Capacidade das Fragatas Classe Niterói

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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#16 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jun 28, 2004 7:15 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Finken, a notícia sobre os A-4 também é verdadeira. Eles também acertaram a frota espanhola.


É brincadeira?


Minha admiração pela Armada Espanhola caiu por terra!!! Como podem eles deixarem um navio ser acertado por um avião que depende de bombas burras para o ataque???




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#17 Mensagem por César » Seg Jun 28, 2004 7:18 pm

Os Super Etendart Argentinos também acertaram a fragata espanhola....

Caramba, todo mundo tá acertando esse navio! O que é estranho, o Aegis não deveria ser intransponível para aviões?! :?
Fico feliz pela proeza dos nossos meios, mas, vocês não concordam que é preciso de duas coisas para um A-4 armado com bombas "destruir" um navio munido de Aegis?

1) Falha técnica do sistema do navio,

2) Muiiiiiita sorte, adicionada a um milagre Divino.

Abraços

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#18 Mensagem por Vinicius Pimenta » Seg Jun 28, 2004 7:24 pm

Não considero nem sorte nem falha do sistema. Considero que os espanhóis foram surpreendidos pela tática e perícia dos pilotos brasileiros (não é exclusividade nossa) que voaram baixo, despistando os sistemas defensivos da frota.

Conclusões:

1- Uma boa tática ainda pode surpreender em um guerra.
2- Não existem sistemas perfeitos, todos têm suas vulnerabilidades, basta saber explorá-las.




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#19 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jun 28, 2004 7:26 pm

César escreveu:Os Super Etendart Argentinos também acertaram a fragata espanhola....

Caramba, todo mundo tá acertando esse navio! O que é estranho, o Aegis não deveria ser intransponível para aviões?! :?
Fico feliz pela proeza dos nossos meios, mas, vocês não concordam que é preciso de duas coisas para um A-4 armado com bombas "destruir" um navio munido de Aegis?

1) Falha técnica do sistema do navio,

2) Muiiiiiita sorte, adicionada a um milagre Divino.

Abraços

César


Sim, mas os Super Etendart ainda dispunham de Exocets, ou seja, podem disparar um pouco mais de longe...




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#20 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jun 28, 2004 7:26 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Não considero nem sorte nem falha do sistema. Considero que os espanhóis foram surpreendidos pela tática e perícia dos pilotos brasileiros (não é exclusividade nossa) que voaram baixo, despistando os sistemas defensivos da frota.

Conclusões:

1- Uma boa tática ainda pode surpreender em um guerra.
2- Não existem sistemas perfeitos, todos têm suas vulnerabilidades, basta saber explorá-las.


Concordo, Vinícius, mas que fica estranho, principalmente por ser um ataque com bombas burras, ahh, fica!!!




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#21 Mensagem por Fox » Seg Jun 28, 2004 8:58 pm

FinkenHeinle escreveu:Sim, mas os Super Etendart ainda dispunham de Exocets, ou seja, podem disparar um pouco mais de longe...


Bota pouco mais longe nisso! Pelo menos uma distancia três vezes maior!

Se você considerar que um caça voando baixo, com uma velocidade perto dos 700 km/h, então um AM-39 Exocet nessas condições pode atingir tranqüilamente um alvo a 30 km de distancia. Já uma bomba convencional nessa mesma condição atingiria no máximo 10 km de distancia.

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#22 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jun 28, 2004 9:16 pm

Fox escreveu:
FinkenHeinle escreveu:Sim, mas os Super Etendart ainda dispunham de Exocets, ou seja, podem disparar um pouco mais de longe...


Bota pouco mais longe nisso! Pelo menos uma distancia três vezes maior!

Se você considerar que um caça voando baixo, com uma velocidade perto dos 700 km/h, então um AM-39 Exocet nessas condições pode atingir tranqüilamente um alvo a 30 km de distancia. Já uma bomba convencional nessa mesma condição atingiria no máximo 10 km de distancia.

Até mais.................................................................

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Sendo que nessa configuração o caça com bombas teria que estar à certa altitude, devido ao efeito balístico... E seria pego pelos radares SPY-1...




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#23 Mensagem por Gallø » Seg Jul 05, 2004 5:59 pm

Aêw galera ....
Recentemente ocorreu o teste do míssil SAM Aspide 30 (ou seria 15) que faram parte da modernização das Niterói .....
Qual a capacidade deles ?
Foi uma boa escolha ?




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#24 Mensagem por Fox » Seg Jul 05, 2004 7:18 pm

Blz Gallø,

Cara, você não estaria fazendo uma confusão entre os mísseis Áster 15 e 30 com o Aspide 2000?

Na minha opinião, a escolha do Aspide 2000 para equipar classe Niterói foi uma boa opção, possibilitando uma melhoria significativa na defesa antiaérea da MB.

Até mais...........................................................................................

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#25 Mensagem por Gallø » Seg Jul 05, 2004 7:39 pm

:oops: :oops: :oops:
Hahahahaha
Valeu Fox ... Ledo engano meu ...... hehe
Isso que dá um Gallo tentar dar uma pato, ãhn ?! :lol:
Trocadilho péssimo ..... :roll:
Hahahahaha
Mas então a MB adquiriu Aspide 2000 ?!
E qual a capacidade deste sistema ?!




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#26 Mensagem por Fox » Seg Jul 05, 2004 8:46 pm

Sobre a capacitação desse míssil, eu não sei muita coisa. O que eu sei e que seu alcance máximo é de 25 km e seu alcance efetivo de 15 km, e que o sistema de guiagem e semi-ativo. A MB utilizará esse míssil em lançadores óctuplo (Albatroz. Esse lançador e recarregado manualmente), e possivelmente cada embarcação da classe Niterói levará 24 mísseis (8 no lançador + 16 no paiol).

O Aspide leva vantagem sobre o Sea Wolf no quesito alcance, porem o SeaWolf leva grande vantagem em interceptação conta alvos voando baixo(por exemplo, os mísseis antinavio).

Até mais............................................................

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#27 Mensagem por Gallø » Seg Jul 05, 2004 8:52 pm

:? :? :?
Fox ... Axo que estamos tendo problemas aqui .....
:D
Pois li no site da MBDA que o Aspide 2000 ( ou Espada 2000) tem o alcance de 3~100Km !!

...
Peraí ..... Ou será o Aster 30 ?!
Pultz ...... Que confusão !!! Hahahaha :lol:
Acho que os dados que você citou coincidem ccom o dos Aster 15 .....
Calma aêw ..... irei rever o site e já posto aqui ...
8)




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#28 Mensagem por Alitson » Seg Jul 05, 2004 9:10 pm

Matéria no site InfoMar sobre o programa modfrag

http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/Boletim2004.1.htm

O ModFrag(Programa de Modernização das Fragatas Classe Niterói) já entrou em sua faze final, todas as Fragatas estão em diversos estágios de modernização, ou já foram re-incorporadas ao serviço ativo. As Fragatas Defensora(F-43) e Liberal(F-41) já estão prontas, as Fragatas Independência(F-44) e Niterói(F-40) deverão ser incorporadas até agosto deste ano. As Fragatas União(F-45) e Constituição(F-42) já se encontram em modernização, sendo a última, a derradeira no processo de modificação.

No final de 2003, a Fragata Defensora participou da 45ª Operação UNITAS, sendo a primeira Fragata Modernizada a participar de operações conjuntas com Marinhas Estrangeiras. O Grupo-Tarefa brasileiro contou, também, com o submarino Timbira.

Em 23 março de 2004, a Defensora lançou pela primeira vez um míssil Aspide 2000 na Marinha do Brasil. Contra um alvo (drone aéreo não tripulado) do tipo bansshe 400, radio-controlado pela equipe do Centro de Apoio a Sistemas Operativos, a partir da Fragata Bosísio, os testes também tiveram apoio da Corveta Julio de Noronha. O alvo foi destruído por impacto direto do míssil, atestando o sucesso da operação. O Sistema Siconta Mk II foi usado pela primeira vez para controlar o lançamento do míssil, através dos radares de tiro Orion RTN-30. Finalizando, assim, a integração do Siconta com os demais sub-sistemas do navio. Isto representou um marco histórico para a capacidade tecnológica da Marinha Brasileira, já que o Siconta Mk II é de projeto e construção nacional.


E sobre o Aspide 2000, no site da Segurança e Defesa

http://www.segurancaedefesa.com/MisseisAAe_MB.html

O alcance do Aspide 2000 é superior a 21 km, embora o alcance de interceptação seja, idealmente, de cerca de 15km. Além disso, o sistema Albatros foi desenvolvido com especial ênfase na capacidade de detecção de alvos voando a baixa altitude, sendo oportuno lembrar que, no caso do Aspide 2000, a semelhança com o Sea Sparrow é basicamente externa. A parte interna foi modificada pela Selenia Elsag, sendo adotado um novo motor SNIA e um novo seeker. Isso resultou em elevada capacidade de interceptação de alvos altamente manobráveis e em perfil de vôo sea-skimmer, capacidade de operar em ambiente de clutter e ECM intensos e alta resistência a contramedidas ativas e passivas. Além disso, existe uma capacidade home-on-jam no míssil, ou seja, qualquer tentativa de interferir no sistema de guiagem do Aspide fará com que o míssil engaje a fonte da interferência.


Valeu!!!




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
ARES SCAR-L
KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
CYMA G-18C AEP
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#29 Mensagem por Fox » Seg Jul 05, 2004 9:15 pm

Gallø você tem que ver se não é a versão ar-ar do Aspide! Mas mesmo assim 100 km e muito, pois se eu não estou enganado, o Aspide (ar-ar, esqueci o nome dessa versão) tem um alcance de 40 km.

O Áster 15, se não me engano tem um alcance máximo de 15 km, mais seu alcance efetivo é de 10 km. O Áster 30 tem alcance máximo de 100 km, agora o alcance efetivo eu desconheço.




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#30 Mensagem por Fox » Seg Jul 05, 2004 9:30 pm

Pô Alitson coloca matéria por interior, pois tem uma parte que fala sobre a vantagem do Sea Wolf (sistema ACLOS)! Mísseis como o RBS 23 BAMSE e Rapier também utilizam sistemas semelhantes (CLOS e SACLOS respectivamente)

O Aspide

A proposta de modernização das Fragatas classe “Niterói” eventualmente selecionada como vencedora foi a do consórcio de empresas liderado pela DSND Consub, que contemplava a adoção do sistema italiano Albatros. O míssil era o Aspide 2000, derivado do AIM/RIM-7H Sparrow/Sea Sparrow, largamente empregado pelas marinhas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Numa primeira análise, um MSA com sistema de guiagem do tipo ACLOS (como o Sea Wolf e outros) é preferível a um com sistema de guiagem semi-ativa (como o SM-1, o Sea Sparrow e o Aspide). Isso porque eles dispensam o uso de uma cabeça de busca (seeker) e, com isso, apresentam uma série de vantagens, tais como: ausência de limitação dos ângulos de lançamento e rastreamento, menor vulnerabilidade a contramedidas eletrônicas, e insensibilidade a efeitos indesejáveis de clutter, que afetam os mísseis com seeker semi-ativo, principalmente contra alvos a baixa altitude.
Entretanto, uma das características que devem ter influenciado a MB para escolher o sistema Aspide/Albatros é a capacidade de defesa AAé de área curta. O alcance do Aspide 2000 é superior a 21 km, embora o alcance de interceptação seja, idealmente, de cerca de 15km. Além disso, o sistema Albatros foi desenvolvido com especial ênfase na capacidade de detecção de alvos voando a baixa altitude, sendo oportuno lembrar que, no caso do Aspide 2000, a semelhança com o Sea Sparrow é basicamente externa. A parte interna foi modificada pela Selenia Elsag, sendo adotado um novo motor SNIA e um novo seeker. Isso resultou em elevada capacidade de interceptação de alvos altamente manobráveis e em perfil de vôo sea-skimmer, capacidade de operar em ambiente de clutter e ECM intensos e alta resistência a contramedidas ativas e passivas. Além disso, existe uma capacidade home-on-jam no míssil, ou seja, qualquer tentativa de interferir no sistema de guiagem do Aspide fará com que o míssil engaje a fonte da interferência.
Uma opção possível para o futuro seria a Marinha considerar a aquisição do sistema Spada/Skyguard para os Fuzileiros Navais. Versão para uso terrestre do sistema Albatros, o Spada/Skyguard usa os mesmos mísseis Aspide e poderia vir a ser uma opção interessante para reforçar o componente AAé do CFN, sem prejudicar a filosofia de padronização




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