O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Carlos Lima
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9586 Mensagem por Carlos Lima » Ter Mar 07, 2017 6:33 pm

Sem querer ser chato, aqui em riba quando eu conversava com o povo do Fort Lewis-McChord todo mundo tem/tinha super respeito por esses m'isseis que um mulambo de sandalha e sem muito treinamento pode sozinho acabar com o seu dia (principalmente se voce esta voando de heli ou se tem que decolar ou aterrisar em aeroportos de lugares como Iraque/Afeganistao e Siria).

Para tanto que essas aeronaves sao equipadas com uma gigantesca parafernalha para justamente lidar com esses misseis (Igla em especial), ja que dificilmente voce vai ver no meio da batalha com o pau comendo 2 ou 3 soldados instalarem uma cadeirinha, tirarem o missil da bolsa, colocar o cavalete, botar o missil em cima do cavalete, apontar atirar e esperar o resultado.

Em termos de flexibilidade 'e complicado lidar com misseis do tipo Igla ou Stinger. Claro que existem as estatisticas, mas o investimento feito em contra-medidas $$$$$$$$ nesses avioes e helis e o fato que do F-16 ao B-1 todo mundo joga as suas bombas bemmmm do alto mostra que o investimento nesse tipo de missil 'e mais do que justificado.

Pergunta para a FAB quando eles tomaram um super susto la na Africa o que imediatamente fizeram com os seus Hercules em termos de contra-medidas?

[]s
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knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9587 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 07, 2017 6:51 pm

Isso daqui é para quem está jogando a culpa do fracasso do Igla em cima do Eclipse+sinalizador.
O CFN treina lançamento de mistral com ele. E tem resultado positivo.
Operação Formosa em 2010.
Operação Formosa: O mar invadiu o cerrado
DefesaNet acompanhou durante oito dias (e bem de perto) o exercício realizado pelos Fuzileiros Navais em Formosa, a 70 km de Brasília.

DefesaNet
Só a distância envolvida entre a cidade do Rio de Janeiro e a base de Formosa (mais de 1.200km) faria desanimar os mais céticos. Mas para 2.200 soldados e 165 viaturas operativas, entre blindados, tanques, caminhões e viaturas leves, além de artilharia, apoio logístico, defesa antiaérea (sem falar nas cegonheiras e dezenas de ônibus fretados), percorrer tamanha distância para combater faz parte do trabalho de uma força expedicionária de pronto emprego como o são os Fuzileiros Navais.

No cenário proposto, os FN deveriam conquistar uma CP (cabeça de praia) e mantê-la, visando permitir o desembarque administrativo (sem oposição inimiga) de uma divisão de exército (4ªDE) enviada para ocupar a área de fronteira de dois países vizinhos em conflito, tudo devido à descoberta de petróleo. Com a ameaça a segurança humanitária do “continente aquarela” gerando levas de refugiados, além de fome e doenças, a ONU decide intervir constituindo uma força de paz.

Toda a parte “embarcada” da operação aconteceu de forma simulada. Na verdade, o que se treinou em Formosa foi à intricada cadeia de eventos e empregos de meios necessários para que a “Força que vem do Mar” combata em solo, após sair das praias. Contando com apoio aéreo de caças AF-1 e AF-1B do Esquadrão VF-1 e helicópteros AS-332 Super Puma do Esquadrão HU-2, ambos da Aviação Naval, os Fuzileiros Navais lançaram mão de todo o seu armamento e meios combativos, num veloz avanço pelo principal ponto de acesso terrestre da região, visando à rápida consolidação da cabeça de praia e a destruição do inimigo.

Armamentos e Capacidades

Além do fuzil padrão de um Fuzileiro Naval (M-16A2 5,56 mm), todas as armas da corporação foram disparadas em Formosa, primeiro de forma independente, e depois em conjunto, de forma integrada. O Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais alinhou os caça tanques SK-105A2S, os modernos blindados sobre rodas 8x8 MOWAG Piranha, os tanques anfíbios de transporte de tropas CLANF e os veteranos M-113, que serão modernizados em breve.

Na Defesa Aérea e Artilharia Antiaérea atuaram o Esquadrão VF-1 e seus A-4, mísseis terra-ar MANPADS Mistral, baterias antiaéreas Bofors L70 40 mm (dotadas de radares diretores de tiro) e reparos com metralhadoras de 12,7 mm. Para a defesa antitanque foram empregados mísseis anticarro RBS 56 Bill e AT-4, o fogo de artilharia sendo provido por obuseiros 105 mm Light Gun e morteiros 81 mm. No fogo de apoio, foram empregadas metralhadoras .50 e MAG 7,62 mm, além da Mini-Para em calibre 5,56 mm.

Começa o combate. Os caças A-4 treinam a missão GIA (Guia Aéreo), sendo orientados em seus ataques através de links de comunicação solo com frações OpEsp do Batalhão Toneleros previamente infiltradas em território inimigo pelos Super Puma do Esq. HU-2. Logo que os caças deixam a área, chega à vez de a artilharia lançar seu aço sobre o terreno. Obuseiros Light Gun de 105 mm, dispostos em baterias por um linha com 10 km de profundidade disparam intensa barragem de fogos utilizando munições do tipo “base bleed”.

Neste momento, colunas mecanizadas lideradas pelos SK-105 irrompem pelos flancos da formação inimiga, sua ação de choque abrindo caminho para o desembarque da infantaria de fuzileiros navais. Com uma velocidade impressionante, os M-113, CLANF e Piranha lançam os soldados no terreno, isso após maciço fogo de armas automáticas, artilharia e mesmo fogo de mísseis anticarro do tipo RBS 56 Bill e AT-4, ambos de fabricação sueca.

No ar, VANTs leves do tipo Caracará fazem o reconhecimento próximo, localizando posições inimigas e retransmitindo as imagens em tempo real. Ameaças inimigas como dispositivos explosivos improvisados (IED) são neutralizadas pela Engenharia de Combate. As baterias de Bofors 40 mm atiram em alvos rebocados por aeromodelos, sendo que um deles, do tipo Eclipse (fornecido pelo 11ºGAAAe-EB) e dotado de flare (sinal luminoso infravermelho) é abatido por um certeiro disparo de míssil terra-ar MANPADS Mistral. O ataque se revela bem sucedido, causando grandes danos e muitas baixas ao inimigo. Um detalhe, todo o exercício foi realizado com o emprego de munição real, para máximo realismo no treinamento.

2ª Esquadra e Fuzileiros Navais no Líbano

Após o encerramento do exercício, coletiva de imprensa realizada na base de Formosa reuniu jornalistas e os Almirantes Jorge Mendes (Cmte da Tropa de Reforço), Leitão (Cmte da força de Fuzileiros da Esquadra) e Carrara (Cmte do 7º Distrito Naval). Dentre os temas abordados, a desativação de minas da 2ª Guerra Mundial encontradas recentemente no litoral nordestino dividiu as atenções com o planejamento da Marinha do Brasil para a implementação da 2ª Esquadra, prevista para ser baseada em um porto da região nordeste do país, de acordo com o Plano Nacional de Defesa.

Foi anunciada pela Marinha, mas ainda dependendo de confirmação pelo Governo Federal, da criação e envio de uma Força de Paz nucleada em efetivos do Corpo de Fuzileiros Navais para o Líbano, possivelmente no 2º trimestre de 2011. Segundo os almirantes, o exercício em Formosa foi aproveitado para começar a preparo das tropas, veículos e logística de campo necessária para atuarem em terreno tão distante e com linhas de abastecimento muito extensas, o que deverá dificultar sobremaneira o cumprimento desta empreitada. Algo comum para uma tropa tão aguerrida como o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, “A Força que vem do Mar”.

AD SUMUS!
Roberto Caiafa
via https://noticiasmilitares.blogspot.com. ... diu-o.html




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9588 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 07, 2017 7:37 pm

Túlio escreveu:
knigh7 escreveu:
Vc está fazendo isso porque não consegue rebater o argumento. Eu não estou utilizando 1 só fonte. Eu usei o Cel Jauro também.
E quem dá o treinamento na EsACosAAe é a Rosoboronexport, que conhece o Eclipse. Os fuzileiros navais usam o Eclipse para treinamento com o Mistral.

CREDO, qual argumento? :shock: :shock: :shock: :shock:

Eu só vi "disse-me-disse" e necas de pesquisa séria...

Mas tá, me parece que queres que o meu post desapareça, não? Tá brabo, no que virar a página sem que forista ISENTO e TÉCNICO note, eu repito. [003] [003] [003] [003]


Estou estou me apoiando em matérias que são publicadas, com 2 autores aqui presentes, e um Cel que faz parte do fórum. Não tem nada de disse-me-disse.

Não é problema com o Eclispe+ sinalisador, seja pelo êxito com o Mistral seja pela própria Rosoboronexport dar o suporte no treinamento.

Vc vem apelando para russofobia. Eu mesmo já te respondi anteontem aqui no tópico que o desempenho com o Aspide na MB é ruim.

Aliás, eu não tive critica alguma em contrariar os dados da MBDA. Agora vai criticar a PK de míssil russo...é como bater em caixa de marimbondo. Esquecem que se critica também sistemas ocidentais e rotula a pessoa.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9589 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mar 07, 2017 7:46 pm

Túlio escreveu: EDIT - Tenho a mesmíssima dúvida do Lucas Lasota: se com um Msl de operação simples como o IGLA os nossos Militares já são tão BISONHOS, como será com algo bem mais complicado como o RBS? Quanto mais leio sobre os sucessivos "erros" de Formosa mais desconfiado fico...
Depois comento o resto, mas por hora vou apenas deixá-lo mais desconfiado, o Igla foi adquirido em 94 (esses comunas!), pelo que consta primeiro procuraram os americanos para pedir o Stinger e ouviram um sonoro não, ai aceitaram o que sobrou, até 2004 só tinham realizado 30 disparos, não sei com que sucesso, ai em 2004 o míssil foi avaliado em Formosa sendo realizado 4 disparos, todos com sucesso.

Muito bem, você não acha estranho que quando começam a avaliar um outro míssil mais complexo os soldados "esquecem" de como se usa um míssil muito mais simples? Ou mesmo, que o míssil que funcionou bem até agora comece a falhar?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9590 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 07, 2017 8:07 pm

Em 94 o RBS-70 já existia. Por quê o EB não se interessou por ele na época e somente agora?

Além do Stinger, e do próprio Igla, existiam vários modelos de Manpads também a disposição no mercado internacional. Não olharam o que havia disponível e o quê cabia no bolso? Tinha que comprar o Igla, mesmo que a contragosto?

Por tudo que já li e vi por aí, tanto russos como vários países do leste europeu, para não falar da China, desenvolveram modelos de Manpads aperfeiçoados a partir do Igla, que é o míssil portátil de maior sucesso comercia do mundo. E aí anos depois de estar sendo empregado no EB de repente ele não funciona quando confrontado com o RBS-70? Estranho isso.

Me parece que isso só demonstra o quão longe estamos de uma verdadeira priorização com a operacionalidade da força. Mísseis de ombro são armas baratas de obter e mais baratas ainda de usar e manutenir. Mas em pouco mais de vinte anos quantos Iglas nós compramos mesmo?

Bobear, até o ISIS e assemelhados devem ter mais manpads do que o EB... :roll:

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9591 Mensagem por Bolovo » Ter Mar 07, 2017 8:20 pm

Uma série de vídeos para acabar com todas as suposições infundadas.

Teste do Igla em Formosa em 5 de agosto de 2015. Aos 1:40 que o disparo é perfeito, acertando o alvo, bonitinho, como tem que ser. Reparem no espetacular começo, com todo mundo saindo correndo de dentro do Guarani.

http://www.youtube.com/watch?v=w7d49MBEIpg


Agora no mesmo dia, no mesmo local, também dispararam um RBS-70. Reparem como é extremamente móvel, um absurdo de mobilidade, sendo necessário até o apoio do motorista da viatura para operar a contento. Aos 54 segundos que é detalhado os componentes da peça: Sargento-chefe da peça, Cabo-atirador e motorista/remuniciador. O disparo ocorre aos 2:38, e assim como o Igla, também acertando o alvo.

http://www.youtube.com/watch?v=g0x8BndTvNg


Se o EB quer substituir o Igla pelo RBS-70, só posso concluir que os mesmos vivem no mundo da Lua e não aprenderam nada com os conflitos recentes. São sistemas completamente diferentes. Como já disse, creio que o RBS-70 irá substituir os atuais canhões (se chegarem canhões novos depois, isso é outra história, pois creio que os canhões modernos tem uma filosofia de emprego totalmente diferente dos canhões antigos).




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9592 Mensagem por Luís Henrique » Ter Mar 07, 2017 8:25 pm

knigh7 escreveu:
Túlio escreveu:
CREDO, qual argumento? :shock: :shock: :shock: :shock:

Eu só vi "disse-me-disse" e necas de pesquisa séria...

Mas tá, me parece que queres que o meu post desapareça, não? Tá brabo, no que virar a página sem que forista ISENTO e TÉCNICO note, eu repito. [003] [003] [003] [003]


Estou estou me apoiando em matérias que são publicadas, com 2 autores aqui presentes, e um Cel que faz parte do fórum. Não tem nada de disse-me-disse.

Não é problema com o Eclispe+ sinalisador, seja pelo êxito com o Mistral seja pela própria Rosoboronexport dar o suporte no treinamento.

Vc vem apelando para russofobia. Eu mesmo já te respondi anteontem aqui no tópico que o desempenho com o Aspide na MB é ruim.

Aliás, eu não tive critica alguma em contrariar os dados da MBDA. Agora vai criticar a PK de míssil russo...é como bater em caixa de marimbondo. Esquecem que se critica também sistemas ocidentais e rotula a pessoa.
Mas Manuel, por mais que tenha 2, 3 ou 100 pessoas como fonte, o problema do Igla, pelo que percebi na discussão, foi em um treinamento do EB.

Eu também acho MUITO POUCO para desqualificar o míssil russo.

Existem DEZENAS de países que operam esta arma.
Acredito que CENTENAS de exercícios já devem ter ocorrido com o uso deste míssil.

Pegar apenas UM exercício que os resultados foram ruins e TAXAR o míssil como sendo uma porcaria é um pouco exagerado.

Pode ter ocorrido sim problemas com o alvo ou problemas com o treinamento. Aliás, mesmo bem treinado, na hora de fazer a coisa DE VERDADE o cara pode tremer um pouco e acabar tendo um desempenho ruim.
Não justifica o fraco desempenho. Mas também não justifica UM exercício acabar com a reputação de um míssil operado no mundo todo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9593 Mensagem por Bolovo » Ter Mar 07, 2017 8:41 pm

Mais três vídeos de tiros reais de Igla realizados no Brasil:

Alvo sendo atingido aos 13s

http://www.youtube.com/watch?v=d949lv2mlkA

Alvo sendo atingido aos 11s

http://www.youtube.com/watch?v=9MkMXrNpcJY

Alvo sendo atingido aos 30s (som do impacto)

http://www.youtube.com/watch?v=Q0TACG-1BfQ


Pronto. Refutado.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9594 Mensagem por Luís Henrique » Ter Mar 07, 2017 11:07 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Túlio escreveu: EDIT - Tenho a mesmíssima dúvida do Lucas Lasota: se com um Msl de operação simples como o IGLA os nossos Militares já são tão BISONHOS, como será com algo bem mais complicado como o RBS? Quanto mais leio sobre os sucessivos "erros" de Formosa mais desconfiado fico...
Depois comento o resto, mas por hora vou apenas deixá-lo mais desconfiado, o Igla foi adquirido em 94 (esses comunas!), pelo que consta primeiro procuraram os americanos para pedir o Stinger e ouviram um sonoro não, ai aceitaram o que sobrou, até 2004 só tinham realizado 30 disparos, não sei com que sucesso, ai em 2004 o míssil foi avaliado em Formosa sendo realizado 4 disparos, todos com sucesso.

Muito bem, você não acha estranho que quando começam a avaliar um outro míssil mais complexo os soldados "esquecem" de como se usa um míssil muito mais simples? Ou mesmo, que o míssil que funcionou bem até agora comece a falhar?
Pensei a mesma coisa.

No Brasil eu não duvido de nada.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9595 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Mar 07, 2017 11:55 pm

Túlio escreveu:Bueno, para ficar mais claro: o nó górdio dos MANPADS do tipo fire-and-forget (e tomo como exemplo os mais conhecidos, IGLA 18 e Stinger) reside na CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO.
Apenas acrescentando algo aqui, em mísseis antigos a capacidade de processamento era um problema, mas nos mísseis atuais não é, o espaço ainda é bem limitado para sensores (por conta disso o processador terá que trabalhar com dados limitados) mas eles tem plena capacidade de processamento e armazenamento de informações, embora mísseis pequenos e novos ainda tenham sérias limitações em relação aos sensores e motores (e tudo que seja limitado pelo espaço físico) a miniaturização dos chips permitiu que a programação deles ficasse bem sofisticada, alias, é praticamente a única área onde eles podem se expandir sem barreiras.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9596 Mensagem por knigh7 » Qua Mar 08, 2017 1:47 am

Luís Henrique escreveu:
knigh7 escreveu:

Estou estou me apoiando em matérias que são publicadas, com 2 autores aqui presentes, e um Cel que faz parte do fórum. Não tem nada de disse-me-disse.

Não é problema com o Eclispe+ sinalisador, seja pelo êxito com o Mistral seja pela própria Rosoboronexport dar o suporte no treinamento.

Vc vem apelando para russofobia. Eu mesmo já te respondi anteontem aqui no tópico que o desempenho com o Aspide na MB é ruim.

Aliás, eu não tive critica alguma em contrariar os dados da MBDA. Agora vai criticar a PK de míssil russo...é como bater em caixa de marimbondo. Esquecem que se critica também sistemas ocidentais e rotula a pessoa.
Mas Manuel, por mais que tenha 2, 3 ou 100 pessoas como fonte, o problema do Igla, pelo que percebi na discussão, foi em um treinamento do EB.

Eu também acho MUITO POUCO para desqualificar o míssil russo.

Existem DEZENAS de países que operam esta arma.
Acredito que CENTENAS de exercícios já devem ter ocorrido com o uso deste míssil.

Pegar apenas UM exercício que os resultados foram ruins e TAXAR o míssil como sendo uma porcaria é um pouco exagerado.

Pode ter ocorrido sim problemas com o alvo ou problemas com o treinamento. Aliás, mesmo bem treinado, na hora de fazer a coisa DE VERDADE o cara pode tremer um pouco e acabar tendo um desempenho ruim.
Não justifica o fraco desempenho. Mas também não justifica UM exercício acabar com a reputação de um míssil operado no mundo todo.
Pode ser o treinamento mesmo. E não acho que o Igla seja uma porcaria. Acho que ele tem uma baixa PK.

Mas eu não estou só me apoiando na matéria da T&D. O Jauro colocou um post alguns anos atrás aqui no tópico que o indice de acerto era de cerca de 1 em cada 5.
Aliás é fácil procurar no youtube o pessoal da AAAe acertando o alvo com o Igla (na verdade só em 1 consegui ver o alvo, o resto foram explosões).
Aliás no último dos vídeos que o Bolovo pôs a explosão veio em prazo demorado e o pessoal não comemorou. Isso é porque eles se autodetonam um certo tempo depois que foram disparados. Não acertam o alvo, passa um tempo e se autodetonam.

O RBS70 não tem finalidades distintas do Igla. E é bem menos prático. E com certeza mais caro. O EB poderia só ter ficado com aquele lote para as Jogos. E continuar comprando o Igla. Entretanto em junho de 2016,aparece a portaria 144 padronzinando esse míssil na baixa altura com base no relatório de avaliações.

O que eu venho contestando é a crítica por parte do EB adotar o RBS 70 em detrimento do Igla. Tudo indica que o RBS 70 tem um desempenho melhor.

De revistas eu li que futuramente o Igla só será dotação de bdas leves (aeromóvel e de selva). Ou seja, pretende-se colocar onde a necessidade de mobilidade a pé é alta.

É por isso na verdade que eu não vejo problema em adotar o RBS70 nos GAAAe. Eles não vão tirar lugar de onde a necessidade de mobilidade à pé é muito forte.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9597 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mar 08, 2017 2:50 am

knigh7 escreveu:Pode ser o treinamento mesmo. E não acho que o Igla seja uma porcaria. Acho que ele tem uma baixa PK.

Mas eu não estou só me apoiando na matéria da T&D. O Jauro colocou um post alguns anos atrás aqui no tópico que o indice de acerto era de cerca de 1 em cada 5.
A PK depende das condições em que o míssil foi usado.

Em um dos videos que o Bolovo postou o Igla foi usado em uma apresentação para o público, eu duvido que fariam isso se não tivessem certeza que, na situação ensaiada, eles conseguissem algo próxima a 100% de chances de acerto, seria um mico muito grande errarem o alvo com platéia.

Fora dessa situação ideal a probabilidade de sucesso pode ser menor, e até muito menor, não duvido disso, é um míssil com sérias restrições no tamanho.
knigh7 escreveu:O RBS70 não tem finalidades distintas do Igla. E é bem menos prático.
Existe uma diferença bem clara entre os dois e acho que até você concorda.
knigh7 escreveu:Entretanto em junho de 2016,aparece a portaria 144 padronzinando esse míssil na baixa altura com base no relatório de avaliações.

O que eu venho contestando é a crítica por parte do EB adotar o RBS 70 em detrimento do Igla. Tudo indica que o RBS 70 tem um desempenho melhor.

De revistas eu li que futuramente o Igla só será dotação de bdas leves (aeromóvel e de selva). Ou seja, pretende-se colocar onde a necessidade de mobilidade a pé é alta.

É por isso na verdade que eu não vejo problema em adotar o RBS70 nos GAAAe. Eles não vão tirar lugar de onde a necessidade de mobilidade à pé é muito forte.
Que o RBS 70 tem um desempenho melhor acho que ninguém duvida, é um míssil muito maior!

Sobre a substituição, o Jauro comentou a algum tempo, chamar de substituição é um certo exagero, o RBS será usado em unidades de dispõe de veículos para transportá-lo, para qualquer um fica claro que é inviável usa-lo com tropas aerotransportadas ou que se movem a pé, ele seria realmente útil se fosse montado em um veículo, ao invés de simplesmente transportado e montado no chão (vi isso com o Mistral), a necessidade de montá-lo é um grande impecilho a sua utilização, por melhor que seja o desempenho do míssil.

Pessoalmente acho ele redundante, se é para montar em veículos leves há opções melhores como o LFK NG, isso iria satisfazer a necessidade das brigadas leves e médias, no caso das brigadas blindadas algo como o Pantsir faz muito mais sentido.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9598 Mensagem por knigh7 » Qua Mar 08, 2017 2:53 am

FCarvalho escreveu:Em 94 o RBS-70 já existia. Por quê o EB não se interessou por ele na época e somente agora?

Além do Stinger, e do próprio Igla, existiam vários modelos de Manpads também a disposição no mercado internacional. Não olharam o que havia disponível e o quê cabia no bolso? Tinha que comprar o Igla, mesmo que a contragosto?

Por tudo que já li e vi por aí, tanto russos como vários países do leste europeu, para não falar da China, desenvolveram modelos de Manpads aperfeiçoados a partir do Igla, que é o míssil portátil de maior sucesso comercia do mundo. E aí anos depois de estar sendo empregado no EB de repente ele não funciona quando confrontado com o RBS-70? Estranho isso.

abs.

O 9k38-S do Igla é 2,5 vezes mais barato que o Mistral. Para os fuzileiros que tinham uma necessidade muito baixa de mísseis e lançadores, poderiam dar a esse luxo. O EB, não.

O post do Jauro sobre o desempenho do Igla é coisa de uns 5, 6, 7 anos atrás. Não foi de uma hora para outra que ele ficou ruim e nem acredito que ele seja uma desgraça. Só tem outros melhores.

Acho que a teoria da conspiração não cabe.

Respondendo a outro questionamento, o Igla é copiado em países em que ele foi vendido e é um MANPAD barato. Ele é operado por 19 países.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9599 Mensagem por Bolovo » Qua Mar 08, 2017 3:34 am

knigh7 escreveu:Aliás no último dos vídeos que o Bolovo pôs a explosão veio em prazo demorado e o pessoal não comemorou. Isso é porque eles se autodetonam um certo tempo depois que foram disparados. Não acertam o alvo, passa um tempo e se autodetonam.
Suposição sua. Aos 26 segundos é possível ver uma explosão:

Imagem


O som aparece aos 30 segundos pela distância. O vídeo tem uma qualidade muito ruim e seria impossível ver um alvo daquele tamanho nessa distância. Você está supondo coisas malucas e sem nexo nenhum com a realidade. Seria muito mais honesto falar que você não gosta do Igla e acha o RBS-70 (que eu acho um trambolho, além de ser uma verdadeira porcaria) uma opção melhor, é um direito seu.

Pouparia muito trabalho.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9600 Mensagem por Lucas Lasota » Qua Mar 08, 2017 4:12 am

Creio que boa parte da discussão (apesar de estar muito produtiva e didática) deve-se a uma má interpretação da palavra padronização e suas consequências no documento apresentado pelo colega forista.

O termo padronização não se refere à exclusão de um material pelo outro, mas somente é resultado positivo de um processo de avaliação pela força e sua consequente regularização como equipamento padrão da tropa.

A adoção de um equipamento padrão não significa necessariamente a exclusão de outro, a não ser se estivermos falando de uma concorrência entre os equipamentos envolvidos, o que não é nosso caso.

Portanto, de modo algum o documento a respeito da padronização do RBS-70 resulta da exclusão do Igla no inventário do EB, até porque o Igla também passou pelo mesmo processo de padronização em 2008.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da delegação de competência
que lhe confere a alínea v do inciso IV do art. 1° da Portaria n° 727 do Comandante do Exército, de 8 de
outubro de 2007, e considerando o Parecer de Comissão Especial para padronização de material de
emprego militar, nomeada pela Portaria Ministerial n° 980, de 20 de novembro de 1997, e o Ato de
Adoção do Sistema de Mísseis Antiaéreo IGLA, de acordo com a Portaria n° 023-EME, de 4 de abril de
2002, resolve:
Art. 1° Padronizar o Sistema de Mísseis Antiaéreo IGLA na Força Terrestre.




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