Caminhões? fotos debate e enquete.

[FCarvalho]

Bem, um dos nossos maiores problemas é justamente a falta de escala de produção. Não que não haja demanda, pelo contrário, mas isso por si só já atrapalha e muito qualquer diminuição de custos nesse tipo de compra.
Mas me admira que até hoje apenas duas empresas seja as únicas fornecedores das ffaa's, via de regra geral.
E sem concorrentes, fica mais difícil ainda pensar em investir em modelos militares e se habilitar a fornecer veículos para as ffaa's.

Abs

[Bourne]

Até pouco tempo atrás o EB só comprava novo os Mercedinhos 4x4. Os demais modelos tudo o que restou da década de 1970 e 1980. Se fosse para uma operação militar era a primeira coisa que tinha que comprar nova. A VW ter se interessado em fazer um concorrente para os Mercedinhos e a versão 6x6 é uma evolução.

Além desses modelos Scania que estou com pé atrás se emplaca no EB. O motivo é custo de aquisição e manutenção. Para sustentar Volvo, Scania, Mercedes ou outro top de linha com motor potente e muita tecnologia só grande transportadora ou empresa. A possibilidade real depois de alguns semestres de operação ter que gastar R$ 20 mil em um diferencial, R$ 10 mil na caxa de cambio automatizada ou 15 mil e uma peça do motor. E acontece. Quando começa a cair a transportadora ou empresa passa para frente.

Para empresa pequena não vale a pena. Muito risco para pouco retorno. Por exemplo, um senhor em um posto estava contanto quanto gastou em um FH12 440 2012/2013. Coitado, comprou no tempo da Dilma e do crédito fácil, agora começou a quebrar e não tem dinheiro nem para trocar as lanternas traseiras. Cada ida no mecânico é R$ 5, 10 mil. Por isso, empresas pequenas atuam em ramos que necessitas de equipamentos mais simples, baratos e de fácil manutenção. E frequentemente ficam bons anos com o veículo.

Nesse sentido, os modelos intermediários com motores de 300 cv fazem sucesso. Os modelos como VW 19320 com motor cummis, caixa ZF e diferencial meritor fizeram um enorme sucesso. É um BBB (bom, bonito e barato) que serve do autônomo até empresa que só transporta volume ou anda com peso de balança. O VW-MAN 6X6 é baseado nessa configuração.

Já acha vários MB 1414 ex-EB a venda por aí. Fora os VW que começam a aparecer no mercado livre. Não sei o motivo. O que me faz duvidar que comprarão em grande quantidade esse Scania.

https://caminhao.mercadolivre.com.br/ML ... arinha-_JM

https://caminhao.mercadolivre.com.br/ML ... chassi-_JM

https://caminhao.mercadolivre.com.br/ML ... ilitar-_JM

[FCarvalho]

Eu creio que no ramo de caminhões o EB faz o mesmo com todo material novo, ou seja, tem que ser bom, nem tão bonito assim e essencialmente barato.
Mas os preços desses veículos, mesmo os militarizados, vem numa exponencial de crescimento de custos e preços nos últimos anos que não sei como se vai lidar com isso.
As empresas estão evoluindo os seus produtos junto com a tecnologia e as demandas do mercado. É elas não são poucas. De dez anos pra cá todos os modelos existentes no mercado nacional ou foram substituídos ou ganharam versões tecnologicas que os deixam muito além dos famosos pau de arara dos anos 1970 e 1980 que o EB costumava comprar a rodo.
O atual Scania é um exemplo claro disso. Um puta caminhão, com diversas possibilidades de aplicações, mas a um preço que dificilmente vai encontrar parâmetro em outras aquisições semelhantes do EB.
Eu tenho cá pra mim que alguns tipos de atividade poderiam ser terceirizada em relação a transporte e apoio logístico. Ou mesmo repensadas, visto que muitos caminhões foram comprados tendo em vista uso em missões que nada tem a ver com o EB, como as centenas de carro pipa no nordeste.
Eu acredito que uma melhor distribuição e variedade de frota seria necessária, pois eu não entendo por que OM's pequenas e/ou isoladas precisem, por exemplo, de um worker de 5 ton quando um AM-41 ou AM-31 resolvem seus problemas. É assim por diante.
Os modelos da Shacman sequer foram testado pelo EB, isso apesar de contarem com um bom índice de peças nacionais.
A Agrale nem se fala em apresentar um modelo de 5 e 10 tons, embora não falte capacidade a empresa.
Quem está tentando a sorte agora é a Iveco com o Traccker 6x6 e 4x4.
Honestamente, desejo boa sorte pra ela. Vai precisar.

Abs

[FCarvalho]

Accelo 1016 x Delivery 10160



https://www.caminhoes-e-carretas.com/20 ... 10160.html

Um novo nicho de mercado que está trazendo boas novidades.

abs.

[FCarvalho]

Volkswagen apresenta novo Delivery que chega em seis versões
Por Marlos Ney Vidal - 13 de setembro de 2017



https://www.autossegredos.com.br/caminh ... s-versoes/

A aposta da VW no segmento leve de caminhões. Um complemento ao Delivery anterior.
Vamos ver como a MB, e demais concorrentes, respondem.

abs

[prp]

Realmente comprar um caminhão destes e sair por aí não é difícil.
Olha só o financiamento.
Para quem quer trabalhar é uma boa. Eu encararia.

Enviado de meu ASUS_Z01RD usando o Tapatalk

[FCarvalho]

É o uma empresa pequena na frente das multinacionais que frequentam o mercado brasileiro.
Tem que oferecer algo a mais além de bons produtos.

Abs

[Bourne]

Temos vários problemas no mercado e estrutura atual. O pessoal que entra esquece que fazer o cálculo de custo de capital, risco e volatilidade do mercado, papel de tradição informal de quem trabalha no ramo.

Primeiro e mais importante, grandes transportadoras dominam o setor, especialmente de grãos e conteiners. Isso significa que elas firmam o contrato de logística e arcam com o compromisso. Em parte possuem algumas dezenas de conjuntos (caminhão e carreta) de mais de meio milhão reais para cumprir o contrato. Elas recebem umas três-quatro vezes do que é anunciado para frete de terceiros (aplicativos como fretebras, por exemplo).

Segundo, como implicação do primeiro, os pequenos trabalham no limite. Não sobra para ter aquele DAF ali de cima por 400 mil. Por exemplo, o custo de capital de uns R$ 5 mil mensal (considerado desvalorização e possa vender em cinco anos por R$ 150 mil), soma a prestação, custos de manutenção básica e substituição de componentes (pneus, principalmente), flutuações no mercado ao longo do ano, disponibilidade de frete e valores. Além da prestação, seguro e outros. O grande problema é que o pequeno só tem um ou dois que eleva o risco devido a possibilidade de quebras, ficar parado sem frete ou não ter contatos. Assim são empurrados para andar de caminhão velho, aceitam excesso de carga, pneu ruins, baixa manutenção e muita quebras. Ai vira como senhorzinho que citei acima que tinha um FH 2012/13, mas sem dinheiro para comprar uma lanterna de led ou maçaneta nova.

O resultado dos dois é que não vê pequena empresa ou autônomo mais comprando caminhão novo dos mais sofisticados. É uma visão romântica que era viável até idos da década de 1990, quando caminhão não desvalorizada e era seguro contra a inflação e instabilidade do país. Ao mesmo tempo em que o transporte pagava muito bem. Hoje, aqueles que compra caminhão para procurar frete em posto ou aplicativo são loucos, não fazem conta e possivelmente vão perder tudo. Tanto que os caminhões mais antigos são bem valorizados porque a manutenção é barata e conhecida, assim como os caminhões menores.

A alternativa é ter o caminhão como parte de um negócio. Nesse nicho incluem trabalham com carga própria como frutas, carvão, material de construção civil. Ou quem tem bons contatos e firmam contratos com pequenas e médias empresas ou produtores rurais como móveis, equipamentos em geral, frutas e verduras. Nos dois casos é uma visão empresarial. Geralmente, não compram o DAF ou algo sofisticado. Ao contrário. Prefere uma caminhão mais básico como Atego 1726, cavalo de baixo custo de manutenção e aquisição como MAN-VW 19330 ou mais antigo confiável. Pode ver que é bem comum achar esses caminhões com placa cinza de particular.

Existe o meio termo que é agregado, principalmente para cavalos-mecânicos básicos 6X2 e 4X2 para tracionar carretas da transportadora com produtos industrializados. É a forma de terceirização por parte das transportadora e não precisa ser o dono que trabalha. O problema que reduz risco e paga pouco. E nada garante que a transportadora bloqueie o pagamento ou não dê carga. Olha essa transgires que paga R$ 2,6 por km carregado e R$ 1,6 vazio. Supondo rota interior de SC e interior de SP, uns 600 km ida vazio e volta carregado, da uns R$ 2500 por viagem e custos de R$ 1500. Umas oito viagens por mês dá R$ 8 mil. Desconta manutenção, seguro, pneus do cavalo que tem que substituir, impostos e deve sobra uns 4 mil. Sem contar prestação e custos pessoais. Os R$ 4 mil é salário de motorista em empresa boa e que tem todos os benefícios trabalhistas.

http://transgires.com.br/agregamento-de-carga.php

Outra coisa, maior peso, tamanho e distância não significa que vai ganhar mais. Porque eleva o risco, investimento e custos. E trabalhar com carga própria ou em nichos foca em entregas fragmentadas, baixo peso e flexibilidade para andar em cidades que são adequados para caminhões menores (toco, truck ou 3/4). Aliás, pelo que vi, muito gurizinho com caminhão pequeno que trabalha com carga própria ou viaja com truck que faz mais dinheiro e trabalha menos do que os autônomos que andam de carreta.

[Bourne]

Realmente comprar um caminhão destes e sair por aí não é difícil.
Olha só o financiamento.
Para quem quer trabalhar é uma boa. Eu encararia.

Enviado de meu ASUS_Z01RD usando o Tapatalk

É uma cilada bino.

Entrada pequena e sem juros. Só o BNDES faz isso e para empresas gigantes.

Autônomo não tem crédito. Muito arriscado para a instituição. E se tem enfiam a faca nos juros. A coisa muda se tem uns dois-três caminhões, empresa consolidada com faturamento, mais patrimônio pessoal que justifique o financiamento.

[prp]

E mecânica diesel no Brasil são tudo bosta tbm.
Estava vendo um vídeo de um rapaz que comprou um sinotruk 2011 para ser autônomo. Que lástima. O cara rodava com o bixo apitando pra todo lado, parecia uma sinfonia. E ele falava que já tinha 6 meses daquele jeito.
Olhando os códigos de erro no painel dava pra ver que era treta no sensor do abs, que quando apresenta defeito desencadeia uma série de medida de segurança no caminhão, como desabilitar o câmbio automático.
Agora, trocar um sensor de abs não custa mais que uns 300 reais.

As mecânicas diesel de beira de estrada tem coragem de comprar um torno do 100k mas não querem pagar 5k numa bosta de scanner.

[Bourne]

Aí que entra "coisas não ditas" que quem tem contato com meio sabe.

Ninguém é loko de comprar um sinotruck. Esse caminhão não presta. O aço é ruim, estrutura frágil e ficou meses tomando maresia. Assim todo o sistema elétrico e eletrônico está comprometido e dá muito problema. Não tem o que fazer. Se for refazer a eletrônica sai mais barato comprar outro caminhão. A parte mecânica não suporta upgrades porque a estrutura é frágil.

A boa fama VW e modelo como 19320 e Mercedinhos antigos é porque quebra pouco. E quando quebra é barato e fácil arrumar. Por exemplo, mercedinho 1313 da década de 1980 acha fácil por 50-60 mil. Para andar pouco, fazer entregas curtas (50-100 km) e serve muito bem para alguém que trabalha com carga própria ou pequeno comércio. Além de suportar upgrades como motor OM 366, caixa e diferencial mais modernos. E ainda ser confortável para os padrões atuais.



https://caminhao.mercadolivre.com.br/ML ... 13-bau-_JM



https://caminhao.mercadolivre.com.br/ML ... ulante-_JM

[prp]

Para Bourne, só louco compra muriçoca hoje em dia. A idade já caiu sobre ele, deu o que tinha que dar.
Mas eu estou falando dos pesados.
O interessante é que a Scania é odiada por ser bem frágil e não aguentar o tranco.

[Bourne]

Muita gente compra. Põe uma muriçoquinha para vender. Aparece compradores de todo lado. Dá ate para cobrar caro.

Scania é amor. Amor tem altos e baixos. E as muriçoquinha não dão os problemas do vídeo abaixo

[prp]

O Nene é uma figura. Mostra exatamente como é a vida sofrida dos autônomos. Só pega frete fumo. Um amigo dele tem um Internattional. Parece uma concorrência para ver qual quebra mais. Kkkkk

[prp]

Olha só o valor que um autônomo recebe.
No final das contas deve dar uns 3k por mês. Não é essas maravilhas, mas dá para viver.