Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Seg Mar 11, 2024 4:27 pm Alguém aí tem notícias sobre em que pé está o desenvolvimento do modelo biplace na Suécia? Se já tem dada para voar e prontificar o mesmo. Salvo engano o cronograma diz que ele deve voar ainda este ano. Estamos em março. Faltam ainda 9 meses. Mas, como tudo em defesa no Brasil, isso não significa certeza.

EduClau escreveu: ↑Seg Mar 11, 2024 5:31 pm

FCarvalho escreveu: ↑Seg Mar 11, 2024 4:27 pm Alguém aí tem notícias sobre em que pé está o desenvolvimento do modelo biplace na Suécia? Se já tem dada para voar e prontificar o mesmo. Salvo engano o cronograma diz que ele deve voar ainda este ano. Estamos em março. Faltam ainda 9 meses. Mas, como tudo em defesa no Brasil, isso não significa certeza.

E complemento, como estão os da linha de montagem na Embraer ? Fazem 10 meses que foi inaugurada.
Linha de produção do F-39 Gripen é inaugurada no Brasil
9 de maio de 2023
https://www.defesanet.com.br/aviacao/li ... no-brasil/
Sds

sgtcoelho escreveu: ↑Qui Abr 04, 2024 1:06 pm Aqui pensando com meus botões! Mais de uma década para receber 7 aviões, se tivéssemos comprado uns 50 F-16 lá em 2013, já não os teríamos recebido e todo mundo, na FAB principalmente, não estaria feliz da vida? Talvez agora até pensando na compra de uns pares de F-35 para dar uma requentada? O que os entendidos do assunto têm a dizer?

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Abr 06, 2024 3:34 pm

sgtcoelho escreveu: ↑Qui Abr 04, 2024 1:06 pm Aqui pensando com meus botões! Mais de uma década para receber 7 aviões, se tivéssemos comprado uns 50 F-16 lá em 2013, já não os teríamos recebido e todo mundo, na FAB principalmente, não estaria feliz da vida? Talvez agora até pensando na compra de uns pares de F-35 para dar uma requentada? O que os entendidos do assunto têm a dizer?

Olá @sgtcoelho

A compra dos Gripen E\F obedeceu a dois critérios básicos do programa FX2: transferência de tecnologia e capacitação da indústria aeroespacial nacional, a fim de darmos o próximo passo, leia-se caça 5a G tupiniquim, individualmente ou em colaboração com outrem no futuro a longo prazo.

Podemos dizer que conseguimos alcançar ambos objetivos, e diria que a parceria com os suecos foi até além. Não só fizeram, estão fazendo, a transferência de tecnologia, como ainda tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento final do Gripen E, e somos a cabeça do desenvolvimento do modelo F biplace, que não é simplesmente uma versão esticada com dois lugares do E, monoplace. Isto tudo com a participação da Embraer e de uma gama de empresas da BIDS e indústria nacional especializadas no setor aeronáutico.

Há um sério problema neste aspecto da escolha da FAB. Custo e tempo. O Gripen E\F como se sabe não estava pronto em 2013 quando foi escolhido, mas, por outro lado, se mostrou a única oferta que atendia na íntegra os requerimentos da FAB para o projeto FX2. Posso dizer, como opinião pessoal, que a força aérea fez uma escolha mais que feliz, e muito bem azeitada em relação a seus propósitos, apesar das questões acima. Estamos melhores hoje do que estaríamos se tivéssemos escolhido outro caça daquele programa, que se muito ofereciam pouco ou quase nada do que se pretendia à época.

Talvez estivéssemos com mais caças e vários esquadrões equipados com F-18 ou Rafale, mas, no âmago dessa história, o que eles teriam nos trazido de novo em relação aos F-5 e A-1 que não números e uma suposta operacionalidade quase que totalmente dependente dos países fornecedores, quiçá a preços e custos muito mais altos que estamos pagando agora pelos Gripen suecos, e sem a autonomia de poder mexer à vontade no caça escolhido, como é agora.

Enfim, estamos pagando por desenvolvimento e capacidades que ultrapassam a mera composição dos esquadrões da FAB.

Em todo caso, se o Brasil fosse um país sério, e Defesa junto com ele, é muito provável que o cronograma do projeto não estaria atrasado fatidicamente como está e hoje teríamos muito mais Gripen E\F em operação, quiçá já recebendo ou tendo contratado o segundo ou terceiro lote previstos no planejamento inicial. Mas o Brasil nunca foi um país sério.

FIGHTERCOM escreveu: ↑Sáb Abr 06, 2024 7:22 pm

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Abr 06, 2024 3:34 pm

Olá @sgtcoelho

A compra dos Gripen E\F obedeceu a dois critérios básicos do programa FX2: transferência de tecnologia e capacitação da indústria aeroespacial nacional, a fim de darmos o próximo passo, leia-se caça 5a G tupiniquim, individualmente ou em colaboração com outrem no futuro a longo prazo.

Podemos dizer que conseguimos alcançar ambos objetivos, e diria que a parceria com os suecos foi até além. Não só fizeram, estão fazendo, a transferência de tecnologia, como ainda tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento final do Gripen E, e somos a cabeça do desenvolvimento do modelo F biplace, que não é simplesmente uma versão esticada com dois lugares do E, monoplace. Isto tudo com a participação da Embraer e de uma gama de empresas da BIDS e indústria nacional especializadas no setor aeronáutico.

Há um sério problema neste aspecto da escolha da FAB. Custo e tempo. O Gripen E\F como se sabe não estava pronto em 2013 quando foi escolhido, mas, por outro lado, se mostrou a única oferta que atendia na íntegra os requerimentos da FAB para o projeto FX2. Posso dizer, como opinião pessoal, que a força aérea fez uma escolha mais que feliz, e muito bem azeitada em relação a seus propósitos, apesar das questões acima. Estamos melhores hoje do que estaríamos se tivéssemos escolhido outro caça daquele programa, que se muito ofereciam pouco ou quase nada do que se pretendia à época.

Talvez estivéssemos com mais caças e vários esquadrões equipados com F-18 ou Rafale, mas, no âmago dessa história, o que eles teriam nos trazido de novo em relação aos F-5 e A-1 que não números e uma suposta operacionalidade quase que totalmente dependente dos países fornecedores, quiçá a preços e custos muito mais altos que estamos pagando agora pelos Gripen suecos, e sem a autonomia de poder mexer à vontade no caça escolhido, como é agora.

Enfim, estamos pagando por desenvolvimento e capacidades que ultrapassam a mera composição dos esquadrões da FAB.

Em todo caso, se o Brasil fosse um país sério, e Defesa junto com ele, é muito provável que o cronograma do projeto não estaria atrasado fatidicamente como está e hoje teríamos muito mais Gripen E\F em operação, quiçá já recebendo ou tendo contratado o segundo ou terceiro lote previstos no planejamento inicial. Mas o Brasil nunca foi um país sério.

Perfect!