 vez.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1506 Mensagem por jeanscofield » Qui Jun 21, 2012 7:39 pm

Uma dúvida de leigo que tenho, o Brasil tem capacidade pra criar um artefato nuclear? Se sim, temos uma forma de lançar ou transportar este artefato? E caso construíssemos esse artefato, a reação internacional seria como tão reagindo com o Irã?




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1507 Mensagem por suntsé » Qui Jun 21, 2012 8:18 pm

jeanscofield escreveu:Uma dúvida de leigo que tenho, o Brasil tem capacidade pra criar um artefato nuclear? Se sim, temos uma forma de lançar ou transportar este artefato? E caso construíssemos esse artefato, a reação internacional seria como tão reagindo com o Irã?
O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1508 Mensagem por henriquejr » Sáb Jun 23, 2012 9:23 pm

suntsé escreveu:
jeanscofield escreveu:Uma dúvida de leigo que tenho, o Brasil tem capacidade pra criar um artefato nuclear? Se sim, temos uma forma de lançar ou transportar este artefato? E caso construíssemos esse artefato, a reação internacional seria como tão reagindo com o Irã?
O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.
O Brasil ta na lista de países que possui tecnologia e conhecimento para produzir artefatos nucleares mas que abriu mãos de sua produção assinando tratados internacionais. Dizem que o Brasil chegou até a produzir um artefato ou chegou muito próximo disso, tendo construído até a infraestrutura para testa-la, na Serra do Cachimbo.
Na entrevista que deu ao programa Fantástico, da Rede Globo, José Sarney contou que, ao assumir o governo, descobriu que havia instalações nucleares na Serra do Cachimbo, no oeste do estado do Pará. O ex-presidente afirmou que o assunto era "segredo de Estado", e por isso não podia ser divulgado. Também em entrevista ao programa, José Luiz Santana, que substituiu Rex Nazaré Alves na presidência da CNEN, afirmou que mais de 50 equipes chegaram a ser mobilizadas para fazer a bomba, artefato que teria potência equivalente às ogivas nucleares lançadas pelos Estados Unidos no Japão.
Só em 1990 foi fechado um túnel construído clandestinamente para a realização de testes nucleares na Serra do Cachimbo. O presidente Fernando Collor de Mello, em ato público no início de setembro, colocou simbolicamente uma pá de cal sobre a entrada do buraco e ordenou sua destruição ([destacar]haveria uma suposta detonação de um "artefato nuclear" no dia 7 de setembro do mesmo ano[/destacar]). Os militares esconderam do presidente a existência de um segundo túnel, que estava pronto para um "teste", túnel esse que foi destruído alguns meses depois.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Nuclear_Paralelo
Interessante que até poucos anos atrás, os organismos internacionais colocavam o Brasil no mesmo nível de Israel, na lista de países que possuíam tecnologia para produção de bombas nucleares mas que nunca chegaram a testar uma ou confirmar a sua existência. Somente recentemente os israelenses passaram a falar abertamente que possui em seus arsenais artefatos nucleares. Será que este artefato que o Brasil ia testar em Cachimbo ainda não existe? Será que o Brasil não possui algumas Nukes em seu arsenal bélico mas sem confirmar sua existência, assim como fazia Israel até pouco tempo atrás?

Olha que a TROCANO poderia ser um hospedeiro de um artefato desses!! Será que seu desenvolvimento foi pensando mesmo em abrir clareiras em meio a florestas?! :twisted:




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1509 Mensagem por Boss » Sáb Jun 23, 2012 9:33 pm

suntsé escreveu:
jeanscofield escreveu:Uma dúvida de leigo que tenho, o Brasil tem capacidade pra criar um artefato nuclear? Se sim, temos uma forma de lançar ou transportar este artefato? E caso construíssemos esse artefato, a reação internacional seria como tão reagindo com o Irã?
O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.
Exato.

Mas creio que por pouco tempo. Os nossos desenvolvimentos nacionais na área de mísseis logo devem proporcionar que ao menos lançar uma ogiva por um míssil de cruzeiro a partir de um submarino (ou qualquer coisa que lance o míssil) seja possível. Claro, se quisessemos.

Claro que isso não é tão "seguro" quanto possuir ICBMs, mas não se pode negar que teremos como lançar as nossas armas nucleares. Principalmente quando combinadas com um submarino nuclear...




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1510 Mensagem por JT8D » Sáb Jun 23, 2012 9:38 pm

Boss escreveu:
suntsé escreveu: O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.
Exato.

Mas creio que por pouco tempo. Os nossos desenvolvimentos nacionais na área de mísseis logo devem proporcionar que ao menos lançar uma ogiva por um míssil de cruzeiro a partir de um submarino (ou qualquer coisa que lance o míssil) seja possível. Claro, se quisessemos.

Claro que isso não é tão "seguro" quanto possuir ICBMs, mas não se pode negar que teremos como lançar as nossas armas nucleares. Principalmente quando combinadas com um submarino nuclear...
Sem contar que a tecnologia do VLS e do VLM é dual, ou seja, não estaríamos tão longe assim de um ICBM se precisássemos.

[]´s,

JT




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1511 Mensagem por Italo Lobo » Sáb Jun 23, 2012 9:48 pm

suntsé escreveu:
jeanscofield escreveu:Uma dúvida de leigo que tenho, o Brasil tem capacidade pra criar um artefato nuclear? Se sim, temos uma forma de lançar ou transportar este artefato? E caso construíssemos esse artefato, a reação internacional seria como tão reagindo com o Irã?
O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.
As sabotagens internacionais com o programa de lançamentos de satélites brasileiro, era justamente este, uma vez que o mesmo foguete também serviria como plataforma para artefatos nucleares,o que daria ao Brasil capacidade nuclear estratégica.

Mas agora que estamos adquirindo tecnologia para mísseis, como a França poderíamos construir mísseis táticos de defesa,que poderiam ser muito bem utilizados contra frotas navais. Seria uma bela arma dissuasória...




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1512 Mensagem por suntsé » Sáb Jun 23, 2012 11:46 pm

Italo Lobo escreveu:
suntsé escreveu: O Brasil tem tecnologia para construir um artefato nuclear. Mas a tecnologia para levar o artefato ao território inimigo (Missil Balistico) não.
As sabotagens internacionais com o programa de lançamentos de satélites brasileiro, era justamente este, uma vez que o mesmo foguete também serviria como plataforma para artefatos nucleares,o que daria ao Brasil capacidade nuclear estratégica.

Mas agora que estamos adquirindo tecnologia para mísseis, como a França poderíamos construir mísseis táticos de defesa,que poderiam ser muito bem utilizados contra frotas navais. Seria uma bela arma dissuasória...
Legal, eu não sabia que esta parceria com a frança também incluia tecnologia de misseis.

Gostia de saber mais detalhes, você teria algum link para me indicar, eu dei uma olhada nas seções navais e não achei nada a respeito. Talves eu não esteja olhando direito.

Obrigado.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1513 Mensagem por Marino » Sáb Jun 30, 2012 12:28 pm

13856 [NUKE] Por que “nuclear” assusta tanto?

Por que “nuclear” assusta tanto?
de nore...@blogger.com (REEBD)
Por Leonam dos Santos Guimarães (*)
Diga isso em voz alta: NUCLEAR. Como você se sente? Muitas pessoas têm
associações negativas com a palavra, sentimentos que foram
amplificados desde que um terremoto e tsunami de severidade inusitada
atingiu as usinas da Central de Fukushima Daiichi, no Japão, dia 11 de
março de 2011.
As autoridades de saúde continuam a enfatizar que os níveis de
radioatividade que atingiram o público não vão nem chegar perto de
prejudicar a saúde humana. Foram traços que não constituem motivo de
preocupação.
Se não há perigo real, por que o medo? As pessoas geralmente pensam
sobre o risco do ponto de vista emocional, não de uma avaliação
racional. Veja como você realmente calcular o risco: multiplique a
probabilidade de evento indesejado pela gravidade de sua conseqüência.
Mas se você pedir as pessoas para avaliar riscos, as respostas
certamente não correspondem a esse cálculo. Elas responderão com sua
intuição. Uma alta porcentagem das pessoas associa usinas nucleares a
armas nucleares. Essa associação ainda está nos corações e mentes e
condicionam as reações à geração elétrica nuclear.
Alguns dizem que nossa aversão à energia nuclear vai mais longe do que
isso. A forma como pensamos sobre a energia nuclear tem raízes
anteriores à descoberta da radioatividade em 1896. Os alquimistas
medievais, por exemplo, estavam interessados em transmutação, que se
define como o renascimento através da destruição. Idéias sobre a
transmutação e cenários apocalípticos se reuniram em torno do
potencial da radiação, percebida como perigosa demais.
Na década de 1930 a maioria das pessoas associava a radioatividade com
raios estranhos que podiam causar uma morte horrenda ou o milagre de
uma nova vida, com cientistas loucos e seus monstros ambíguos, com
segredos cósmicos da morte e da vida; com uma futura Idade de Ouro,
talvez alcançada apenas por meio de um apocalipse, e com armas
potentes o suficiente para destruir o mundo, exceto talvez para alguns
sobreviventes.
Os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki confirmaram esta
estrutura de imagens de esperança e medo, e fez tais idéias
proeminentes. A desconfiança cresceu no início dos anos 1960, com as
autoridades nucleares sendo consideradas como homens perigosos, quando
não como cientistas loucos. Um movimento social eclodiu contra usinas
nucleares na década de 1970, juntamente com o medo de bombas atômicas,
associando energia nuclear à morte. Então veio Chernobyl, em 1986, o
maior acidente nuclear do mundo, que prejudicou ainda mais a percepção
da energia nuclear.
Hoje, as pessoas são submetidas regularmente a procedimentos
diagnósticos chamados de “ressonância magnética”, mas a técnica foi
originalmente chamada de "ressonância nuclear magnética", com o
primeiro teste com seres humanos feito na década de 1970. Mas por
causa das más associações, ninguém queria entrar em uma máquina
chamada "nuclear", e assim o nome foi alterado.
Diversos estudos internacionais mostram que, na indústria de geração
elétrica, a nuclear é aquela que provoca o menor número de mortes por
quilowatt-hora produzido. Aqui estão alguns números reais: 10.000
pessoas terão morrido de câncer de resultado de Chernobyl, o maior
acidente nuclear do mundo, de acordo com algumas estimativas bastante
pessimistas. Mas a poluição das usinas a carvão causa um número bem
maior de mortes a cada ano. Mas estamos falando de uma forma invisível
de morrer mais cedo - por câncer, em Chernobyl - versus outra forma: a
poluição do ar por partículas finas.
Em Fukushima Daiichi ninguém morreu por doenças decorrentes da
radiação mas o número de mortos decorrentes dos efeitos do terremoto e
tsunami foi maior que 16.000 pessoas. Ao invés de nos preocuparmos com
traços de radioatividade que são eventualmente encontrados e diversos
locais do mundo, porque são muito fáceis de medir, seria mais
importante nos mobilizarmos para ajudar as vítimas do tsunami e o
terremoto.
A familiaridade com um risco é parte fundamental da sua percepção.
Algo que é relativamente desconhecido para você vai parecer mais
perigoso do que algo que você já se expôs anteriormente. E a geração
elétrica nuclear e seu funcionamento não são temas nos quais as
pessoas estejam familiarizadas.
Isso explica porque é nas comunidades mais próximas das usinas
nucleares que se encontram os mais altos níveis de aceitação,
decorrentes da convivência e maior conhecimento, que fazem com que a
percepção dos riscos seja mais realista, mas também por uma percepção
mais clara dos benefícios associados.
Curiosamente, a radiação deveria ser familiar a todos, já que é em
toda parte. A radiação está em torno de nós, vinda do sol, do espaço e
de outras fontes naturais na própria Terra. E ela é empregada
rotineiramente em procedimentos médicos, como raios-X e tratamentos de
câncer. Mas a consciência de que a radiação pode levar à temida
conseqüência de câncer nos faz sentir mal sobre a exposição a usinas
nucleares.
A radioatividade natural existe na Terra desde que o planeta se
formou. São cerca de 60 radionuclídeos presentes na natureza. Eles são
encontrados no ar, água, solos, rochas e minerais, bem como nos
alimentos e no nosso próprio corpo. Cerca de 90% desta radiação
ambiental provem de fontes naturais, sendo a maior delas o gás
radônio.
Alguns locais no mundo, chamados de Áreas de Alta Radiação de Fundo
(High Background Radiation Áreas – HBRAs) têm, anomalamente, altos
níveis de radiatividade naturais, muito superiores à média do planeta.
A geologia e geoquímica das rochas e dos minerais encontrados nessas
áreas têm a maior influência na determinação de onde esta alta
radiação natural aparece.
HBRAs extremas são encontradas principalmente em regiões tropicais,
áridas ou semi-áridas, como Guarapari (Brasil), sudoeste França,
Ramsar (Irã), partes da China e Costa do Kerala (Índia). Em certas
praias do sudeste do Brasil, especialmente no sul do estado do
Espírito Santo, os depósitos de areias monazíticas são abundantes. Os
níveis de radiação externa nestas areias da praia negras corresponde a
quase 400 vezes o nível normal de radiação de fundo no mundo. Estas
areias da costa brasileira têm várias minerais radioativos, dentre
eles monazita, zircônio, torianita e columbita-tantalita, bem como
minerais não radioativos, incluindo ilmenita, rutilo, pirocloro e
cassiterita.
No sudoeste da Índia, ao longo dos 570 km de extensão da costa do
estado de Kerala, há também grandes jazidas de areias ricas em
monazita, com elevada radiação natural. Os depósitos de monazita são
ainda maiores do que aqueles encontrados no Brasil, mas a dose de
externa de radiação é, em média, semelhante às verificadas em nosso
País.
Ramsar, uma cidade no norte do Irã, tem os mais altos níveis de
radiação natural no mundo. Exposições tão elevadas como 260 mGy/ano já
foram registrados em Ramsar. A unidade de radiação ionizante utilizada
aqui, grays por ano, corresponde a 1 Joule de energia transferida a 1
kg de tecido vivo (o miligray, mGy, que é um milésimo de gray, é mais
comumente usado). Uma exposição de corpo inteiro a uma dose uniforme
de 3-5 Gy mataria 50% dos organismos vivos expostos num período de 1 a
2 meses.
A característica mais interessante em todos estes casos é que estudos
epidemiológicos mostram que as pessoas que vivem nestes locais HBRAs
não parecem sofrer qualquer efeito adverso sobre a saúde como
resultado de suas exposições elevadas à radiação. Pelo contrário, em
alguns casos os indivíduos que vivem nestas HBRAs parecem ser ainda
mais saudáveis e viver mais do que aqueles em locais de controle que
não são classificados como HBRAs.
Estes fenômenos colocam muitas questões intrigantes. Se eles fossem
mais conhecidos do público, talvez criasse aquela familiaridade, tão
fundamental para a percepção de riscos, que possibilitaria não termos
tanto medo do “nuclear”.
(*) Assistente da Presidência da Eletronuclear e membro do Grupo
Permanente de Assessoria em Energia Nuclear do Diretor-Geral da AIEA
GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Por que “nuclear” assusta tanto? Revista
Eletrônica Estratégia Brasileira de Defesa – A Política e as Forças
Armadas em Debate, Nº 71, Rio, 2012 [00-28-11-1983].




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Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1514 Mensagem por Marino » Dom Jul 15, 2012 1:21 pm

Começou outra campanha:


O Estado de São Paulo             
POLÍTICA
Usina nuclear no sertão ameaça índios pankarás
Tribo que foi forçada a deixar suas terras perto do São Francisco agora se revolta contra abertura de estrada que corta a aldeia, em Pernambuco
Leonencio Nossa


Quando o governo transferiu a aldeia da margem do Rio São Francisco para um terreno pedregoso e sem água, em Itacurubá, a 466 quilômetros do Recife, o então cacique Geraldo Cabral pensou que o megaprojeto da Represa de Itaparica era o último ataque à história dos pankarás, índios que resistiram, durante quatro séculos, a jesuítas, franciscanos, capuchinhos, criadores de gado, escravagistas, cangaceiros, coronéis, líderes messiânicos, corruptos e assentados da reforma agrária.

A história se repete. Tratores amarelos, mesma cor das máquinas que derrubaram malocas antes do enchimento da reserva, em 1988, cortaram a comunidade onde vivem 65 famílias para a abertura de uma estrada estadual, construída com recursos federais. O susto maior foi quando os índios receberam a notícia de que o caminho na caatinga levaria a uma usina nuclear.

O projeto de uma usina no semiárido nordestino chegou a ser anunciado no ano passado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A ideia está engavetada, pois não convenceu setores influentes do governo e recebeu críticas pesadas de políticos e cientistas. Uma estrada, porém, começou a ser aberta na terra dos pankarás para garantir o acesso a um sítio, a 8 km das malocas, reservado para a usina.

'Bomba'. "No passado, eles tiraram a gente da beira do rio, onde tinha água e peixe. A gente ficou na pedra", lembra o índio Fernando Antonio da Silva, de 65 anos, um dos mais antigos da tribo. "Só não é pior que ficar ao lado da bomba. Se tiver problema, não vai dar tempo de correr."

Os técnicos do governo espalharam no centro de Itacurubá a versão de que serão criados, durante as obras, 4 mil empregos - e depois, a usina, que "não é uma bomba", trará finalmente o desenvolvimento da região. Era uma notícia robusta para os habitantes de Itacurubá, Rodelas e Petrolândia, cidades reconstruídas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Chesf, após a inundação da represa.

Os moradores da região saíram de uma economia de subsistência, de pequenas criações e lavouras, para viver ao redor das prefeituras e dos salários do funcionalismo público, em novos centros urbanos. "O governo sabe tudo o que está ocorrendo", diz, resignado, Jorge França, de 40 anos, uma das novas lideranças dos pankarás. "Eles (os políticos) sempre nos viram como pessoas que empatam o desenvolvimento do Brasil", reclama a cacique Lucélia Leal Cabral, de 34 anos. "Não ganhamos indenização em 1988 e não queremos agora. A tribo precisa apenas de paz para sobreviver."

Até dezembro de 2002, os índios da região utilizavam vários nomes e expressões para reafirmar sua distintividade étnica, como "caboclo" e "braiado". No começo de 2003, passaram a adotar o etnônimo Pankará da Serra do Arapuá. Hoje, o povo indígena reúne quase 3 mil pessoas - a Funai só tomou providências quanto ao reconhecimento territorial em 2005.

Lucélia não se opõe a obras de infraestrutura do governo, mas critica a falta de diálogo com os índios e a ausência de compromisso para garantir que a comunidade seja beneficiada.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#1515 Mensagem por Sterrius » Dom Jul 15, 2012 7:47 pm

ae ta mais para desinformação que real má vontade! Até pq já estão urbanizados.

Temos que convir que o governo tem que melhorar bastante seu esquema de relações públicas para explicar melhor suas obras e acima de tudo ensinar como realmente funciona, e de preferencia antes do primeiro trator chegar. Convidar lideres regionais para conhecer e visitar o complexo de Angra, mostrar vantagens e acima de tudo fazer acontecer essas vantagens durante a construção da obra e não se sobrar dinheiro ao termino dela.

Uma campanha de conscientização, educação e por fim visitas a Angra com as pessoas certas fazem uma comunidade ou comunidades comprarem a ideia fácil de que uma usina nuclear pode gerar muitos benefícios. Isso aliado a capacidade dessa comunidade poder acompanhar o progresso da obra para que o medo de que não serão enganados não seja gerado.

Mas anos de promessas vazias e obras feitas sem pedir opinião ou ceder informação cria um monte de má vontade no país inteiro que precisa ser vencida antes das obras começarem! Não que Angra tenha sido uma obra que não cumpriu com suas promessas. Mas foram infelizmente uma das exceções e não a regra.

E não incluo apenas índios nisso, e sim população e governo em geral.




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