Conflito INDO-PAQUISTANÊS

[WalterGaudério]

Colegas, percebi que não existe um tópico específico sobre este tema tão importante para a geopolítica mundial como o enfrentamento Indo-Pakistanês e suas organizações patrocinadas.

Aproveito para colocar algo interessante por aqui. Apesar de fazermos parte dos BRICS estaremos lucrando com os dois contentores. MAR-1 e outras cositas más para o Paquistão e EMB-145AEW para a Índia...

http://www.presstv.com/detail.aspx?id=7 ... =351020202

'Israel to help India against Pakistan'
Mon, 08 Dec 2008 17:45:20 GMT



An Israeli website suggests that Tel Aviv might help India carry out covert operations inside Pakistan in retaliation for the Mumbai attacks.

India has asked for Israeli assistance in cross-border attacks against "Islamist terrorists" inside Pakistan, reported Debka which is believed to have ties with intelligence and military sources.

Israel, seeking revenge for the murder of six Jews in a Mumbai's Chabad center in November, has expressed willingness to help India in such operations, the website claimed.

According to the report New Delhi has sought Tel Aviv's help because of Israeli spies' experience in carrying out such operations without leaving any trace.

Tension is running high between India and Pakistan over a series of terrorist attacks in the Indian economic hub of Mumbai which left hundreds killed and injured.

Although New Delhi has accused Pakistani intelligence agencies of masterminding the attacks, Islamabad has denied any involvement in the carnage.

Earlier on Monday, however, Pakistan arrested Zaki-ur-Rehman Lakhvi, a Lashkar-e-Taiba (LeT) operation chief, on charges of masterminding the Mumbai terror attacks.

This is while some Indian analysts blamed Israeli intelligence agencies of masterminding the plot, basing their theory on the fact that some of the victims of the attacks were anti-Zionist Jews.

SB/MMN

[talharim]

Olha no papel obviamente num conflito militar convencional a índia leva clara vantagem.

O Paquistão leva a seu favor o fator terreno numa condição de defesa e na minha opinião possuem forças melhores treinadas e motivadas.

Então caso a índia quisesse uma vitória inconteste sobre o rival teria que pagar um preço muito alto por isto.

Seria uma carnificina tremenda.

[AlbertoRJ]

EUA: Índia pode estar se preparando para ataque ao Paquistão

RIO - O Exército dos EUA acredita que a Força Aérea da Índia iniciou os preparativos para um possível ataque ao Paquistão como resposta ao recente massacre feito por terroristas na cidade indiana de Bombaim, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira pela rede CNN.

Três autoridades do Pentágono confirmaram à emissora que os EUA têm informação indicando que a Índia começou a preparar militares para uma possível missão.

As fontes não especificaram que missão seria essa, mas uma delas comentou que a Força Aérea indiana "está em alerta". Este é o primeiro indício, após os atentados que mataram mais de 170 pessoas, de que as duas potências nucleares podem estar perto de um conflito armado.

A CNN também obteve informação de que os preparativos deixariam a Índia em posição para rapidamente lançar ataques aéreos contra localidades suspeitas de abrigarem campos de treinamento terrorista dentro do Paquistão.

Desde as operações terroristas em Bombaim, as forças de segurança do Paquistão fizeram uma incursão a um campo perto de Muzaffarabad, capital da Cachemira paquistanesa, segundo fontes militares. Esta teria sido a primeira ação do governo contra o grupo Lashkar-e-Tayyiba, em meio à crescente pressão internacional para que mine organizações extremistas que atuam no país.

Há décadas Índia e Paquistão disputam a região da Cachemira, onde a maioria da população é islâmica.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/ ... 291821.asp

[WalterGaudério]

.É o couro pode estar para comer firme, lá no sul da Ásia, qual seria a data mais provavel então... só pode ser o natal cristão qdo. o mundo ocidental(leia-se EUA) estiverem impotentes para esboçar uma reação.

[Plinio Jr]

Em termos de qualidade de equipamentos, a vantagem dos hindus é esmagadora em terra, ar, mar....o que pode ajudar os paquistaneses foi bem colocado pelo Talha, terreno favorável ´p/ defesa e as tropas paquistanesas são muito bem treinadas e aguerridas....

[Bolovo]

Desde que não usem armas atômicas, acabem com o mundo e comprem muitas, muitas armas brasileiras, tá valendo qualquer coisa. Isso para nós pode ser a nova Guerra do Irã-Iraque. Falando sério, não parece um pouco? Nós vendendo para os dois, inimigos declarados...

[AlbertoRJ]

A caso é que ambos têm nukes e não sendo um conflito muito localizado e curto, sem maiores consequencias, corre o risco de se ter milhões de mortos de ambos os lados, fora contaminações radioativas, alterações geopolíticas, intromissão da China ou outras potências, etc. Acho que ia feder muito. Nesse caso o Brasil não lucraria nada.

[]'s

[P44]

lá estão vcs, a navegar na mayonese e a orarem por mais uma guerra

[Plinio Jr]

Não creio num novo conflito entre ambos....enquanto não possuíam Nukes, até poderia acontecer, depois que ambos agoras as tem....ficarão somente na provocação....

[WalterGaudério]

Em termos de qualidade de equipamentos, a vantagem dos hindus é esmagadora em terra, ar, mar....o que pode ajudar os paquistaneses foi bem colocado pelo Talha, terreno favorável ´p/ defesa e as tropas paquistanesas são muito bem treinadas e aguerridas....

Os paquistaneses darão um senhor salto em questão de cinco anos em termos de hardware.

J-10, JF-17 , F-16, ERYEYE, .. sua marinha terá Os IKL-214, mais os AGOSTA 90BMESMA, tudo isso não é brinquedo não. E Some-se a isso mais aeronaves P-3Orion modernizadas...

Será osso para qq um dos lados.

[cabeça de martelo]

A India tem vários factores do seu lado:

Tem uma população enormissima;
Tem equipamentos militares em qualidade e quantidade;
Tem uma industria bastante mais forte do que a do pobre Paquistão (que tem uma sociedade perfeitamente medieval).

[LM]

Existe um blog que considero muito interessante (no geral e em particular sobre o Paquistão - India)

Link para etiqueta Paquistão

Um dos textos:

SE O EXÉRCITO NACIONAL DEIXAR DE SER CONSIDERADO NACIONAL…

Pessoa amiga e atenta chamou-me a atenção para um artigo publicado no Washington Post de hoje, debruçando-se sobre o agudizar das tensões étnicas no Paquistão, dando um particular relevo à forma como a crise actual, desencadeada pelo assassinato da dirigente política Benazir Bhutto no passado dia 27 de Dezembro de 2007 em Rawalpindi está a ser encarado. O que o referido artigo possui de novidade é uma nova perspectiva que, em vez de se concentrar no radicalismo político religioso, destacar o radicalismo político nacionalista, entre uma das várias nacionalidades (todas muçulmanas) que compõem o Paquistão.

O seu objecto é o de dar uma visão da actual situação política vista da perspectiva dos militantes (porventura alguns dos mais radicais…) do PPP, tradicionalmente de nacionalidade sindi, precisamente a mesma, e onde se contam os adeptos mais incondicionais, de Benazir Bhutto. E um dos aspectos a que ali foi dado maior destaque foi ao do separatismo sindi, concretizado também na hostilidade para com as forças armadas paquistanesas, que são consideradas como dominadas pela nação rival dos punjabis. É algo de esperar entre as correntes radicais, mas será preocupante se essa opinião já estiver muito disseminada…

O Paquistão tem um precedente de secessão: o do Bangladesh, antigo Paquistão Oriental, que se separou em Dezembro de 1971. Entre as causas para as razões de queixa dos bengalis muçulmanos que levaram à criação de um país separado contava-se a sua sub-representação entre os altos escalões da administração. No exército, em 1955, não havia nenhum bengali entre os 3 Tenentes-Generais, nenhum entre os 20 Majores-Generais, havia apenas 1 entre os 35 Brigadeiros, 1 entre os 50 Coronéis, 2 entre os 200 Tenente-Coronéis e 10 entre os 600 Majores. Eram apenas 7 entre os 600 oficiais da Marinha e 40 entre os 700 da Força Aérea.

No entanto, os bengalis representaram, até 1971, um pouco mais de metade de toda a população paquistanesa… Por causa disso, na guerra de libertação que acabou por conduzir à independência do Bangladesh de 1971, nem chegou a haver uma verdadeira guerra civil entre facções do exército paquistanês. As unidades que deveriam defender o Paquistão Oriental da invasão indiana foram sempre percebidas pela população local como se se tratasse de um verdadeiro exército de ocupação… E, até agora, supunha-se que o exército que sobreviveu a essa derrota pareceu ter incorporado e ter estado atento a essa lição dos equilíbrios regionais…

Logo depois, com Ali Bhutto (1973 – o pai de Benazir), estabeleceu-se um regime de quotas de admissão nas diversas componentes da administração pública que estabelecia que 50% dos admitidos e/ou promovidos deveriam vir do Punjab e da capital, Islamabad, 11,5% da Província da Fronteira do Noroeste (NWFP), 11,4% da Província do Sind rural, 7,6% do Sind urbano (refere-se à cidade de Karachi, onde há uma maioria de mohajirs*), 4,0% às áreas do Norte conhecidas pela designação de FATA*, 3,5% ao Baluchistão, 2,0% a Caxemira (a fracção sob controlo paquistanês) e 10,0% exclusivamente a critérios de mérito.

Os acontecimentos de 1971 serviram, por muitos anos, de alerta para que entre as cúpulas do Estado paquistanês houvesse uma aparência de equilíbrio entre as diversas nacionalidades que o compõem, não se tornassem eles a repetir. Dois dos casos onde esse equilíbrio era mais acautelado eram as cúpulas do sistema judicial e das forças armadas. Recentemente, devido às circunstâncias, ficou a sensação que Pervez Musharraf parece ter rebentado com esse equilíbrio ao alterar a composição do Supremo Tribunal. Citações no artigo do Washington Post dão a sensação que a percepção desse equilíbrio também está a desaparecer das forças armadas…

É que no passado, na Jugoslávia, também os sérvios sempre tinham sido sempre (como acontece com os punjabis no Paquistão), por efeito da própria demografia, a nacionalidade predominante nas forças armadas federais… Mas as estruturas federais jugoslavas só começaram a falhar quando essas forças armadas acabaram por perder esse seu estatuto de imparcialidade na disputa política, ao terem de implementar pela força (na fotografia abaixo, um blindado destruindo um bloqueio rodoviário na Eslovénia em Junho de 1991), a coesão que deveria ser tacitamente aceite de forma pacífica pelos cidadãos da federação.

Não é de excluir que o artigo do Washington Post poderá estar a exorbitar o facciosismo com que as forças armadas podem estar a ser encaradas actualmente pelos vários agentes políticos paquistaneses, e também é verdade que as teias que dominam os centros de poder no Paquistão são complexas demais para se poderem explicar apenas pela lógica das fidelidades nacionais. Também os juízes afastados por Musharraf do Supremo Tribunal são predominantemente punjabis, assim como o são os quadros principais da Liga Muçulmana Paquistanesa (N) de Nawaz Sharif, três facções insuspeitas de simpatias recíprocas entre si…

Mas é assunto a merecer atenção cuidada. Em 1991, como em 2008, se o exército federal (ou nacional) deixar de ser assim considerado então torna-se muito mau sintoma para a saúde da coesão do Estado…

*Mohajirs – imigrantes ou descendentes de imigrantes da Índia
*FATA – Federally Administered Tribal Areas

[brisa]

Taí uma briguinha em que eu nao gostaria de participar

[FOXTROT]

Que a guerra inicie após o Paquistão receber os MAR-1, assim poderemos ver qual a sua real capacidade, sou mais a india e seus MIGs!

[talharim]

Srs o que me preocupa é o radicalismo Iraniano e um apoio as vias de fato contra a Índia.Parece que os 2 firmaram recentemente acordo de defesa mútua.

Israel penderia obviamente para a Índia.

A Índia pode fazer a festa no ar e no mar agora em terra o bem treinado,experiente e equipado exército paquistanês vai fazer a índia pagar caro pela ousadia.