Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#31 Mensagem por Bourne » Sex Set 19, 2008 10:26 am

Estamos vendo o nascimento de uma nova Era, em que a regulação financeira será da vez mais dura, a fim de evitar delírios especulativos.

E, graças a crise, o OBAMA leva a presidência fácil, e vocês já leram o que o campanhieros Stiglitz pretende fazer :twisted: :twisted: :twisted:

Vou sumir por umas três semanas, e cuidar de mi vida

Hasta la Vista, baby :twisted:




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Re: Crise Econômica Mundial

#32 Mensagem por PRick » Sex Set 19, 2008 2:27 pm

Túlio escreveu:Remeto-me aos textos por mim citados nas primeiras páginas do tópico 'Decadência americana ou emergência dos BRICs' onde, na contramão dos colegas que viam tudo como um leve resfriado da economia ianque, eu já chamava a atenção para as imensas CBs no horizonte: tudo o que está acontecendo agora está ali previsto - não, não fui eu quem previu, apenas li e concordei com o que estava escrito - então me é perfeitamente natural crer que o que AINDA não aconteceu está na seqüência do cronograma. Por exemplo, a China ainda não se mexeu. Sugiro que se dê uma olhada... :wink:

Túlio,

Apesar da crise ser muito séria, ela é de parte da economia global, e está localizada num área da economia. Existem hoje muitos instrumentos e muita grana virtual, para bancar o rombo virtual. Por enquanto, na economia real, o que vermos é uma queda ou mesmo uma pequena recessão nos EUA, Japão e UE, os países muito dependentes desses, com suas exportações, sofrerão, particurlamente, México, Chile, Caribe e Canadá na América Latina.

Se tivéssemos seguido a mesma política do FH, ou seja, ficar como boi no pasto, estávamos ferrados, mas com a diversificação de nossas exportações e a menor dependência dos EUA de nosso história comercial, vamos sentir muito menos.

Do mesmo modo o BRIC, atualmente, estão crescendo muito mais por conta de seu mercado interno, do que exportações, seria bem diferente, se essa crise tivesse acontecido em 2004. E que nos faz pensar, como o mundo mudou rápido. Quem deve sentir mais é a Rússia.

No final, vamos ver o G-7 com taxas de crescimento abaixo de 2%, até mesmo proximas a zero. E os BRIC´s passando para um crescimento médio de uns 5% ou 6% ao ano.

Me lembro do pessoal dizendo, ora estamos bem porque não existe crise lá fora como na época do FHC, agora, eles não tem mais o que dizer. Se fosse em 1998, estaríamos com uma taxa de câmbio de 4 ou 5 reais para cada dólar hoje, e o BC teria que colocar os juros em 50% ao ano, e estaríamos de novo no FMI.

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PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#33 Mensagem por PRick » Sex Set 19, 2008 2:34 pm

Por sinal gente, vê se parece que existe crise lá fora. Não só no Brasil, mas na China também.:wink:

Em 1998, quando o Banco Central anunciava algo, todos apostavam contra. Agora, com cacife real, não existe mais especulação contra a moeda.
Em clima de euforia, Bovespa chega a subir mais de 9%

19/09 - 08:17 , atualizada às 14:08 19/09 - Redação com agências

A Bovespa abriu os negócios nesta sexta-feira em clima de euforia e chegou a operar com alta de 9,56%. O otimismo é reflexo da melhora nos preços das commodities e do plano anunciado pelos EUA para sanar a crise. O programa, que deve ser detalhado nesta sexta-feira, também impulsionou as bolsas europeias, americana e asiáticas.

Por volta de 12h50, a alta da Bovespa era de 7,08%, aos 51.849 pontos. Já o anúncio do leilão do Banco Central brasileiro e a retomada do otimismo nos mercados levaram o dólar a desabar. Caía 4,89%, cotado a R$ 1,827.

Além do leilão de linha do Banco Central (BC), que ofertará moeda no mercado à vista, a cotação da moeda norte-americana reage à melhora de humor global.

Existe a expectativa de que o governo dos Estados Unidos criará uma agência para coordenar o processo de compra, venda e resgate de instituições financeiras, além de concentrar os créditos podres.

Bolsas europeias

Após o pregão asiático fechar com fortes altas nesta sexta-feira, agora é a vez das bolsas europeias. Até a metade do dia, reagiam positivamente às medidas anunciadas pelo Governo dos EUA para reduzir a pressão sobre o setor hipotecário e financeiro.

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) injetou nesta sexta-feira mais US$ 40 bilhões no mercado de divisas. Na metade do pregão, subiam a Bolsa de Londres (8,1%), a Bolsa de Frankfurt (4%), a Bolsa de Paris (6,3%) e a Bolsa de Madri (6%).

Ontem, Wall Street reagiu favoravelmente às medidas e fechou com alta de 3,9%. O Governo americano, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o Congresso se uniram para lançar o maior pacote de medidas para conter uma crise, e que permitirá aos bancos se desfazer de seus ativos prejudicados.

Na Europa, na metade dos pregões, todos os setores empresariais apresentavam alta, menos no setor automobilístico e de autopeças. Os bancos lideravam os ganhos, com alta média de 16%, seguidos das seguradoras, com 12,2%.

Em Frankfurt, a seguradora Allianz ganhava 12,6%, o Commerzbank subia 17,1% e o Deutsche Bank subia 15,2%.

Em Paris e em Londres, as altas dos bancos eram muito maiores: Crédit Agricole subia quase 23%, o Barclays ganhava 30,1% e o Halifax Bank of Scotland (HBOS) subia quase 40%.

Ásia

Entre as Bolsas asiáticas, todos os mercados fecharam acima dos 4%, sendo que Hong Kong e Xangai atingiram históricas altas, superiores a 9,5%, também influenciados por fatores internos. A Bolsa de Tóquio também recebeu bem as iniciativas das autoridades americanas, e o índice Nikkei subiu 3,8%.




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Re: Crise Econômica Mundial

#34 Mensagem por P44 » Seg Set 22, 2008 6:32 am

António Caçorino
Goldman Sachs e Morgan Stanley não deverão resistir até ao final do ano
Esta crise é de tal forma nova e abrangente que, até se ver a luz ao fundo do túnel, "é difícil ser optimista", defende António Caçorino, que acaba de sair da direcção mundial do Citigroup, que acredita que a Goldman Sachs e a Morgan Stanley não deverão resistir até ao final do ano como bancos de investimento.

Elisabete de Sá



Esta crise é de tal forma nova e abrangente que, até se ver a luz ao fundo do túnel, "é difícil ser optimista", defende António Caçorino, que acaba de sair da direcção mundial do Citigroup, que acredita que a Goldman Sachs e a Morgan Stanley não deverão resistir até ao final do ano como bancos de investimento.



Em entrevista ao Negócios, quando questionado se é o fim da banca de investimento tal como a conhecemos, António Caçorino foi peremptório: “Sim, não tenho qualquer dúvida. Até ao fim do ano provavelmente não irá existir nenhum banco de investimento que não esteja 'casado' com um grande banco comercial, ou que não tenha um grande investidor que detenha parte significativa do seu capital (por exemplo um fundo soberano) que lhe dê maior estabilidade de longo prazo”.



Quanto à Morgan Stanley e á Golfman Sachs, o responsável assegurou “duvido que cheguem ao fim do ano em pé com o mesmo modelo de negócio. O curioso é que, na minha opinião, o Merrill Lynch e o Lehman tinham melhores modelos de negócio que o Morgan Stanley e o Goldman Sachs”.



http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=332124




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Re: Crise Econômica Mundial

#35 Mensagem por PRick » Seg Set 22, 2008 1:47 pm

P44 escreveu:António Caçorino
Goldman Sachs e Morgan Stanley não deverão resistir até ao final do ano

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=332124
O mais engraçado é que esses bancos de investimento dos EUA, eram os responsáveis por medir risco país, que tanto a mídia brasileira gostava de noticiar, os tais pontos. Agora, eu pergunto, qual é a competência desse pessoal para medir riscos, se não sabem, nem mesmo medir seu próprio risco!!!!

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Re: Crise Econômica Mundial

#36 Mensagem por Sterrius » Seg Set 22, 2008 7:01 pm

Bem... economia nunca foi la muito exata desde que algum esperto inventou a especulação :mrgreen:




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Re: Crise Econômica Mundial

#37 Mensagem por P44 » Qui Set 25, 2008 7:13 am

Editorial - Estados Unidos precisam de liderança para sair da crise
25/09 - 05:01 - The New York Times


Somente na quarta-feira o presidente Bush se dirigiu ao povo americano sobre a crise financeira que atinge o país e não ofereceu nada além do fator medo.



Não houve reconhecimento da chocante falha do programa de regulamentação do governo, ou do fato de que o país não pode mais suportar as isenções fiscais aos muito ricos e guerras que ultrapassam o orçamento, ou que gastar pelo menos US$ 700 bilhões do dinheiro dos contribuintes para resgatar Wall Street e os bancos deve ser feito com cuidado, transparência e fiscalização do Congresso e das cortes.


Nós entendemos sua relutância, uma vez que seu desprezo por regulamentação é um dos motivos que resultou na atual crise. Mas ele poderia ter oferecido muito mais do que uma descrição assustadora dos mercados de crédito na qual não assumiu responsabilidade alguma pela situação financeira do país.

Ele prometeu proteger os contribuintes com sua proposta de resgate, mas não explicou como faria isso além de dizer que ao assumir empreendimentos em dificuldades o governo comprará barato e venderá caro. Além disso, ele alertou que "toda nossa economia está em perigo" a menos que o Congresso aprove seu plano de resgate imediatamente.

No final, a aparição do presidente Bush serviu apenas para nos lembrar de algo que tem nos preocupado ao longo desta crise: a ausência de liderança, mesmo nos comitês de campanha.

Dada a atuação assustadoramente fraca de Bush, as únicas pessoas que poderiam oferecer isso são os dois homens que buscam substituí-lo. Mas até agora, nem John McCain nem Barack Obama ofereceram essa liderança.

O que torna essa situação especialmente frustrante é que essa crise deveria oferecer a eles uma chance de explicar suas políticas econômicas e oferecer soluções concretas para a crise.

McCain tomou atitudes visivelmente piores do que Obama. Primeiro, ele disse que a economia estava forte, ignorando a profundidade dos problemas de milhares de americanos que perderam suas casas. Depois ele pediu a criação de uma comissão como a de 11/9 para estudar a causa da crise, como se houvesse um mistério a ser solucionado. Nos últimos dias ele se tornou um populista, uma posição que contradiz toda sua carreira que, como ele mesmo diz, começou como "soldado raso na revolução Reagan".

Depois disso tudo, McCain agora diz que o projeto de resgate que está em debate no Congresso deve proteger os contribuintes, que todo o dinheiro tem que ser usado em público e que um comitê bipartidário deve "oferecer fiscalização". Mas ele não indicou como garantirá que os contribuintes "recuperem" esse dinheiro.

McCain propôs tributar o salário de executivos nessas empresas para reaver o dinheiro do resgate, uma idéia punitiva que definitivamente não resolveria a crise. Seu novo populismo chegou só até aqui.

O mais importante é que McCain não disse uma palavra sobre fortalecer a regulamentação ou mudou um milímetro de sua insistência em manter as isenções fiscais aos ricos criada por Bush. Essa atitude não ajudou a melhorar a vida da maioria dos americanos e, mesmo sem US$700 bilhões em resgate, acorrentou gerações vindouras a incômodos déficits.

Obama tem sido mais claro sobre a magnitude e as causas da crise financeira.

Ele há muito pede uma regulamentação maior da indústria financeira e disse anteriormente que o projeto de resgate precisa proteger os contribuintes.

Obama também reconhece que os ricos precisam pagar mais impostos ou este país não irá sair dessa situação financeira. Mas como faz geralmente, Obama chegou perto mas não ofereceu soluções completas.

Não sabemos se McCain ou Obama farão algo bom em Washington. Mas a idéia de McCain de adiar o debate de sexta-feira não passou de outro gesto arredio de um candidato passível demais deste tipo de ação. A nação precisa ver Obama e McCain debaterem a crise e demonstrarem quem está pronto para liderar.

http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york ... 36859.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#38 Mensagem por delmar » Qui Set 25, 2008 8:58 am

PACOTE DE AJUDA

Os maiores críticos, dentro do congresso americano, ao pacote proposto por Busch estão dentro de seu próprio partido. Gostei muito de ver aquele parlamentar republicano do Texas, furioso, bradando contra "a ajuda aos ratos gordos de Wall Street". A coisa não vai ser tão fácil. Os 700 bilhões de dolares podem sair mas terão muitos condicionantes. Não deverá ser a tábua de salvação por onde seguirão flutuando os "ratos gordos". Os deputados americanos, dos dois partidos, farão o possível para que todos eles afundem.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Crise Econômica Mundial

#39 Mensagem por P44 » Qui Set 25, 2008 12:27 pm

Pelo que ouvi na rádio a desconfiança do povo americano em relação a este "plano de recuperação" é total, todo mundo acha que será para "safar" os amiguinhos de Wall Street que fizeram a melda, e não para ajudar o americano-normal, que terá de pagar a "salvação" dos "tubarões" com o dinheiro dos seus impostos.

God Bless Savage Capitalism... 8-]




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Re: Crise Econômica Mundial

#40 Mensagem por Bourne » Qui Set 25, 2008 1:16 pm

O Ben Bernake estima que são necessários 700 Bi de dólares para salvar o sistema bancário norte-americano e o sistema de crédito. Caso contrário, se o pessoal decidir não salvar, todo o sistema financeiro norte-americano vai para o espaço, implodindo o sistema de crédito e primazia financeira norte-americana no mundo. Isso reflete numa menor oferta de crédito e capacidade de endividamento dos consumidores, empresas e governo. Ao memso tempo, ceifando a capacidade norte-americana de uso da força militar e política no mundo, além de apresar uma mudança estrutural na economia mundial, na qual os EUA vão perder sua posição central.

Ontem, assisti num jornal, que o Congresso quer aprovar um plano de salvamento no valor de 200 Bi, o que é insuficiente. Na verdade, o pacote proposto de 700 bi é insuficiente, o custo vai chegar a trilhões.




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Re: Crise Econômica Mundial

#41 Mensagem por soultrain » Qui Set 25, 2008 1:23 pm

Taxas Euribor continuam escalada
Juros voltam a disparar com agravar das tensões no mercado de crédito (act)
As taxas de juro do mercado monetário continuam em forte alta, revelando que os bancos estão cada vez mais relutantes em emprestar dinheiro entre si, à medida que cresce o pessimismo sobre a aprovação do plano da Administração Bush para combater a crise. As taxas Euribor voltaram hoje a disparar, sobretudo nos prazos mais curtos. A Libor registou a maior subida em nove anos.
Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


(actualiza com evolução das Libor em dólares)

As taxas de juro do mercado monetário continuam em forte alta, revelando que os bancos estão cada vez mais relutantes em emprestar dinheiro entre si, à medida que cresce o pessimismo sobre a aprovação do plano da Administração Bush para combater a crise. As taxas Euribor voltaram hoje a disparar, sobretudo nos prazos mais curtos. A Libor registou a maior subida em nove anos.

A Euribor a 6 meses, principal indexante no crédito à habitação dos portugueses, subiu para um novo recorde nos 5,296%. Nos prazos mais curtos a subida foi mais acentuada, demonstrando a instabilidade que se vive no mercado de crédito.

A Euribor a 3 meses trepou para 5,119%, aproximando-se cada vez do máximo histórico de Novembro de 2000 fixado nos 5,14%. Foi a nona subida consecutiva deste indexante, que também é muito utilizado como indexante nos créditos à habitação dos portugueses.

Na Euribor a 1 mês a subida de hoje foi de 7 pontos base, para 4,98%. Na semana passada esta taxa situava-se nos 4,52%.

A forte subida das taxas de juro no mercado monetário mostram bem como os bancos estão cada vez mais avessos a emprestarem dinheiro entre si, o que leva a um aumento das taxas de juro.

Nem as injecções de liquidez dos bancos centrais tem resolvido o problema. Ainda hoje o BCE realizou um novo leilão de 40 mil milhões de dólares para estabilizar os mercados. Recebeu 43 ofertas, para um total de 72,7 mil milhões de dólares.

Libor a três meses regista maior subida de sempre

Também as taxas de juro interbancárias de outras regiões, como na Ásia e Estados Unidos, estão a registar fortes subidas. Isto porque o mercado teme que o Congresso dos Estados Unidos vá adiar a aprovação do plano da administração Bush, ou mesmo impedir a aprovação de partes do programa.

George W. Bush afirmou hoje que os Estados Unidos podem enfrentar uma "longa e dura recessão" se o plano anti-crise, apresentado pelo Tesouro e pela Reserva Federal, não for aprovado pelo Congresso norte-americano. Entretanto, o candidato republicano John McCain suspendeu a sua campanha eleitoral para ajudar a combater a crise financeira.

A Libor em dólares a três meses disparou 29 pontos base para 3,77%, o que representa o maior aumento desde 1999. A Libor a 1 mês subiu de 3,429% para 3,709% e a Libor a seis meses subiu de 3,701% para 3,975%.





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Re: Crise Econômica Mundial

#42 Mensagem por Bourne » Qui Set 25, 2008 1:27 pm

O Mccain suspendeu a camapanha por que ele não tem contruibuições para sustentá-la. Ao contrário do Obama, que está nadando em dinheiro, ele tinham mais de 3 vezes a verba de campanha do McCain e crescendo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#43 Mensagem por ademir » Sex Set 26, 2008 12:05 pm

Mas o que vemos? Depois de anos de pregações em favor de um mercado livre de regulamentações e intervenções do estado os grandes bancos irem pedir ajuda do estado? O que esta acontecendo com a ideologia neoliberal desse povo...
Mais um banco fecha nos EUA e crise financeira dá sinais de agravamento

PARIS, 26 Set 2008 (AFP) - A crise financeira apresentou novos sinais de agravamento nesta sexta-feira, com o fechamento durante a madrugada, do banco americano Washington Mutual (WaMu), enquanto as preocupações aumentam nos mercados pelo impasse sobre o plano de resgate americano discutido pelos parlamentares democratas e republicanos.

Aumentando o clima de tensão, vários grandes bancos centrais anunciaram simultaneamente na manhã desta sexta-feira novas medidas para trocar liquidez entre eles com mais facilidade e alimentar assim seus sistemas bancários respectivos.

O Washington Mutual, que já estava em dificuldades, foi fechado na madrugada de quinta para sexta-feira pelas autoridades americanas, que decidiram fazer o JP Morgan Chase recomprar uma parte de suas atividades.

O "WaMu", com sede em Seattle (Oeste), era o sexto banco americano em ativos. Ele foi particularmente afetado pela crise do setor imobiliário.

Os analistas definem o fechamento do Washington Mutual como a maior falência de um banco nos Estados Unidos.

Os mercados financeiros continuam vivendo no ritmo das negociações sobre o plano de resgate bancário em discussão entre o governo americano e a maioria democrata no Congresso.

Apesar de o acordo ter chegado perto de um final feliz na quinta-feira à tarde, foi tomado por muito pessimismo à noite em Washington. Conseqüência, as Bolsas que haviam fechado em alta ontem, voltaram a operar no vermelho nesta sexta-feira na Ásia e na Europa.

Londres, que fechou em alta de 1,99% na véspera, perdia 1,07% nesta sexta-feira. Na mesma tendência, o CAC-40 parisiense caía 1%, depois da alta espetacular de 2,73% da quinta-feira. Em Tóquio, o Nikkei fechou nesta sexta-feira em baixa de 0,94%.

Os mercados americanos não tiveram tempo de reagir à patinagem das negociações políticas em Washington. O índice Dow Jones terminou ontem em forte alta de 1,82%.

O presidente da comissão bancária do Senado, o democrata Christopher Dodd, havia anunciado quinta-feira que os dois partidos do Congresso tinham chegando a um acordo fundamental sobre uma série de princípios". Mas nada de concreto foi anunciado.

"Acredito que acabaremos assinando um acordo, mas ainda temos que trabalhar muito para isso", declarou o candidato democrata à eleição presidencial, Barack Obama. Ele deu suas declarações ao sair de um encontro na Casa Branca com o presidente George W. Bush e o candidato republicano, John McCain. Esta reunião não teve os resultados esperados.

Pressionados pelos republicanos para adotarem rapidamente o plano de resgate do secretário do Tesouro, Henry Paulson, os americanos insistem em pedir medidas de ajuda às famílias.

Na manhã desta sexta-feira, o Federal Reserve americano, o Banco Central Europeu e seus colegas britânico e suíço anunciaram uma extensão de seus acordos excepcionais, os chamados "swap", usados para enfrentar a crise.

No mercado interbancário, as taxas aumentaram fortemente nos últimos dias, traduzindo a preocupação generalizada e tornando mais caro o dinheiro para os bancos.




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Re: Crise Econômica Mundial

#44 Mensagem por P44 » Seg Set 29, 2008 5:06 am

camarada ademir, o plano está a resultar em toda a linha, as toupeiras do KGB estão começando a nacionalizar por todo o lado, a vitória está próxima!!!! :mrgreen: :twisted:
Parceiro do BCP na área dos seguros
Grupo Fortis será parcialmente nacionalizado para evitar falência

29.09.2008 - 08h41 Lusa
O grupo financeiro Fortis, parceiro do BCP na área dos seguros que atravessa uma grave crise de confiança do mercado, será parcialmente nacionalizado, anunciou ontem ao final do dia o primeiro-ministro belga, Yves Leterme.

Os governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo (Benelux) acordaram injectar 11,2 mil milhões de euros naquele banco para ajudar a instituição a sair da crise financeira.

O acordo foi alcançado num encontro, realizado ontem, que reuniu membros do Governo dos três países e representantes dos respectivos bancos centrais e da União Europeia.

A Bélgica vai investir 4,7 mil milhões de euros em contrapartida de uma participação de 49 por cento na filial belga do grupo Fortis, enquanto a Holanda vai injectar 4 mil milhões de euros por igual participação na filial holandesa e o Luxemburgo 2,5 mil milhões por idêntica participação na respectiva filial.

Os três países esperam evitar a falência deste grupo financeiro, dando garantias aos investidores e assegurando aos clientes que o seu dinheiro não está em risco.

Por seu lado, o Fortis, que esta semana desvalorizou 35 por cento na bolsa de Bruxelas, será forçado a vender a participação que detinha no banco holandês ABN Amro, adquirida no ano passado.

A Fortis é parceira do BCP no segmento de seguros, controlando em conjunto o Millenium BCP Fortis Grupo Segurador, companhia que detém várias seguradoras, designadamente a Ocidental Vida, a Ocidental Seguros, a Pensões GERE e a Médis.

Aquela holding é detida em 51 por cento pela Fortis e em 49 por cento pelo BCP.

A venda de activos do grupo financeiro belga-holandês Fortis não terá qualquer impacto na actividade seguradora em Portugal, segundo garantiu à Lusa o administrador do BCP Nelson Machado.

Para o ministro holandês das Finanças, Wouter Bos, os quatro mil milhões de euros investidos pelo Estado holandês no grupo financeiro não são "dinheiro perdido".

"Não é dinheiro perdido, em troca recuperamos o direito de voto no banco e influência, o que é justamente aquilo que os investidores e as famílias apreciam numa altura em que se anunciam tempos incertos", assegurou Wouter Bos, questionado em Bruxelas pela televisão holandesa.

As acções do Fortis subiam hoje 14,5 por cento à abertura da bolsa de Amsterdão.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=57

Eita capitalismo baita di bom :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :!: [003]




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Re: Crise Econômica Mundial

#45 Mensagem por soultrain » Seg Set 29, 2008 5:57 am

Vocês ouviram o discurso do G W Bush?? Incrível, pôs a culpa da crise no congresso!!???

Esta crise é muito mais que financeira, é moral. A politica nacional e internacional deixou de ter moral nestes últimos 20 anos, o negócio sobrepôs-se ao bem de todos.

Vejo com muito maus olhos isto tudo, ou a social democracia pega com seriedade "nisto tudo" ou corremos o risco da extrema esquerda assumir a incompetência desta gente toda.

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