GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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jauro
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#61 Mensagem por jauro » Dom Fev 17, 2008 11:42 am

O império contra-ataca



BRASÍLIA - É evidente que os EUA têm mais o que fazer do que prestar atenção ao Brasil. Como, por exemplo, cuidar da eleição presidencial, da ameaça de recessão, da queda do dólar e da enrascada do Iraque, um beco sem saída.

Mas é difícil simplesmente ignorar o Brasil, o emergente da região e bem ao lado da Venezuela de Hugo Chávez. Especialmente quando Brasil e França anunciam uma "aliança estratégica", com a expectativa de quatro encontros Lula-Sarkozy num só ano. Não é trivial.

O alerta piscou em setores dos EUA, que são o maior produtor de equipamentos de defesa e estão vendo seus velhos compradores da América do Sul partindo rumo a outros fornecedores. Chávez aparelhou a Venezuela com o que há de melhor em aviões, rifles e tanques russos. Lula autorizou negociações para parcerias e compras de submarinos, aviões e helicópteros franceses. De quebra, o satélite.

O Brasil tem um programa de satélite de monitoramento aéreo e territorial que envolve somas bilionárias, seja em dólar, seja em euro. No passado, a França forneceu os Cindacta 1, 2 e 3, e os EUA, o Cindacta 4 e o Sivam (o sistema de vigilância da Amazônia). Ambos querem, é claro, pular no novo projeto.

A questão, além de meramente comercial ou militar, é estratégica.

Para os EUA, exportar seus aviões para o Brasil é mais do que ganhar uns trocados, é reforçar a aliança com líder do seu "quintal". Só que não há aliança se um país insiste em manter o controle, e o outro quer independência e tecnologia.

"Os entendimentos com a França aceleraram muito. Eles [os EUA] estão correndo atrás", diz Nélson Jobim (Defesa). Em março, Condoleezza Rice volta ao Brasil para almoçar com Lula, e Jobim vai a Washington, a convite do governo dos EUA, para discutir defesa, armamento, transferência de tecnologia -e respeito mútuo. Que é bom, e todo mundo gosta.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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#62 Mensagem por Marino » Seg Fev 18, 2008 3:22 pm

Folha de São Paulo
A corrida ao mar
Nelson de Sá

Segundo a BBC Brasil, por trás da viagem de Lula à Antártida está "a corrida ao fundo do mar", por petróleo etc., entre "países que tentam garantir a soberania na plataforma ou o direito de explorar na zona internacional". Vale para a costa brasileira e avança no alto mar, pelos oceanos onde já começa o "loteamento".




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#63 Mensagem por Marino » Seg Fev 18, 2008 6:25 pm





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#64 Mensagem por EDSON » Qui Fev 21, 2008 2:38 pm

Senhores ai vai duas matérias.

Sabe né aquele negócio de energia, gasodutos. invasão do Iraque, pressão no Irã( mar Cáspio), o presidente Georgiano ( made USA), guerra no Chade, guerra no Sudão e etc ...

1/02/2008
Países da América do Sul enfrentam problemas com o fornecimento de gás

Jude Webber
Em Buenos Aires

Até maio do ano passado, mais de 10% do metanol do planeta era produzido em uma usina no Estreito de Magalhães, no extremo sul do Chile. Mas agora faz oito meses que três quartos da usina estão parados.

A Methanex, do Canadá, depende da Argentina para 60% do gás que necessita para a sua usina de metanol Cabo Negro, mas as reservas da Argentina secaram em junho do ano passado.

Segundo a companhia isso significou que ela deixou de produzir 600 mil toneladas apenas no quarto trimestre de 2007. O metanol, que é usado para a fabricação de garrafas recicláveis de plástico, tintas e aditivos de combustíveis, está custando US$ 698 (cerca de R$ 1,4 mil) a tonelada - mais do dobro do preço de junho passado.

Os infortúnios da Methanex são um exemplo contundente de como o Chile, que produz mais de um terço do cobre mundial, é o último elo vulnerável de uma tensa cadeia de fornecimento de gás em uma região na qual políticas populistas têm prejudicado a exploração das reservas energéticas.

A crise de energia está pesando sobre as previsões de crescimento do Chile, no momento em que o país procura assegurar uma vaga na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Espera-se que a economia cresça 4,6% neste ano, comparados aos 5,2% do ano passado. Maria Olivia Recart, a sub-secretária de Finanças do Chile, afirmou neste mês que as restrições relativas ao gás provocaram uma redução de 0,5% a 1% do produto interno bruto do país.

Héctor Castillo, presidente da Associação de Proprietários de Indústrias, diz que algumas companhias chilenas estão deslocando a produção para o Peru ou a Argentina devido aos custos.

Um tópico que estará na agenda dos presidente da Argentina, do Brasil e da Bolívia neste fim de semana será como fazer com que as reservas em declínio da América do Sul supram a demanda.

O Chile, que depende de combustíveis fósseis para mais da metade das suas necessidades energéticas, importa todo o seu gás da Argentina, mas Buenos Aires reduziu as exportações no ano passado a fim de atender à crescente demanda doméstica estimulada pelo subsídio dos preços da energia elétrica.

A escassez de reservas nos dois países significa que as usinas geradoras de energia elétrica trocaram o gás pelo diesel, que é cerca de três vezes mais caro. "O gás da Argentina é coisa do passado", afirma Juan Carlos Guajardo, diretor executivo da Cesco, uma organização vinculada à indústria de cobre do Chile. Ele teme um "risco bastante real de problemas de produção" para o cobre chileno neste ano, já que a escassez de gás é agravada pela carência de chuvas, que afetará a produção hidroelétrica, gerando a possibilidade de apagões.

Na Argentina, os baixos preços da energia elétrica afastaram os investimentos em projetos para o aumento da produção doméstica de gás, e o governo tem apelado para as importações suplementares da Bolívia. Mas a Bolívia não consegue atrair capital estrangeiro para incrementar a sua produção desde que enviou tropas para nacionalizar a sua indústria de gás em 2006, e agora admite ser incapaz de atender aos ambiciosos acordos de exportações firmados com a Argentina e o Brasil, o seu outro cliente estrangeiro.

A Bolívia firmou contratos para o fornecimento de até 30 milhões de metros cúbicos de gás diários ao Brasil e de 7,7 milhões à Argentina. No momento, ela só está fornecendo cerca de 27 milhões de metros cúbicos diários ao Brasil e três milhões ou menos à Argentina. À medida que aproxima-se o inverno do hemisfério sul, a demanda de ambos os países aumenta.

A Argentina está enfrentando graves racionamentos de energia, e luta para conter a demanda de eletricidade, apesar de um programa governamental para a economia de energia elétrica. De acordo com a consultoria Fundelec o consumo de eletricidade atingiu níveis recordes em janeiro deste ano, alcançando um patamar que foi quase 5% superior ao mesmo mês do ano passado.

No Brasil, onde a maior parte da energia elétrica é gerada por usinas hidroelétricas, a baixa pluviosidade fez com que aumentasse a dependência das usinas movidas a gás. Na semana passada a Bolívia tentou persuadir o Brasil a aceitar uma redução das suas importações de gás para permitir que a Argentina recebesse uma quantidade maior do produto, já que este país sofreu apagões no início do verão e uma crise de abastecimento de energia elétrica no inverno passado, quando o governo ordenou às fábricas que reduzissem o consumo. Mas o Brasil mantem-se relutante.

Emilio Apud, ex-secretário de Energia da Argentina, diz que o Chile adotou várias medidas para enfrentar a crise. Os chilenos estão construindo duas usinas de gás natural liqüefeito, projetadas para acabar com a dependência da energia argentina no ano que vem, quando usinas movidas a carvão deverão suprir de eletricidade no médio prazo a região de mineração de cobre no norte do país.

A Argentina está planejando construir o seu próprio terminal de gás natural liqüefeito e possui um projeto do mesmo tipo com o Uruguai. Este projeto está bastante atrasado. "Creio que a Argentina terá problemas com o fornecimento de gás... Não tenho dúvida de que os apagões do inverno passado voltarão a ocorrer", afirma Apud.

Ironicamente, o Chile poderá em breve socorrer a Argentina. Enrique Dávila, diretor da Enap, a companhia estatal chilena de eletricidade, prevê que o Chile poderá ser capaz de exportar um excedente de gás natural liqüefeito para a Argentina em 2010.

Tradução: UOL
Visite o site do Financial Times

21/02/2008 - 07h44
Crise energética causa 'tensão' na América do Sul, diz 'El País'

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina e a questão do abastecimento de gás vindo da Bolívia são destaques na imprensa internacional nesta quinta-feira.

"A crise energética sul-americana deixou de ser um cenário hipotético para se transformar em ameaça real, diante da qual todos os governos da região estão adotando medidas de urgência para evitar que dentro de poucos meses comecem os cortes massivos de fornecimento de energia. E a tensão política já começa a notar-se", afirma o diário espanhol "El País".

O jornal aponta para o convite feito a Evo Morales, de participar de um encontro com os dois presidentes no sábado, como um sinal do agravamento da crise.

Brasil e Argentina importam gás da Bolívia - o governo brasileiro importa um volume quase dez vezes maior que a Argentina -, mas o governo boliviano já avisou que não vai poder cumprir os contratos iniciais, a não ser que o Brasil abra mão de parte de seu gás para a Argentina.

"Em privado, representantes brasileiros não escondem o mal-estar pelas pressões que Lula vai receber em Buenos Aires. 'Este ano há uma grande seca no Brasil, o que significa que produzimos menos eletricidade do que o normal. Eles querem que a gente corte, voluntariamente, a energia de nosso povo para evitar problemas para a presidente argentina?', disse uma fonte brasileira a este diário."

O "El País" ainda aponta que, neste ano, será ainda mais difícil para a Argentina recorrer ao Brasil caso precise de energia, já que o país não terá muitas condições de ajudar, e afirma que Kirchner poderá então recorrer à Venezuela, com quem ela deve assinar um acordo de intercâmbio de energia por alimentos no mês que vem.

"E é essa perspectiva, de que a Argentina se jogue ainda mais nos braços da Venezuela, que pode mudar a postura de imobilidade brasileira na negociação do sábado."

Chile
Na Grã-Bretanha, o "Financial Times" destaca os problemas que o Chile enfrenta por conta da crise entre Brasil, Argentina e Bolívia.

Segundo o jornal, o Chile "é o último e vulnerável elo de uma corrente sobrecarregada de fornecimento de gás na região em que políticas populistas seguraram o desenvolvimento das reservas de energia".

"A crise da energia está pesando nas previsões de crescimento econômico do Chile, enquanto o país tenta assegurar sua entrada na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A expectativa é que a economia cresça 4,6% neste ano, em comparação com 5,2% no ano passado. Maria Olívia Recart, sub-secretária de finanças do Chile, disse este mês que as restrições ao gás podem cortar de 0,5% a 1% do PIB do país."

Segundo o "FT", o baixo custo de serviços na Argentina impediu investimentos para aumentar a produção doméstica de gás e o governo vem dependendo de complementos da Bolívia. "Mas a Bolívia fracassou em atrair investimentos estrangeiros para aumentar sua produção desde que enviou tropas para nacionalizar a indústria do gás em 2006 e agora admite que não pode cumprir as ambiciosas metas de exportação - compromissos com a Argentina e com seu outro cliente estrangeiro, o Brasil."

Para o jornal argentino "La Nación", "a chegada de Lula se dá em clima de otimismo. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse aqui que a relação bilateral com a Argentina é 'a mais estratégica' de seu país".

"Por conta disso, ontem, no governo de Cristina Kirchner davam como superadas declarações anteriores de Amorim, em que o ministro havia antecipado que seu país não cederia, a priori, na disputa pelo gás da Bolívia. E que exigiria a mesma divisão, sem ceder parte de seu fluxo à Argentina. Esses comentários haviam gerado mal-estar antes do iminente encontro em Buenos Aires."

Segundo o "Página 12", também da Argentina, o encontro é "para brindar com caipirinha". O jornal ainda destaca os acordos que devem ser firmados durante a viagem, entre eles, o que "busca impulsionar a fabricação conjunta de armamento para defesa e exportação."

Resumindo Energia. :D




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#65 Mensagem por Marino » Dom Fev 24, 2008 6:48 pm

El Día de la Antártida Argentina y la lucha por el posicionamiento geopolítico
Feb-22-08 - por Milagros López Belsué*

Nuestro país inicia en 1904 la ocupación permanente de la Antártida Argentina, con el izamiento del pabellón en Orcadas el 22 de febrero de ese año. Durante 40 años fue el único ocupante permanente del continente antártico.

La Argentina es el país que más bases de investigación posee en la región -6 permanentes y 7 temporarias-. Sin embargo, es uno de los que menos invierten en asuntos científicos en el área, en momentos en que la Antártida pasa a tener una prioridad estratégica. Aún no se ha determinado con exactitud cuál es la magnitud de reservas de recursos naturales no renovables, pero el lecho antártico cuenta con depósitos de gas, petróleo, gran variedad de minerales y el 70% del agua dulce del planeta.

Hace 50 años, en el último Año Polar Internacional (1957-1958) se sentaban las bases para el denominado Tratado Antártico, a fin de evitar la entrada de la tensión política de la Guerra Fría en el continente antártico. El Tratado fue firmado en diciembre de 1959 por 12 países -adhiriéndose posteriormente nuevos Estados-, y limita la dedicación de las actividades a misiones pacíficas, en particular científicas. Asimismo, establece, en cuanto a las soberanías territoriales, que cada uno de los países reclamantes debe reservarse sus derechos proclamados, sin poder ejercerlos.

Sin embargo, actualmente, cuando en el mundo se conmemora el IV Año Polar (marzo 2007-marzo 2009), el tablero geopolítico ha adquirido particular dinámica en los polos. Los reclamos de soberanía sobre el continente antártico se han precipitado tras el reclamo ruso en el fondo del Océano Ártico hecho público el 1 de agosto pasado.

A mediados de octubre, el Reino Unido anunció que reclamaría ante la Convención de los Derechos del Mar de Naciones Unidas la supuesta soberanía sobre el llamado Territorio Antártico Británico. Chile y Argentina anunciaron que harían lo propio antes de mayo de 2009, fecha en la cual deben presentarse los reclamos de delimitación marítima. Estos tres últimos países disputan entre sí parte de sus territorios antárticos reclamados por estar sobrepuestos.

Además del mencionado reclamo, Chile ha tomado otra serie de iniciativas concretas: invitó al Secretario General de Naciones Unidas, Ban Ki-Moon, a visitar la Antártida junto con ministra chilena de Medio Ambiente; la Marina reabrirá la base antártica Arturo Prat -cerrada hace seis años por falta de presupuesto- y la Comisión de Defensa del Senado propuso una asignación de presupuesto independiente para la Antártida. Asimismo, el 17 de febrero de este año, el presidente brasileño Luiz Inacio Lula da Silva viajó al continente antártico -con apoyo chileno-, con el propósito de respaldar la tarea de militares y científicos en coincidencia con los 25 años de la presencia de Brasil en la Antártida.

En estos momentos, el buque científico Oyarvide de la Armada uruguaya se encuentra navegando hacia la Antártida con científicos y militares venezolanos abordo, en una campaña financiada por Venezuela. Este país -miembro adherente no consultivo al Tratado Antártico desde 1999- pretende con esta, su primera expedición científica al continente, ser aceptado como miembro consultivo del Tratado.

Es en este marco que nuestro país conmemora hoy, 22 de febrero, el Día de la Antártida Argentina y 104 años de la Ocupación Permanente de la Antártida Argentina. Una oportunidad que podría haber sido aprovechada desde el gobierno para afianzar nuestra soberanía sobre el territorio, y a la que ningún medio nacional ha dado la relevancia que merece.

La geopolítica de los polos puede devenir en futuras formas de tensión y la Argentina debe estar atenta a cualquier cambio de escenario.




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#66 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 11:38 am

IMPORTANTE:


A estupidez humana

Rubem Azevedo Lima



Lula exaltou, alegremente, a presença do Brasil na Antártida, região na qual cientistas brasileiros, civis e militares, com apoio da Marinha e da Aeronáutica, realizam pesquisas para conhecê-la bem, preservá-la e utilizá-la o melhor possível em proveito universal.

Um acordo internacional deu esse direito aos países limítrofes da chamada última fronteira desabitada no planeta e aos de outras partes do mundo, que se habilitaram a tempo na ONU. Vale recordar que a divisão papal do globo, entre portugueses e espanhóis, para empossá-los das terras a que chegaram no século 15, provocou muitas guerras.

Em seu entusiasmo, Lula falou em levar todos os ministros à Antártida, para verem o que ali se faz. Ele quis, talvez, marcar o interesse possessório do Brasil, sobre o que lhe deve caber da região no futuro. Sem os padrões que os portugueses punham nas terras encontradas, Lula ensaiou a retórica diplomática do uti possidetis.

Pois nesse dia alegre, Kosovo, província de maioria muçulmana da Sérvia, área de ex-hegemonia católica, declarou-se independente, com apoio parcial da Europa e total dos EUA. Aliás, a pedido da Otan, Clinton bombardeou Belgrado e outras cidades sérvias em 1999. Após 90 dias de bombas a esmo, referindo-se a Milosevic, a quem acusara de violências contra a maioria muçulmana, ele abriu sua política: “Viva onde viver, quem praticar crimes em massa contra a população civil inocente será tolhido na medida de nossas possibilidades”.

Por falar em política, Lorenzo Carrasco, jornalista, revelou: a Usaid, agência de desenvolvimento dos EUA, criou a Iniciativa de Conservação da Bacia Amazônica. A ABCI (sigla inglesa) quer reunir ambientalistas e indigenistas, nacionais e estrangeiros, com recursos de governança ambiental, para controle da Amazônia.

Tal provocação assustou o governo, pois a devastação recorde da Amazônia em 2007 — o avesso do que fazemos na Antártida — aguçou o apetite da ABCI. Mas só o gelo, para ministros insensíveis à estupidez humana que destrói a Amazônia, resolve a questão e impede que ali se crie um Kosovo indígena? Perigo: essa idéia pode ter apoio mundial.




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#67 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 1:27 pm

Marino escreveu:IMPORTANTE:


A estupidez humana

Rubem Azevedo Lima



Lula exaltou, alegremente, a presença do Brasil na Antártida, região na qual cientistas brasileiros, civis e militares, com apoio da Marinha e da Aeronáutica, realizam pesquisas para conhecê-la bem, preservá-la e utilizá-la o melhor possível em proveito universal.

Um acordo internacional deu esse direito aos países limítrofes da chamada última fronteira desabitada no planeta e aos de outras partes do mundo, que se habilitaram a tempo na ONU. Vale recordar que a divisão papal do globo, entre portugueses e espanhóis, para empossá-los das terras a que chegaram no século 15, provocou muitas guerras.

Em seu entusiasmo, Lula falou em levar todos os ministros à Antártida, para verem o que ali se faz. Ele quis, talvez, marcar o interesse possessório do Brasil, sobre o que lhe deve caber da região no futuro. Sem os padrões que os portugueses punham nas terras encontradas, Lula ensaiou a retórica diplomática do uti possidetis.

Pois nesse dia alegre, Kosovo, província de maioria muçulmana da Sérvia, área de ex-hegemonia católica, declarou-se independente, com apoio parcial da Europa e total dos EUA. Aliás, a pedido da Otan, Clinton bombardeou Belgrado e outras cidades sérvias em 1999. Após 90 dias de bombas a esmo, referindo-se a Milosevic, a quem acusara de violências contra a maioria muçulmana, ele abriu sua política: “Viva onde viver, quem praticar crimes em massa contra a população civil inocente será tolhido na medida de nossas possibilidades”.

Por falar em política, Lorenzo Carrasco, jornalista, revelou: a Usaid, agência de desenvolvimento dos EUA, criou a Iniciativa de Conservação da Bacia Amazônica. A ABCI (sigla inglesa) quer reunir ambientalistas e indigenistas, nacionais e estrangeiros, com recursos de governança ambiental, para controle da Amazônia.

Tal provocação assustou o governo, pois a devastação recorde da Amazônia em 2007 — o avesso do que fazemos na Antártida — aguçou o apetite da ABCI. Mas só o gelo, para ministros insensíveis à estupidez humana que destrói a Amazônia, resolve a questão e impede que ali se crie um Kosovo indígena? Perigo: essa idéia pode ter apoio mundial.

Estão vendo o perigo?




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#68 Mensagem por talharim » Seg Fev 25, 2008 1:31 pm

Essa situação está chegando a esse ponto por culpa de nós mesmos culpa de nossa corrupção e incompetência.

As vezes acho que é melhor uma intervenção internacional na Amazônia.

Nós estamos cuidando pessimamente da Amazônia.

Depois não adianta ficar com choradeira.




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#69 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 1:33 pm

Gazeta Mercantil:

Carta - A América Latina deve unir-se na defesa da água



25 de Fevereiro de 2008 - A água, símbolo de fertilidade e prosperidade, deu lugar no século XX ao petróleo como principal indicador de riqueza de uma nação. No início do século XXI, economistas, empresas, políticos e lideranças comunitárias voltam a considerar a água como determinante para o progresso de um país.

Patrimônio natural e essencial a todas as formas de vida, a água transformou-se em um recurso econômico, fonte de lucro e razão para conflitos. Sua escassez atinge mais de 2 bilhões de pessoas e, se não forem adotadas medidas para racionalizar sua exploração, em algumas décadas 4 bilhões de pessoas não terão água para as necessidades básicas.

Na América Latina, onde se concentram as principais reservas estratégicas de água e biodiversidade, a soberania dos povos está no centro da geopolítica mundial, exigindo um plano urgente para sua preservação. As águas da Amazônia integram nove países e têm a maior riqueza de biodiversidade do planeta. As águas do Prata interligam outros quatro, cruzando as regiões mais industrializadas do continente, que contaminam as águas marinhas.

O Aqüífero Guarani é a maior reserva subterrânea do mundo, com capacidade para abastecer mais de 700 milhões de habitantes. Localizado entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, vem sendo vítima de um ciclo de cobiça e colonização de suas terras, a partir do investimento de grandes grupos econômicos estrangeiros no local. Para seu controle, inclusive militar, os EUA planejam uma base no Paraguai e propagandeiam o risco terrorista na Tríplice Fronteira, onde está Foz do Iguaçu, a mais importante área de recarga do manancial.

Nesse contexto, é bandeira estratégica a criação de uma Organização Latino-Americana da Água, a partir do Fórum Social Mundial de 2009.

A entidade teria a missão de promover a defesa da água como direito inalienável dos povos, como contraponto às políticas neoliberais preconizadas pelo Fórum Econômico Mundial e materializadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Sua interface com as lutas sociais no campo da saúde pública (a partir do tratamento de esgoto, lixo e drenagem) e da economia (a partir de seu uso na geração de energia), cujos conflitos causados pelo modelo dominante, que se agravam a cada dia, a colocará em posição decisiva para que a sociedade vença o caos do sistema e as lideranças humanistas e populares assumam seu papel na redefinição do modelo de desenvolvimento, em prol do futuro da humanidade.

Leonardo Aguiar Morelli, ambientalista, coordenador do Movimento Grito das Águas e secretário-geral do Instituto para Defesa da Vida (IDV), São Paulo




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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#70 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 1:34 pm

talharim escreveu:Essa situação está chegando a esse ponto por culpa de nós mesmos culpa de nossa corrupção e incompetência.

As vezes acho que é melhor uma intervenção internacional na Amazônia.

Nós estamos cuidando pessimamente da Amazônia.

Depois não adianta ficar com choradeira.

Não pense sequer nesta possibilidade Talha. Muito sangue vai correr se ela se confirmar.




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#71 Mensagem por talharim » Seg Fev 25, 2008 1:36 pm

Sangue nosso pelo jeito.




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#72 Mensagem por Marino » Seg Fev 25, 2008 1:38 pm

talharim escreveu:Sangue nosso pelo jeito.

Muito mais nosso, com certeza.




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#73 Mensagem por talharim » Seg Fev 25, 2008 1:43 pm

E tem mais se o ritmo de desmatamento da Amazônia continuar nesses níveis absurdos durante mais uns 3 anos aí meu amigo a coisa vai feder para o nosso lado.

Eu quero ver o Brasil vai acabar ficando isolado politicamente falando vai haver consenso na ONU para uma intervenção aí já era perdeu Prayboy.

Eu quero ver se algum governo brasileiro vai ter culhão para segurar a barra de um força militar internacional sob o respaldo da ONU chegando para tomar a Amazônia.

É como disse............estamos fazendo tudo errado.........estamos cuidando muito mal desse patrimônio que achamos pretensiosamente que é apenas nosso....................mas na verdade é um bem para a humanidade........................

O aviso está vindo de todos os lados do mundo................não estmoa snem aí estamos cagando e andando.

Perdeu Prayboy.




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#74 Mensagem por Centurião » Seg Fev 25, 2008 2:30 pm

talharim escreveu:E tem mais se o ritmo de desmatamento da Amazônia continuar nesses níveis absurdos durante mais uns 3 anos aí meu amigo a coisa vai feder para o nosso lado.

Eu quero ver o Brasil vai acabar ficando isolado politicamente falando vai haver consenso na ONU para uma intervenção aí já era perdeu Prayboy.

Eu quero ver se algum governo brasileiro vai ter culhão para segurar a barra de um força militar internacional sob o respaldo da ONU chegando para tomar a Amazônia.

É como disse............estamos fazendo tudo errado.........estamos cuidando muito mal desse patrimônio que achamos pretensiosamente que é apenas nosso....................mas na verdade é um bem para a humanidade........................

O aviso está vindo de todos os lados do mundo................não estmoa snem aí estamos cagando e andando.

Perdeu Prayboy.


Muito do que se afirma vem da propaganda das ONGs ambientais, que só enxergam um lado da questão na Amazônia. A Amazônia Legal tem mais de 25 milhões de habitantes. População que deve dobrar nos próximos 15-20 anos. Essas pessoas precisam ter acesso a emprego, educação, saúde, assim como as pessoas que vivem nas outras regiões do país. Para isso, é preciso desenvolver a região.

Dito isso, eu não acho que o densenvolvimento seja obtido através da destruição da floresta. Vai ser através de uma exploração consciente, em que se preserve a maior parte da floresta. Esse desenvolvimento sustentável é difícil de ser atingido, mas se as partes de cada lado (governo e população local) cederem, será possível atingir um acordo.

Quanto à questão de permitirmos qualquer ingerência em nosso país, é difícil ter que ler isso por aqui. Principalmente porque se acredita que neste fórum podemos encontrar os maiores interessados em defender nossa nação.




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#75 Mensagem por talharim » Seg Fev 25, 2008 2:39 pm

Pois é estamos a 50 anos discutindo políticas de desenvolvimento sustentável para a região amazônica e praticamente não saiu nada do papel até agora.

Vamos continuar discutindo por mais 50 anos.Vamos continuar fazendo reuniões por mais 50 anos ?

É impressionante como o Brasileiro adora uma reunião,adora discutir ! Eta povinho teórico ! Tudo aqui leva 10 anos,20 anos 30 anos para sair do papel...

Bom até lá não haverá mais necessidades de discussão pois a Amazônia não existirá mais.

---------------------------------------------------------------

Minha sugestão ? Bom grande parte desse problema é de ordem criminal estão cometendo um crime pela certeza de impunidade.

Este é um país sem leis ningúém repeita as leis.

Convocação de constituinte para reforma do código penal.Primeiramente isso.

Depois que este país tiver lei e todos passarem a respeitá-la tenho certeza que todos os outros problemas serão facilmente resolvidos.




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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