Geopolítica Energética

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Geopolítica Energética

#16 Mensagem por Francoorp » Seg Ago 24, 2009 10:18 am

A Petrobràs deveria comprar algumas participaçoes off-share nests regioes "quentes" do petroléo no mundo. Ou vai ficar pra tràs, somente com o nosso pré-sal. Devemos investir em outras partes do mundo também!!!!




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Re: Geopolítica Energética

#17 Mensagem por Enlil » Seg Ago 24, 2009 1:50 pm

A Petrobrás tem participações em vários campos pelo mundo e tem buscado outras fontes como no Irã ou Nigéria (estava negociando um contrato este mês), por exemplo; fora Angola, dentre outros países africanos e a da América do Sul e Central...




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Re: Geopolítica Energética

#18 Mensagem por Francoorp » Seg Ago 24, 2009 1:56 pm

Nukualofa77 escreveu:A Petrobrás tem participações em vários campos pelo mundo e tem buscado outras fontes como no Irã ou Nigéria (estava negociando um contrato este mês), por exemplo; fora Angola, dentre outros países africanos e a da América do Sul e Central...

Assim Petrobràs, vai assim que eu gostiuuu!
Sim disso eu jà sabia, quera saber là no articooooo!
Serà caro o investimento naquela regiao?
E na antàrtida? temos que por a nossa bandeira jà!
Valeu meu! Nukualofa neles!!!!




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Re: Geopolítica Energética

#19 Mensagem por Enlil » Seg Ago 24, 2009 2:09 pm

O Ártico já se tornou uma séria e literal querela geopolítica energética só q estre potências mundiais do quilate da Rússia, EUA, Canadá e países da UE; logo...

Antártica? O Tratado sobre o continente é valido até 2040; até lá está em vigor a moratória de qualquer exploração comercial. Aliás, acho q deveria ser prorrogado, não somente por questões ambientais, mas porque há um risco potencial de um conflito bélico com tantos países reinvindicando territórios por lá se de fato o tratado não for renovado e haver uma "corrida a Antártica"...

Obs.: Nukualofa em ninguém; ao menos q tu queira a ascensão do Imperialismo de Tonga :wink:.




Editado pela última vez por Enlil em Seg Ago 24, 2009 7:56 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Geopolítica Energética

#20 Mensagem por Francoorp » Seg Ago 24, 2009 7:34 pm

Pensando bem, tens razao Nukualofa. A Antartida daria muita dor de cabeça!

Melhor ficar com o nosso Pré-sal, até que o tio sam tenha muita sede, e nòs tome tudo! Certo e com os outros investimentos no mundo.

OBS: Tonga Tonga, salve o Império! :idea:




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Re: Geopolítica Energética

#21 Mensagem por Enlil » Seg Ago 24, 2009 8:01 pm

Por enquanto as ilhas de Tonga continuarão a serem conhecidas como Ilhas Amigáveis (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tonga); até q alguém interfira em nossos interesses estratégicos :wink:...




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Re: Geopolítica Energética

#22 Mensagem por jauro » Qua Ago 26, 2009 9:58 am

OPINIÃO

Integração energética - uma visão brasileira



Já estamos acostumados a ouvir falar de integração energética. Políticos e diplomatas recheiam pronunciamentos com o tema e hoje quase todos os documentos diplomáticos sul-americanos o mencionam. De tanto ouvir falar, convencemo-nos de que deve ser coisa boa. No entanto, não se tem notícia de ninguém, nem de documento oficial, que explique direito o que vem a ser integração energética.

Como o debate é a melhor maneira de esclarecer assuntos complexos, dou aqui minha opinião sobre o que poderia ser integração energética - do ponto de vista brasileiro. Sim, pois me parece que integração, qualquer que seja seu conteúdo, só pode fazer sentido se espelha os interesses do país que a deseja.

Para facilitar, limitemos o debate à energia elétrica, pois sua natureza difere substancialmente de petróleo e gás.

Se olharmos o mapa da América do Sul, salta aos olhos que a integração elétrica do continente só poderá ser realizada com a participação central do Brasil. O mapa mostra que o Brasil ocupa o centro do continente, com 12 vizinhos, dos quais 10 são limítrofes. Portanto, sem o Brasil, qualquer esquema de intercâmbio elétrico na América do Sul, só poderá ser realizado lateralmente, de um vizinho para outro, mas não muito além. Dificilmente se pode conceber, nas atuais condições políticas, econômicas e sociais, uma ligação, digamos, da Venezuela ao Chile atravessando a Colômbia, Equador e Peru. Com a participação o Brasil, tal integração poderia viabilizar-se mais, desde que formulemos claramente uma política que reflita nossos interesses e que deixe claro para nossos vizinhos as condições de nossa participação.

Na ausência de tal política, é muito provável que estaremos a reboque de iniciativas vicinais que atritarão com nossos interesses, o que acarretará desgaste político para rechaçá-las ou a necessidade de renegociá-las, a fim de adaptá-las ao nosso planejamento energético.

Como o Brasil detém a maior economia da região, é natural que nossos vizinhos queiram vender-nos energia, para viabilizar sua participação até em empreendimentos praticamente financiados só por nós, ou comprar energia brasileira para não realizar pesados investimentos.

Propostas como essas podem ser interessantes, desde que diminuam custos para ambas as partes e ajudem a consolidar o arcabouço das relações bilaterais.

Poder-se-ia, portanto, deduzir que interessaria ao Brasil desenvolver uma política de integração elétrica em bases bilaterais, de negociar com cada vizinho um programa a longo prazo de intercâmbio elétrico, mantendo assim sólido controle sobre o processo.

Que condições deveriam governar a negociação de tais programas?

Seriam várias, mas aqui me deterei em uma que considero crucial. Trata-se da quantidade de energia elétrica que deveríamos importar de cada parceiro. Quando se traz eletricidade de outro país, uma parte da economia do país importador fica refém daquela energia e portanto sujeita às instabilidades políticas e econômicas do país exportador, sobre a qual o importador não possui nenhum controle, o que evidencia que o intercâmbio de eletricidade é um relacionamento estratégico, que implica uma grande confiança mutua entre os parceiros. Qual o grau de confiança que o Brasil poderá ter em vizinhos, a ponto de lhes entregar o poder de decidir sobre quinhões de nossa economia à eletricidade importada deles?

A história recente da América do Sul na área energética não é animadora. Num exemplo recente, a Argentina cortou sem aviso prévio o fluxo de gás natural que alimentava termelétricas chilenas, produzindo séria crise naquele país.

Como resultado, o Chile está procurando diversificar suas fontes de gás, trazendo-o inclusive da Ásia. Vê-se logo que, se formos importar eletricidade, tem de ser em quantidades que posam ser imediatamente substituídas por produção nacional e utilizando nosso sistema interligado. Só assim poderemos evitar crises induzidas e chantagens políticas.

Como resultado de acordos mal negociados, o Brasil está sujeito a dificuldades nos seu relacionamento energético com a Bolívia e o Paraguai.

No caso específico do Paraguai, estamos vendo que um tratado internacional não nos exime de permanente cobrança com respeito a Itaipu, com a perspectiva de que o acordo recentemente negociado e ainda sujeito à aprovação do Congresso não satisfará o apetite paraguaio por mais dinheiro.

Um aspecto do acordo, inclusive, suscita preocupação à luz do que foi dito acima sobre confiabilidade entre parceiros energéticos. Diz o acordo que o Paraguai poderá vender quotas crescentes de sua parte da energia da binacional no mercado livre brasileiro. Essa energia vem sendo, de acordo com o Tratado, comercializada pela Eletrobrás, mas pelo esquema negociado, caberá agora à Ande (Administracion Nacional de Eletricidad) essa tarefa. Em outras palavras, o acordo tira da Eletrobrás, empresa em que a economia brasileira deposita total confiança, e colocará sob controle da Ande, que jamais gozará do mesmo grau de confiabilidade, 10% (a parte que cabe ao Paraguai na binacional) das necessidades de eletricidade da economia brasileira. Até prova em contrario, esse item do novo acordo dará ao Paraguai maior alavancagem ainda a exigir de nos mais concessões.

Mário Augusto Santos

Diplomata, participou das negociações que deram origem ao Tratado de Itaipu.




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Re: Geopolítica Energética

#23 Mensagem por douglas » Qua Ago 26, 2009 10:39 am

Segue uma entrevista do Everardo Maciel, e como fica a impressa nesta história.

Bob Fernandes


O pernambucano Everardo Maciel mora há 34 anos em Brasília. Foi secretário executivo em 4 ministérios: Fazenda, Educação, Interior e Casa Civil, e foi Secretário da Fazenda no Distrito Federal. Everardo é hoje consultor do FMI, da ONU, integra 10 conselhos superiores, entre eles os da FIESP, Federação do Comércio e Associação Comercial de São Paulo e é do Conselho Consultivo do Conselho Nacional de Justiça.

Mas, nestes tempos futebolísticos, às vésperas de 2010, com tudo o que está no ar e nas manchetes e, em especial, diante do que afirma Everardo Maciel na entrevista que se segue, é importantíssimo ressaltar que ele foi, por longos 8 anos, "O" Secretário da Receita Federal dos governos Fernando Henrique Cardoso.

Veja também:
» DEM representa contra a Segurança do Planalto
» Agenda oficial de Dilma de dezembro contém omissões e erros
» Siga Bob Fernandes no twitter


Dito isso, vamos ao que, sem meias palavras, afirma Everardo Maciel sobre os rumorosíssimos casos da dita "manobra contábil" da Petrobras - que desaguou numa CPI -, da suposta conversa entre a Ministra Dilma Rousseff e a ex-Secretaria da Receita Lina Vieira e da alardeada "pressão de grandes contribuintes", fator que explicaria a queda na arrecadação:

- Não passam de factóides. Não passam de uma farsa.

Sobre a suposta manobra contábil que ganhou asas e virou fato quase inquestionável, diz o ex-Secretário da Receita Federal de FHC:

-É farsa, factóide... a Petrobras tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares.

E o caso Dilma/Lina?

- Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal. Se era banal deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era grave deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.

E a queda na arrecadação por conta de alardeada pressão de grandes contribuintes?

-Farsa, factóide para tentar explicar, indevidamente, a queda na arrecadação.

Sobre essa mesma queda e alardeadas pressões, Everardo Maciel provoca com uma bateria de perguntas; que ainda não foram respondidas porque, convenientemente, ainda não foram feitas:

- Quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? A Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras?

Com a palavra Everardo Maciel, Secretário da Receita Federal nos 8 anos de governo Fernando Henrique Cardoso:

Terra Magazine - Algo perplexo soube que o senhor, Secretário da Receita Federal por 8 anos nos governos de Fernando Henrique Cardoso, não tem a opinião que se imaginaria, e que está nas manchetes, editoriais e colunas de opinão, sobre o caso das ditas manobras contábeis da Petrobras, agora uma CPI?
Everardo Maciel - Independentemente de ter trabalhado em qualquer governo, meu compromisso é dizer a verdade que eu conheço. Então, a verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa.

Uma farsa, um factóide?
É exatamente isso. Farsa, factóide. E por quê? Porque não se pode falar de manobra contábil, porque a contabilidade só tem um regime, que é o de competência.

Traduzindo em miúdos, aqui para leigos como eu....
Eu faço um registro competência... quer dizer o seguinte: os fatos são registrados em função da data que ocorreram e não da data em que foram liquidados. Por exemplo: eu hoje recebo uma receita. Se estou no regime de competência, a receita é apurada hoje. Entretanto, se o pagamento desta receita é feito no próximo mês, eu diria que a competência é agosto e o caixa é setembro. Isso é competência e caixa, esta é a diferença entre competência e caixa, de uma forma bem simples.

Cabe uma pergunta, de maneira bem simples: então, Secretário, há um bando de gente incompetente discutindo a competência?
Eu não chegaria a fazer essa observação assim porque não consigo identificar quem fez essas declarações, mas certamente quem as fez foi, para dizer o mínimo, pouco feliz.

Por que o senhor se refere, usa as expressões, "farsa" e "factóide"?
Vejamos: farsa ou factóide, como queiram, primeiro para explicar indevidamente a queda havida na arrecadação. Agora, a Petrobras, no meu entender, tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares. Para especialistas.

Então por que todo esse banzé no Oeste?
Não estou fazendo juízo de valor sobre a competência de ninguém, mas, neste caso, para o governo, me desculpem o trocadilho, o que contava era o caixa. E o caixa caiu. Para tentar explicar por que a arrecadação estava caindo, num primeiro momento se utilizou o factóide Petrobras. No segundo, se buscou explicações imprecisas sobre eventuais pressões de grandes contribuintes, às vezes qualificados em declarações em off como financiadores de campanha. Entretanto, não se identificou quem são esses grandes "financiadores de campanha" ou "contribuintes". Desse modo, a interpretação caiu no campo da injúria.

O senhor tem quantos anos de Brasília?
Não consecutivamente, 34 anos. Descontado o período que passei fora, 30 anos.

Diante desse tempo, o senhor teria alguma espécie de dúvida de que o pano de fundo disso aí é a eleição 2010?
Eu acho que nesse caso, em particular e em primeiro lugar, o pano de fundo era a sobrevivência política de uma facção sindical dentro da Receita.

Seria o pessoal que o atormentou durante oito anos?
Não todo tempo. E de qualquer sorte, de forma inócua.

Sim, mas me refiro para o que reverbera para além da secretaria,do que chega às manchetes... os casos da Petrobras, um atrás do outro.
Todos esses casos são, serão esclarecidos, e acabam, acabarão sendo esquecidos, perderão qualquer serventia para 2010. São factóides de vida curta. Depois disso chegamos à terceira fase do factóide.

Mais ainda? Qual é?
Aí vem a história do virtual diálogo que teria ocorrido entre a ministra-chefe da casa civil, Dilma Rousseff, e a secretária da receita, Lina Vieira. Não tem como se assegurar se houve ou deixou de haver o diálogo, mormente que teria sido entre duas pessoas, sem testemunhas. Agora tomemos como verdadeiro que tenha ocorrido o diálogo. Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal.

Sim, e aí?
Se era algo banal, deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era algo grave, deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.

À parte suas funções conhecidas, de especialista, por que coisas tão óbvias como essa que o senhor tá dizendo não são ditas? Já há dois meses essa conversa no ar sem que se toque nos pontos certos, óbvios...
Eu não sei porque as pessoas não fazem as perguntas adequadas...

Talvez porque elas sejam incômodas para o jogo, para esse amontoado de simulacros que o senhor aponta? Quais seriam as perguntas reveladoras?
Por exemplo: quais são os nomes dos grandes contribuintes, quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi inciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte no Brasil que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? Ainda uma outra pergunta: a Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras? Respostas a isso permitiriam lançar luz sobre os assuntos.

Última pergunta, valendo-me de um jargão jornalístico: trata-se então de um amontoado de cascatas?
Não tenho o brilhantismo do jornalista para construir uma frase tão fortemente elegante e esclarecedora, mas, modestamente, prefiro dizer: farsa e factóide. Ao menos, no mínimo, algumas das coisas que tenho visto, lido e ouvido, não passam de factóides. Não passam de uma farsa.
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Re: Geopolítica Energética

#24 Mensagem por GustavoB » Qua Ago 26, 2009 12:57 pm

Sobre 'crises nacionais' e oligarquia midiática de modo geral, o texto é auto-explicativo.




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Re: Geopolítica Energética

#25 Mensagem por Enlil » Sáb Set 12, 2009 5:26 am

Atualizado em 11 de setembro, 2009 - 20:04 (Brasília) 23:04 GMT

Repsol anuncia maior descoberta de gás da sua história na Venezuela

Claudia Jardim

De Caracas para a BBC Brasil

A petrolífera espanhola Repsol-YPF anunciou ter encontrado no golfo da Venezuela a maior jazida de gás natural da história da empresa.

O poço Perla I, de exploração conjunta com o consórcio italiano Eni, pode conter entre 7 trilhões e 8 trilhões de pés cúbicos, o equivalente a mais de cinco anos de consumo de gás da Espanha, de acordo com a Repsol.

A descoberta foi anunciada nesta sexta-feira e confirmada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, em visita à Espanha.

Depois de reunir-se com o rei da Espanha, Juan Carlos, e com o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, Chávez teve um breve encontro com o presidente da Repsol-YPF, Antonio Brufau, com quem conversou sobre a descoberta da jazida.

Chávez disse que a descoberta era "muito positiva" para Venezuela e Espanha e que o volume de gás encontrado era "muito grande".

"As reservas de gás da Venezuela, ao ritmo que levam as descobertas científicas certificadas, nos colocarão entre os cinco grandes gigantes do mundo em gás", disse Chávez ao diário espanhol El País.

Tamanho

Um porta-voz da Repsol-YPF disse que a empresa realizará provas nas próximas semanas para determinar o tamanho exato da jazida.

Localizada no norte da Venezuela, perto da fronteira com a Colômbia, a jazida possui 33 quilômetros de extensão e pode ser a maior já descoberta na Venezuela.

A Repsol opera no bloco denominado Cardon IV desde 2006. Se a descoberta for confirmada, de acordo com a legislação da Venezuela, deverá ser criada uma empresa mista na qual a estatal venezuelana PDVSA deve ficar 35% da participação nos lucros da exploração e a Repsol-YPF e a Eni con 32,5% cada uma.

"Está na lei do gás. Nós estamos muito confortáveis e sempre com uma boa relação com o governo, com a própria PDVSA e com o ministro (de energia, Rafael Ramírez)", disse o presidente da Repsol-YPF em uma conversa com Chávez que foi publicada pelo El País.

A Venezuela possui 30% das reservas de gás latinoamericanas, com 180 bilhões de pés cúbicos (bpc), superando a Bolívia, que detem 27 bilhões (bpc).

Apesar disso, a produção venezuelana de gás não é tão revelante como a petrolífera. No ano passado, foram extraídos 6,9 milhões de pés cúbicos diários, dos quais 3 milhões foram utilizados nas operações de produção petrolífera. A Bolívia, por sua vez, produziu no ano passado 42 milhões de pés cúbicos.

A Venezuela é o quinto maior exportador mundial de petróleo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... j_ac.shtml




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Re: Geopolítica Energética

#26 Mensagem por Pedro Gilberto » Seg Set 14, 2009 6:55 pm

Energia positiva na América do Sul

Projetos de integração do setor elétrico no continente, que poderiam gerar ganhos de mais de US$ 10 bilhões, começam a sair do papel

Eliane Sobral

Quando sobra energia no Nordeste brasileiro, falta no Sul. A Bolívia tem gás em abundância, enquanto a Colômbia sofre períodos de escassez. Exemplos assim são uma constante em todo o território sul-americano e criar uma espécie de bolsa de valores regional, na qual a principal commodity negociada seja a energia, é um sonho antigo das empresas do setor.

A ideia funciona a pleno vapor em países como França, Alemanha e Inglaterra onde a eletricidade já circulava de um lado a outro antes que a União Europeia fosse formada. Mesmo aqui na América do Sul, há alguns exemplos da interconexão energética - o que nada mais é do que mandar a energia excedente de um país para outro.

Estudo do Comitê Nacional Brasileiro da Comissão de Integração Energética Regional indica que, com a união dos sistemas, o potencial de redução de custos na América Latina é de US$ 1 bilhão por ano, e que outros US$ 9,4 bilhões poderiam ter sido economizados na geração de eletricidade. A bandeira da redução do preço para o consumidor também sensibiliza os governos e, aos poucos, a ideia começa a sair do papel.

Pedro Jatobá, chefe do departamento de prospecção de novos negócios da superintendência de operações no Exterior da Eletrobrás, aponta três necessidades prementes. Uma: a construção de mais linhas de transmissão.

Outra: a criação de mecanismos de mercado, como uma bolsa de valores na qual existam agentes responsáveis por detectar onde há demanda e onde há oferta. E finalmente a criação de tratados supranacionais que garantam o cumprimento dos contratos - até para evitar problemas como os que o Brasil já enfrentou com a Bolívia e o Paraguai.

"Alguns exemplos de interconexão energética já funcionam com sucesso. Nos países da Comunidade Andina, ela é uma realidade", afirma Jatobá, citando a ligação entre Equador, Colômbia e Venezuela. "O modelo que funciona melhor hoje é o da Colômbia e do Equador. Os dois lados se falam todos os dias para ajustar oferta, demanda e preço", diz ele. Mas uma das dificuldades é o custo das linhas - apenas como exemplo, o contrato para ligar os 2,4 mil quilômetros do projeto do Madeira exigirá US$ 540 milhões apenas em equipamentos

De qualquer forma, a próxima tentativa de tirar a interconexão do papel e fazê-la virar realidade é o Seminário Internacional de Interconexões e Negócios de Geração e Transmissão que acontece em outubro no Rio de Janeiro.

O encontro, que prevê a participação de empresários e autoridades governamentais dos países sulamericanos, é promovido pelo capítulo brasileiro do Comitê Nacional Brasileiro da Comissão de Integração Energética Regional.

O executivo da Eletrobrás, que é o coordenador técnico do evento, diz que o seminário contará com a presença de autoridades governamentais, agentes reguladores, empresas públicas e privadas do setor e investidores, que analisarão as alternativas para a expansão e fortalecimento das interconexões energéticas no continente.

No seminário também será apresentado o Projeto Cier 15, um diagnóstico sobre as interconexões já existentes e as perspectivas futuras para o setor. O estudo está em fase de conclusão. "Este levantamento indica o que falta e, principalmente, mostra os caminhos para que a interconexão seja uma realidade", acrescenta Jatobá. Marcelo Parodi, copresidente da Comerc, empresa de comercialização de energia, é um entusiasta da ideia e também aponta a necessidade de envolvimento governamental para que o processo se concretize na região.

"A iniciativa privada está interessadíssima na interconexão, mas é preciso que os governos avancem criando marcos regulatórios e estabelecendo regras para que se possam firmar os contratos com segurança." Mas ele é menos otimista em relação à necessidade de investimentos em infraestrutura, especialmente na área de transmissão.

"Hoje não se faz transferência de energia como se deveria no Brasil porque falta infraestrutura de transmissão", afirma Parodi. Mas aí também os agentes do mercado enxergam mais uma oportunidade do que um problema. Pedro Jatobá, da Eletrobrás, lembra que, quatro anos atrás, o Banco Interamericano de Desenvolvimento abriu linhas de crédito para promover a interconexão energética entre países da América Central.

"A América Central tem 10 mil megawatts de potencial hidrelétrico remanescente. Só que não existe demanda para tudo isso. Então, o excedente pode ser exportado para o México e para os Estados Unidos, que têm problemas sérios de escassez", resume o executivo. Com o projeto de interconexão implantado na América do Sul, não haverá fronteiras para os negócios na área. É essa a aposta da Eletrobrás.

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/e ... 1065-1.htm
[]´s




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Re: Geopolítica Energética

#27 Mensagem por Enlil » Ter Set 15, 2009 4:08 pm

Desde febrero buscarán petróleo y gas natural en aguas de las Malvinas

El gobierno argentino rechaza la medida.

La empresa de exploración petrolera Desire Petroleum anunció que tiene previsto iniciar el febrero próximo perforaciones en aguas circundantes a las Islas Malvinas, lo que es fuertemente rechazado por el gobierno argentino.

La firma intercambió una carta de intención con la empresa contratista de plataformas petroleras Diamond Offshore Drilling del Reino Unido -que posee una de las mayores unidades de perforación mar adentro en el mundo- para que se encargue del trabajo en un mínimo de cuatro pozos en la cuenca de las Malvinas.

La plataforma de perforación requerida para esta tarea, llamada "Ocean Guardian", se encuentra actualmente en el Mar del Norte y tras completar un programa de trabajos en astillero se movilizará en noviembre del 2009 y llegará al Atlántico Sur en febrero de 2010, informaron medios de prensa internacionales.

En un comunicado de prensa, la empresa Desire afirmó que "con una plataforma de exploración activa en la cuenca de Malvinas del norte, la compañía debe esmerarse en perforar el mayor número posible de pozos de forma de poner a prueba todo el potencial de esta área de muy buenas perspectivas".

"El directorio de Desire está encantado de poder informar que se ha asegurado una plataforma exploratoria para la perforación en nuestro inventario de perspectivas en las Malvinas. Comenzaremos nuestra actividad a principios del 2010 con la intención de explorar tantas opciones como sean posibles, maximizando de esa forma nuestras oportunidades de éxito", señaló el presidente de Desire, Stephen Phipps.

Por su parte, la directora del Departamento de Recursos Minerales del gobierno británico de las Malvinas, Phyl Rendeel, dijo que "el anuncio es una excelente noticia para las islas", teniendo en cuenta que "permitirán descubrir si efectivamente existen volúmenes comerciales de petróleo y gas natural en el área".

"El programa de exploración programado no requerirá de ninguna infraestructura nueva y el Departamento de Recursos Minerales está ansioso y pronto para ayuda a Desire Petroleum con su campaña de perforación", informó.

11/09/09
ÁMBITO.COM

http://www.nuestromar.org/noticias/dest ... n_aguas_de




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Re: Geopolítica Energética

#28 Mensagem por Pedro Gilberto » Dom Out 04, 2009 7:02 pm

Eletrobrás estuda participar de hidrelétrica de 800 MW na Guiana
14/09 - 19:15 - Reuters

Por Denise Luna RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil poderá desenvolver com a Guiana inglesa o mesmo sistema de construção de hidrelétricas que vem estudando no Peru e na Argentina, informou o diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, comentando informação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira.

Em cerimônia em Roraima, Lula disse que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, estarão na Guiana em outubro para conversar sobre o assunto com o presidente daquele país, Bharrat Jagdeo.

"O presidente Jagdeo tem um interesse prioritário na construção de uma hidrelétrica de 800 megawatts, e o ministro Edison Lobão, mais o presidente do BNDES e outros membros do governo estarão nos dia 3 ou 2 de outubro viajando a Georgetown para conversar com o presidente", disse Lula em discurso transmitido pela TV.

Segundo Quental, o projeto com a Guiana ainda é embrionário, mas será feito se demonstrar viabilidade econômica. A ideia seria a mesma dos outros países fronteiriços, ou seja, o excedente produzido seria adquirido pelo Brasil, como já ocorre no Paraguai.

"O projeto sendo viável pode ser interessante para os dois lados (Brasil e Guiana)", disse o executivo por telefone de Paris, onde promove um roadshow da Eletrobrás com investidores.

Ele lembrou que no Peru e na Argentina a construção de hidrelétricas pela Eletrobrás já está sendo alvo de estudos de viabilidade, e que existem projetos também para a África no segmento de geração hidrelétrica.

"Queremos em 10 anos que 10 por cento da nossa receita venha do exterior", explicou Quental. A Eletrobrás conseguiu este ano autorização do Congresso nacional para atuar no exterior.

O diretor esteve nesta segunda-feira na Noruega para divulgar o desempenho da Eletrobrás, que para crescer no mercado internacional precisará de mais recursos para investimentos.

Em julho, a empresa captou 1 bilhão de dólares com a emissão de bônus de 10 anos no exterior, com demanda cinco vezes maior do que o ofertado.

"Boa parte dos nossos investidores externos está na Noruega, porque tem muitos fundos conservadores", informou Quental.

De acordo com o executivo, dos detentores de ações preferenciais da Eletrobrás fora do país, 14 por cento estão na Noruega.

Depois de Paris, Quental e outros executivos da companhia irão a Londres, onde encerram o roadshow na sexta-feira.

(Com reportagem adicional de Ana Paula Paiva)

(Edição de Cesar Bianconi)

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia ... 40921.html
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Hader

Re: Geopolítica Energética

#29 Mensagem por Hader » Dom Out 04, 2009 7:13 pm

Enlil escreveu:Desde febrero buscarán petróleo y gas natural en aguas de las Malvinas

El gobierno argentino rechaza la medida.

La empresa de exploración petrolera Desire Petroleum anunció que tiene previsto iniciar el febrero próximo perforaciones en aguas circundantes a las Islas Malvinas, lo que es fuertemente rechazado por el gobierno argentino.

La firma intercambió una carta de intención con la empresa contratista de plataformas petroleras Diamond Offshore Drilling del Reino Unido -que posee una de las mayores unidades de perforación mar adentro en el mundo- para que se encargue del trabajo en un mínimo de cuatro pozos en la cuenca de las Malvinas.

La plataforma de perforación requerida para esta tarea, llamada "Ocean Guardian", se encuentra actualmente en el Mar del Norte y tras completar un programa de trabajos en astillero se movilizará en noviembre del 2009 y llegará al Atlántico Sur en febrero de 2010, informaron medios de prensa internacionales.

En un comunicado de prensa, la empresa Desire afirmó que "con una plataforma de exploración activa en la cuenca de Malvinas del norte, la compañía debe esmerarse en perforar el mayor número posible de pozos de forma de poner a prueba todo el potencial de esta área de muy buenas perspectivas".

"El directorio de Desire está encantado de poder informar que se ha asegurado una plataforma exploratoria para la perforación en nuestro inventario de perspectivas en las Malvinas. Comenzaremos nuestra actividad a principios del 2010 con la intención de explorar tantas opciones como sean posibles, maximizando de esa forma nuestras oportunidades de éxito", señaló el presidente de Desire, Stephen Phipps.

Por su parte, la directora del Departamento de Recursos Minerales del gobierno británico de las Malvinas, Phyl Rendeel, dijo que "el anuncio es una excelente noticia para las islas", teniendo en cuenta que "permitirán descubrir si efectivamente existen volúmenes comerciales de petróleo y gas natural en el área".

"El programa de exploración programado no requerirá de ninguna infraestructura nueva y el Departamento de Recursos Minerales está ansioso y pronto para ayuda a Desire Petroleum con su campaña de perforación", informó.

11/09/09
ÁMBITO.COM

http://www.nuestromar.org/noticias/dest ... n_aguas_de
As perspectivas para a região são boas. O problema é que se extendem até a ZEE da Argentina. Ainda ouviremos falar disso.

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Re: Geopolítica Energética

#30 Mensagem por delmar » Dom Out 04, 2009 7:57 pm

Eletrobrás estuda participar de hidrelétrica de 800 MW na Guiana
Taí algo interessante. No Brasil, naquela região, há pouca possibilidade de construir-se hidrelétricas, especialmente pelo fato dos rios locais não terem desnível. Boa Vista, apesar de estar a milhares de kilometros do mar, está a apenas 85 m acima do nível do mar. Atualmente toda energia é comprada de Venezuela. Ter mais de um fornecedor seria muito bom. Além do mais os Guianos são fãs do Brasil.

saudações




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